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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – CAMPUS DE SINOP
MECANISMO FISIOLÓGICO DA REGULAÇÃO DA INGESTÃO DE ALIMENTOS
Dicente: Leonardo Venâncio das Neves
Docente Kamila Andreatta Kling de Moraes
Diciplina: Fisiologia do sistema digestivo
MECANISMO FISIOLÓGICO DA REGULAÇÃO DA INGESTÃO DE ALIMENTOS
Duas regiões do hipotálamo controlam o comportamento ingestivo dos animais:
- hipotálamo lateral, onde se localiza o centro da fome;
- hipotálamo ventromedial, onde se localiza o centro da saciedade.
Esses dois centros possuem ações complementares. Quando o animal demonstra
apetite, por exemplo, o centro da fome é ativado e o centro da saciedade é inibido. Por
outro lado, à medida que o animal se alimenta, o centro da saciedade vai inibindo o
centro da fome. Uma lesão no centro da saciedade provocaria, então, uma
sobrealimentação acumulativa, levando à obesidade. As informações que chegam ao
hipotálamo chegam de diferentes formas ou sinais. Os principais são os sinais
quimiostáticos e os de distensão ou repleção do trato digestivo.
Sinais quimiostáticos
Os sinais quimiostáticos são referentes a informações químicas ou hormonais
enviadas pela corrente sanguínea, relacionadas aos diferentes nutrientes absorvidos
pelo trato digestivo, durante as refeições.
Em ruminantes, a concentração de acetato e de hidrogênio no ambiente do rúmenretículo parece influenciar o consumo, assim como o teor de propionato na veia ruminal ou no fígado.
Sinais de distenção ou de repleção do trato digestivo
Os sinais de distensão ou de repleção do trato digestivo referem-se a informações
nervosas transmitidas por meio de receptores no trato digestivo (osmorreceptores,
tensorreceptores...), que dizem respeito às condições de preenchimento do tubo
digestivo, particularmente do rúmen-retículo. Em ruminantes, especialmente nas
condições de criação brasileiras, este mecanismo normalmente predomina, uma vez
que as dietas são baseadas em pastagens ou com grande participação de volumosos,
os quais, devido ao alto teor de fibra, possuem um efeito distensor ruminal elevado.
Nos monogástricos, a elevação progressiva da taxa de glicose sanguínea age sobre o
centro da saciedade. Esse mecanismo de controle é chamado glicostático. Nos
ruminantes, tal informação é dada pelos ácidos graxos voláteis, que são absorvidos
pela parede ruminal. A maior parte dos trabalhos tem demonstrado que o acetato
parece ser o ácido graxo volátil mais envolvido nesta regulação. Entretanto, pesquisas
mais recentes apontam para uma forte participação do propionato. Sabe-se que
alguns neurotransmissores também estão envolvidos com o comportamento alimentar
dos animais, como a epinefrina e a norepinefrina, que parecem aumentar a ingestão, e
a serotonina e o carbacol, que parecem reduzir o consumo. A colecistoquinina também
pode atuar na redução do consumo de bovinos, assim como o glucagon, que parece
intervir aumentando a ingestão voluntária. Alguns opioides de ação central também
parecem atuar no SNC, alterando o consumo.
CONSUMO DE ALIMENTOS COMO MECANISMO HOMEOSTÁTICO
O equilíbrio energético do organismo é determinado pela diferença entre a ingestão de
energia proveniente dos alimentos e as perdas de energia (fezes, urina e calor), mais
a energia gasta para mantença, produção de leite, reprodução e movimentação. Um
equilíbrio energético positivo provém, então, de um aumento no consumo de energia,
superando as perdas e os gastos calóricos. Da mesma forma, um equilíbrio energético
negativo é resultado de uma redução no consumo de energia e/ou de um aumento nas
perdas e nos gastos de energia.
Dentro de uma margem bastante ampla de concentração energética na ração, os
animais são capazes de ajustar a quantidade de alimento ingerido, de forma a manter
o aporte de energia. Os ruminantes, à primeira vista, parecem ser uma exceção à
norma geral relacionada à homeostase de energia, pois consomem maior quantidade
de forragem nova e seca precocemente do que de forragem madura e seca
tardiamente. Ao contrário do que se esperava, o conteúdo de energia da primeira é
maior, bem como o seu consumo.
Fatores ligados ao alimento
- Concentração energética
- Disponibilidade
- Odor, sabor, textura, temperatura
Fatores ligados ao animal
- Individualidade
- Genótipo / raça
- Estado fisiológico e taxa de produção
- Peso vivo
- Idade
- Composição corporal
- Doenças
- Sexo
- Condições de fornecimento das rações
-Estresse
CONSUMO DE ÁGUA
Os animais adquirem água por meio da ingestão de alimentos, de água
voluntariamente e da água resultante do metabolismo dos tecidos corporais.
Entretanto, as exigências de água referem-se à água dos alimentos e à água
consumida em espécie.
Restrição de água, seja por disponibilidade limitada ou por baixa qualidade, pode
reduzir a IMS. As vacas leiteiras consomem cerca de 30% das exigências diárias de
água na primeira hora após deixarem a sala de ordenha.
Referncia
Alimentação de gado de leite / Editores: Lúcio Carlos Gonçalves, Iran Borges,
Pedro Dias Sales Ferreira. – Belo Horizonte: FEPMVZ, 2009

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