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SEGURANÇA DO TRABALHO

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Introdução 
 
 Ao longo de toda a história da humanidade, percebemos que o trabalho sempre esteve 
presente, pois, independente do tempo ou da cultura, é através dele que o homem pode prover sustento 
para si mesmo bem como para aqueles que com ele convivem. Se olharmos o mundo como um todo, 
veremos que o trabalho está presente de alguma forma aonde existe um ser humano. 
As profissões variam e existe uma gama praticamente infinita delas, desde as mais simples, passando 
pelas curiosas e chegando até as mais complexas, para não dizer geniais, tamanha precisa ser a 
inteligência humana para executá-las. 
 Fato é que o homem e o trabalho estão “interligados” e assim permanecem durante a maior 
parte do seu tempo de vida útil. Registros históricos comprovam isto desde os primórdios da 
humanidade, o trabalho esteve presente na sociedade tanto para o bem quanto para o mal. É através do 
trabalho que o homem adquire dignidade, conhecimento fortalece relações com a sociedade na qual 
encontra se inserido, porém foi através dele também que diversos povos ou segmentos raciais foram 
subjugados e submetidos a condições de vida extremamente degradantes através da escravidão. No 
Brasil vivenciamos este período triste e podemos encontrá-los nos registros históricos dos primórdios 
do país. E até hoje, apesar de oficialmente a escravidão ter sido abolida, sabe se que muitas pessoas 
neste país ainda trabalham em situações inconcebíveis, fato este que, quando descoberto, deve ser 
imediatamente denunciado às autoridades competentes para que sejam aplicadas as leis cabíveis. 
 Por causa dos excessos bem como riscos à saúde que cada profissão pode ocasionar, foram 
criadas medidas, leis e regulamentações que buscam orientar, coibir, fiscalizar, punir ou proteger ações 
tanto dos empregadoresquanto do trabalhador. 
 Esta pesquisa tem por objetivo apresentar um breve relato sobre a Segurança do Trabalho no 
Brasil. 
 
 
 
 
 
 
Breve relato histórico sobre a Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional no Brasil 
 O crescimento industrial e os avanços tecnológicos no Brasil contribuíram sobremaneira para 
desencadear o êxodo rural . Enquanto no campo a substituição do trabalho manual por máquinas 
diminuía as ofertas de trabalho, as cidades e capitais faziam o caminho inverso. Em busca de novas 
oportunidades e deslumbrados pelas promessas de um futuro promissor, o homem começa a abandonar 
a zona rural e afluir para as zonas nas quais se instalavam os pátios industriais. O país sofre então uma 
mudança de cenário econômico: de uma economia agrária para economia industrial. 
 Segundo estudo publicado pela FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz) em meados da década 
de 50, sobretudo durante governo de Getulio Vargas , o crescimento industrial no Brasil motivou a 
regulamentação das demandas trabalhistas. Após a criação da Justiça do Trabalho em 1939, surgiu a 
necessidade constitucional de consolidar as leis que regulamentariam as relações individuais e 
coletivas de trabalho. Em 1º de Maio de 1943 foi assinada a Consolidação das Leis do Trabalho, mais 
popularmente conhecida como CLT. É a partir deste momento que começa a despontar a Medicina do 
Trabalho. 
 A partir da década de 60, em pleno plena ditadura o país vivencia o chamado “milagre 
brasileiro” que além de alavancar o ramo industrial, proporcionou um crescimento acelerado de obras 
gigantescas como usinas hidrelétricas, estádios de futebol e a famosa Ponte Rio- Niterói. A falta de 
estrutura e preparo das empresas e do governo contribuiu sobremaneira para o aumento dos acidentes e 
mortes no ambiente de trabalho. 
Buscando equacionar o problema, o governo brasileiro criou uma série de Normas Regulamentadoras 
(NRs) , dentre as quais encontra-se a NR04 que implementa os Serviços Especializados em Engenharia 
de Segurança e Medicina do Trabalho(SESMTs), regra que define quantos profissionais de Saúde 
Ocupacional são necessários para cada empresa de acordo com seu quadro de funcionários. 
 O surgimento de movimentos sindicais e fundações com foco voltado para Saúde Ocupacional e 
Medicina Preventiva possibilitaram o avanço e a democratização dos direitos dos trabalhadores, 
principalmente a partir do final da década de 80. 
Chegando aos dias atuais, percebemos que houve um avanço muito grande e benéfico para os 
trabalhadores. As leis amparam e fiscalizam o cumprimento de assistência em caso de doenças 
ocupacionais, acidentes de trabalho, bem como determinam o cuidado preventivo através de exames 
médicos periódicos de acordo com cada profissão exercida. 
 
 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 
 Em um primeiro momento, quando falamos em segurança do trabalho e saúde ocupacional , 
vem a mente a idéia de proteção em um sentido amplo. Quando não existe conhecimento de causa 
podemos pensar logo em uma obra de construção civil com “peões” utilizando aqueles capacetes 
amarelos, botas nos pés e luvas nas mãos para evitar que algum acidente machuque gravemente 
alguém e só. Porém , quando começamos a pesquisar descobrimos que sim, os equipamentos de 
proteção individual fazem parte, mas o processo envolve muitas outras questões. 
 Em termos gerais, a Segurança do Trabalho corresponde ao conjunto de ciências e tecnologias 
que tem por objetivo proteger o trabalhador em seu ambiente de trabalho, buscando minimizar e/ou 
evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. 
Já Saúde Ocupacional é uma área da saúde que cuida da saúde do trabalhador, especialmente na 
prevenção de doenças ou problemas provenientes do trabalho. Seu objetivo é promover o bem estar 
tanto físico como mental e social dos trabalhadores no exercício de suas ocupações. 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional são trabalhadas de forma simultânea pois uma 
complementa a outra visando proporcionar um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para 
todos. 
A instituição precisa possuir uma boa Política de Segurança e Saúde do Trabalhador (PSST) , que não 
precisa necessariamente ser elaborada por agentes externos 
 No Brasil, existem inúmeras empresas de gestão em saúde e segurança ocupacional que 
oferecem pacotes completos com apoio técnico e operacional para assessorar corretamente cada tipo de 
instituição. Com apoio de tecnologias de informação, este tipo de serviço tornou se bem mais 
funcional. Existem diversos sistemas desenvolvidos e adaptados para responder adequadamente às 
demandas específicas de cada empresa. 
É importante que antes de contratar uma empresa especializada em gestão de saúde e segurança 
ocupacional cada instituição faça uma pesquisa cuidadosa de maneira que ao fechar a parceria exista a 
certeza de que a assessoria atingirá os objetivos desejados. A correta aplicação e monitoria dos 
métodos proporcionam inúmeros benefícios, tanto para o colaborador quanto para o empregador. 
Dentre tantos, podemos citar: 
Para o colaborador: 
 Aumento da segurança ao executar tarefas 
 Ambiente adequado às tarefas a serem desenvolvidas 
 Aumento da satisfação e por conseqüência da eficiência 
 
Para a empresa 
 Preservação da saúde dos colaboradores 
 Redução das perdas de material e de pessoal 
 Redução de gastos com saúde 
 Aumento da qualidade, produtividade, competitividade saudável e por conseqüências, aumento 
dos lucros 
 Preservação da saúde dos colaboradores e redução de faltas 
 
Para o RH 
 Redução de ausências no trabalho 
 Apoio e acompanhamento de profissionais devidamente capacitados 
 Respaldo jurídico diante de fiscalizações 
 Correto direcionamento para tomada dedecisões 
 Gerenciamento centralizado da saúde e segurança do trabalho 
 
Políticas em Saúde do Trabalhador 
 Atualmente o Brasil adota uma série de Convenções da Organização Internacional do 
Trabalho (OIT). As Convenções da OIT que foram ratificadas e promulgadas pelo Brasil deram 
origem a alterações nas Normas Regulamentadoras pertinentes a cada assunto abrangido pela referida 
Convenção. As Normas Regulamentadoras tem sido alteradas nos últimos anos, tanto para fazer frente 
à evolução dos métodos produtivos e relações do trabalho quanto para adequar-se às Convenções da 
OIT promulgadas pelo Brasil. 
 As Normas Regulamentadores (NR) relativas à segurança do Trabalho são de observância 
obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e 
indireta , bem como órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos 
pela Consolidação das Leis do Trabalho.O não cumprimento acarretará ao empregador a aplicação das 
penalidades previstas na legislação pertinente. Constitui ato faltoso a recusa injustificada do 
empregado ao cumprimento de suas obrigações com a segurança do trabalho. 
Conforme informações do Ministério do Trabalho e Emprego, atualmente em nosso país vigora um 
conjunto formado por 36 Normas Regulamentadoras, a saber: 
 Norma Regulamentadora Nº 01: Disposições Gerais 
 Norma Regulamentadora Nº 02: Inspeção Prévia 
 Norma Regulamentadora Nº 03: Embargo ou Interdição 
 Norma Regulamentadora Nº 04: Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho 
 Norma Regulamentadora Nº 05: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
 Norma Regulamentadora Nº 06: Equipamentos de Proteção Individual Individual (EPI) 
 Norma Regulamentadora Nº 07: Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(PCMSO) 
 Norma Regulamentadora Nº 08: Edificações 
 Norma Regulamentadora Nº 09: Programas de Prevenção de Riscos Ambientais 
 Norma Regulamentadora Nº 10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 
 Norma Regulamentadora Nº 11: Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de 
Materiais 
 Norma Regulamentadora Nº 12: Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos 
 Norma Regulamentadora Nº 13: Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações 
 Norma Regulamentadora Nº 14: Fornos 
 Norma Regulamentadora Nº 15: Atividades e Operações Insalubres 
 Norma Regulamentadora Nº 16: Atividades e Operações Perigosas 
 Norma Regulamentadora Nº 17: Ergonomia 
 Norma Regulamentadora Nº 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção 
 Norma Regulamentadora Nº 19: Explosivos 
 Norma Regulamentadora Nº 20: Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis 
 Norma Regulamentadora Nº 21: Trabalho a Céu Aberto 
 Norma Regulamentadora Nº 22: Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração 
 Norma Regulamentadora Nº 23: Proteção Contra Incêndios 
 Norma Regulamentadora Nº 24: Condições Sanitárias e Conforto nos Locais de Trabalho 
 Norma Regulamentadora Nº 25: Resíduos Industriais 
 Norma Regulamentadora Nº 26: Sinalização de Segurança 
 Norma Regulamentadora Nº 27: Revogada pela Portaria GM nº 262,29/05/2008 Registro 
Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB 
 Norma Regulamentadora Nº 28: Fiscalização e Penalidades 
 Norma Regulamentadora Nº 29: Segurança e Saúde no Trabalho Portuário 
 Norma Regulamentadora Nº 30: Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário 
 Norma Regulamentadora Nº 31: Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, 
Silvicultura, Explosão Florestal e Aquicultura 
 Norma Regulamentadora Nº 32: Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de 
Saúde 
 Norma Regulamentadora Nº 33: Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados 
 Norma Regulamentadora Nº 34: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção e Reparo Naval 
 Norma Regulamentadora Nº 35: Trabalho em Altura 
 Norma Regulamentadora Nº 36: Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e 
Processamento de Carnes e Derivados

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