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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - CAMPUS NOVA IGUAÇU CURSO DE GESTÃO DE RECUROS HUMANOS GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS NOVA IGUAÇU/RJ SETEMBRO DE 2017 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES E A GESTÃO DE PESSOAS Trabalho apresentado ao curso de Gestão de Recursos Humanos, na disciplina de Gestão Estratégica de Pessoas, como requisito parcial para aprovação. Professor (a): José Alves Amanda Marques de Souza Beatriz de Oliveira Ribeiro Carla Christine de Souza Tavares Naia Marcelino da Silva Renata Amaro da Silva Tássia Silveira Cardoso Moreira NOVA IGUAÇU/RJ SETEMBRO DE 2017 3 INTRODUÇÃO O texto a seguir trata-se de uma pesquisa realizada sobre Sistemas de Informações de Gestão de Pessoas. Ao decorrer da leitura será possível compreender o que é Sistemas de Informações de Gestão de Pessoas, como se aplica esse serviço, as vantagens e desvantagens de se ter um bom plano, os custos gerados para a empresa, a flexibilização e o impacto que causa nas empresas e em seus funcionários. Serão abordados temas importantes e que se entrelaçam as principais aplicações dos sistemas de informação de gestão de pessoas. Ressalta ainda artigos e autores relacionados à gestão estratégica devem ser ofertados pelas empresas. Segundo Chiavenato (2010) gestão de pessoas é o conjunto integrado de atividades de especialistas e gestores – como agregar, aplicar , recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas , no sentido de proporcionar competências e competitividade à Organização. Todo o conteúdo foi adquirido através de fontes como livros, artigos, e de autores renomados. 4 Sistemas de Informações de Gestão de Pessoas Sistema de Informação de Recursos Humanos é um sistema utilizado para coletar, registrar, armazenar, analisar e recuperar dados sobre os recursos humanos da organização e de suas respectivas atividades. Possibilitar o setor acompanhar, por meio de sistemas integrados, esse ritmo acelerado em que se encontra o mercado econômico. Com bancos de dados sincronizados e que podem ser acessados na rede em todo o mundo, o poder de velocidade e confiabilidade dos dados é incrível, o cruzamento de informações possibilita diagnosticar situações e auxiliar no processo de tomada de decisão dos que estão à frente da formulação de estratégias da empresa. Outro aspecto que chama atenção nesta ferramenta é o dinamismo, pois operações podem ocorrer em todo lugar e ao mesmo tempo. Sistema de informação também foi definido por Annes Apud Cautela e Polloni (1996) como "um conjunto de elementos interdependentes (subsistemas), logicamente associados, para que de sua interação sejam geradas informações necessárias à tomada de decisões". A tendência é que sejam desenvolvidos sistemas integrados para recursos humanos a fim de criar bancos de dados que garantam o acompanhamento contínuo da gestão de pessoas com indicadores tanto quantitativos quanto qualitativos, projetando cenários. Segundo (DUTRA 2000) será difícil para os antigos profissionais de recursos humanos se adaptarem a esta nova realidade, pois necessitarão rever suas premissas, práticas e ferramentas que já não despertam mais interesse nem atendem às expectativas e necessidades das organizações e das pessoas, (ULRICH 2000) levanta a importância em nos atentarmos, pois históricos denunciam que estes antigos profissionais "frequentemente subestimam a dificuldade de quebrar a mentalidade funcional". A empresa moderna está sujeita a enfrentar diversas modificações devido ao seu ambiente interno, e principalmente externo. CHIAVENATO (2000, p.49), propõe que: “a empresa é visualizada como um sistema aberto em um dinâmico relacionamento com seu ambiente, recebendo vários insumos (entradas), transformando esses insumos de diversas maneiras (processamento ou conversão) e exportando os resultados na forma de produtos ou serviços 5 (saídas)”. Os gestores precisam cada dia mais do apoio que os sistemas oferecem isso porque estes são confiáveis, ágeis e necessários, desde que bem conduzidos para sua utilização no momento da tomada de decisão. Segundo Chiavenato (2010, p. 507), os sistemas de informação de gestão de pessoas podem abarcar as seguintes definições: • Sistema utilizado para coletar, registrar, armazenar, analisar e recuperar dados a respeito dos recursos humanos da organização. A maioria dos sistemas de informação de RH é computadorizada. • Procedimento sistemático para coletar, armazenar, manter, combinar e validar dados necessários à organização a respeito dos recursos humanos, atividades pessoais e características das unidades organizacionais. • Sistema planejado para colher, processar, armazenar e disseminar informações a respeito dos colaboradores da empresa, de modo a permitir a tomada de decisões eficazes pelos gerentes envolvidos. • Sistema baseado em um banco de dados (incluindo um banco de talentos ou banco de competências) para disponibilizar, em tempo real, informações sobre recursos humanos, capital humano e capital intelectual da empresa. Um sistema de informações de gestão de pessoas tem como objetivos básicos: • Otimizar o tempo de processamento das diversas informações de pessoal, como frequência, pagamento, benefícios, desempenho, competências e formação, histórico médico etc. • Oferecer suporte, com informações atualizadas e previamente tratadas, para a tomada de decisão gerencial. O principal objetivo de um sistema de informações é levar às gerências informações a respeito de seu pessoal. Para tal, ele coleta dados, processa-os 6 e transforma-os em informações, de maneira esquematizada e ordenada, de modo que sirvam de subsídios ao processo de tomada de decisões. O Sistema de Informação existe numa organização, não como um departamento isolado, mas como uma rede espalhada pelos diversos componentes do sistema. Pela sua importância, os sistemas de informação são tomados como um subsistema principal sobre o qual recai bastante atenção por parte dos agentes decisórios (GOUVEIA, 2007). Wikipédia (2010) define que em um Sistema de Informação, várias partes trabalham juntas visando um objetivo comum. Esse objetivo é o fluxo mais confiável e menos burocrático das informações. As principais vantagens são: acesso rápido a informações; integridade e veracidade da informação; garantia de segurança de acesso à informação, suporte à tomada de decisão; valor agregado ao produto; aumento da qualidade do produto; oportunidade de negócios; carga de trabalho manual reduzida e principalmente o controle das operações. Acesso à informação de boa qualidade são essenciais para uma boa tomada de decisão. Principais aplicações dos sistemas de informação de gestão de pessoas Sistemas de Recursos Humanos é responsável por atrair, aperfeiçoar e manter a força de trabalho da empresa ajudando a identificar funcionários potenciais e selecionar novos, desenvolver talentos e potencialidades. No nível estratégico identificam habilidades, escolaridade, tipos de cargo que atendem os planos de negocio. No nível gerencial monitoram o recrutamento, alocação e remuneração de funcionários, no de Conhecimento descrevem funções relacionadas ao treinamento, elaboração de planos de carreira e relacionamentos hierárquicos entre funcionários e no Operacional registram o recrutamento e colocação de funcionários da empresa. Eles armazenam dados básicos de funcionários comonome endereço, telefone, escolaridade, função, salário, etc. São elaborados para armazenar dados que atendam exigências dos governos federais e estaduais relacionadas à contratação de funcionários conforme as leis trabalhistas. 7 Algumas informações desejadas que devam conter em um banco de dados de recursos humanos são: Avaliação de desempenho: armazenar a série histórica das competências e do desempenho individual, informar as metas de desempenho e o grau de atingimento destas durante um ciclo avaliativo. Administração de treinamento: informar as necessidades de treinamentos com base no perfil do cargo, divulgar a programação anual de treinamentos, selecionar os participantes, auxiliar na definição do orçamento e na logística de execução dos treinamentos. Avaliação e pesquisa: construir indicadores que ajudem a avaliar a eficácia das diversas políticas de gestão de pessoas. Provisão de pessoal: visualizar currículos cadastrados, fazer triagem de candidatos por perfil estabelecido, mostrar agenda de entrevistas, acompanhar o processo de seleção. Remuneração: visualizar a tabela salarial da empresa, os cargos e seus requisitos e a evolução da carreira de cada colaborador. Pagamento: realizar o cálculo das folhas de pagamento, calcular os encargos trabalhistas, disponibilizar comprovantes de pagamentos de salários, dos recolhimentos obrigatórios efetuados (FGTS, INSS etc.) e facilitar o agendamento das férias. O modelo BSC de Gestão Estratégica O Balanced Scorecard (BSC) é uma metodologia de medição e gestão de desempenho desenvolvida, em 1992, pelo professor Robert Kaplan, da Harvard Business School (HBS), e por David Norton, executivo de uma unidade de pesquisa da KPMG. O Balanced Scorecard foi criado para solucionar o problema de comunicação do planejamento empresa como um todo, visando utilizar uma visão holística da administração em beneficio do seu planejamento estratégico. É o planejamento em ação. Foi escolhido pela Harvard Business Review (HBR) 8 como uma das práticas de gerenciamento mais importantes dos últimos 75 anos, revela-se como uma ferramenta capaz de atender às novas exigências de gerenciamento dentro dos cenários econômicos em constantes mutações, como um instrumento de maior importância à construção de uma estrutura de indicadores estratégicos que possua abrangência e coerência compatível com a nova era do conhecimento. O BSC, de acordo com Campos (2001), não traz qualquer conceito novo, mas repensa temas antigos, chamando a atenção para pontos que estavam esquecidos ou mal compreendidos, mostrando a vinculação entre pontos vitais que não estavam claramente articulados. Ele mostra, assim, como esses conhecimentos estabelecidos podem ser aplicados aos tempos modernos, para atender às exigências impostas pelo ambiente mais competitivo para as empresas e, consequentemente, aumenta a compreensão do tema “vinculação entre estratégia e operação”. Espera-se que o BSC venha a fazer parte das ferramentas utilizadas pelos administradores para gerirem de maneira eficiente e eficaz as empresas e construírem organizações de grande sucesso. Assim, as indicações deste texto deverão ser entendidas como passo para uma jornada plena de aprimoramento da arte de administrar. O BSC consiste em um sistema de gestão que permite traduzir a visão e a missão da empresa em objetivos estratégicos monitorados por indicadores. Trata se uma metodologia baseada no equilíbrio organizacional e que se fundamenta no balanceamento entre quatro diferentes perspectivas: perspectiva do aprendizado e crescimento (ou inovação), perspectiva dos processos internos, perspectiva do cliente e perspectiva financeira. Para Kaplan & Norton (1997), o BSC capta as atividades críticas de geração do valor criados por funcionários e executivos capazes e motivados da empresa. Os mesmo autores dizem que para a aplicação do BSC nas organizações, três aspectos são de fundamental importância: a integração entre as quatro perspectivas, para que estas não se tornem isoladas dentro do contexto; o balanceamento entre os graus de importância das perspectivas do BSC; e que o BSC seja visto pela organização como um sistema de gestão estratégica e não somente gestão financeira. Sendo assim, Rocha (2000) diz que o BSC é 9 mais do que um sistema de medidas, devendo também traduzir a visão e a estratégia de uma unidade de negócios em objetivos e medidas tangíveis, que representam o equilíbrio entre indicadores externos voltados para acionistas e clientes, e medidas internas dos processos críticos, de inovação, aprendizado e crescimento. O importante é o equilíbrio entre as medidas de resultado – as consequências dos esforços do passado e os vetores de desempenho futuro. O BSC apresenta alguns componentes fundamentais para sua elaboração: • Mapa estratégico: descreve a estratégia por meio dos objetivos relacionados entre si e distribuídos entre as quatro perspectivas. • Objetivo estratégico: define aquilo que a organização pretende alcançar. • Indicadores: têm a função de medir e acompanhar o sucesso da estratégia organizacional. • Metas: envolvem o nível de desempenho ou a taxa de melhorias que devem ser realizadas para que os objetivos sejam alcançados. • Plano de ação: inclui as ações práticas necessárias para alcançar os objetivos estratégicos organizacionais. Avaliação estratégica de gestão de pessoas A avaliação da função gestão de pessoas implica a utilização de mecanismos que possam inferir adequadamente as contribuições das diversas ações e das políticas de RH no alcance das estratégias organizacionais. Gestão Estratégica de Pessoas: Características Gerais Gestão estratégica de pessoas analisa as principais iniciativas nas tomadas por alta administração da empresa em nome dos proprietários, envolvendo recursos e desempenho em ambientes externos. Implica em especificar e divulgar a missão, visão e os objetivos. Desenvolve políticas e planos em termos de projetos e programas projetados para atingir objetivos. 10 Deve existir a alocação de recursos para implantar políticas, planos, projetos e programas. Dados são usados para avaliar o desempenho geral do negócio e o progresso em direção aos objetivos. Estudos recentes e os principais teóricos da administração defendem que a estratégia precisa começar com as expectativas das partes interessadas. Um indicador é composto por alguns elementos básicos, conforme especificado pelo Guia referencial para medição de desempenho e manual para construção de indicadores, publicado pelo Ministério do Planejamento (BRASIL, 2009, p. 46): • Medida: grandeza qualitativa ou quantitativa que permite classificar as características, resultados e consequências dos produtos, processos ou sistemas. • Fórmula: padrão matemático que expressa a forma de realização do cálculo. • Índice (número): valor de um indicador em determinado momento. • Padrão de comparação: índice arbitrário e aceitável para uma avaliação comparativa de padrão de cumprimento. • Meta: índice (número) orientado por um indicador em relação a um padrão de comparação a ser alcançado durante certo período Quanto às unidades de medidas, os indicadores podem ser classificados como simples ou compostos (BRASIL, 2009). Os indicadores simples permitem avaliar aspectos da realidade: • número de alunos matriculados no ensino superior; • número de beneficiários do Bolsa Família; • número de novos postos de trabalhos criados. Quanto os compostos expressam a relação entre duas ou mais variáveis. Tais relações podem assumir quatroformas distintas. Existem, portanto, quatro tipos diferentes de indicadores compostos: 11 Proporção ou coeficiente: é o quociente ou a divisão entre a quantidade de casos pertencentes a uma categoria e o total de casos considerados. Constitui a razão entre o número de ocorrências de um fenômeno em um período e o nú- mero total. Exemplos: • coeficiente de natalidade = número de nascidos / população total; • coeficiente de mortalidade = número de óbitos / população total. Porcentagem: tipo de indicador obtido a partir do cálculo das proporções, multiplicando o resultado calculado por 100. Razão ou índice: é a divisão de uma variável em relação a outra variável distinta. Podemos considerar a proporção um caso particular de razão, no entanto, classicamente nos referimos a um indicador como índice ou razão quando são comparadas variáveis distintas. Taxa: indicador cujos coeficientes são multiplicados por uma potência de 10 e seus múltiplos, visando melhorar a compreensão do indicador. A avaliação de resultados na gestão de pessoas Um resultado pode ser avaliado a partir de diversas perspectivas. Podemos ter resultados em duas dimensões: esforço e resultado. O esforço compreende a energia empregada para produzir determinada ação. Ao avaliar um resultado, não podemos desconsiderar os esforços empreendidos nessa busca. Já a dimensão do resultado diz respeito aos produtos efetivamente gerados pelo esforço desprendido. (Pode-se citar como exemplos os estudos sobre a mensuração de ativos intangíveis, proposta por Sussland (2001), e mensuração de resultados de programas de gestão do conhecimento Skyrme e Amidon, 1998). 12 CONCLUSÃO É essencial o conhecimento na área de Sistemas de Informações de Gestão de Pessoas, pois o aperfeiçoamento do sistema depende fundamentalmente dos resultados destas informações, os conhecimentos acumulados apontam para a necessidade de ampliação do conhecimento nas Organizações, é preciso que os Sistemas de Informações de Gestão de Pessoas, sejam feitas de maneira sistemática, pois é ela que vai dizer para organização que o planejamento estratégico foi bem sucedido e causou as transformações no ambiente corporativo, por essa razão é necessário que todas as informações estejam coerentes para que os resultados não sejam inconsistentes. O desafio da Equipe de Sistemas de Informações de Gestão de Pessoas é trazer benefícios a curto, médio e longo prazo para os empresários. Os gestores das empresas só tomarão uma decisão, apoiados em relatórios bem elaborados e com uma informação precisa. Concluímos que os Sistemas de Informações atuais devem atender a todas as necessidades de uma empresa, em todas as áreas da organização juntamente com os recursos humanos é conhecer todos os cantos e setores da empresa. 13 Referência Bibliográfica: Administração: Teoria, Processo e Prática. 3. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000. BRASIL. Tribunal de Contas da União. Plano estratégico 2006-2010. Brasília, DF: TCU, 2006. Disponível em: Acesso em: 24 nov. 2015.. CHIAVENATO, Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010 GESTÃO DE PESSOAS: O NOVO PAPEL DOS RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES. Rio de Janeiro: Campus, 1999. http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/10120/1197800439 .pdf?sequence=1&isAllowed=y Acesso em 05 Abr. 2016. KAPLAN, R. S. e NORTON, D. P. A Estratégia em Ação: Balanced Scorecard. Rio de Janeiro: Campus, 1997. KAPLAN, R. S. e NORTON, D. P. Utilizando o balancedscorecard como sistema gerencial estratégico. Rio de Janeiro: Campus, 2000. LOPES, F. G. Balanced Scorecard e ISO 9001:2000. CAMPOS, J. A Cenário Balanceado: painel de indicadores para a gestão estratégica dos negócios. São Paulo: Aquariana, 1998. DRUCKER, P. F. As informações de que os executivos realmente precisam. In Medindo o desempenho empresarial. São Paulo: Campus, 2000. ROCHA, T., PINTO, M. G. C., GIUNTINI, N. A utilização do Balanced Scorecard como ferramenta de gestão estratégica. In. CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE, 2000, Goiânia. Anais do XVI Congresso Brasileiro de Contabilidade. Goiana: GO, 2000. Balanced Scorecard, junho de 2005. BSC e o cenário gerencial, junho de 2005. Perspectivas do BSC, junho de 2005. Site: www.administradores.com.br/artigos/marketing/balanced-scorecard-bsc- uma-ferramenta-de-gestao/12951/ SITE:ENANPAD 2006
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