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A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA NA ESCOLA COMUM Solange Crispim Salazar Professora Tutora Externa: Barbara Mª Siqueira Dagostim Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI Pedagogia (Ped. 0786) – Prática do Módulo II 29/11 /13 RESUMO O presente trabalho apresenta-se com o intuito de discutir a inclusão do aluno com deficiência na escola regular, pois, esse assunto inspira-nos a cogitar a ligação da teoria e prática, texto e contexto, pensamentos e ações afetivas, procurando entender as intervenções dos pensamentos que a educação exerce na prática pedagógica das escolas. O paradigma da inclusão, os direitos humanos e a articulação entre o direito à igualdade e à diferença abriram caminho para as mudanças dos sistemas educacionais em sistemas educacionais inclusivos Esse movimento Mundial é em defesa dos estudantes estarem juntos, aprendendo e participando sem qualquer forma de discriminação. Estamos numa era de tantas e tão rápidas mudanças, que o esforço de todos a essas novas propostas consistentes e justas possuem um grande signifado. A escola inclusiva deverá estar pronta para receber uma diversidade de alunos, então, podemos dizer que a inclusão está em processo de construção, mas as mudanças estão acontecendo dia a dia. A tarefa é difícil e ampla, porque dentre as práticas humanas, a educação é a que mais se sobressai na influencia da existência humana. Palavras-chave: Escola regular, Inclusão, Deficiências. 1 INTRODUÇÃO Os alunos ditos como “normais” estudam em escolas regulares, enquanto os ditos “especiais” frequentam instituições especificas sendo assim diferenciados. O sistema educacional tem seus alunos normais e especiais desestabilizados com a inclusão, pois, os espaços foram criados próprios para seus docentes, e sua organização pedagógica mantém essa separação com avaliações, professores que fazem parte desses espaços. Esses sistemas educacionais ainda retêm presas as tradições, mas a inclusão chega para quebrar os padrões dos perfis específicos e de seleções dos educandos escolhidos para frequentarem as escolas, trazendo consigo as identidades e diferenças. No ambiente inclusivo não se elege uma identidade privilegiada em relação às demais, ela é instável, inacabada, os alunos não fazem parte de grupos escolhidos, as diferenças são múltiplas, ou seja, uma educação que busca garantir o direito as diferenças sejam elas quais forem apresentadas. 2 INCLUSÃO: SONHO POSSÍVEL 2 A educação inclusiva conquistou a simpatia de pais, educadores e sociedade em geral, pois hoje tem se mais consciência sobre os direitos humanos, mas na prática o consenso não é unanime mesmo entre os que defendem a ideia. O entendimento que se tem da inclusão ainda é desinformado, pois, os professores, escolas e a sociedade não estão capacitados para a inclusão, quando lhe é perguntado sobre o assunto fazem a associação com os portadores de deficiências, mas esquecem dos que possuem altas habilidades, superdotados, os que apresentam dificuldades de aprendizagens, os negros, anões, e outras minorias excluídas que fazem parte. Alguns professores e pais resistem à inclusão em razão da insegurança no trabalho educacional, pois, pensam que esses alunos não contribuem na aprendizagem das classes regulares, dizem que em seus cursos de formação não estudaram nada a respeito, muitos se negam, outros aceitam trabalhar com esses alunos apenas para não criarem atritos com a direção escolar e acabam deixando –os excluídos das atividades da sala, mas há aqueles que aceitam o desafio e descobrem o que representa o trabalho das diferenças. As famílias, comunidades, professores, devem envolver-se nas discussões para garantir os esclarecimentos sobre a inclusão, pois, todos deverão olhar o futuro e enxergar o quanto se conquista no aprendizado junto a esses educandos. Segundo defensores da proposta os caminhos para as escolas inclusivas passam: (AINSCOW, POTER, WANG, 1977). -Valorização profissional dos professore (ajudas e estímulos); -Pelo aperfeiçoamento das escolas (cuidando-se do “manejo das inovações. Fazer avançar a prática implica, assim, um equilíbrio cuidadoso entre a salvaguarda do que existe e a mudança.” (AINSCOW, p.23)). -Pela utilização dos professores das classes especiais como professores de métodos e recursos, atuando como consultores de apoio; -Pelo aperfeiçoamento do pessoal docente, para que atue como suporte para as práticas inclusivas nas escolas. (PORTER, p.41); -Pelo trabalho de equipe; -Pelas adaptações curriculares, capazes de assegurar o domínio das matérias curriculares, promovendo-se a igualdade de oportunidades para o sucesso educativo. (WANG, p.63). A escola deve ser também espaço de alegria, onde os educandos possam desenvolver sentimentos sadios em relação ao outro, a si mesmo e em relação ao conhecimento. Portanto a prática pedagógica deve ser inclusiva, envolvendo a todos e a cada um, no interesse e motivação para a aprendizagem. Inclusão não significa um modo igual de ensinar a todos e, sim ensinar de acordo com as diferenças e necessidades individuais. 3 Conforme o texto oficial das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica decorrente do parecer CNE/CEB n17 de 2001, que inspirou a resolução n dois de 11 de setembro de 2001 que substitui o da Politica Nacional de Educação Especial- seu aluno expandiu, como pode ser visto no texto do art. 5 da supracitada resolução n dois, consideram-se docentes com necessidades educacionais especiais, aqueles que durante o processo educacional apresentar: - Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos: a) Aquela não vinculada a uma causa orgânica especifica; b) Aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências; - Dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a utilização de linguagem e códigos aplicáveis; - Altas habilidades, superdotação, grande facilidade de aprendizagem que o leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes. (p.70). Independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras, crianças deficientes e bem dotadas, crianças que vivem nas ruas e que trabalham crianças de populações distantes ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, p.17). Nesse sentido, as diferenças presentes no cotidiano escolar, precisam ser percebidas e compreendidas como elementos importantes para o processo de aprendizagem. Pois, é na interação que as diferenças são compartilhadas, são aprendidas. 3 CONCLUINDO PARA RECOMEÇAR As discussões sobre esse assunto são polemicas e divergentes, pois, temos quem acredita e esforça-se para provar que funciona, e os que não acreditam o que se tem de concreto são leis brasileiras, mas a maneira de como fazer essa inclusão ainda é precária, pelo processo que é novo, para que haja realmente essa inclusão tão sonhada, terá que haver ajustes no currículo escolar, a escola estar pronta como um todo, professores, pais, alunos e comunidade, as mudanças devem vir de cada um, quebrando as barreiras do preconceito, para tanto precisamos de pessoas que não 4 reforcem o individualismo, mas que estimulem a solidariedade, cooperação, para sermos mais fortes, seguros e humanos. Lutamos pela inclusão de alunoscom direitos a respostas educativas que os atendam em suas necessidades de aprender e de participar. O processo é lento, e esta longe de ter uma conclusão, mas, sim um recomeço, neste sentido a inclusão é o ato de aprender com as diferenças a cada dia. REFERÊNCIAS AINSCOW, M.; Porter, G; Wang, M. Caminhos para escolas inclusivas. Lisboa: Instituto Educacional, 1997. BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Especial. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. A escola comum inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2010. CORDE. Declaração de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. Brasília, Corde, 1994. MEC/SEESP, 2001. MEC. Plano Nacional de Educação. Brasília, 2001. SENADO Federal. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. RESUMO 1 INTRODUÇÃO
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