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CONSULTA DE ENFERMAGEM GINECOLÓGICA

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CONSULTA DE ENFERMAGEM GINECOLÓGICA – EXAME COLPOCITOLÓGICO
A principal finalidade do exame colpocitológico é a detecção de lesões precursoras do câncer cérvico-uterino. As orientações antes do exame são: abstinência sexual mínima de 72hs, não ter feito uso de cremes, duchas vaginais e USG transvaginal por pelo menos 48hs antes do exame, intervalo após período menstrual de pelo menos uma semana, solicitar a cliente pra esvaziar a bexiga. Atentar para conforto e privacidade. 
Em casos de mulheres no climatério/terceira idade com ressecamento vaginal: Usar cremes de estrogênio intravaginal, de preferência o estriol, devido a baixa ocorrência de efeitos colaterais, por sete dias antes do exame, aguardando um período de 3 a 7 dias entre a suspensão do creme a realização do exame.
A coleta da ectocérvice é feita com a espátula de madeira de Ayre, o lado fenestrado, movimento giratório de 360° em torno do orifício cervical. Toda a superfície do colo deve ser raspada. A distribuição do material na lâmina deve ocorrer de maneira homogênea próximo a área fosca.
A coleta da endocérvice inclui a introdução da escovinha endocervical e fazer movimento giratório de 360° num período de 30 segundos entre a coleta e a colocação na lâmina e após no frasco com o fixador. Colocar o material retirado da endocérvice na metade inferior da lâmina no sentido longitudinal e de maneira uniforme. O esfregaço deve ser imediatamente fixado para evitar ressecamento do material. A fixação pode ser com álcool a 96% e fixador spray. 
Fatores de riscos incluem idade precoce na primeira relação sexual antes dos 16 anos, multiplicidade de parceiros – incidência micro lesões; história de infecções sexualmente transmitidas (da mulher e de seu parceiro), HPV como agente carcinogênico pela persistência de infecção, multiparidade, tabagismo, alimentação pobre em alguns micronutrientes, como betacaroteno, vitamina C e folato, e uso de anticoncepcionais. 
NIC significa Neoplasia Intraepitelial Cervical, que não é câncer, mas sim, uma lesão precursora, que dependendo de sua gravidade, poderá ou não evoluir para câncer. A NIC pode ser classificada em três fases: NIC I, NIC II e NIC III.
A NIC I é a alteração celular que acomete as camadas mais basais do epitélio estratificado do colo uterino (displasia leve). Cerca de 80% das mulheres com esse tipo de lesão apresentarão com a regressão espontânea.
A NIC II é a existência de desarranjo celular em até ¾ da espessura do epitélio, preservando as camadas mais superficiais (displasia moderada).
A NIC III é a observação do desarranjo em todas as camadas do epitélio (displasia acentuada e carcinoma in situ) sem invasão do tecido conjuntivo subjacente.
As lesões precursoras de alto grau, como na NIC II e III, são encontradas com maior frequência na faixa etária de 35 a 49 anos, especialmente em mulheres que nunca fizeram o exame citopatológico. No resultado de NIC II e NIC III, recomenda-se o encaminhamento para a realização de colposcopia, pra confirmação histopatológica de que não há invasão do tecido conjuntivo. No resultado compatível com NIC I, recomenda-se a repetição do exame após 6 meses. 
As formas pré-invasoras são assintomáticas, pode haver sangramento intermenstrual ou pós-coital inexplicados, tumor com necrose há odor característico e sangramento vaginal.
O diagnóstico vai ocorrer com o rastreio feito pela colpocitologia, avaliação do epitélio com a colposcopia e o diagnóstico definitivo com a histologia. 
O tratamento de NIC inclui eletrocauterização, coagulação a laser, excisão ampla com alta frequência (CAF) e conização (CAF e bisturi).

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