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60 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 Unidade II Unidade II 5 FUNDAMENTOS DA GINÁSTICA I 5.1 Terminologia dos posicionamentos do corpo O que você, caro aluno, verá neste presente tópico, é a nomenclatura oficial e técnica que é utilizada na ginástica, como na educação física, analisada sob o ponto de vista da anatomia, da biomecânica e também do treinamento desportivo, ou seja, a nomenclatura que deve ser utilizada para qualquer profissional de educação física em suas aulas. Iremos começar com os posicionamentos e as siglas simples e com a ajuda dos desenhos ficará fácil o entendimento. Posição fundamental – Deve estar em pé, tronco ereto, membros superiores ao longo do corpo no prolongamento, olhar voltado para o horizonte. Figura 42 – MMSS Apresentam‑se as seguintes siglas: MS – membro superior (esquerdo ou direito). MMSS – membros superiores. Os membros podem estar: • ao longo do corpo: estendidos naturalmente ao longo (ao lado) do corpo; 61 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 GINÁSTICA GERAL • no prolongamento do corpo: estendidos acima da cabeça, colocados verticalmente. Figura 43 – MMII MI – membro inferior (esquerdo ou direito). MMII – membros inferiores. Podem estar: • em afastamento lateral: pés afastados em uma distância equivalente à linha dos ombros; • em grande afastamento lateral: distância superior ao afastamento lateral; • em afastamento anteroposterior: afastamento de MMII, estando um pé à frente e o outro atrás do corpo; • em afundo: variação do afastamento lateral ou anteroposterior. Um dos MMII deve estar em semiflexão (menor que 90°). Figura 44 – Em afundo 62 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 Unidade II 5.1.1 Posicionamentos corporais Estes posicionamentos se referem às posições do corpo em relação ao solo, ou seja, qual parte do corpo está em contato com o solo. Como veremos a seguir: • ajoelhado: MMII flexionados, joelhos e pés apoiados no solo. Os MMII podem estar unidos ou afastados, o tronco elevado; Figura 45 – Ajoelhado • semiajoelhado: variação da posição ajoelhada. Um dos MMII deve estar com o joelho apoiado no solo, e o outro, apoiado sobre o pé; Figura 46 – Semiajoelhado • de cócoras: MMII totalmente flexionados com equilíbrio na parte anterior ou com toda a planta dos pés no solo, tocando glúteos no calcanhar; 63 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 GINÁSTICA GERAL Figura 47 – De cócoras • sentado: glúteos tocam o solo, tronco elevado. MMII podem variar: estendidos, flexionados, unidos, afastados, cruzados etc.; Figura 48 – Sentado • decúbito dorsal: deitado com a região dorsal do tronco apoiada no solo; Figura 49 – Decúbito dorsal 64 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 Unidade II • decúbito ventral: deitado com a parte anterior do tronco apoiado no solo; Figura 50 – Decúbito ventral • decúbito lateral: deitado com apoio da lateral do tronco, esquerda ou direita, no solo; Figura 51 – Decúbito lateral • quatro apoios: apoio de mãos e pés no solo, parte anterior do tronco voltada para baixo, quadril elevado de forma a criar um ângulo próximo a 90° entre o tronco e MMII; Figura 52 – Quatro apoios • quatro apoios invertidos: apoio de mãos e pés no solo, parte anterior do tronco voltada para cima, quadril elevado e MMII flexionados; Figura 53 – Quatro apoios invertidos 65 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 GINÁSTICA GERAL • seis apoios: mãos, pés e joelhos apoiados no solo; Figura 54 – Seis mãos • apoio de frente: mãos e pés apoiados no chão, tronco e MMII estendidos, parte anterior do tronco voltada para baixo; Figura 55 – Apoio de frente • apoio dorsal: mãos e pés apoiados no chão, tronco e MMII estendidos, parte posterior do tronco voltada para baixo. Figura 56 – Apoio dorsal 66 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 Unidade II 5.2 Terminologia referente aos movimentos articulares Estes movimentos se referem às articulações do corpo. Os posicionamentos dessas articulações diante dos movimentos são: • extensão: aumentar o ângulo da articulação de um segmento do corpo, distanciando suas partes; • flexão: diminuir o ângulo da articulação de um segmento do corpo, aproximando as suas partes; a) b) Figura 57 – a) Extensão e b) Flexão • abdução: ato de afastar um segmento da linha mediana do corpo; a) b) Figura 58 – a) e b) Abdução 67 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 GINÁSTICA GERAL • adução: ato de aproximar um segmento da linha mediana do corpo; a) b) Figura 59 – a) e b) Adução • elevação: suspender qualquer parte do corpo no sentido contrário ao da ação da gravidade; a) b) Figura 60 – a) e b) Elevação 68 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 Unidade II • depressão: volta da elevação, movimento antagônico; a) b) Figura 61 – a) e b) Depressão • circundução: combinação de movimentos realizados em um determinado plano, em que o centro do movimento é um ponto fixo (articulação); movimento de 360°; a) b) Figura 62 – a) e b) Circundução • balancear: movimento pendular dos segmentos, no qual o ponto fixo é uma articulação, variando de acordo com os planos e direções; • rotação: movimentos em torno do eixo longitudinal do segmento; • hiperextensão: é a extensão continuada de uma articulação para além da posição anatômica; • pronação: rotação interna do antebraço; 69 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 GINÁSTICA GERAL • supinação: rotação externa do antebraço; • anteversão: progressão da crista ilíaca para frente; • retroversão: progressão da crista ilíaca para trás; • inversão: elevação da borda medial do pé; • eversão: elevação da borda lateral do pé; • dorsiflexão: movimentação do peito do pé em direção à canela; • flexão plantar: movimentação da sola do pé para baixo (apontar os dedos). 5.3 Terminologia dos movimentos Em relação à nomenclatura, destacamos: • saltar: locomoção explosiva e dinâmica, com ou sem deslocamento inicial (corrida), na qual existe uma perda total do contato dos pés com o solo e uma fase aérea pronunciada, podendo o impulso se dar com um ou com os dois pés; • saltitar: é uma ação feita com ou sem deslocamento inicial, com perda momentânea do contato dos pés com o solo. A fase aérea é pequena, e a retomada com o solo é feita com a parte anterior dos pés; • alternado: o que ocorre ou é feito de forma alternada; • simultâneo: o que acontece ao mesmo tempo; • assimétrico: o que transcorre ou é feito em sentidos opostos, estando ou não no mesmo plano; • inclinação: fluxo que afasta os segmentos do esqueleto axial da linha mediana do corpo, estar obliquamente em relação ao plano frontal. 5.4 Elementos corporais Sobre os elementos corporais, ressaltamos os movimentos corporais básicos, que são naturais do ser humano e condicionados a estímulos do meio em que vivemos, como andar, correr, saltar, saltitar, girar, rolar, extensão, flexão etc. Já as ações complexas ouespecíficas são elaboradas de modo consciente, em ritmo, forma e intensidade para alcançar um objetivo, um fim determinado. Em relação à descrição de uma atividade, para descrevermos uma ação ou movimento devemos apresentar três fatores: 70 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 Unidade II • posição inicial: descrever a posição (estática) do indivíduo antes de iniciar a deslocação. Caso existam aparelhos ou objetos, informar seu posicionamento também; • execução: retratar, usando a terminologia correta, o ato ou atividade, com número de repetições, tempo de duração da deslocação etc. • posição final: expor a posição final do executante (estática) ao final do deslocamento. 5.5 Terminologia referente ao corpo no espaço físico A terminologia do corpo compreende a situação na qual o corpo faz referência ao espaço físico em que está situado. Destacamos: • colunas: disposição na qual os alunos ficam um atrás do outro; • fileiras: condição na qual os alunos ficam dispostos um ao lado do outro; • longitudinal: organização no sentido do comprimento, tudo o que é relativo a ele; • transversal: distribuição no sentido da largura, tudo o que é relativo a ela. 5.6 O que são sequência pedagógica e sequência ginástica? Sequência pedagógica é a sucessão de movimentos, naturais ou construídos, visando a um objetivo; a ordem deles acontece de acordo com a importância e a dificuldade. Sempre se deve ensinar do simples para o complexo. Ela é dividida em estágios de desenvolvimento. Os objetivos visados são: • aluno: ele imagina a ação, tenta, experimenta, imita, descobre, constata, avalia e seleciona como deve ser feita; • professor: ele orienta, incentiva, ajuda quando necessário, julga e corrige. Lembrete Sequência ginástica é uma sucessão de deslocações que se ligam de forma harmoniosa utilizando os fundamentos básicos da ginástica e que são somadas às habilidades motoras. 6 CAPACIDADES FÍSICAS O desenvolvimento das capacidades físicas está ligado à ginástica como um meio, ou seja, como um instrumento para desenvolvê‑las, devido à sua importância em nível orgânico. São possibilidades motoras naturais e adquiridas, podendo‑se realizar esforços de acordo com cada indivíduo. 71 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 GINÁSTICA GERAL Na educação física os movimentos corporais realizados nos seus conteúdos e até mesmo os do dia a dia dependem do desenvolvimento dessas capacidades físicas, para que as ações se tornem de fácil execução, sem nenhum tipo de transtorno. Por isso uma das funções da educação física é o desenvolvimento das capacidades físicas (habilidades motoras), e a ginástica se torna um meio para desenvolvê‑la. Souza e Ayoub (2012) dividem as capacidades físicas ou motoras em três grupos, a cujos exercícios ginásticos podemos recorrer para ensinar: • primeiro: força, velocidade, resistência e potência; • segundo: coordenação motora, flexibilidade corporal, equilíbrio motor; • terceiro: orientação cinestésica, espaçotemporal, estruturação do esquema corporal, expressão corporal. Veremos agora as capacidades do primeiro e do segundo grupo; as do terceiro veremos em outra oportunidade. 6.1 Força “[...] É a habilidade de um músculo ou grupamento muscular de vencer uma resistência, produzindo tensão na ação de empurrar, tracionar ou elevar[...]” (Tubino, 1992, p. 20). É o resultado de processos de inervação e de utilização de substâncias energéticas na musculatura, dos quais ressaltamos: • força dinâmica: quando o fator determinante do movimento tem a intensidade da resistência a ser vencida, e não a velocidade de execução. Suporta o peso do próprio corpo em deslocamentos repetitivos; • força isométrica: quando não há produção de trabalho ou deslocação. Há produção de força, mas ela é estática; • força explosiva: quando se exerce o máximo de energia em uma ação explosiva. 6.2 Velocidade “[...] Qualidade particular do músculo e das coordenações neuromusculares que permite uma sucessão rápida de gestos [...]” (Tubino, 1992, p. 30). Pode ser de intensidade máxima e duração breve ou muito breve. Há três tipos: • velocidade de deslocamento, que é a capacidade máxima de uma pessoa mover‑se de um ponto ao outro; 72 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 Unidade II • velocidade de reação, que é a rapidez com a qual um indivíduo é capaz de responder a um estímulo (visual, auditivo ou tátil). Tempo requerido para ser iniciada a resposta a um estímulo recebido; • velocidade de membros, que é a habilidade de mover membros superiores e/ou inferiores tão rápido quanto possível. 6.3 Resistência Qualidade em realizar um esforço continuado, reagindo contra uma fadiga, durante um determinado tempo. Existem diferentes tipos de resistência; cada um exigirá a utilização de uma determinada fonte de energia. Destacaremos a seguir alguns deles: • resistência aeróbia: permite manter, por um determinado período de tempo, um esforço em que o consumo de O2 equilibra‑se com sua absorção, sendo os esforços de fraca e média intensidade; • resistência anaeróbia: possibilita preservar, por um prazo definido, um esforço em que o consumo de O2 é superior a sua absorção, acarretando um débito que somente será recompensado em repouso, sendo os esforços de grande intensidade; • resistência muscular localizada (RML): capacidade individual de realizar em um maior tempo possível a repetição de um movimento estabelecido, em um mesmo ritmo e com a mesma eficiência. É a habilidade de repetir várias vezes uma tarefa igual utilizando‑se baixos níveis de força. É a possibilidade de o músculo trabalhar contra uma resistência moderada durante longos períodos de tempo. 6.4 Potência O conceito de potência emitido pela física é igual à força multiplicada pela velocidade. Para a atividade física, o sinônimo corrente de potência é a força explosiva, ou seja, a quantidade de trabalho feito na unidade de tempo. 6.5 Coordenação Capacidade de executar movimentos complexos de modo conveniente, para que possam ser realizados com o mínimo de esforço. Constitui‑se uma atividade psicomotora indispensável em todas as habilidades desportivas, devendo ser trabalhada em todos os programas de educação física desde os primeiros níveis. A repetição contínua de deslocamentos combinados melhora gradualmente a coordenação. É o resultado de um trabalho conjunto do sistema nervoso e do muscular, mostrando‑se as deslocações coordenadas, amplas e econômicas, sem desnecessárias contrações. É a integração do sistema nervoso central e da musculatura esquelética em um movimento ou em uma sequência deles. O deslocamento está integrado aos comandos mentais, é um processo que envolve reflexão/ação. Coordenação motora associa corpo e mente. 73 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 GINÁSTICA GERAL 6.6 Flexibilidade “Qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude articular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem risco de provocar lesão” (Dantas, 1998, p. 173). É a propriedade motora que permite realizar ações em nível articular; estruturalmente a flexibilidade depende dos músculos, tendões, ligamentos, cápsula articular, estrutura óssea e pele, que são fatores limitantes. A flexibilidade envolve a mobilidade articular (movimento das articulações) e a elasticidade muscular (alongamento dos músculos). Segundo Zilio (1994), a flexibilidade pode ser dividida em: • flexibilidade ativa:quando a ação sobre determinada articulação é exercida por forças internas do próprio indivíduo; • flexibilidade passiva: quando o funcionamento sobre determinada articulação é exercido por forças externas ao corpo do executante, como um auxiliar, pesos ou outra forma de auxílio. O alongamento não se trata de um tipo de ginástica, mas de um exercício físico que possui determinada especificidade, podendo ser utilizado como preparatório para outras práticas corporais, assim como para ginástica. Saiba mais Para mais referências sobre os tipos de flexibilidade, consulte a obra: ZILIO, A. Treinamento físico: terminologia. Canoas: Ulbra, 1994. 6.7 Equilíbrio “[...] Qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade [...]” (Tubino, 1992, p. 41). O equilíbrio é uma das capacidades motoras mais importantes, pois precisamos dele nas ações do dia a dia, como andar, ficar em pé ou mesmo para andar de bicicleta. O equilíbrio é a capacidade de sustentar o corpo em qualquer posição contra a força de gravidade. Ele ocorre da seguinte forma: • equilíbrio estático: adquirido em determinada posição; • equilíbrio dinâmico: obtido durante o movimento; 74 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 Unidade II • equilíbrio recuperado: explica a recuperação da estabilidade após o corpo ter estado em deslocamento. Observação Os principais órgãos do corpo responsáveis pelo equilíbrio são o labirinto do ouvido interno e o cerebelo, que têm influência no equilíbrio por serem responsáveis pela coordenação de todos os movimentos. Resumo Ao finalizarmos esta unidade, vimos que a ginástica geral surge primeiro como uma manifestação popular que visa a participação de um grande número de adeptos, sem que antes tenha havido alguma organização ou sistematização de metodologia para a sua prática. No Brasil, somente a partir da década de 1980 é que a ginástica geral passa a ser desenvolvida com alguma ênfase depois da criação de grupos ginásticos em diferentes partes do país e também da implantação do comitê técnico de ginástica geral pela CBG (Confederação Brasileira de Ginástica). A inexistência de elementos corporais obrigatórios amplia significativamente as possibilidades criativas da ginástica geral, pois não há “protocolos” a serem seguidos. E quando falamos dos benefícios, estamos nos referindo também a diversos aspectos como a participação de todas as idades, a valorização da cultura e a interação social dos participantes. Precisamos entender como funciona a estrutura da ginástica, nos grupos em que se faz necessária a divisão para que as ginásticas fiquem agrupadas de acordo com a sua funcionalidade, com sua competitividade ou não, com as regras estabelecidas ou não, se são simplesmente de consciência corporal, ou se é mais de um grupo ao mesmo tempo, pois algumas podem pertencer a mais de um grupo simultaneamente. Se estiver na dúvida reveja esses grupos na unidade. Partindo dessa estrutura, vimos as ginásticas que são pertencentes ao comando da FIG (Federação Internacional de Ginástica). Falamos de forma resumida da ginástica aeróbica, depois abordamos a ginástica acrobática, a ginástica de trampolim, que é mais conhecida como “cama elástica”, e que muitos confundem pela sua nomenclatura, além de ter outras provas nessa modalidade desconhecidas até então. Depois abordamos a 75 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 GINÁSTICA GERAL ginástica rítmica e ginástica artística, duas modalidades olímpicas, que são muito confundidas por todos: estudantes, pais e leigos. Abordamos de maneira bem resumida, para que os alunos tenham uma ideia sobre elas, facilitando assim a compreensão principalmente de suas nomenclaturas. Cada uma das modalidades tem suas regras específicas e seus códigos regidos e regulamentados pela FIG. Além da ginástica artística e da rítmica pertencerem ao ciclo olímpico, a ginástica de trampolim entrou nesse ciclo recentemente, mas a ginástica acrobática e a ginástica aeróbica ainda não, havendo somente os campeonatos mundiais. O desenvolvimento dos fundamentos da ginástica, como as habilidades de locomoção, de estabilização e de manipulação, são muito importantes para serem trabalhados desde a infância, para a melhoria das habilidades básicas motoras. Essas habilidades, quando bem‑trabalhadas, são responsáveis por toda a base das ginásticas e, por consequência, de outras modalidades. Exercícios Questão 1. A inclusão de crianças em programas de iniciação esportiva em ginástica artística é cada vez mais precoce: com cerca de 5 anos a pessoa inicia o aprendizado das capacidades específicas e gerais para a ginástica artística. Nesse contexto, as sessões não devem exigir a execução perfeita do movimento, mas a exploração das atividades, respeitando as características dos indivíduos do ponto de vista quantitativo, quanto cada um consegue fazer, e qualitativo, como cada um consegue executar a mobilidade. A ginástica pode contribuir com os aspectos motor e cognitivo, pois através dela as crianças aprendem mais sobre seu corpo, suas possibilidades de deslocamento e os problemas práticos estimulam a capacidade de analisar, sintetizar e avaliar o movimento; e o afetivo, pois desenvolve a capacidade de apreciação e de senso estético, estimula a criatividade através da combinação de dinâmicas diferentes e desafiadoras, despertando qualidades como perseverança e coragem (NUNOMURA; TSUKAMOTO, 2009). O texto prévio aborda a questão da iniciação esportiva em ginástica artística. Ele defende o seguinte ponto de vista: A) A iniciação esportiva precoce das crianças na ginástica artística pode gerar prejuízos à saúde em função do excesso de estímulos de alta intensidade, que podem gerar lesões tendíneas, musculares e articulares, interferindo no crescimento normal das praticantes. B) A formação de um atleta de ginástica exige muitas horas de treinamento com a repetição de grande volume de movimentos, buscando a execução perfeita dos padrões técnicos referenciados pela performance esportiva. C) A experiência qualitativa do movimento feita de forma precoce visa formar padrões gradativamente mais maduros, desenvolvendo aspectos motores e mentais da criança através de atividades desafiadoras. 76 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 Unidade II D) As crianças não devem ser inseridas de forma precoce na especialização esportiva, tendo em vista que os padrões de prontidão maturacional não se encontram adequados à assimilação das demandas físicas e psicológicas da experiência competitiva de desempenho. E) A ginástica artística deve ser estimulada nas crianças menores como forma de enfatizar as atividades rítmicas e coreografadas, focando no componente artístico e cultural. Resposta correta: alternativa: C. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: o texto não fala sobre excesso de treinamento, apenas reforça a prioridade na qualidade do movimento, e não na quantidade. B) Alternativa incorreta. Justificativa: o texto defende a individualidade de cada praticante e reforça a importância da qualidade do movimento, e não a quantidade. C) Alternativa correta. Justificativa: a experiência qualitativa e plural estimula aspectos físicos e cognitivos, tais como a coragem e a perseverança. D) Alternativa incorreta. Justificativa: o texto não enfoca a questão do desempenho esportivo e do excesso de treinamento, fala apenas das qualidades da inserção de uma vivência qualitativa para o desenvolvimentoda criança. E) Alternativa incorreta. Justificativa: apesar de denominar‑se ginástica artística, essa atividade não se resume na expressão rítmica e coreografada; trabalha diversas capacidades físicas e padrões diversos de movimentos, além de adaptações cognitivas referentes à reflexão e à resolução de problemas associados ao movimento. Questão 2. A ginástica artística é uma modalidade olímpica. Atualmente a FIG (Federação Internacional de Ginástica) organiza anualmente a Copa do Mundo de Ginástica Artística, além de campeonatos mundiais e jogos olímpicos. As provas da ginástica artística são distintas para homens e mulheres. Quais são as provas de cada uma das categoriais? A) Feminino: trampolim acrobático, solo, argolas, trave de equilíbrio e barras paralelas assimétricas; masculino: cavalo com alças, solo, salto sobre a mesa e barra fixa. 77 Re vi sã o: K le be r - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 06 /0 7/ 20 16 GINÁSTICA GERAL B) Feminino: solo, salto sobre a mesa, paralelas simétricas e trave de equilíbrio; masculino: cavalo com alças, trampolim acrobático, salto sobre a mesa, argolas e solo. C) Feminino: solo, barras paralelas assimétricas, cavalo com alças, trave de equilíbrio; masculino: solo, salto sobre a mesa, argolas, barras paralelas simétricas. D) Feminino: barras paralelas assimétricas, salto sobre a mesa, solo, trave de equilíbrio; masculino: solo, cavalo com alças, salto sobre a mesa, argolas, barras paralelas simétricas, barra fixa. E) Feminino: salto sobre a mesa, solo, barra fixa, trave de equilíbrio, salto sobre a mesa; masculino: salto sobre o cavalo, barras assimétricas, argolas, solo. Resolução desta questão na plataforma.