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Apostila Antropometria Revisada 30 out 2015

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Universidade Federal do Piauí 
Centro de Ciências da Saúde 
Departamento de Nutrição 
Disciplina: Avaliação Nutricional. 
Professora: Apolonia Nogueira. 
Assunto: Antropometrira 
 
1. INDICES, INDICADORES E CRITÉRIOS DE VALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE CRIANÇAS DE 
ZERO A 5 ANOS DE IDADE. 
 Classificação de acordo com o peso do RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Peso do RN e evolução esperada (p50=Md) 
Idade (meses) Peso (kg) 
RN 3,3 – 3,2 
3 6,4 – 5,8 
6 7,9 – 7,3 
9 8,9 – 8,2 
12 9,6 – 8,9 
Aumento total no 1
 o
 ano de vida 
15 10,3 – 9,6 
18 10,9 – 10,2 
21 11,5 – 10,9 
24 12,2 – 11,5 
Aumento total no 2
 o
 ano de vida 
 Fonte: WHO, 2006 
 
 Comprimento do RN e evolução esperada (p50=Md) 
Idade (meses) Comprimento (cm) 
RN 49,9 – 49,1 
3 61,4 – 59,8 
6 67,6 – 65,7 
9 72,0 - 70,1 
12 75,7 – 74,0 
 
15 79,1 – 77,5 
18 82,3 – 80,7 
21 85,1 – 83,7 
24 87,8 – 86,4 
 Fonte: WHO, 2006 
 
 
Peso do RN(g) Classificação 
500 – 999 Extremo baixo peso 
500 – 1499 Muito baixo peso 
1500 – 2499 Baixo peso 
2500 – 2999 Peso inadequado 
3000 – 3500 Peso adequado 
> 3500 Peso elevado 
Perímetro cefálico do RN e evolução esperada (p50= Md) 
Idade (meses) PC (cm) 
RN 34,5 – 33,9 
3 40,5 – 39,5 
6 43,3 – 42,2 
9 45,0 – 43,8 
12 46,1 - 44,9 
 
15 46,8 – 45,7 
18 47,4 – 46,2 
21 47,8 – 46,7 
24 48,3 – 47,2 
 Fonte: WHO, 2006 
 
Relação Perímetro cefálico (PC) / Perímetro torácico(PT) 
  No RN o PC é > PT logo PC /PT >1 
  Aos 6 meses de idade o PC é  PT logo PC /PT = 1 
  Aos 2 anos de idade PC é < PT logo PC /PT < 1 então se 
  Aos 2 anos PC /PT >1: diagnóstico desnutrição 
 
 
Kannawati-MacLaren 
 
 Relaciona perímetro braquial (PB) / perímetro cefálico (PC) de crianças com idade entre 3meses e 4anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índices utilizados no diagnóstico antropométrico de crianças 
Os índices antropométricos mais frequentemente utilizados para aferir o crescimento infantil são: 
altura para idade (A/I), peso para altura (P/A) e peso para idade (P/I), sendo que os índices A/I e P/A são 
preferencialmente usados porque a partir deles se pode diagnosticar a desnutrição crônica e aguda, 
respectivamente. 
O índice A/I retrata o desempenho do crescimento linear, ou o crescimento propriamente dito, ou 
crescimento cumulativo. Em virtude do déficit no crescimento somente se manifestar após um certo período 
de condições de saúde e nutrição desfavorável, o índice A/I é sensível a processos crônicos de desnutrição. 
No caso de desnutrição crônica o termo STUNTING (nanismo nutricional) tem sido proposto para 
identificar crianças com baixa estatura para a idade e para sua linhagem genética em conseqüência de 
alimentação deficiente, ou de infecções repetidas, ou pela combinação destas duas causas, mas que não 
apresentam sintomas clínicos específicos de doença carencial além do déficit de crescimento linear. Na 
PB/PC Diagnóstico 
> 0,31 Eutrofia 
 0,31 a >0,28 Desnutrição leve 
 0,28 a >0,25 Desnutrição moderada 
0,25 Desnutrição grave 
realidade parece haver relação direta entre STUNTING e o nível sócio-econômico, e suas causas específicas, 
bem como sua importância relativa experimenta modificação conforme contexto regional. 
O índice P/A reflete a proporção corporal, ou a harmonia no crescimento e é particularmente 
sensível aos processos agudos de desnutrição. Este índice tem sido utilizado para discriminar as crianças 
baixas e (atualmente) desnutridas das crianças baixas mais que (atualmente) não apresentam risco de 
desnutrição. O termo WASTING (definhamento) é usado para indicar esgotamento dos componentes 
celulares essenciais, que se manifesta principalmente na gordura corporal e nos tecidos musculares e resulta 
de processos agudos de privação alimentar e/ou infecções ou outras doenças. 
Este índice apresenta a vantagem de poder ser calculado sem se conhecer a idade da criança com 
precisão. 
O índice P/I é primariamente um índice composto, uma vez que reflete o crescimento relacionado 
com a massa corporal (adiposa, muscular), estrutura óssea e líquido corporal. Assim não distingue crianças 
que são pequenas com peso adequado de crianças que são altas e magras. Isso acontece porque o P/I ignora a 
altura da criança para uma determinada idade, e crianças altas tendem ser mais magras do que crianças 
baixas. 
Muitas vezes o P/I é escolhido em função da facilidade de se coletar o peso, todavia seu uso pode 
ser inapropriado diante da dificuldade de se conseguir a idade da criança com precisão, e o que se sabe é que 
o arredondamento de idade pode introduzir um significativo e sistemático viés. Em situações em que a idade 
pode ser obtida com precisão a interpretação do P/I deve ocorrer de forma cautelosa em função de sua 
inabilidade em discriminar stunting e wasting. 
Então quando a criança apresentar baixo peso/idade outras avaliações se fazem necessárias no 
sentido de se determinar se o déficit de peso é devido a wasting ou stunting, ou à combinação de ambas 
situações nutricionais. Somente assim se poderá distinguir se o baixo peso/idade é devido ao baixo 
peso/altura, ou devido retardo no crescimento linear, ou devido a ambos. 
Apesar das referidas limitações o índice P/I tem sido muito utilizado para acompanhar o 
crescimento infantil ao longo dos anos no sentido de se detectar a tendência do crescimento, na medida em 
que o peso pode variar em situações agudas de alteração na alimentação, nutrição e/ou doença. 
O mérito relativo a cada índice antropométrico refere-se à sua utilidade na discussão do significado 
das relações A/I, P/A e P/I, podendo-se então distinguir a diferença entre o processo fisiológico e biológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Informação sumária sobre os índices antropométricos 
CARACTERÍSTICAS P/E E/I P/I 
Útil em nível populacional onde a idade é desconhecida ou 
 conhecida de forma não exata 1 4 4 
 Útil na identificação de crianças WASTEDb 1 4 3 
 Sensível em detectar mudança de peso em curto período de tempo 1 4 2 
 Útil na identificação de crianças STUNTINGb 4 1 2 
 Legenda: 1 = excelente, 2 = bom, 3 = moderado e 4 = ruim. b = depende da extensão da 
prevalência de wasting e stunting na população. onte: Bulletin of the World Health Organization, 72(2): 273 
– 283, 1994. 
 
Considerando as informações contidas na tabela acima a escolha dos diferentes índices, à nível 
individual ou populacional, depende dos propósitos em vista, ou seja, se quer identificar e tratar crianças 
wasted ou stunted, ou se o principal objetivo é identificar e tratar subgrupos populacionais com elevada 
prevalência de wasting ou stunting. 
 
 Classificação de Gomez et al. (1956): Peso /Idade; atualmente em desuso. 
% adequação 
P/I 
Classificação 
 
 91 - 110 Eutrofia 
76 a 90 Desnutrição leve (Grau I) 
61 a 75 Desnutrição moderada (Grau II) 
 60 Desnutrição grave (Grau III) 
 
 
 
 Classificação de Waterlow (1986) utilizando o método estatístico do Desvio Padrão (DP) e 
 do Percentil (P). 
 E/I 
P/E 
≥-2DP(ou ≥3P) < -2DP(ou <3P) 
≥-2DP(ou ≥3P) Normal 
Emaciação 
 (wasting) 
< -2DP(ou <3P) 
Nanismo nutricional 
(stunting) 
Emaciação e 
Nanismo nutricional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. INDICES, INDICADORES E CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE 
ADOLESCENTES. 
IndicadorIndice Ponto de Corte 
Stunting ou  A/I Estatura/ Idade <p3 ou < -2z-score 
Magreza moderada IMC/I 
IMC/Idade 
< p3 
Magreza leve IMC/I ≥ p3 e < p15 
Eutrofia ≥ p15 e < p85 
Sobrepeso leve IMC/I ≥ p85 e < p97 
Sobrepeso moderado IMC/I ≥ p97 
Obesidade 
IMC/Idade ≥p97 
DCT/ Idade ≥p90 
DCSE/Idade ≥p90 
 Fonte: Bulletin of the World Health Organization 2007; 85:660-667. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO O PROTOCOLO DO SISVAN. 
 
VALORES 
CRÍTICOS 
INDICES ANTROPOMÉTRICOS 
CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS INCOMPLETOS 
CRIANÇAS DE 5 A 19 ANOS 
COMPLETOS 
P/I P/E IMC/I E/I P/I IMC/I E/I 
< p0,1 <-3EZ 
Muito 
baixo peso 
para a 
idade 
Magreza 
acentuada 
Magreza 
acentuada 
Muito 
baixa 
estatura 
para a 
idade 
Muito 
baixo peso 
para a 
idade 
Magreza 
acentuada 
Muito 
baixa 
estatura 
para a 
idade 
≥ p0,1 
e < p3 
≥ -3EZ 
e < -2EZ 
Baixo 
peso para 
a idade 
Magreza 
 
Magreza 
 
Baixa 
estatura 
para a 
idade 
Baixo 
peso para 
a idade 
Magreza 
 
Baixa 
estatura 
para a 
idade 
≥ p3 
e < p15 
≥ -2EZ 
e < -1EZ Peso 
adequado 
para 
 a idade 
Eutrofia Eutrofia 
Eutrofia 
Peso 
adequado 
para a 
idade 
Eutrofia 
Estatura 
adequada 
para a 
idade 
≥ p15 
 e ≤ p85 
≥ -1EZ 
e ≤ +1EZ 
> p85 
e ≤ p97 
> +1EZ 
≤ +2EZ 
Risco de 
sobrepeso 
Risco de 
sobrepeso 
Sobrepeso 
> p97 
e ≤ p99,9 
> +2EZ 
≤ +3EZ 
Peso 
elevado 
para a 
idade 
Sobrepeso Sobrepeso 
Peso 
elevado 
para a 
idade 
Obesidade 
> p99,9 > +3EZ Obesidade Obesidade 
Obesidade 
grave 
Fonte: Adaptado de Organización Mundial de La Salud (OMS). Curso de Capacitación sobre la Evaluación 
del Crescimiento del Niño. Versión 1 – Noviembre 2006. Ginebra, OMS, 2006. 
Legenda: P/I: peso para idade; P/E: peso para estatura; IMC/I: índice de massa corporal para 
idade; E/I: estatura para idade. p: percentil; EZ: escore-Z 
 
Considerações Finais 
Finalizado o estudo antropométrico, a prevalência dos déficits de crescimento encontrados para os 
03 índices deve ser comparada com os resultados obtidos em outros grupos populacionais com o 
objetivo de analisar as diferenças detectadas. Com este propósito um grupo de estudiosos propôs 
critérios epidemiológicos para a avaliação do quadro de DEP detectado em grupos populacionais. 
 
 
 
Critérios epidemiológicos propostos para avaliar a severidade do quadro de DEP detectado entre 
crianças menores de 5 anos de idade. 
Indicador 
Distribuição percentual (%) da severidade da prevalência da DEP 
Baixa Média Alta Muito alta 
Stunting <20 20 - 29 30 – 39 ≥ 40 
Underweight <10 10 – 19 20 – 29 ≥30 
Wasting <5 5 – 9 10 - 14 ≥15 
Fonte: WHO Buletin (1994); WHO Global Database on Child Growth and Malnutrition (1997). 
 
3. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE ADULTOS E IDOSOS A PARTIR DO 
PESO. 
O peso do indivíduo é aferido pelos motivos abaixo: 
1. Verificar se o peso está apropriado para a altura neste caso determina-se a adequação 
do peso obtido em relação ao padrão de referência utilizado. 
Adequação obtida Interpretação 
 20 Obesidade (Metropolitan Life Insurance, 1985) 
 20 Desnutrição 
 
 Critério proposto por Blackburn, GL & Thorton, PA (1979) 
% Adequação P/A Estado Nutricional 
≤70,0 Desnutrição grave 
70,1 – 80,0 Desnutrição moderada 
80,1 – 90,0 Desnutrição leve 
90,1 – 110,0 Normalidade 
110,1 – 120,0 Excesso de peso 
>120,0 Obesidade 
 
Classificação do peso relativo (atual para o ideal) 
Indice de adequação 
(P atual/ P ideal) 
% do Peso Ideal 
(Índice adequação x 100) 
 Classificação 
< 0,75 <75 Déficit grave 
0,75 - 0,85 75 - 85 Déficit moderado 
0,851 – 0,9 85,1 – 90 Déficit leve 
0,901 – 1,1 90,1 – 110 Normal 
1,101 – 1,3 110,1 – 130 
Excesso de peso 
(Obesidade leve) 
1,301 – 2,0 130,1 – 200 Obesidade moderada 
> 2,0 > 200 Obesidade grave 
 Fonte: Martins, Cristina Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico. 
 Volume I. 2008. Adaptado de Grant, 1993. 
 
 
A classificação apresentada acima não contempla a ocorrência de situações específicas como edema 
e amputações, assim sendo no memento da identificação da adequação do peso atual em relação ao 
ideal se deve considerar a variação de peso determinada por estes eventos. 
EDEMA 
EDEMA Acima do peso real do indivíduo 
 + Tornozelo  3 kg 
 ++ Joelho 3 - 4 kg 
 +++ Raiz da coxa 5 - 9kg 
++++ Anasarca 10 - 12 kg 
 
AMPUTAÇÃO 
 
 
 
Cálculo para corrigir o peso atual de indivíduo com amputação do pé até a coxa. 
 Dados: Peso antes da amputação = 70kg 
 % da parte amputada (perna inteira) = 16% (1,5% pé, 4,4% perna, 10,1% coxa) 
 
Peso corrigido = Peso medido antes da amputação x % de amputação 
 100 
 Cálculo 1. Ex: 70kg x 16 = 11,2 ; Cálculo 2. 70kg - 11,2kg = 58,8kg 
 100 
 Peso corrigido (ideal) após a amputação = 58,8kg 
 
 
 
 
 
 
Parte do corpo amputada % de redução do peso corporal 
Mão 0,7 
Ante-braço e mão 2,3 = (0,7+1,6) 
Braço até o ombro 5,0 = (0,7+1,6+2,7) 
Pé 1,5 
Abaixo do joelho 4,4 
Perna até o joelho 5,9 = (1,5+4,4) 
Perna inteira 16,0 = (1,5+4,4+10,1) 
OBS: NAS AMPUTAÇÕES BILATERAIS OS PERCENTUAIS 
DOBRAM 
2. Para determinar se houve alteração do peso que reflita o imediato preenchimento do 
requerimento nutricional do indivíduo. Para esta determinação utiliza-se o método 
seguinte: 
 
A). Determinação da adequação do peso atual em relação ao peso habitual a partir de regra de três simples: 
Peso habitual ........................ 100% 
 Peso atual ........................ x 
Classificação criada por Blackburn et cols. (1977) 
% Adequação Interpretação 
85 - 95 Desnutrição leve 
75 - 84 Desnutrição moderada 
0 - 74 Desnutrição grave 
 
B). Determinação da perda de peso que reflete a extensão do problema nutricional ou de saúde. 
% da perda de peso = Peso habitual – Peso atual x 100 
 Peso habitual 
Critério para a interpretação da severidade da perda de peso/ período de tempo 
Gravidade de perda de peso relativa ao tempo 
Tempo Perda peso significativa (%) Perda peso severa (%) 
1mês 5 >5 
3meses 7,5 >7,5 
6meses 10 >10 
 Fonte: Blackburn, 1977 apud Martins, Cristina Avaliação do Estado 
 Nutricional e Diagnóstico. Volume I. 2008. 
 
 
 Classificação do IMC segundo a OMS e os riscos de doenças crônicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: OMS, 1995; 1997); WHO Technical Report Series 894. Obesity: preventing and 
 Managing the global epidemic. World Health Organization, Geneve. 2000, 251p 
 
 
 
 
 
 
IMC (kg/m
2
) Classificação Risco de DANT 
< 16,00 Magreza grau III 
Baixo Risco 16,00 – 16,99 Magreza grau II 
17,00 – 18,49 Magreza grau I 
18,50 - 24,99 Eutrofia Sem Risco 
> 25,00 Excesso de peso - 
25,00 - 29,99 Pré-obesidade Risco aumentado 
30,00 - 34,99 Obesidade classe I Risco moderado 
35,00 - 39,90 Obesidade classe II Risco severo 
≥ 40,00 Obesidade classe III Risco muito severo 
Classificaçãodo índice de massa corporal (IMC) do idoso proposto por Lipschitz, DA (1994) 
IMC (kg/m2) Estado Nutricional 
< 22 Baixo peso 
22 – 27 Eutrofia 
>27 Sobrepeso 
 
Critério de classificação do EN de idosos proposto pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) 
 
Índice de Massa Corporal 
(kg/m2) 
Estado Nutricional 
≤23 Baixo peso 
> 23 e < 28 Nomalidade 
≥28 e <30 Excesso de peso 
≥30 Obesidade 
Fonte: OPAS, Encuesta Multicéntrica Salud e Bienestar y Envejecimiento (SABE) em 
 América Latina y Caribe. 2001. 
 
 Peso Teórico de adultos obtido por cálculo matemático: 
 IMC 
 Biotipo, sexo e altura 
 Fórmulas de: Broca, Lorentz, West, Bultheau, Perraut, entre outras fórmulas 
 
 Peso Teórico de idosos obtido por cálculo matemático CHUMLEA (1984) 
 
PESO (homem) = (0,98 x cir. panturrilha) + (1,16 x comp. perna) + (1,73 x CB) + 
 (0,37 x PCSE) – 81,69. 
 
PESO (mulher) = (1,27 x cir. panturrilha) + (0,87 x comp. perna) + (0,98 x CB) + 
 (0,40 x PCSE) – 62,35. 
 
 Altura Teórica de idosos obtida por cálculo matemático CHUMLEA (1984) 
ALTURA (homem) = (2,02 x comprimento da perna (cm) ) – (0,04 x idade) + 64,19. 
ALTURA (mulher) = (1,83 x comprimento da perna (cm) ) – (0,24 x idade) + 84,88. 
 
4. INDICADORES DE DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA 
 
Tipo obesidade Características 
Andróide 
 Obesidade superior; 
 Tecido adiposo concentrado na região abdominal; 
 Associada ao desenvolvimento de DCV e metabólicas. 
Ginóide 
 Obesidade inferior; 
 Tecido adiposo concentra-se mais na região dos glúteos, quadris 
e coxa. 
 Não associada ao desenvolvimento de DCV e metabólicas. 
 
Circunferência da Cintura de acordo com o gênero em Caucasianos 
Sexo 
Risco de Complicações Metabólicas Associadas à Obesidade 
Elevado Muito elevado 
Masculino ≥ 94cm ≥ 102cm 
Feminino ≥ 80cm ≥ 88cm 
 Fonte: OMS,1998 apud Kamimura, MA; Baxmann, A; Sampaio, LR; Cuppari, L. 
 Avaliação Nutricional. IN: Nutrição Clínica do Adulto. São Paulo, Manole. 2002. 
 
Razão Cintura-Quadril (RCQ): Valores da RCQ indicativos do desenvolvimento de doenças. 
 
Sexo RCQ 
Masculino >01,0 
Feminino >0,85 
Fonte: Kamimura, MA; Baxmann, A; Sampaio, LR; Cuppari, L Avaliação Nutricional. 
 IN: Nutrição Clínica do Adulto. São Paulo, Manole. 2002. 
 
 
5. AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL USANDO A ANTROPOMETRIA 
 
5.1. Classificação do EN segundo CB, DCT e CMB proposta e adaptada de Blackburn, GL & Thornton, PA 
(1979) 
 
5.2. Classificação do EN segundo CB, DCT e CMB proposta por Frisancho (1990) 
Medidas Eutrofia 
Desnutrição % 
Leve Moderada Grave 
DCT >60 e ≤110 ≥50 e <60 ≥40 e <50 <40 
CB 
>90 ≥80 e≤90 ≥70 e <80 <70 
CMB 
 
5.3. Classificação do EN segundo o estado de gordura corporal 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Frisancho, AR Anthropometric Standars for the Assessment of Growth 
 and Nutritional Status. The University of Michigan Pres. Ann Arbor. 1990. 
 
 
 
 
Medida 
Estado nutricional/ % Adequação 
D. Grave D. Moderada D. Leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
CB 
<70 ≥70 e ≤80 >80 e ≤90 >90 e ≤110 >110 e ≤120 >120 
DCT 
CMB <70 ≥70 e ≤80 >80 e ≤90 >90 e ≤110 - - 
Categorias Percentil Z-escore Estado Nutricional 
I < 5,0 < - 1,650 Def Grav MG 
II 5,0 a 15,0 - 1,645 a -1,040 Def Lev MG 
III 15,1 a 75,0 -1,036 a 0,670 Reserv Adeq MG 
IV 75,1 a 85,0 0,675 a 1,030 Excesso Lev MG 
V 85,1 a 100,0 >1,036 Gordura Excessiva 
5.4. Classificação sugerida para o percentual de gordura corporal de adultos 
Classificação Homens (%) Mulheres (%) 
Magro <8 < 13 
Ótimo 8 – 15 13 – 23 
Leve adiposidade 16 – 20 24 – 27 
Adiposidade 21 – 24 28 – 32 
Obesidade ≥25 ≥33 
 Fonte: Nieman, DC. Fess &Sport Medicine. A health-related approach. 
 Palo Alto: Bull Publishing, C, 1995 
 
5.5. Classificação do EN segundo o estado muscular 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Frisancho, AR Anthropometric Standars for the Assessment of Growth and 
 Nutritional Status. The University of Michigan Pres. Ann Arbor. 1990. 
 
 
 
Resumo Antropometria 
Faixas etárias Parâmetros Antropométricos Indicador 
Crianças 
RN a < 6meses Peso, criança deitada Estado 
6 meses a 2 anos Peso, criança sentada Nutricional 
2 anos e mais Peso, criança em pé Atual 
 
RN até 2 anos Comprimento, criança deitada História 
2 anos e mais Estatura, criança em pé Nutricional 
 
RN até 2 anos Perímetro cefálico (PC) Crescimento do cérebro 
2 anos e mais Perímetro cefálico (PC) Estado nutricional (DEP) 
 
RN até 2 anos Perímetro toráxico (PT) Crescimento do tórax 
 
Adolescentes Peso, em pé ou deitado(acamado) Estado nutricional atual 
e Peso, estimado a partir de fórmulas 
Adultos Estatura, em pé História saúde-nutricional e genética 
 Área muscular do braço corrigida (AMBc) Massa corporal magra 
 
Idosos Peso, em pé ou deitado(acamado) Estado nutricional atual 
 Peso, estimado a partir de fórmulas 
 Estatura, estimada a partir do comprimento História saúde-nutricional 
 da perna 
 
Todas as faixas Circunferência do braço (CB) Reserva calórico-proteica 
etárias Dobras cutâneas (DCT, mais usada) Reserva calórica 
 Circunferência muscular do braço (CMB) Massa corporal magra 
 Área muscular do braço (AMB) Massa corporal magra 
 Área gordura do braço (AGB) Massa corporal gorda 
 Indice área gordura do braço (IAGB) Percentual massa corporal gorda 
 Área total do braço (ATB) Reserva calório-proteica 
 
 
Categorias Percentil Z-escore Estado Muscular 
I < 5,0 < - 1,650 Def Grav MM (Wasted) 
II 5,0 a 15,0 - 1,645 a -1,040 Def Lev MM 
III 15,1 a 85,0 -1,036 a 1,030 Resev Adq MM 
IV 85,1 a 95,0 1,036 a 1,640 Exces Lev MM 
V 95,1 a 100,0 >1,645 Alta muscularidade: eutrofia 
Referências 
 
▪ Bartrina, JA, Majen, LS et Verdú,JM Evaluación del estado nutricional. In: Nutrición y Salud Pública: 
Métodos, bases científicas y aplicaciones. Barcelona, España:Masson S.A. 2006. 2ª ed. Capítulo 14. 
▪ Martins, Cristina Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico Vol.1 Curitiba, Paraná:NutroClínica, 
2008. 
▪ Mussoi, Thiago Durand Avaliação nutricional na prática clinica: da gestação ao envelhecimento. 1.ed.Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014 
▪ Nacif, Marcia e Viebig, Renata Furlan Avaliação Antropométrica no Clico da Vida: uma visão prática – 
2.ed – São Paulo: Editora Metha, 2011. 
▪ Rossi, L, Caruso, L, Galante, AP (Organizadoras). Avaliação Nutricional: Novas Perspectivas. Saõ Paulo: 
Roca. 2009. 
▪ Tirapegui, J, Ribeiro, SML. Avaliação Nutricional: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2009. 
 
 
OBSERVAÇÕES 
KIT PARA A PROVA DE ANTROPOMETRIA: 
1. CALENDÁRIO PARA O CÁLCULO DA IDADE DA CRIANÇA. 
2. GRÁFICOS DE CRESCIMENTO DE MENINAS EM ESCORE Z 
IDADE INDICES 
RN a 5 anos incompletos P/I, IMC/I e E/I 
5 a 19anos (adolescentes) E/I e IMC/I 
 
3. GRAFITE, BORRACHA, CORRETIVO E CANETA. 
4. MÁQUINA DE CALCULAR E RÉGUA. 
5. REFERÊNCIA ANTROPOMÉTRICA DE FRISANCHO USADA NO EXERCÍCIO EM SALA DE 
AULA. APÊNDICES 5.1, 5.2, 5.3 e 5.5. 
 
ATENÇÃO: Não será permitido o empréstimo de gráficos de 
crianças e dos apêndices 5.1, 5.2, 5.3 e 5.5 durante a avaliação. 
Assim sendo, confiram o material que será usado na prova antes 
de entregar para a revisão.

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