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- Compreender o desenvolvimento da criança de 0-2 anosReferências: - Desenvolvimento Humano, Diane Papalia. Cap. 4 – Nascimento e desenvolvimento físico nos três primeiros anos; Cap. 5 – Desenvolvimento cognitivo nos três primeiros anos; Cap. 6 – Desenvolvimento psicossocial nos três primeiros anos - Tratado de Pediatria, Nelson. Cap. 8 - O primeiro ano; Cap. 9 - O segundo ano - Cadernos de atenção básica, (33) Saúde da criança: Crescimento e desenvolvimento. Cap.9 – Alimentação saudável - Neurociência da mente e do comportamento, Lent. Cap. 6 – Neuroplasticidade - Caderneta Saúde da criança 7 ed Compreender o desenvolvimento da criança de 0-2 anos • Cognitivo • Neuropsicomotor • Físico • Linguagem • Social Conhecer os reflexos primitivos da criança (e sua persistência) Compreender o processo de neuroplasticidade no desenvolvimento da criança de 0-2 anos Conhecer a alimentação adequada para o desenvolvimento da criança de 0-2 anos Conhecer a caderneta da criança Entender os gráficos de desenvolvimento da criança - Físico - princípio cefalocaudal: o crescimento ocorre de cima para baixo - cérebro cresce rapidamente - cabeça desproporcional - vai se tornando proporcional a medida que o corpo da criança cresce - desenvolvimento sensório motor também segue o mesmo ritmo - a criança aprende a usar primeiro partes superiores e depois inferiores - primeiro as mãos e depois os pés - princípio próximo-distal: crescimento e desenvolvimento motor ocorre de “dentro para fora” - no útero, cabeça e tronco inicialmente, depois braços e pernas, depois mãos e pés e, por fim, dedos - Padrões de crescimento - mais rápido durante os três primeiros anos - especialmente nos primeiros 5 meses - em 5 meses dobra o peso natal, 7kg - em um ano, o peso mais que triplica, mais de 10kg - taxa diminui gradualmente durante o segundo e terceiro ano - os genes herdados tem influência na altura e porte da criança - mas os fatores genéticos interagem com fatores ambientais, como nutrição e condições de vida - por isso, crianças de países desenvolvidos são mais altas e amadurecem mais cedo - muito devido à nutrição, às condições sanitárias e à assistencia à saúde - além da diminuição do trabalho infantil - os dentes começam a aparecer por volta dos três ou quatro meses - nessa fase o bebê pega tudo e coloca na boca - o primeiro dente pode só aparecer entre o quinto e nono mês, ou até depois - ao primeiro ano de vida, a criança tem de 6-8 dentes - aos dois anos e meio, a criança já tem todos os 20 dentesEsquema para criança que mama - Nutrição - precisa mudar rapidamente durante os três primeiros anos de vida - inicialmente amamentação, que é um ato emocional e físico - permite vínculo, afeto e aconchego - apesar de vários métodos de alimentação inicial, a amamentação é quase sempre a melhorEsquema para criança que não mama - depois dos 6 meses, recomenda-se que haja introdução de alimentos sólidos enriquecidos com ferro - nos horários da família, respeitando o apetite da criança - inicialmente pastoso, depois aumentando a consistência - evitar café, açúcar, enlatados, refrigerantes, balas, salgadinhos e guloseimas nos primeiros anosOBS.: Evitar mel no 1º ano, pois é um potencial transmissor do botulismo - higiene na preparação - a desnutrição compromete o desenvolvimento e saúde da criança até o longo da sua vida - Cérebro - o crescimento do cérebro ocorre de forma intermitente - mas algumas partes crescem mais em momentos diferentes - ao nascer, uma criança tem somente 1/3 do volume definitivo do cérebro adulto - o surto de crescimento cerebral se dá por volta do terceiro trimestre e vai até, pelo menos, o 4º ano de vida - a multiplicação de dentritos e conexões sinápticas ocorre sobretudo da gestação até os 2 anos de vida - isso é importante para o desenvolvimento das funções neurológicas (marcos sensoriais, motores e cognitivos) - o cérebro produz mais sinapses que o necessário - o processo de morte celular realiza a supressão do excesso, fazendo um sistema nervoso eficiente - a mielinização das vias sensoriais e motoras ocorre antes do nascimento na medula espinhal - e no córtex ocorre após o nascimento - isso pode explicar o aparecimento e desaparecimento dos reflexos primitivos - reflexos primitivos - são respostas automáticas e inatas à estimulação - são controlados por centros inferiores do cérebro (os mesmos da respiração e ritmo cardíaco) - bebês humanos possuem cerca de 27 reflexos importantes - presentes no nascimento ou um pouco depois - relacionados a necessidades instintivas por sobrevivência e proteção - alguns podem estar relacionados ao legado evolucionista da espécie humana - como o reflexo da preensão que permite macacos agarrarem os pelos da mãe - à medida que centros superiores se tornam ativos, entre o segundo e o quarto mês, surgem reflexos posturais - como exemplo, bebês inclinados para baixo estendem os braços no reflexo de paraquedas (amenizar quedas) - apresentam também reflexos locomotores, como a marcha automática e natatório - maior parte dos reflexos aparece nos primeiros 6-12 meses - o desaparecimento está ligado à mielinização parcial de vias motoras no córtex, permitindo passagem para comportamento voluntário - assim, através dos reflexos, pode-se avaliar o desenvolvimento neurológico do bebê Babkin - Neuroplasticidade - embora o desenvolvimento inicial do cérebro seja geneticamente orientado - é continuamente modificado, tanto positivamente quanto negativamente pela experiência ambiental - a plasticidade permite a adaptação ao ambiente e possibilita aprendizagem - as primeiras experiências tem efeitos duradouros na capacidade do SNC de aprender e armazenar informações - no período formativo, o cérebro é muito vulnerável - exposição à drogas, toxinas, estresse materno, a desnutrição, abusos, precariedade sensorial - podem interferir no desenvolvimento e estruturação do cérebro e no crescimento cognitivo normal - assistência institucional em ambientes de grande carência produzem efeitos negativos no crescimento físico, linguístico, cognitivo, socioemocional e cerebral - um macaco criado até os 6 meses com uma das pálpebras fechadas, tornou-se permamentemente cego de um olho - conexões corticais não estabelecidas no começo da vida podem se fechar para sempre - por outro lado, uma experiência enriquecida pode estimular o desenvolvimento do cérebro- Neuroplasticidade ontogênica: divisão simétrica (uma das células exerce sua função e outra continua a se dividir) - pistas ambientais - inclusive compensando privações passadas - Plasticidade axônica - Plasticidade dendrítica - Plasticidade das espinhas dendríticas (espécie de contrações musculares) - Neuropsicomotor - o tato é o primeiro sentido a se desenvolver - a dor surge por volta do terceiro trimestre de gestação - dor prolongada ou intensa pode causar danos de longo prazo ao recém-nascido - o olfato e o paladar começam a se desenvolver no útero - odores do leite materno contribuem com o desenvolvimento do olfato - a atração pelo odor do leite materno pode ser um instinto de sobrevivência - prefere o sabor doce (lembra o leite materno) que azedos e amargos (este que pode ser atribuido a tóxicos) - a audição também é funcional antes do nascimento - fetos respondem a sons e parecem aprender a reconhecê-los - o reconhecimento de vozes pode ser a base do relacionamento com a mãe - com um mês, bebês já diferenciam sons parecidos, como pa e ba - audição que é de bastante importância para o desenvolvimento da linguagem - a visão é o sentido menos desenvolvido quando o bebê nasce - seus olhos são proporcionalmente menores que o de adultos - estruturas da retinaestão incompletas - nervo óptico ainda não se desenvolveu - focalizam melhor objetos à cerca de 30 cm (distância do rosto da pessoa que o segura) - piscam em presença da luz - campo de visão periférico é bem estreito; ao terceiro mês passa a ser bem desenvolvido - ao nascer, acuidade visual é de aproximadamente 20/400 - atinge 20/20 por volta dos 8 meses - Motor - habilidades como agarrar, engatinhar, andar são aprendidas sozinhasNão há diferenças no desenvolvimento motor de meninos e meninas - bebê precisa apenas de espaço e liberdade para movimentar-se e explorar o espaço - desenvolvimento motor possui marcos sistemáticos - inicialmente surgem habilidades simples; depois, são combinadas em sistemas de ação - ao desenvolver a prensão, por exemplo, primeiro a criança pega objetos com a mão inteira (fechando dedos sobre a palma da mão) - depois passa a dominar o movimento de pinça que possibilita que ele pegue objetos pequenos com os dedos - para andar, o bebê aprende a controlar, separadamente, movimentos dos braços, pernas e pés antes de dar o primeiro passo - controle da cabeça: ao nascer, conseguem virar a cabeça de um lado para outro quando em decúbito dorsal - em decúbito ventral, erguem a cabeça o suficiente para virá-la - nos dois ou três primeiros meses erguem cada vez mais alto - por volta dos quatro meses mantêm a cabeça ereta quando alguém os apoia na posição sentada - controle da mão: nascem com reflexo de preensão - por volta dos três meses conseguem agarrar objetos de tamanho moderado, como um chocalho - tem, porém, dificuldades em segurar objetos pequenos - depois começam a transferir objetos de uma mão para outra - em seguida, seguram objetos pequenos - entre os 5-7 meses desenvolvem a percepção tátil, adquirindo informações através do manuseio dos objetos (tamanho, textura) - entre os 7-11 meses mãos tornam-se coordenadas para apanhar objetos pequenos, como uma ervilha usando pinça - por volta dos quinze meses, conseguem montar uma torre de dois cubos - locomoção: depois de três meses, conseguem rolar voluntáriamente - sentam-se com apoio por volta dos seis meses - sentam-se sem auxílio por volta dos oito meses e meio - entre os 6-10 meses começam a se deslocar arrastando ou engatinhando - o processo de autolocomoção impacta notavelmente no cognitivo e psicossocial - pois aprendem sobre o espaço que estão, seu tamanho, profundidade e adquirem a referência social Olhar para cuidadores para saber se uma situação é perigosa ou não - segurando alguém ou algum móvel, bebê consegue ficar de pé pouco depois dos 7 meses - fica de pé sozinho por volta dos 11 meses - esses desenvolvimentos culminam no ato maior da primeira infância: andar - as crianças conseguem andar bem logo após o primeiro aniversário - durante o segundo ano começam a subir escadas, um degrau por vez, um pé após o outro - só depois passa a descer - também no segundo ano a criança corre e pula - Desenvolvimento motor e percepção - a percepção sensorial permite que bebês aprendam sobre si e o ambiente que vivem - a experiência motora e as mudanças no corpo moldam e modificam a compreensão da percepção - esses dois fatores possibilitam a apreensão de bastantes informações úteis sobre si e sobre o mundo - esses dois fatores parecem andar juntos e se coordenarem razoavelmente bemExplicava que a marcha automática cessava aos 4 meses devido ao peso das pernas e falta de força muscular - esse desenvolvimento motor antes era tido como geneticamente programado - tinha como exemplo a marcha automática - entendia-se que a marcha deliberada era apenas o desenvolvimento do cérebro - entretanto, hoje entende-se que o amadurecimento cerebral é apenas um dos fatores que influencia o desenvolvimento motor - pois esse desenvolvimento emerge num momento de auto-organização e de componentes múltiplos - é um processo contínuo de interação entre o bebê e o ambiente - CognitivoO desenvolvimento cognitivo nessa fase é baseado no estágio sensório-motor, no qual os sentidos e a atividade motora proporcionam o aprendizado da criança, segundo Piaget - 0-2 meses - os cuidados com o bebê proporcionam estímulos visuais, táteis, auditivos, olfativos que são base para esse desenvolvimento - habituam-se a estímulos familiares, respondendo cada vez menos a estímulos repetitivos - aumentam a atenção para estímulos novosNos primeiros meses de vida, o ambiente doméstico possibilita melhor desenvolvimento cognitivo e psicossocial: incentivo para explorar, livros, elogios às realizações, proteção contra desaprovações, provocações e punições, enriquecimento de comunicação e responsividade, orientação e limitação do comportamento - podem diferenciar padrões, cores e consoantes - podem reconhecer expressões faciais (sorrisos) - podem distinguir contornos, intensidades, padrões temporais - 2-6 meses - apresentam maior interesse por um mundo maior “saindo da casca do ovo” - na amamentação, passam a observar além da mãe, tornando-se distraídos, olhando em volta - começam a explorar seus próprios corpos - olhando para as mãos, vocalizando, gargarejando, tocando orelhas, bochechas e genitais - essas explorações representam o inicio do estágio de aprendizado de causa e efeito - passam também a desenvolver o senso de indivíduo, separado da mãe (primeiro traço de personalidade) - associam certas sensações por meio de repetiçõesCrescimento cognitivo inicial se dá por meio de reações circulares: reproduzir eventos agradáveis descobertos por acaso, como sugar. A repetição gera novamente o prazer e motivação para mais repetição - 6-12 meses - já descobriu suas mãos e logo aprenderá a manipular objetos - inicialmente, leva todas as coisas à boca - testam várias ações com objetos (tocar, jogar, inspecionar, passar de uma mão para outra) - nesse estágio, a complexidade das brincadeiras podem ser um indicador para o desenvolvimento cognitivo - pois cada ação representa uma ideia não-verbal sobre o que as coisas são para a criança (um esquema para Piaget) - o controle do comportamento se dá de forma mais efetiva quando a criança se sente segura - quando vínculos menos firmes, a criança mostra-se limitada na capacidade de experimentar - o marco principal é a de perceber a permanência do objeto por volta dos 9 meses - inicialmente, objetos que caem (ou saem do campo de visão) passam a não existir para a criança - por volta dos 9 meses a criança passa a compreender que o objeto continua existindo mesmo quando não é visto - assim, persiste procurando objetos ocultos - por isso a brincadeira do esconde-esconde passa a ser tão prazerosa - 12-18 meses - a exploração do ambiente aumenta - junto com uma melhor destreza (alcançar, segurar, soltar) - o aprendizado segue os princípios do estágio sensório-motor de Piaget - o bebê combina objetos de formas diferentes para obter efeitos interessantes (como empilhar blocos ou enfiar objetos em cavidades) - imitam os adultos ou crianças mais velhas Ela própria tomando um “café imaginário” numa xícara vazia - penteando cabelos, usando copos e talheres - as brincadeiras de faz-de-conta centralizam-se na própria criança - 18-24 meses - várias alterações cognitivas ocorrem juntas - delimitando o fim do estágio sensório-motor - a permanência do objeto está firmemente estabelecida - as crianças sabem quando um objeto deve aparecer - a relação causa e efeito é mais bem entendida - as crianças demonstram flexibilidade na solução de problemas - como usando uma varinha para puxar um brinquedo fora de alcance - brincadeiras não são mais centradas em seu próprio corpo - uma boneca agora pode ser alimentada com um prato vazio - essas alterações estão correlacionadas comas importantes mudanças nos dimínios da emoção e linguagem - Linguagem - A aquisição da linguagem é um aspecto importante do desenvolvimento cognitivo. - A fala pré-linguística inclui choro, arrulho, balbucio e imitação dos sons da língua. - Aos seis meses, o bebê aprendeu os sons básicos de sua língua e começou a vincular som e significado. - Antes de pronunciar sua primeira palavra, o bebê utiliza gestos. - A primeira palavra costuma surgir entre 10 e 14 meses, dando início à fala linguística. Para muitas crianças, ocorre um “surto de nomeação” entre os 16 e os 24 meses de idade - As primeiras sentenças breves geralmente surgem entre 18 e 24 meses. Por volta dos 3 anos, a sintaxe e a capacidade de comunicação estão razoavelmente desenvolvidas. - A fala inicial é caracterizada pela supersimplificação, restrição e supergeneralização dos significados das palavras, e universalização das regras. - Duas visões teóricas clássicas sobre como a criança adquire a linguagem são a teoria da aprendizagem e o inatismo. Hoje, a maioria dos cientistas do desenvolvimento afirma que a capacidade inata de aprender a linguagem pode ser ativada ou restringida pela experiência. - As influências sobre o desenvolvimento da linguagem são a maturação do cérebro e a interação social. - Características de família, como nível socioeconômico, uso da língua adulta e responsividade materna afetam o desenvolvimento do vocabulário da criança. - Crianças que ouvem duas línguas em casa geralmente aprendem ambas no mesmo ritmo que crianças que ouvem apenas uma língua, e sabem utilizar cada uma delas na circunstância apropriada. - A fala dirigida à criança (FDC) parece trazer benefícios cognitivos, emocionais e sociais, e os bebês demonstram preferência por ela. Entretanto, alguns pesquisadores questionam esse valor. - Ler em voz alta para uma criança desde os primeiros meses ajuda a preparar o caminho para o letramento. - Emocional - o desenvolvimento emocional é ordenado, emoções complexas parecem desenvolver-se de emoções anteriores mais simples. - O choro, o sorriso e a risada são os primeiros sinais de emoção. Outros indicativos são as expressões faciais, atividade motora, linguagem corporal e mudanças fisiológicas. - O desenvolvimento do cérebro está intimamente ligado ao desenvolvimento emocional. - Emoções autoconscientes e auto valorativas surgem após o desenvolvimento da autoconsciência - Muitas crianças parecem pertencer a uma das três categorias de temperamento: “fácil”, “difícil” e de “aquecimento lento”. - Padrões de temperamento parecem ser, em grande parte, inatos e de base biológica. Geralmente são estáveis, mas podem ser modificados pela experiência. - A adequação das exigências ambientais ao temperamento da criança ajuda na adaptação. - Diferenças transculturais no temperamento podem refletir práticas de educação dos filhos - As práticas de educação dos filhos e os papéis de assistência à criança variam de acordo com a cultura. - Os bebês têm grande necessidade de proximidade com a mãe, afeto e responsividade, bem como de cuidados físicos. - A paternidade é uma construção social. O papel do pai difere nas várias culturas - Embora diferenças significativas de gênero não costumem aparecer antes da primeira infância, o pai promove desde cedo a tipificação de gênero. - Segundo Erikson, os bebês nos primeiros 18 meses de idade estão no primeiro estágio de desenvolvimento da personalidade, confiança básica versus desconfiança. - Uma assistência sensível, responsiva e coerente é a chave para o êxito na resolução desse conflito. - Pesquisa baseada na Situação Estranha constatou a existência de quatro padrões de apego: seguro, evitativo, ambivalente (resistente) e desorganizado-desorientado. - Instrumentos mais recentes medem o apego no ambiente cotidiano e na pesquisa transcultural. - Os padrões de apego podem depender do temperamento do bebê, bem como da qualidade da educação dos filhos, e podem apresentar implicações de longo prazo para o desenvolvimento. - A ansiedade diante de estranhos e a ansiedade de separação podem surgir durante a segunda metade do primeiro ano de vida e parecem estar relacionadas ao temperamento e às circunstâncias. - As memórias de apego infantil dos pais podem influenciar o apego de seus próprios filhos. - A regulação mútua permite ao bebê desempenhar um papel ativo na regulação de seus estados emocionais. - A referenciação social tem sido observada aos 12 meses - A socialização, que tem por base a internalização de padrões socialmente aprovados, começa com o desenvolvimento da autorregulação. - Um precursor da consciência moral é a obediência comprometida com as exigências do cuidador; crianças pequenas que demonstram esse comprometimento tendem a internalizar as regras dos adultos mais prontamente do que aquelas que demonstram obediência situacional. Crianças que demonstram cooperação receptiva podem ser parceiros ativos de sua socialização. - A maneira de educar os filhos, o temperamento da criança, a qualidade da relação entre pais e filhos e fatores culturais e socioeconômicos podem afetar o sucesso da socialização. - O relacionamento entre irmãos desempenha um importante papel na socialização; o que as crianças aprendem na relação com os irmãos é transferido para os relacionamentos fora de casa. - Entre 1 ano e meio e 3 anos, a criança tende a demonstrar mais interesse nas outras crianças e entende cada vez mais como lidar com elas. - De um modo geral, o fato de a mãe trabalhar fora durante os três primeiros anos parece ter pouco impacto sobre o desenvolvimento, mas o desenvolvimento cognitivo poderá sofrer quando a mãe trabalha 30 horas ou mais por semana até o nono mês da criança. - Os serviços de creche variam em qualidade. O elemento mais importante na qualidade da assistência é o cuidador. - Embora qualidade, frequência, estabilidade e tipo de assistência prestada pela creche influenciem o desenvolvimento psicossocial e cognitivo, de um modo geral a influência das características da família parece ser maior - Conhecer a caderneta de saúde da criança - um documento que acompanha a saúde, o crescimento e o desenvolvimento da criança até os 9 anos de idade - A partir dos 10, utiliza-se a caderneta de Saúde do Adolescente - é um documento único para cada criança - possui duas partes: - uma dedicada a quem cuida da criança, contendo informações e orientações sobre registro de nascimento, amamentação, alimentação saudável, vacinação, crescimento e desenvolvimento, sinais de perigo para doenças graves, prevenção de acidentes e violências, entre outros - outra dedicada aos profissionais de saúde para registros de informações importantes - contém ainda os gráficos de crescimento, instrumento de vigilância do desenvolvimento e tabelas para registro de vacinas - Gráficos
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