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06/04/2017
1
TERAPIA NUTRICIONAL 
NOS TRANSTORNOS 
ALIMENTARES
Profª Dra. Ticihana R. Oliveira
TRANSTORNO ALIMENTAR
↓
Transtornos psiquiátricos 
-> graves complicações clínicas
(comprometimento do estado nutricional e às práticas 
compensatórias inadequadas para o controle e a perda de peso 
– vômitos autoinduzidos, uso de diuréticos, anfetaminas e 
laxativos)
� Complicações:
- Endócrinas
- Cardíacas
- Pulmonares
- Renais
- Dentárias
(Eating Disorders)
� Doenças:
- Hipercolesterolemia
- Hipoglicemia
- Osteopenia
- Osteoporose
- Hipocalemia
- Hipomagnesia
- Hiponatremia
- Hipofosfatemia
- Anemia
- Constipação
- Lanugo (pêlos finos, 
suaves e abundantes 
no corpo)
- Esofagite
- Pancreatite aguda
06/04/2017
2
CONSEQUÊNCIAS
TRANSTORNO ALIMENTAR
→ Qualquer estatística não reflete adequadamente a realidade
• Muitas pessoas tem comportamentos de TA sem considerarem 
que estes são “anormais” ou patológicos
• Não há notificação de atendimento 
• Sistema de saúde “não sabe” reconhecer 
e tratar
CID 10 – F50.0 Anorexia
CID 10 – F50.2 Bulimia nervosa
CID-10 - Classificação Internacional de Doenças
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde 
06/04/2017
3
CID 10 - F50 Transtornos da alimentação
CID 10 - F50.0 Anorexia nervosa
CID 10 - F50.1 Anorexia nervosa atípica
CID 10 - F50.2 Bulimia nervosa
CID 10 - F50.3 Bulimia nervosa atípica
CID 10 - F50.4
Hiperfagia associada a outros distúrbios 
psicológicos
CID 10 - F50.5
Vômitos associados a outros distúrbios 
psicológicos
CID 10 - F50.8 Outros transtornos da alimentação
CID 10 - F50.9 Transtorno de alimentação não especificado
CID-10 - Classificação Internacional de Doenças
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde 
06/04/2017
4
Jundiaí, 4 de junho de 1985 — 15 de novembro de 2006
Modelo brasileira
* Jundiaí, 4 de junho de 1985
† Jundiaí, 15 de novembro de 2006
Sonho: ser modelo desde criança. 
Início: Após vencer um concurso realizado no interior, foi "descoberta" por uma olheira de agência e 
começou a trabalhar com 13 anos. 
Trajetória: Trabalhou no Brasil, na França e no Japão (onde sua obsessão passou a ser doença)
Com 1,70 metro ela pesava 46 quilos, e ainda assim tomava remédios para emagrecer. 
Chegou a pesar 42 quilos. Após tratamento em psicólogo, ela voltou a pesar 46 kg. 
Embora continuasse o tratamento, sua anorexia persistiu, fazendo com que Ana Carolina fosse 
internada em 25 de outubro, com insuficiência renal.
Em consequência da anorexia nervosa, a pressão arterial despencou, o que fez com que passasse a ter 
dificuldades respiratórias. Seu quadro clínico evoluiu então para uma infecção generalizada, e morte.
Quando morreu, a modelo pesava 40 kg. 
Seu IMC (Índice de Massa Corporal) era de apenas 13,8, kg/m² quando o ideal é 18,5 kg/m², de acordo 
com a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Ana Carolina Reston Macan
Ana e Mia (Ana = Anorexia; Mia = Bulimia)
06/04/2017
5
Ana e Mia (Ana = Anorexia; Mia = Bulimia)
Nova dieta – Pró Ana
café: 1 fruta (eu como banana (54Kcal) um dia e no outro, maçã (81 Kcal))
1 pouco de café sem adoçante nem açúcar (2kcal a xícara)
almoço: uma xícara de repolho(13 Kcal)
1 copo de limonada com adoçante (12 Kcal)
janta: 1 xícara de repolho (13kcal)
antes de dormir: 1 copo de limonada (12 Kcal)
Dá pra substituir o repolho por alface, ou brócolis, ou qualquer outro alimento que 
tenha uma quantidade similar de calorias. Quem segue comigo? Promete até sete 
quilos em uma semana! Eu tô animadissima, essa vou seguir a risca.
Ana e Mia (Ana = Anorexia; Mia = Bulimia)
Dieta da Beyoncé 10 kilos em 10 dias
De manhã:
Água salgada desintoxicante
- 1 copo d'agua
- 1 colher de chá de sal
Misture e tome de manhã e á noite.
De tarde:
Limonada
- 1/2 limão espremido
- 1 pitada de pimenta caiena (ou 
pimenta calabresa)
- 1 copo d'agua
Misture tudo.Tome de 5 a 10 limonadas 
/dia
De noite:
-Chá verde!
06/04/2017
6
Objetivos
Minha altura: 1,75 de altura
( ) 77k 
(x) 76k > 02/08/2011 
(x) 75k > 03/08/2011 
(x) 74k > 04/08/2011 
(x) 73k > 05/08/2011 
(x) 72k > 15/09/2011 
(x) 71k > 02/11/2011 
(x) 70k > 07/01/2012 
(x) 69k > 02/03/2012 
( ) 68k 
( ) 67k 
( ) 66k 
( ) 65k 
( ) 64k 
( ) 63k 
( ) 62k (primeira meta) 
( ) 61k 
( ) 60k 
( ) 59k 
( ) 58k 
( ) 57k 
( ) 56k (vou estar mais feliz) 
( ) 55k 
( ) 54k 
( ) 53k 
( ) 52k 
( ) 51k 
( ) 50k (garota mais linda) 
( ) 49k 
( ) 47k (meu sonhoooo!) 
( ) 46k 
( ) 45k (Perfeita!) IMC: 14,6 kg/m²
IMC: 20,2 kg/m²
IMC: 25,1 kg/m²
IMC: 18,2 kg/m²
06/04/2017
7
Ana e Mia (Ana = Anorexia; Mia = Bulimia)
Larissa:
Oi gente…preciso de ajuda…tenho 1.55 e, depois de uma gravidez, estou com 67 
quilos!!!antes eu pesava 48, 50kg …me ajudem a emagrecer!!O que eu faço?faço uma 
dieta ou devo parar de comer por uns tempos?Consegui ficar 3 dias só bebendo água, 
aí minha mãe veio me fazer uma visita e insistiu pra eu comer…quanto tempo 
podemos ficar sem comer sem desmaiar?Devo comer uma fruta por dia?Ai, me 
ajudem!!Nunca fui gorda e não quero continuar gorda!!!
Cilynha:
Lary.. simples… quando acordar come uma banana e quando sentir fome o resto do 
dia bebe água gelada.. sai de ksa…
Larissa:
-Nuuusss
Muuitoo obrigadaa suas dicas são tudooo!
Tava precisando muito de algumas dicas, agora sim é q eu non desisto.
Ou emagreço ou morro tentandooo!
Bjooos
Relatos
TRANSTORNOS ALIMENTARES
Anorexia Nervosa (NA)
Bulimia Nervosa (BN)
Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP)
Transtornos Alimentares Não Especificado (TANE)
06/04/2017
8
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
ANOREXIA 
NERVOSA
• Há perda de peso ou, 
em crianças, falta de 
ganho de peso, e o 
peso corporal é 
mantido pelo menos 
15% < que o esperado
• Perda de peso 
autoinduzida
• Distorção da imagem 
corporal
• Transtorno endócrino 
generalizado (♀♀♀♀ ----
amenorreia e ♂♂♂♂ ---- perda 
de interesse e potência 
sexual)
BULIMIA NERVOSA
• Episódios de hiperfagia, 
nos quais grandes 
quantidades de 
alimento são 
consumidos em curtos 
períodos (2x/semana 
durante 3 meses)
• Preocupação com o 
comer e o forte 
desejo/compulsão 
alimentar
• O paciente tenta 
neutralizar os efeitos 
“de engordar” por 
meio de vômitos 
autoinduzidos, 
purgação 
autoinduzida, períodos 
de inanição e/ou uso 
de drogas 
(anorexígenos, 
laxantes e diuréticos)
• Autopercepção de 
estar gordo, com pavor 
TCA
• Episódios recorrentes 
de compulsão 
alimentar, com 
ingestão de uma 
quantidade de comida 
definitivamente maior a 
que a maioria das 
pessoas comeria em 
um período similar e 
sob circunstâncias 
similares
• Perda de controle 
sobre a ingestão 
durante o episódio 
(não consegue parar 
de comer)
• Características: comer 
mais rapidamente, 
comer ainda se 
sentindo cheio, comer 
grandes quantidades 
mesmo sem fome, 
culpa ao comer, muita 
angústia
PREVALÊNCIA
ANOREXIA NERVOSA
• Até 0,9% em mulheres 
jovens
BULIMIA NERVOSA
• 1% para mulheres 
• 0,1% para homens
TANE
• 1 a 4% no geral
• (> em obesos)
06/04/2017
9
CAUSAS:
Alguns fatores:
Baixa auto-estima
Sentimento de inadequação
Depressão e ansiedade
Relações familiares ou pessoais
Dificuldade em expressar sentimentos
Mudança no padrão de beleza da sociedade
• 90% são mulheres
• Pessoas ligadas à moda, dança e alguns esportes
• Grande incidência entre estudantes universitários e secundaristas
MULHERES HOMENS
- Preocupação com peso
- Menor preocupação com
malhação
- Enxergam-se mais gordas
- Preocupação com forma
- Início mais tardio
- Maiorquantidade de exercícios
- 50% homossexuais (20% tem alguma 
forma de TA)
- Enxergam-se menos musculosos
* histórico de obesidade
GRUPOS DE MAIOR INCIDÊNCIA
06/04/2017
10
GRUPOS DE RISCO
� Prevalência aumentada em certos grupos ocupacionais = profissões
que exigem boa aparência e corpo muito magro
- Bailarinas, dançarinas
- Modelos, atrizes
- Ginastas, jóqueis, boxers, lutadores
� Estudantes de Nutrição e nutricionistas
� Estudantes de Ed. Física e educadores físicos
NÓS??
GRUPOS DE MAIOR INCIDÊNCIA
ANOREXIA NERVOSA
06/04/2017
11
� Do grego, significa falta de apetite (?)
“an” = deficiência / “orexis” = apetite
◦ (?): a falta de apetite é rara. O indivíduo sente fome, mas procura 
negá-la.
� Há o medo de ganhar peso e a recusa do indivíduo de manter um 
peso corporal na faixa normal mínima
� Perturbação na percepção do próprio corpo
ANOREXIA NERVOSA
• Busca incansável pela magreza
• Recusa manter peso normal
• Medo mórbido de ganhar peso
• Distúrbio de imagem corporal
• Recusa em manter o peso dentro ou
acima do mínimo normal; levando a
manutenção do peso corporal abaixo de
85% do esperado, ou fracasso em ter o
peso esperado durante o período de
crescimento.
• Medo intenso do ganho de peso ou de
se tornar gordo, mesmo com peso
inferior.
• Perturbação no modo de vivenciar o
peso, tamanho ou forma corporais;
excessiva influência do peso ou forma
corporais na maneira de se auto avaliar;
negação da gravidade do baixo peso.
• Amenorréia (mínimo 3 ciclos
consecutivos)
• Subtipos: restritivo e purgativo
• Há perda de peso ou, em crianças,
falta de ganho de peso e peso corporal é
mantido em pelo menos 15% abaixo do
esperado.
• A perda de peso é auto-induzida pela
evitação de “alimentos que engordam”.
• Há uma distorção na imagem corporal
na forma de uma psicopatologia
específica de um pavor de engordar .
• Um transtorno endócrino generalizado
envolvendo o eixo hipotalâmico
hipofisário-gonadal
AN - CARACTERÍSTICAS PARA DIAGNÓSTICO
06/04/2017
12
AN - EPIDEMIOLOGIA
� Prevalência: 0,5-1% da população mundial
◦ 20% dos adolescentes do mundo
� 90% dos casos são em mulheres.
◦ Ou 1 homem para cada 10 mulheres
� Perfil: Classes sociais mais elevadas. 
� Últimas décadas: � casos de meninas pré-
púberes e de homens.
� 5% dos casos: após os 20 anos. 
AN – QUADRO INICIAL
JOVEM, NO INÍCIO DA ADOLESCÊNCIA
PROBLEMA = “ESTÍMULO” INICIAL
DIETA RESTRITIVA + MUDANÇA DE HÁBITOS (INTERESSES 
OBSESSIVOS)
PADRÃO ALIMENTAR COMPROMETIDO
PERDA DE PESO PROGRESSIVA + MUDANÇA NA VISÃO DO 
PRÓPRIO CORPO
06/04/2017
13
� Hipotermia ( T. corporal < 35º C) – Intolerância ao frio
� Coração: � batimentos, arritmia e parada
� Hipotensão (� Pressão Arterial)
� Queda de cabelo
� Desidratação
� Envelhecimento precoce
� Amenorréia
� Caquexia
� Osteoporose
� Morte (5 a 20% -
maior taxa entre os 
transtornos alimentares
AN – CONSEQUÊNCIAS
AN – ASPECTOS NUTRICIONAIS
CONSUMO ALIMENTAR
Alimentos mais consumidos
(preferências x permissão?)
• Frutas e hortaliças
• Produtos diet e light
Alimentos menos consumidos
(proibições?)
• Carnes (comum vegetarianismo)
• Doces e sobremesas
• Massas, pães, arroz
• Gorduras de adição
Horários/Regularidade/Frequência
• Refeições irregulares
(< 3 refeições/dia)
• Hábito de jejum
• Duração maior das refeições
• Maior número de pausas durante a
refeição
• Regras individuais de horários e
ordem particular de se alimentar
06/04/2017
14
AN – Como acontece...
BULIMIA NERVOSA
06/04/2017
15
� Transtorno relacionado à purgação (vômitos e uso de laxantes)
� Muitas vezes, a anorexia é associada de bulimia
� 90% são mulheres
BULIMIA NERVOSA
1. Episódios recorrentes de compulsão alimentar (episódios
bulímicos)
2. Comportamentos compensatórios inapropriados para
prevenir ganho de peso, como vômito auto-induzido, laxantes,
diuréticos ou outras drogas, dieta restritiva ou jejum ou, ainda,
exercícios físicos excessivos
3. Os episódios bulímicos e os comportamentos
compensatórios ocorrem, em média, duas vezes por semana,
por pelo menos três meses
4. Auto-avaliação indevidamente influenciada pelo peso e
forma corporal.
BN - Características para diagnóstico
BULIMIA NERVOSA
� Difere da anorexia:
◦ Há períodos em que o indivíduo se alimenta em excesso, seguido 
pelo sentimento de culpa por causa do ganho de peso
◦ Procura por vias de compensação: exercícios físicos em excesso, 
vômitos e/ou uso excessivo de purgantes e diuréticos.
◦ Os indivíduos normalmente estão dentro da faixa de peso normal, 
embora alguns possam estar ligeiramente acima ou abaixo do 
peso normal.
06/04/2017
16
BN – ASPECTOS NUTRICIONAIS
CONSUMO ALIMENTAR
• Restrições alimentares persistentes
• Visão dicotômica dos alimentos (tudo OU nada)
• Expressiva repugnância pelos alimentos, relação de culpa, repulsa, ódio e 
incompetência para lidar com o alimento
• Raiva de sentir fome, negação das necessidades fisiológicas
• Disfunção nas sensações de fome, apetite e saciedade
• Dificuldade em selecionar o que comer, “comer social” prejudicado, medo de 
comer alimentos “perigosos”
• Perda de controle em situações com alimento em abundância
• Série de cognições errôneas sobre conceitos nutricionais: mitos e crenças 
sobre alimentos e alimentação;
• Reconhece que alimentação é anormal (mas muitas vezes não acredita que 
possa mudar);
• Preocupação permanente com o peso;
• Busca do alimento para resolver problemas e compensar frustrações.
BN - EPIDEMIOLOGIA
� Prevalência: mais comum no final da adolescência
� Grande maioria feminina
◦ 1 homem para cada 6 mulheres
� Perfil: Classes sociais mais elevadas
� Últimas décadas: � casos de meninas pré-púberes e de
homens
06/04/2017
17
BN – CONSEQUÊNCIAS 
� Digestivas-gastrintestinais:
◦ Inflamação e aumento das glândulas salivares e 
pancreáticas
◦ Erosão esofágica e gástrica (devido ao ácido estomacal)
� Dentárias:
◦ Erosão do esmalte dentário
� Neuropsiquiátricas:
◦ Convulsões, fadiga e fraqueza
� Feridas nas mãos “Sinal de Russell”
� Morte
06/04/2017
18
TRATAMENTO ESPECIALIZADO PARA PESSOAS COM 
TRANSTORNOS ALIMENTARES
PACIENTE
Psiquiatra
PsicólogoNutricionista
Enfermeiros
, 
educadore
s físicos, TO 
e 
assistentes 
sociais
CUIDADO NUTRICIONAL
• Avaliação nutricional
• Formulação do diagnóstico nutricional
• Intervenção nutricional
• Acompanhamento (com reavaliações)
Medidas antropométricas
Bioquímicas
Clínicas
Alimentares
06/04/2017
19
ANAMNESE NÃO ESTRUTURADA
-Informações básicas: idade, contatos, estado civil, filhos,
escolaridade, profissão, nível socioeconômicos, com quem mora e
como, indicação para tratamento, narrativa da história de vida
- Informações quanto à saúde: doenças pregressas e vigentes,
tratamentos já realizados ou em andamento, medicamentos,
suplementos, qualidade do sono, sintomas
- Informações quanto ao peso corporal: histórico de variação do
peso, histórico da prática de dietas, flutuações de peso e questões
de imagem corporal (p. ex.: conceitos sobre qual considera ser seu
peso ideal e graus de insatisfação corporal)
ANAMNESE NÃO ESTRUTURADA
- Informações quanto à alimentação: histórico dos hábitos
alimentares do paciente e de sua família, consumo alimentar
habitual e atual (com possível cálculo posterior da ingestão de
nutrientes, se necessário), evidências de compulsão alimentar,
crenças, sentimentos e pensamentos sobre alimentação, alimentos
evitados
- Informações quanto ao comportamentos compensatórios: uso de
laxantes, diuréticos, enemas e remédios para emagrecer, indução
de vômitos, realização de jejuns ou restrições alimentares e prática
deatividade física
06/04/2017
20
EXAME FÍSICO
-Alterações nos cabelos: ressecamento
e diminuição da espessura, volume e
quantidade
- Alterações na pele: presença de
lanugo e ressecamento
- Alterações nas unhas: fracas,
quebradiças, com alterações nas
mudanças de temperatura
EXAMES BIOQUÍMICOS
- Densidade óssea
-Eletrólitos séricos
- Hemograma completo
- Reticulócitos
-Ferro
-Ferritina
- Vitamina B12
- Creatinina
- Ureia
- Glicemia
- Albumina
- Pré-albumina
- Colesterol total e
frações
- Exames endoscópicos,
hepáticos, cardíacos e
hormonais
TRATAMENTO
06/04/2017
21
� OBJETIVOS COMUNS AO TRATAMENTO DE QUALQUER TRANSTORNO
- Melhorar a estrutura, o consumo e as atitudes alimentares
- Ajudar o paciente a perceber os sinais de fome e saciedade
- Diminuir ou eliminar os distúrbios de imagem corporal
- Estabelecer práticas alimentares saudáveis
OBJETIVOS DO CUIDADO NUTRICIONAL
� OBJETIVOS ESPECÍFICOS
ANOREXIA NERVOSA
Restabelecer peso 
corporal e cessar 
perda de peso
Corrigir sequelas
da desnutrição e 
cessar episódios 
de métodos 
compensatórios
BULIMIA NERVOSA
Cessar episódios 
bulímicos e uso de 
métodos 
compensatórios
Normalizar funções 
do TGI (distensão, 
constipação, 
esvaziamento 
gástrico)
TCA
Cessar episódios 
de compulsão 
alimentar
Promover a perda 
de peso de forma 
lenta e 
sustentável, se 
necessário
CONCEPÇÕES
06/04/2017
22
CONSEQUÊNCIAS NUTRICIONAIS
� Deficiências nutricionais
� Redução da gordura corporal
� Piora nas defesas imunes � infecções
� Carências de nutrientes específicos
◦ Ex.: Potássio
� Problemas gastrintestinais
� Desequilíbrio do uso das fontes de energia do organismo
� Fraqueza / Depleção muscular
� Infertilidade
TRATAMENTO
• Objetivo Nutricional:
− Restaurar o peso mínimo saudável
• Ganho rápido de peso não funciona
− Modificar crenças, mitos e hábitos: 
• Reeducação alimentar
− “Tratar” também a família
• Demais objetivos:
− Tratar complicações clínicas
− Facilitar o envolvimento da família
06/04/2017
23
Diário Alimentar
• Instrumento de avaliação da estrutura, consumo e algumas atitudes 
alimentares
• Técnica comportamental de auto-monitoração
• Recomendado no tratamento dietético dos transtornos alimentares (bom 
resultado) 
• Simboliza relação entre o terapeuta nutricional e o paciente
• Possibilita disciplina e avaliação constante – trabalhar com metas
HORA ALIMENTO/
QUANTIDADE
DURACAO COMPULSAO 
S/N
PURGACAO 
S/N
FOME 
0-10
SACIEDADE
0-10
ONDE / 
COM QUEM
SENTI/PENSAM
Psicologia
Nutrição
Medicina
Família
Amigos
Demais áreas da 
Saúde necessárias
Paciente
06/04/2017
24
• Avaliação física e laboratorial
- Normalmente não há alterações clássicas
- Médicos em geral não sabem diagnosticar
- A falta de alterações clínicas não significa que não há problema
- Deve-se começar o tratamento mesmo que não haja complicações evidentes
• Preferência por tratamento ambulatorial
TRATAMENTO
TRATAMENTO NUTRICIONAL
Abordagem Nutricional dos Transtornos Alimentares
• Promover orientação alimentar para estabelecimento de alimentação 
adequada
• O nutricionista que trabalha com Transtornos Alimentares deve 
relacionar aspectos psicológicos e nutricionais
OBJETIVOS
ANOREXIA NERVOSA
• Restabelecer o estado nutricional
• Adequar o peso
• Eliminar as práticas alimentares 
inadequadas
• Reintroduzir os alimentos excluídos 
da alimentação
• Estabelecer uma relação adequada 
com o alimento e o peso
BULIMIA NERVOSA
• Interromper o ciclo restrição -
compulsão - purgação
• Zerar purgação, zerar compulsão
• Eliminar as práticas alimentares 
inadequadas
• Estabelecer um padrão alimentar 
adequado
• Modificar atitudes para com o alimento, 
peso e a alimentação
06/04/2017
25
Papel do nutricionista:
• trabalho inovador para influenciar os comportamentos alimentares
de crianças e adolescentes
Papel dos profissionais de saúde:
• devem aumentar suas aptidões em áreas como planejamento de
programas
• trabalhar em conjunto com profissionais, como educadores e
administradores de escolas
• alertar os outros profissionais da saúde, educadores e pais do
grande risco dos TA
Nutricionista = “Terapeuta Nutricional”
PREVENÇÃO DOS TA
Não existe recomendacoes especÍficas (DITEN, 2011)
– Macronutrientes:
LIP – 1g/kg - 25-30%VCT (mascarar a oferta (granola, queijos magros);
negociar, gradualmente, troca de desnatados por integrais
PTN – 0,8 a 1,0 g/Kg
CHO – 4 a 6 g/kg - 50-55% VCT
- priorizar fibras insolúveis: aumentam peristalse
- diminuir fibras solúveis: saciedade/constipação
– Micronutrientes:
Se necessários, suplementar para
completar 100% DRI
TRATAMENTO NUTRICIONAL
06/04/2017
26
ORTOREXIA
ORTOREXIA
• TRANSTORNO ALIMENTAR recentemente diagnosticado, que surge quando a
pessoa se torna obsessiva quanto aos padrões daquilo que come.
• Ao contrário da anorexia ou bulimia, a pessoa permite-se comer, mas fica tão
obcecada com o que come que todos os seus pensamentos ficam ocupados com
a dieta.
• Permitem-se apenas alimentos saudáveis e examinam detalhadamente o
conteúdo nutricional de cada elemento que ingerem.
• Calorias, vitaminas e nutrientes tornam-se o ponto focal da comida e qualquer
coisa que contenha o mínimo vestígio do que está na lista do “não é permitido”
não é consumido.
• Embora todos possamos beneficiar ao adotar esta atitude de forma mais
habitual, estes “mártires” levam a obsessão com o conteúdo dos seus alimentos
ao extremo, e não se permitem, em circunstância alguma, um desvio do seu
programa de tipos de alimentos autorizados.
06/04/2017
27
ORTOREXIA
SINAIS DE ORTOREXIA:
� Examina cada pormenor do que se encontra em cada alimento
� Só se permite alimentos saudáveis
� Consegue comer uma refeição preparada por outra pessoa
� Observa e comenta a maneira como outras pessoas preparam a comida
� Dá consigo a pensar em conteúdo nutricional durante o dia
� Preocupa-se ao comer qualquer coisa que possa não ser “boa” para si
� Perdeu muito peso recentemente sem seguir conscientemente uma
dieta
VIGOREXIA
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VIGOREXIA
TRANSTORNO DISMÓRFICO MUSCULAR
• Distúrbio já classificado como uma das manifestações do espectro do
transtorno obsessivo-compulsivo.
• A autoimagem distorcida leva os portadores de vigorexia à prática
exagerada de exercícios físicos, em busca do corpo perfeito de acordo com
os padrões de beleza impostos pelos valores da sociedade
contemporânea.
• Vigoréxicos passam horas e horas nas academias, sempre aumentando a
carga dos exercícios. Paralelamente, introduzem alterações na dieta
constituída basicamente por proteínas, passam a consumir suplementos
alimentares sem orientação e recorrem ao uso de esteroides e
anabolizantes.
VIGOREXIA
SINTOMAS
Também chamada de “overtraining”, ou síndrome de Adônis, em
referência ao deus grego da beleza.
Acomete mais os homens entre 18 e 35 anos. Isso não quer dizer que as
mulheres não desenvolvam esse tipo de transtorno.
• Demonstra sentimentos de inferioridade e de insatisfação com a
aparência;
• Tem vergonha do corpo e procura escondê-lo debaixo de roupas
excessivamente largas;
• Se sente magro demais, apesar de os colegas elogiarem sua forma
física;
• Não aceita convites para uma festa, por exemplo, porque não troca
nenhum programa pela oportunidade de fazer exercícios na academia.
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COMER 
TRANSTORNADO
COMER TRANSTORNADO
• Você faz dieta de segunda a sexta e não vê a hora que chegue final 
de semana para devorar todas as porcarias que encontrar?
• Você come compulsivamente algo “proibido” e logo após fica triste, 
arrependido, frustrado?
• Você achaque comer saudável é “chato, ruim, difícil” e só alimentos 
calóricos podem ser “super gostosos”?
• Você acha que segunda feira é dia de começar dieta (e sofrimento)?
• Você desconta na comida todas suas preocupações, angústias e 
depois fica mais angustiado ainda por ter feito isso?
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Obrigada!
Quem admira você, faz isso porque
gosta exatamente do jeito que você é!

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