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Clínica Cirúrgica de Animais de Produção A. Orquiectomia em Equinos INDICAÇÕES → Se castra os equinos para facilitar o manejo, quando criado junto com éguas e outros machos. → Reduzir a agressividade → Antes de realizar o procedimento é importante verificar se o animal não possui CRIPTORQUIDISMO. ANESTESIA → Técnica pode ser realizada com o animal em estação ou em decúbito, irá depender do temperamento do cavalo. MPA LOCAL → Diazepam 0.05 mg/kg → Lidocaína → Acepromazina 0.05 mg/kg → Detomidina Associados com algum opióide = BUTORFANOL INDUÇÃO → Xilazina 1.1 mg/kg → Ketamina 2.2 mg/kg TÉCNICA CIRÚRGICA 1. Após o animal ser colocado em decúbito é realizada a contenção do equino. Realiza- se então a antisepsia utilizando ALCOOL → IODO → ALCOOL. 2. A castração é feita por incisões individuais, realizadas +/- 1 cm da linha mediana 3. Posiciona-se então o testículo entre os dedos polegar e indicador e faz a incisão no sentido longitudinal. 4. Após a incisão de pele, se incide a túnica Dartos e a fáscia escrotal. Importante manter pressão com os dedos no testículo para que possa ser exteriorizado. 5. Com a mão esquerda segura-se o testículo e se separa o tecido subcutâneo da túnica vaginal o mais proximal possível. Pode ser usada uma gaze para facilitar o processo. 6. É feita uma incisão na túnica vaginal comum, sobre o polo cranial do testículo. 7. Com o dedo segura-se a túnica, mantendo pressão e continua a incisão no sentido proximal. 8. O testículo é liberado de dentro da túnica vaginal. Separa-se então o mesórquio com os dedos. Onde o objetivo é separar o cordão espermático do ducto deferente, túnica comum e músculo cremaster externo. 9. Segura-se então o testículo e se emascula os vasos espermáticos. Deve-se evitar esticar o cordão durante a emasculação. O emasculador deve ser mantido na posição durante 3 a 5 minutos. 10. Repete-se mesma coisa do outro lado. 11. PÓS-OPERATÓRIO → Imunizar contra tétano. → Restrição de movimento por 24 horas. → Observar possível hemorragia. → Após 24h exercícios moderados, 2x/dia. → Separar das éguas por pelo menos 2 semanas. COMPLICAÇÕES → Hemorragia → Edema excessivo → Evisceração → Septicemia B. Orquiectomia em Bovinos / Ovinos INDICAÇÕES → Melhorar qualidade de carcaça em animais de corte. → Facilitar manejo. → Evitar reprodução indesejada. ANESTESIA MPA → Xilazina – utiliza-se em caso de animais muito agitados, no qual possam apresentam rico ao cirurgião. LOCAL → Lidocaína - aplicar dentro bolsa escrotal, intra-testicular e no cordão espermático. TÉCNICA CIRURGICA 1. O procedimento deve ser realizado em local limpo. Caso haja no local tronco de contenção é indicado usar, caso contrário a imobilização pode ser feita através de cordas. Os animais devem estar saudáveis e descansados. 2. Se faz uma incisão horizontal na pele e na fáscia escrotal. Toda a porção distal da bolsa escrotal deve ser retirada. A túnica vaginal deve permanecer intacta. 3. Os testículos devem ser tracionados e a pele deve ser empurrada para cima, sendo separada do cordão espermático incluso na túnica comum. O cordão espermático é emasculado. 4. A emasculação deve ser feita o mais proximal possível. Após a emasculação a tensão do cordão espermático deve reduzir. 5. Logo após retirar o emasculador o excesso de tecido adiposo deve ser excisionado. Indica-se colocar pó antimicrobiano na incisão. 6. Repete-se mesma coisa do outro lado. PÓS-OPERATÓRIO → Ferida deve ser mantida aberta para ocorrer cicatrização por segunda intenção. → Imunizar contra carbúnculo sintomático e edema maligno. → Monitoramento por 24h para verificar possível hemorragia. COMPLICAÇÕES → Hemorragia → Tétano → Edema → Infecção C. Cesariana em Vacas – Abordagem pelo flanco INDICAÇÕES → Má formação fetal → Torção uterina → Parto distócico → Monstros fetais → Hidropsia das membranas fetais ANESTESIA/PREPARAÇÃO → Caso o local disponha de troncos ou bretes, é indicado realizar cesariana nesses locais. Procedimento pode ser realizado com o animal em estação ou em decúbito lateral direito. → Se faz então a tricotomia e a antisepsia com ALCOOL → IODO → ALCOOL. → Xilazina – utiliza-se em caso de animais muito agitados, no qual possam apresentam rico ao cirurgião. LOCAL → Bloqueio pode ser feito paravertebral, em “L” invertido ou na linha de incisão. → Analgésicos – LIDOCAÍNA + TRAMADOL ou MORFINA, via epidural TÉCNICA CIRÚRGICA 1. É feita uma incisão paralombar esquerda (+/- 20cm), após o último par de costelas. São incididos pele, subcutâneo, oblíquo abdominal externo, oblíquo abdominal interno, transverso abdominal e peritônio. 2. Já na cavidade peritoneal, o cirurgião deve manipular a porção do corno uterino que contém o feto e tenta exteriorizar uma porção para realizar a histerotomia. O útero deve ser incidido sobre um dos membros do feto. Deve-se evitar fazer o corte em cima das carúnculas. 3. A incisão do útero deve ser longa o suficiente para o feto poder passar, sem que “rasgue” a parede do útero. Após exteriorização e incisão do útero, o auxiliar deve segurar o útero evitando que caia líquidos fetais dentro da cavidade peritoneal. O feto é então retirado. Retira-se as membranas fetais se puderem ser removidas separdas do útero. Antes de suturas se coloca ATB dentro do útero. 4. O útero é então fechado com pontos contínuos invaginantes de fio absorvível. Pode – se utilizar a técnica de Utrecht, onde os pontos são feitos oblíquos ou Cushing. Após sutura-se então camadas musculares (ancorada de Ford), subcutâneo (intradérmico de pele) e pele (PIS). PÓS-OPERATÓRIO → Limpeza ferimento cirúrgico. → Conrolar dor → ATB de 5 a 7 dias – Penicilina + estreptomicina. → + volumoso → AINE de 3 a 5 dias. COMPLICAÇÕES → Retenção de placenta → Aderências → Piometra → Peritonites → Deiscência de pontos D. Cesariana em Ovinos e Caprinos – Abordagem paramediana INDICAÇÕES → Parto distócico → Anomalias fetais → Torção uterina ANESTESIA/PREPARAÇÃO → Tricotomia ampla, desde a virilha até o apêndice xifóide. → Antissepsia com ALCCOL → IODO → ALCOOL. → Bloqueio local – pode ser na feita linha de incisão. TÉCNICA CIRÚRGICA 1. Incide-se a pele, subcutâneo, músculo oblíquo abdominal externo, músculo oblíquo abdominal interno, transverso abdominal e peritônio. 2. Expõe-se o útero, através da localização do membro do feto para incidir na região menos vascularizada. 3. Incisão deve ser apropriada para o tamnho do feto. 4. Deve-se retirar o máximo de placente possível. 5. Na síntese, cuidar para não suturar parede uterina junto com a placenta. 6. 1ª síntese pode ser feita com PIS ou ancorada de Ford. A 2ª síntese deve ser feita com Cushing, pois é invaginante. 7. Após, sutura-se peritônio e transverso com ponto simples contínuo e/ou Ancorada de Ford. 8. Oblíquo Externo e Interno são suturados com Sultan. 9. Pele pode ser fechada com PIS ou Wolff. E. Castração em Vacas INDICAÇÕES → Tratar e prevenir algumas enfermidades como piometra, tumores de mamas. → Engordar para descarte → Econômico ANESTESIA/PREPARAÇÃO → Caso o local disponha de troncos ou bretes, é indicado realizar cesariana nesses locais. Procedimento pode ser realizado com o animal em estação ou em decúbito lateral direito. → Se fazentão a tricotomia e a antisepsia com ALCOOL → IODO → ALCOOL. → Xilazina – utiliza-se em caso de animais muito agitados, no qual possam apresentam rico ao cirurgião. LOCAL → Bloqueio pode ser feito paravertebral (L1 e L2). → Analgésicos – LIDOCAÍNA + TRAMADOL ou MORFINA, via epidural. TÉCNICA CIRÚRGICA – ABORDAGEM PELO FLANCO 1. Se faz uma incisão vertical de 10 – 13 cm no flanco esquerdo ventral, na fossa paralombar. 2. Os músculos devem ser separados com o auxílio de uma tesoura e incide-se o peritônio. 3. Deve-se introduzir a mão na incisão peritoneal e localizar os ovários. 4. Os ovários são então removidos, desde o pedículo do ovário com o auxílio de ovariotomo. 5. Antes de usar o ovariotomo, deve-se aplicar no ovário uma gaze embebida em anestésico, pois o animal está apenas com bloqueio paravertebral. 6. Não deixar ovário cair na cavidade abdominal. Garantir que a estrutura saiu por completo. 7. Sutura parede abdominal. 8. ATB de 1 a 3 dias. E retirada das suturas após 10 a 14 dias após procedimento. TÉCNICA CIRÚRGICA – ABORDAGEM TRANSVAGINAL ANESTESIA/PREPARAÇÃO → Se faz então a antisepsia com ALCOOL → IODO → ALCOOL. EPIDURAL → Lidocaína 2% SEDAÇÃO → Xilazina 1. O procedimento deve ser realizado com o animal em estação, por isso é necessário uma boa contenção e sedação do animal. 2. O bisturi deve ser colocado com a lâmina escondida na mão, para poder introduzir o braço na vagina. 3. Após colocação e sentir resistência dos músculos, abre-se o bisturi e se faz uma incisão dorsal de 5 a 8 cm no saco vaginal, às 10 ou 2 horas no ponto causal ao corpo uterino. 4. Após a incisão, deve-se introduzir os dedos pelo oríficio, com intuito de aumento-lo e consegue colocar a mão na cavidade pélvica. 5. Se introduz a mão direita com a alça do ovariotomo e se localiza o ovário. 6. É necessário que o ovariotomo abrece o ovário, posicionando-o abaixo dele. 7. A alça do ovariotomo deve estar fechada para pode seccionar a trompa e retirar o ovário. F. Rumenotomia INDICAÇÕES → Remoção de corpos estranhos. → Impactação rúmen → Evacuação de conteúdo em casos de sobrecarga. → Indigestão vagal → Diagnóstico de neoplasias ANESTESIA/PREPARAÇÃO → Jejum 12 a 24 horas. → Tricotomia ampla da fossa paralombar e flanco. → Antissepsia com ALCOOL → IODO → ALCOOL. SEDAÇÃO → Xilazina LOCAL → Lidocaína – bloqueio em “L” invertido, paravertebral ou na linha de incisão. TÉCNICA CIRÚRGICA 1. Se faz uma incisão paralombar esquerda de +/- 20 cm com o animal em estação. 2. O músculo oblíquo externo e interno devem ser seccionados na minha direção, e os vasos hemorrágicos devem ser pinçados e ligados se necessário. 3. O músculo transverso é incisionado na vertical. 4. Após localizar peritônio, o mesmo é erguido com uma pinça e seccionado com bisturi. 5. Uma prega da parede abdominal é tracionada e fixada na pele. É feita então a sutura do rúmen junto à pele, com pontos simples contínuos na camada seromuscular, com o objetivo de evitar contaminação da cavidade. 6. Incide-se então o rúmen e avalia o conteúdo ruminal através de palpação. Após retirada dos corpos estranhos fecha-se o rúmen com duas suturas, simples contínua e Cushing (usando categute 2). 7. Sutura do rúmen: 1ª ponto simples contínuo e a 2ª Cushing (invaginante). 8. Após, sutura-se peritônio e transverso com ponto simples contínuo e/ou Ancorada de Ford. 9. Oblíquo Externo e Interno são suturados com Sultan. 10. Pele pode ser fechada com PIS ou Wolff. PÓS-OPERATÓRIO → Limpeza ferimento cirúrgico. → Conrolar dor → ATB de 5 a 7 dias – Penicilina + estreptomicina. → + volumoso → AINE de 3 a 5 dias. COMPLICAÇÕES → Deiscência de pontos → Peritonite G. Amputação de Dígito INDICAÇÕES → Osteíte → Infecções sem sucesso terapêutico → Traumas e/ou luxações graves → Fraturas 3ª falange ANESTESIA/PREPARAÇÃO → Jejum de 24 horas. → Contenção do animal. Deve-se posicionar o animal em decúbito lateral. → Tricotomia da área mesometacarpiana/tarsiana até a borda do casco. → Antissepsia com ALCOOL → IODO → ALCOOL. → É necessário fazer um torniquete no metacarpo/tarso. LOCAL → Anestesia regional intravenosa utilizando butterfly – lidocaína 2%, na veia metacarpiana/tarsiana dorsal. TÉCNICA CIRÚRGICA 1. Incide-se a pele desde o espaço interdigital até circundar a segunda falange. 2. Deve-se dissecar a pele em forma de retalho e rebate-la. Fazer hemostasia. 3. Posiciona-se o fio-serra no espaço inter-digital e corta-se o digito. Lembrando que o movimento do fio não deve ser muito rápido, para evitar lesões. 4. A serra deve iniciar paralela ao eixo longitudinal até atingir a extremidade distal da primeira falange. 5. A serra é então direcionada perpendicular ao eixo longitudinal e mantem-se um angulo de 45º para seccionar o dígito. 6. Após extração do dígito, deve-se remover o tecido necrótico e lavar local com NaCl. 7. O retalho cutâneo deve ser suturado com Sultan, Wolff ou PIS. Deve-se manter uma parte sem sutura para ocorrer drenagem. 8. ATB sobre o ferimento cirúrgico. 9. Realizar curativo com atadura de gazes estéreis bem justa para evitar hemorragia. PÓS-OPERATÓRIO → Retirar o torniquete lentamente para que a lidocaína não entre de uma vez na circulação. → ATB e bandagem em toda área removida. → Trocar bandagem a cada 48 horas. Cicatrização de 10 a 15 dias. → ATB por pelo menos 7 dias – Penicilina G Procaínica ou Oxitetraciclina → AINE de 3 a 5 dias – Fenil ou Flunixin COMPLICAÇÕES → Animais pesado é desfavorável. → Queda na produção → Risco de tendinite
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