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RESUMO ONCOLOGIA Crescimento tumoral Introdução • A maioria dos tumores carrega uma capacidade replicativa de semanas (dobra de tamanho em 2 meses) • Neoplasias com características gênicas de agressividade carregam o potencial de invasão e metastatização precoses • Cura... Erradicação total do tumor primário e das metástases Avaliação só pode ser feita com a observação de vários anos seguidos • CLONALIDADE Os tumores surgem a partir de um único clone de células normal (“transformada”) Fisiologicamente a célula morre ou é destruída (SI) A instabilidade genômica gera acúmulo mutacionais Similaridade morfológica não reflete a heterogeneidade molecular intra-tumoral Populações clonais distintas num mesmo paciente (Primario ≠ metástase ≠ outras metástases) CICLO CELULAR • Ocorrem 2 trilhoes de mitoses (+frequentes=Mucosa do TGI, Céls hematopoiéticas, pele e fâneros) • Neoplasia exibem mecanismo de ativação de vias implicadas na divisão células proliferação Maquinário ciclo celular Cels quiescentes (em estado Go) fase G1 fase S fase G2 mitose • FASE G1 Processo longo (8-30h) Demanda de energia alta Papel fundamental dos fatores de crescimento no ciclo Upregulation de programas transcricionais: síntese de macromoléculas e de proteínas regulatórias • FASE S Sintese de alguns componentes citosólicos e ppte do DNA Duplicação dos cromossomos (1-2h) • FASE G2 Sintese de RNA e de precursores de Fuso mitótico Duplicação e separação dos centrossomos (3-5h) ➢ Progressao através das diferentes fases do ciclo celular depende da atividade de algumas peças-chave Fosforilações, defosforilações, acetilações Degradação proteicas por Ubiquitinação ➢ Células eucarióticas desenvolveram mecanismos para monitorizar defeitos processuais durante essa etapa Manutenção da integridade genômica Fatores regulatórios também estão envolvidos no desenvolvimento tumoral REGULADORES DO CICLO CELULAR • Ciclinas Quinases-dependentes (CDK) = CDK1, CDK2, CDK4, CDK6 • Aurora-quinase A • NIMA-quinases • Fatores transcricionais (fatores E2F, gene pRb) • Fosfatases, cinesinas • Sistema proteolítico Ubiquitina-dependente CHECKPOINTS • Etapas durante a progressão do ciclo celular onde é necessarua a monitorização de eventos-chaves durante a replicação do DNA • Quebras nas fitas de DNA, lesões por carcinógenos ou metabólitos tóxicos endógenos • Estruturação e orientação da distribuição dos cromossomos às células-filhas • Previne a passagem de lesões do DNA as células- filhas DANO AO DNA Recrutamento de complexos efetores para correções Indução de senescência células a apoptose CDK’s A progressão do ciclo celular depende de uma classe especial de enzimas do tipo quinase de serina/treonina, cuja subunidade catalítica é conhecida como CDK (cyclin-dependent kinase). São expressas durante todo o ciclo (isto é, são constitucionais), porém encontram-se na forma inativa. Só são ativadas quando ocorre a ligação entre elas e subunidades regulatórias chamadas ciclinas. As ciclinas têm um padrão cíclico de acúmulo e degeneração, levando a uma variação periódica da sua concentração durante o ciclo. São sintetizadas somente em fases específ icas, conforme a exigência (por isso são chamadas de facultativas) e, portanto, destruídas após a sua utilização. Ligam-se às CDKs para que possam exercer suas funções. As CDKs e as ciclinas ativadas levam à progressão do ciclo celular, sendo os principais fatores positivos para a evolução do ciclo. A ativação das CDKs-ciclinas depende da fosforilação desse complexo; já a inativação do complexo pode se dar pela degradação de ciclina, adição ou remoção de fosfato, e pela ligação de CKIs (cyclin kinase inhibitors). A inter-relação entre ativação e desativação da atividade de CKs em várias etapas do ciclo é a chave para a progressão normal e para a regulação do ciclo celular, uma vez que cada fase oferece um ou mais pontos de controle específ icos. A principal função do complexo CDK-ciclina é a fosforilação de várias outras proteínas em determinados estágios do ciclo. CICLO CELULAR NO CANCER • MUTAÇÃO NO P53 Alterações em elementos somáticos chegam a ser identificados em 50% dos tumores sólidos Mutações da linguagem germinativa configuram alta penetrância para Síndrome de câncer familiar SD Li-Fraumeni Outras neoplasias podem sintetizar proteínas que se ligam ao P53 promovendo sua degradação (E6 do HPV) • Perda da mutação no pRb • Aneuploidia e instabilidade cromossômica Causa ou consequência?? Quebra cromossômica • Hiperexpressao de ciclinas e CDKs CINÈTICA TUMORAL • Crescimento do tumor depende da fração de clones em proliferação e do nº de células em apoptose • No início há um crescimento exponencial, porém mais tarde ocorre uma lentificação do processo (plateau) melhor atuação da QT quando massas tumorais menores CURVA DE GOMPERTZ 1. Fase: crescimento lento Indução de neoangiogênese (doença subclínica) 2. Fase: Crescimento acelerado Doença mensurável 3. Fase: Plateau Restrição de espaço, nutrientes e aporte sanguíneo promovem pressão seletiva sobre o tumor, reduzindo a fração de crescimento CICLO CELULAR E TERAPEUTICA • Convencional Radioterapia dano a dupla fita do DNA Quimioterapia citotóxica dano a celulas com maior turnover (ciclo celular em atividade) • Atual Terapia-alvo Acs monoclonais e Imunoconjugados Imunoterapia • FuturaCombinações QUIMIOTERAPIA QUIMIOTERAPIA CITOTÓXICA • Modalidade de tratamento sistêmico que atua em células em alta divisão, interfere na síntese e replicação do DNA, transcrição de RNA ou tradução de proteínas (promove apoptose) • Vias de administração: TOPICA, LOCAL(intra ou para-lesional) SISTÊmica (oral ou parenteal) MODALIDADES DE QUIMIOTERAPIA • Curativa: doenças com turnover muito alto (95-100%), como tumores hematológicos e de linhagem germinativas • Paliativo: Controle de doença disseminada e incurável, ganhos em sobrevida, porem com priorização de controle de sintomas e qualidade de vida • Adjuvantes: Ocorre após tratamento definitivo do tumor primário • Neoadjuvantes ou de indução: Antecede o tratamento definitivo do tumor primário ➢ Ciclo específico Fase G1 L-asparaginase, cladribina, corticoides Fase S Anti-metabólitos, análogas purinas/pirimidinas Fase G2 Bleomicina, Etoposideo Fase M Anti-mitóticos Há uma limitação do nº de células que podem ser erradicadas (apenas as que estão naquela fase do ciclo celular) ➢ Ciclo inespecífico O efeito citotóxico é obtido em qualquer fase do ciclo celular e sua eficácia é mais dose-dependente Alquilantes, Antracíclicos PRINCÍPIOS DE FARMACOCINÉTICA • Medicações tóxicas (“envenenamento controlado”) • Responsabilidade médica sobre o amplo conhecimento das peculiaridades de cada droga usada sobre as indicações clinicas e comorbidades implicadas Vias de absorção Biodisponibilidade e pico plasmático Efeito de 1ª passagem Distribuição em tecidos sadios (superfície corporal) Distribuiçãointra-tumoral Metabolização Excreção FARMACOGENÔMICA • Estudo das relações entre sequencias especificas do DNA e o efeito sistêmico de drogas • Variaçõesde resposta e toxicidade entre indivíduos é muito comum em oncologia clinica ➢ Paciente é tratável com QT? Paciente é tratável com QT? DETALHAMENTO CLINICO = Status funcional, função renal, função hepática e viabilidade hematológica METODOLOGIA EM ONCOLOGIA • Farmacocinética x farmacodinâmica x Farmacogenômica • Tratamento curativos x Paliativos • Expectativas do paciente x familiares x equipe médica Necessidade de padronização através de estudos prospectivos e controlados, com validaçãi estatística rigorosa LOG CELL KILL • Modelo com leucemia aguda experimental, onde foi observado que a sobrevida dos camundongos era inversamente proporcional ao inóculo de células tumorais • Vol tumoral x Curabilidade com QT • Morte x Tamanho tumor e tempo de duplicação • Sensibilidade as drogas x Fase G0 • Dose de QT x Fração de celulas destruídas • Redução da massa tumoral com ciclo QT é logarítmica QT ADJUVANTE • Após retirada de todo o tumor macroscopicamente visível, restará apenas a doença microscópica (106 células) • Janela de tratamento: até 10-12 semanas • A aplicação de cada ciclo de QT é capaz de reduzir o volume tumoral em até 1 log-kill (90%) • 6 ciclos QT erradicação 99% células QUIMIOTERAPIA CITOTÓXICA • Problemas Para realização da QT é necessário respeitar o tempo de recuperação da MO nadir: 9-15dias Ciclos geralmente são administrados a cada 21 dias (neste intervalo as células neoplásicas voltam a se proliferar) Tempo de exposição as drogas seleciona clones resistentes TEORIA DE GOLDIE-COLDMAN • Modelo matemática que prediz que mutações celulares são responsáveis por conferir fenótipos de resistência ▪ Alta dependência da instabilidade genômica intrínseca ▪ Hipótese explica porque ate mesmo tumores microscópicos já tem clones resistentes (à QT e à RT) ▪ Exemplos: esq adjuvante em Ca Mama e em leucemias agudas HIPOTESE DE NORTON E SIMON • Estratégia que tenta aumentar a eficácia da QT sistêmica, evitando a repopulação de celulas neoplásicas • Cinética dos tumores sólidos é mais complexa e heterogênea que nas leucoses agudas Intensidade de dose – dose – densidade AVALIAÇÃO DE RESPOSTA • Avaliação de lesões mensuráveis RECIST 1.1 Tumor: ≥ 1cm no maior diâmetro em TC/RNM LFN: ≥ 1,5 cm no menor eixo em TC/RNM • Lesões não-mensuráveis Doença Leptomeningea Ascite Derrame pleural ou pericárdico Carcinoma Inflamatório de mama Linfangite pulmonal oou cutâneo Doença óssea RECIST e resposta • Resposta completa • Resposta parcial • Progressão • Doença estável • ORR: RP + RC • DCR: ORR + DE FAMILIAS DE QUIMIOTERÁPICOS • Alquilantes: Nitrosureias, mostardas nitrogenadas, Metil-hidrazinas Aziridínicos, alquilsulfonados, triazenos Agentes platinantes • Anti-metabolicos Analogos de purinas, de pirimidinas e de citosina Antagonistas de folatos Hidroziureia e hipometilantes • Anti-mitoticos Taxanos, Epotilonas e alcaloides da vinca • Antibióticos Derivados do Streptomyces sp Antraciclicos e antracenedionas • Inibidores de Topoisomerase Derivados de Camptotencinas e Epipodofilotoxinas • Enzimas • Hormônios VIAS DE SINALIZAÇÃO INTRA-CELULAR RECEPTORES TK • Tirosina-quinases Família de receptores de superfície transmembrana que fazem a transdução de sinais extra-celulares de fatores de crescimento ▪ Sobrevivência ▪ Proliferação ▪ Agressividade VIAS DE SINALIZAÇÃO NO CANCER • Desregulação da atividade Tirosina-quinase Hiperexpressao do receptor e/ou de seu ligante Mutações que alteram processos de auto-regulação Fusões com ativações constitutivas do receptor • Principais vias estimuladas em tumores sólidos RAS – RAF – MEK – ERK – MAPK PI3KCa – PTEN – AKT – Mtor • Principais receptores TK Família RAS – RAF Familia HER ROS1, ALK, c-Kit, AR, FLT3 PDGFR-alfa, PDGFR-beta, FGFR. PI3KCa VEGFR, RET, HGFR OU MET PTCH-Smoothened • Estratégicas de atuação clinica Terapia com anticorpos monoclonais Terapia com Imunoconjugados Inibidores de Tirosina-quinase (TKIs) INTRODUÇÂO • Acs produzidos por um clone de um único linfócito B imortalizado, que produz sempre a mesma Ig a partir da sensibilização por um epítopo • Desenvolvimento: Hibridoma recombinante (nobel de medicina) • Imunoglobulinas (IgG) inicialmente compostas exclusivamente de elementos murinos Atualmente são muito purificados e específicos ESTRUTURA • Domínios de ligação: Fab e Fc Fab: media a ligação entre a Ig e seu antígeno. Contém uma região constante, uma variável e uma hipervariavel, que é onde ocorre o contato com o Ag Fc: determina como o Ac media suas funções efetoras, transporta-se através de barreiras celulares e persiste na circulação MECANISMOS DE AÇÃO • Citotoxicidade mediada por celulas dependentes de Acs Podem agir como: Antagonistas de Celulas T e NK: anti-CD20, trastuzumab Antagonistas, bloqueando imune checkpoints das celulas T: anti-CTLA4, PD-1, PDL-1 • Citotoxicidade mediadas pelo Complemento Ligação de uma IgG ao Ciq ativação da via clássica Opsonização das células tumorais • Sinalização celular por ligação a um receptor TRADUÇAO DE SINAL • Alterações conformacionais (ex. dimerizações) podem normalizar a taxa de crescimento celular • Indução da apoptose e sensibilização das células a agentes citotóxicos PRINCIPAIS ANTICORPOS EM ONCOLOGIA • Anti-HER2 • Anti-EGFR • Anti-angiogênicos IMUNOCONJUGADOS • Mab ligados a outras moléculas, com função de entregar um agente citotóxico a célula tumoral T-DM1, Mylotarg Imunotoxinas: exotoxina de pseudomonas, Naptumomab, estafenatox (linfoma de burleitt) Imunocitocinas: IL-2,IFN, TNF-alfa, IL-12 Radioimunoconjugados: Ibritumomab, toxitumomab (LNH – linfoma não hodking) RADIOTERAPIA • Radiação? É energia que se propaga no espaço a partir de uma fonte, que pode ser meio de partículas ou ondas eletromagnéticas • Equipe de radioterapia: médico radioterapeuta + físico + técnico em Radio terapia(RT) + enfermeiro + dentista Tipos de radiação • Ionizante Corpuscular (com massa) ▪ α (alfa) ▪ β (beta) ▪ e- Eletromagnética ▪ ϒ ▪ Rx • Não ionizante Radiobiologia da lesão celular • Lesão celular Dano sub-letal Reparo celular Apoptose Mutação Dano potencialmente letal Dano letal MECANISMO DE LESAO ETAPAS DO TRATAMENTO • Planejamento Dose e volumes Escolha da técnica Fracionamento Simulação • Aplicações • Revisões semanais Manejo de toxicidades agudas • Seguimento Manejo de toxicidade tardias PRESCIÇÃO DE DOSE • Prescrever a dose: “tomar 1 comprimido por x dias” – “tomar uma dose de radiação por dia por x dias” • Aplicações diáriasou 2x/dia • 5x/semana • 4 a 8 semanas de tratamento UNIDADE DE DOSE • Energia transferida/unidade de massa de tecido • RAD: radiation absorved dose (deposição de 1 erg/g de tecido) • Gray – 1gray: deposição de 1 joule/kg de tecido 1gy= 100 rad 1 cGy = 1rad TOLERANCIA DOS TECIDOS À RADIAÇÃO • Tecidos hematopoiéticos • Tecidos germinativos • Tecidos epiteliais / revestimento • Tecido nervoso • Tecidos mesenquimais / sustentação DOSES TERAPÊUTICAS • Linfomas e Tumores Germinativos: 30gy • Carcinomas (sub-clinico): 50-60Gy • Carcinomas (radical): 70-80Gy • Sarcomas: 60-65 Gy • Tumores do SNC: 50-60 Gy DOSES DE TOLERÂNCIA • Cristalino: 2-5 Gy • Gônodas: 20 Gy • Pulmao: 15 Gy • Fígado: 25 Gy • Coração:45 Gy • Medula espinhal: 45 Gy • Pêlos: 20 Gy (temporário), 60 Gy (definitivo) FRACIONAMENTOS • Hipofracionamento Tratamento mais curto “Split course” • Hiperfracionamento Tratamento mais longo ou com ˃ 1 fração diária Aumentando a dose total: “pior” para o tumor Aumentando as frações melhor para o tecido são • Fracionamento acelerado: aumentar a dose por fração • Célula normal minimizar o dano Permitir o reparo ao dano sub-letal • Célula tumoral otimizar o dano Redistribuição no ciclo celular ate um momento de maior radio-sensibilidade Não permitir repopulação tumoral Dose total Dose por fração Intervalo entre as frações Tempo total de tratamento ➢ OS 5 R’s Reparo Redistribuição Repopulação Reoxigenação Radiossenssibilização EFEITO OXIGÊNIO • Fixa o dano impedindo o reparo • Maior efeito com lesão celular indireta • Aumenta sensibilidade do tecido a irradiação • Efeito indireto: mecanismo indireto, quando a radiação quebra a molécula da água, formando assim radicais livres que podem atacar outras moléculas importantes. Esse mecanismo é importante, uma vez que nosso corpo é composto por mais de 70% de água. TIPOS DE RADIOTERAPIA • Teleterapia Tele = distante Terapia = tratamento Aceleradores lineares (unidades de cobalto) Modalidades de teleterapia Convencional Conformacional (3D) IMRT e IGRT Radiocirurgia RT estereotáxica (SBRT) Intra operatório (IORT) Dd ssss Radiocirurgia • Dose única e elevada • Localizada estereotática • Alta precisão TIPOS DE RADIOTERAPIA • Braquiterapia Braqui = próximo Terapia = tratamento • Principais radioisótopos (césio137, índio, rádio126, iodo325, estrâncio60) EFEISTOS COLATERAIS • Local • Volume • Dose • Tipo de radiação • Sensibilidade dos tecidos ao tratamento ➢ EFEITOS COLATERAIS AGUDOS Até 3 meses Tecidos de proliferaçãi rápida Reversíveis ▪ Locais: náuseas, vômitos, diarreia, cistite, retite, pneumonite, cefaleia, sialosquise, radioderminte ▪ Sistêmicos: hematológicos (pancitopenia), sonolência, cansaço, anorexia ➢ Sequelas fibrose, necrose, vascularização anômala, pode haver importante comprometimento funcional ➢ EFEITOS COLATERAIS TARDIOS Após 6 meses Tecidos de proliferação lenta Geralmente permanentes ▪ Insuficiência renal, fibrose pulmonar, estenose retal, ciscite actínica, mielite actínica, fibrose de subcutâneo, catarata, necroses teciduais ▪ FIBROSE LEVES – MODERADOS – SEVEROS EFEITOS COLATERAIS ▪ Tratamento preventivo Cuidados com a pele Higiene local e oral Orientação nutricional ▪ Tratamento sintomático Anti-eméticos, antidiarreico Anti-tussigenos Emoliente e medicações tópicas antibioticos CÂNCER – Ana Herrera Predisposição genética • 5 a 10% dos tumores são de origem hereditária • Reconhecer pacientes com predisposição hereditária é importante para identificação de famílias de risco, implementar estratégias de rastreamento, diagnóstico e tratamento precoces Epidemiologia • Identificação de fatores de risco, implementação de recursos, prevenção, diagnóstico, vigilância, avaliação de serviços de saúde e de custos ONCOGÊNESE • DOENÇA GENÉTICA Oncogênes Molecular Genes supressores de tumor Celular Genes de reparo do DNA Tecidual Geralmente esporádicas – diagnostico em idades mais tardias Fatores de risco: idade, químicos, físicos e biológicos Algumas características são comuns O QUE CAUSA CANCER? HALLMARKS OF CANCER • Sinalização de proliferação celular sustentada • Evasão de supressores de crescimento • Evasão do sistema imune • Mecanismos anti-apoptose • Capacidade replicativa ilimitada • Indução de angiogênese • Capacidade de invasão e metastatização MOLECULAR CELULAR • Iniciação • Promoção • Progressão – irreversível manifestações clinicas TECIDUAL • Tecido mesenquimal (sarcomas) – nome da célula de origem mais o sufixo sarcoma • Tecido epitelial (carcinomas) – EPITELIOS convencionais de revestimento (carcinoma mais o tecido epitelial de origem) – EPITELIOS glandular (adenocarcinoma mais tecido epitelial de origem) DOENÇA SINTOMATICA • Diagnostico: biopsia, exames de imagem, exames laboratoriais • Estadiamento: avaliar a extensão da doença para programar o tratamento TRATAMENTO PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MEDICAMENTOS DIAGNOSTICO EM ONCOLOGIA BIOPSIA • Fragmento ou célula do tumor 1. Por agulha 2. Procedimento cirúrgico Padrão outro para diagnósticos de neoplasias sólidas CARACTERISTICAS MORFOLÓGICAS DE TUMORES BENIGNOS E MALIGNOS CLASSIFICAÇAO HISTOLOGICA TUMORAL IMUNOHISTOQUÍMICA CARCINOMA PRIMÁRIO DE SITIO DESCONHECIDO MÉTODOS RADIOLOGICOS • Rastreamento • Geração de hipóteses diagnosticas • Diagnostico • Estadiamento • Planejamento terapêutico • Detecção de recorrência • Avaliação de resposta ao tratamento Métodos mais utilizados • USG Não tem radiação ionizante Custo Operador dependente Rastreamento Guiar biopsias Escala de cor (vermelho) / (azul) • Tomografia computadorizada Estadiamento Resposta ao tratamento Radiação ionizante: pode ser fator de risco em crianças Contraste • Ressonância nuclear magnética Não tem radiação ionizante – manipulação de campos magnéticos para geração de imagens Otimizada com contraste a base de gadolínio Tempo prolongado de aquisição de imagens • PET-CT (tomografia por emissão de pósitrons com a tomografia computadorizada) Contraste – isótopo radioativo, geralmente flúor 28 Aparelho de tomografia acoplado ao PET (avalia radiação) Lesões funcionantes – método funcional metabólico Indicações:Perspectivas futuras • Volumetria • Avaliação em 3D • Define o que é tumor viável e o que necrose • Difusão e perfusão • Define quanto o tumor adquire contraste • Elastografia • Onda de choque (sonora) que faz o tecido vibrar e gera imagem • Usando também para avaliar grau de cirrose – rastreamento de tumor hepático • Promissor para avaliar resposta tumoral Conclusão • Conhecimento sobre a origem e a evolução das células neoplásicas esta revolucionando o diagnóstico de câncer • Analise histopatológica + exames de imagem definem a maioria das vezes o diagnostico e estadiamento do câncer • Novas tecnologias vão refinar a classificação/estadiamento tumoral e planejamento terapêutico • Assinaturas genicas SCREENING, ESTADIAMENTO E SEGUIMENTO CLINICO DO CANCER DECLARAÇAO MUNDIAL DO CANCER No brasil: Agendas estratégicas Datas institucionais Programas e ações Cooperação internacional Importante Prevenção Diagnóstico precoce Otimizações do tratamento Objetivos do tratamento oncológicos • Aumento da sobrevida global • Aumento do intervalo livre de doença • Qualidade de vida ESTADIAMENTO • Tumores sólidos: Objetivo: agrupar pacientes segundo a extensão anatômica da doença Importância: planejamento terapêutico, subsidio para prognostico e avaliação dos resultados, intercambio de informações entre diferentes instituições O estadiamento de um tumor deve refletir a extensão da doença, de uma forma simples, dinâmica e passível revisão • Funções do estadiamento Planejamento e indicações do tratamento Avaliação dos resultados do tratamento – apesar de algumas variáveis envolvidas (hospedeiro, tumor, profissional) com TNM é possível estimar a sobrevida global e intervalo livre da doença Padronizar informações e assim facilitar a troca de informações de determinado paciente TMN • Simples • Revisado a cada 4 anos • Difundido pela união internacional contra o câncer (UICC) Regras: confirmação histológica, conhecer historia natural dos tumores. Invasão de tumores sólidos (continuidade, contiguidade ou implantes), Disseminação: via linfática, via hematológênica (comportamento biológico – sarcomas, carcinomas) REGRAS • Os procedimentos para avaliação das categorias T,N e M são os seguintes • CATEGORIA T: exame físico e diagnóstico por imagem • CATEGORIA N: exame físico e diagnóstico por imagem • CATEGORIA M: exame físico e diagnostico por imagem (mandatório) TIPOS DE ESTADIAMENTO • Clinico (c) – historia, exame físico, exames complementares • Cirúrgico – real extensão e disseminação da doença • Patológico (p) Papel do patologista Tamanho do tumor e relação com estruturas adjacentes, infiltradas ou não Embolização linfática e vascular Infiltração perineural, histiócitos e linfócitos Avaliar o numero de linfonodos ressecados • Linfonodo sentinela (LNS) BIOLOGIA MOLECULAR MARCADORES TUMORAIS • Classificação e detecção precose • Diagnostico • Seguimento • Prognostico • Programar tratamento • Avaliação de resposta terapêutica Antígeno carcinoembrionário (CEA) CA 19-9 CA 15-3 CA 125 ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO (PSA) FOSFATASE ÁVIDA PROSTÁTICA (PAP) CROMAGRANINA A GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA (HCG) MARCADORES TECIDUAIS SEGUIMENTO • Período de observação do paciente com diagnostico de câncer após termino de seu tratamento com intuito curativo • Plano sistemático que determina a periodicidade com o qual o paciente, mesmo sintomático, faz retornos em consulta e realiza exames complementares • Paciente: segurança pelo monitoramento adequado de sua doença, com foco na detecção da recidiva do câncer passível de tratamento, seja com a finalidade de cura ou paliação. Também são observadas as possibilidades de toxicidades tardias e eventuais sequelas do tratamento SEGUIMENTO Médico: PERSPECTIVAS • Padronização dos métodos laboratoriais utilizados em biologia molecular e com isso auxiliar no estadiamento mais preciso e na escolha terapêutica mais adequada para cada caso. PRINCIPIOS DA CIRURGIA ONCOLÓGICA TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR • Cirurgia Tratamento loco-regional Remoção macroscópica do tumor • Radioterapia Tratamento loco-regional Tratamento do tumor primário e adjacentes • Quimioterapia Tratamento sistêmico ➢ Aumentar o controle microscópico da doença, preservação funcional e cosmética de órgãos ASPECTOS GERAIS DA CIRURGIA • Cirurgia oncológica é a modalidade terapêutica utilizada para diagnostico e ressecção de tumores sólidos • Apesar dos avanços no tratamento oncológico, a cirurgia permanece como a principal medida para citorredução e remoção total de um tumor • Habilidades especificas no tratamento de tumores • Vivencia • Publicações comprovam o melhor resultado do cirurgião com formação oncológica • A formação medica é importante no diagnóstico precoce • 60% das neoplasias são de tratamento cirúrgico • 90% dos pacientes oncológicos necessitam de algum tratamento cirúrgico INTEGRAÇÃO MULTIDISCIPLINAR CONCEITOS GERAIS • Operabilidade: conceito inerente ao paciente • Ressecabilidade: conceito inerente ao tumor HABILIDADES DO CIRURGIAO • Dominar epidemiologia • Etiologia • Estadiamento • Historia natural • Terapia adjuvante • Entender os princípios da oncologia molecular DETERMINAÇÃO DO RISCO PRÉ-OPERATÓRIO • Historia geral de saúde • Severidade de comorbidades • Grau de interferência do cirurgião nas funções fisiológicas • Complexidade técnica • Tipo de anestesia • Experiencia pessoal REQUISITOS BASICOS • Conhecimento detalhado da evolução da doença • Conhecimento da fisiopatologia • Conhecimento profundo da anatomia • Capacidade de enxergar o procedimento cirúrgico como parte de um processo de tratamento • Colocar o tratamento cirúrgico na melhor sequencia ➢ “A cirurgia do câncer não é uma cirurgia dos órgãos, mas também do sistema linfático” CLASSIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DIAGNOSTICO • Punção por agulha fina • Core biopsy: A Core-biopsy é feita por meio do ultrassom, em que o médico aproxima o transdutor de ultrassom e insona o parênquima mamário em busca do nódulo suspeito. Depois de ser localizado o nódulo, o médico anestesia a região da punção e introduz a agulha, que está acoplada a pistola de punção, • Biopsia incisional: É um procedimento que remove somente uma pequena porção da lesão. Se a lesão é grande ou demonstra características diferentes em diferentes sítios, então se devem recolher amostras de mais de uma área da mesma. Deve ser usada em lesões grandes (> 1cm de diâmetro), localizadas em região de risco, ou quando um diagnóstico histopatológico definitivo for requerido antes de planejar uma remoção completa ou outros tipos de tratamento. Geralmente é feito com 1 cunha de tecido, de forma que sejam incluídos na amostra tanto o tecido de aparência normal quanto o de aspecto anormal. • Biopsia excisional: Implica a remoção da lesão em sua totalidade, incluindo um perímetro de 2 a 3 mm de tecido normal ao seu redor. A excisão completa frequentemente constitui o tratamento definitivoda lesão que sofreu biópsia. A biópsia excisional deve ser reservada para lesões menores (< 1cm de diâmetro) e ainda lesões que possam ser removidas por completo sem comprometer em excesso as características do paciente ou a função bucal e para lesões que devem ser removidas por completo para eliminar a ameaça ao bem estar do paciente. • Laparoscopia para estadiamento • BLS PROFILÁTICA • Lesões hiperplásicas edisplasicas • MEN (neoplasia endócrinas múltiplas) – tireoidectomia para famílias com carcinoma medular • Esófago de Barett ( alt grau de displasia) • HNPCC – adenomatose polióide familial • Mutaçoes de BRCA1 e BCRA2 • Criptorquidia – orquiopexia ESTADIAMENTO • Avaliar a extensão anátomo-patologico • Laparotomia • Laparoscopia • Tumores de : ovário, esôfago, estomago, pâncreas, fígado, próstata TRATAMENTO DO CANCER • Ressecção radical do tumor primário x conservador • Cirurgia curativa • Cirurgia paliativa – citorredução, tratamento de complicações/urgência, ressecção de metástases • Reconstrução Ressecção do tumor primário • Principal objetivo: ressecção completa do tumor, além de doença regional para controle local e para diminuir o risco de recorrência • Remover o tumor com margens adequadas de tecido • Conhecimento das vias de disseminação • Conhecer possibilidades de técnicas multidisciplinares RESSECÇÃO CURATIVA • Margens adequadas • Utilização de congelção para avaliar margens • Linfadenectomias • Ressecção envolvendo órgãos adjacentes • Ressecção em bloco • Comparar a cirurgia proposta a outros métodos de tratamento (quantidade e qualidade de vida~ CIRURGIA ONCOLÓGICA • MARGINAO OU INADEQUADA • RADICAL OU ADEQUADA AJCC ➢ R0 – margens microscópicas livres ➢ R1 – margens macroscópicas livres com margens microscópicas comprometidas ➢ R2 – doença macroscópica residual PRINCIPIOS GERAIS • Incisões adequadas • Proteção das bordas da ferida operatória • Ligadura precoce dos pedículos vasculares • Envolvimento do tumor com gazes ou compressas • Evitar a compressão e ruptura do tumor • Lavagem do leito operatório após retirada do tumor • Troca de luvas no fechamento da ferida operatória • Ressecções adequadas com linfadenectomia (número suficiente para devido estadiamento) Dá-se o nome de linfonodo sentinela ao primeiro l infonodo (gânglio l infático) a receber células malignas oriundas de um tumor canceroso primário através da circulação linfática. Ele constitui a primeira barreira defensiva do organismo contra o espalhamento do câncer (contra as metástases) e só depois dele outros l infonodos são afetados. Mas como pode acontecer que os l infonodos não dêem conta cabal de sua missão defensiva no organismo, algumas células malignas podem escapar e se alojar em órgãos à distância. As condições em que o l infonodo sentinela é encontrado indicam, com alto grau de precisão, o estado em que se encontram os outros l infonodos da região (axilar, inguinal etc.), mas mesmo um resultado negativo deles não exclui a possibilidade de metástases posteriores, embora isso seja mais raro. EVOLUÇÃO DA CIRURGIA ONCOLÓGICA Considerações finais IMUNO ONCOLOGIA HISTORIA • Willian B Coley: cirurgião de tumores ósseos e pai da imunoterapia • Toxina de coley -1891 • 2000: descoberta dos co-receptores inibitores • 2011-2017: estudos clínicos com co-receptores inibitórios, descoberta dos co-receptores estimula tórios, CAR-T cells (anti CD19) em leucoses agudas, técnica CRISPR, terapia viral imuno-oncolitica intra-tumoral Como atua o SI frente as células neoplásicas? • Imuno-vigilancia: Celulas T reconhecimento do antígeno non-self Celulas CD8 + citotóxicas e NK eliminação de células atípicas Associação de neoplasias com infecções virais crônicas RECEPTORES das células tumorais CONCEITOS MODERNOS • Capacidade de escapee do sistema imune é conhecida há muitos anos Invisibilidade ao reconhecimento de antígenos de Superficie Regulação inibitória da função citotóxica • Estudos com imunoterapia em oncologia já foram conduzidos e aplicados laarmamente HD-IL2, BIOQT, IFN-ϒ, GM-CSF • Tumores se diferenciam de tecidos normais pela sua composição antigênica Instabilidade genômica é o gerador primário de neoantigenos câncer-específicos Contribuição de alterações epigenéticas e de sinalização através de quimiocinas • Indução de imuno-tolerância Antigenos tumorais são reconhecidos como self • Receptores imune Receptores e sinais co-estimulatorios ficam inativados nas celulas dendríticas e nas APCs Mecanismo de “conversas” entre tumor e SI já se iniciam no próprio microambiante tumoral Uso da própria maquinaria do SI para regular a resposta a auto-antigeno e modular processo inflamatório TNF-α E Citocinas inibitórias ( IL-10, TGF-β ) Migração de metástases: Células mieloides e CD34+ IMMUNE CHECKPOINTS • Área de recentes avanços no tratamento do câncer avançado Maior benefício em tumores hiper-mutados • Receptores e co-receotores responsáveis pela downregulation da resposta imune celular Redução do infiltrado inflamatório (linfocitário) Redução da efetividade citotóxica • CTLA-4 Receptor de superfície que é expresso após a ativação da Célula T, atuando como freio do Sistema Imune Após apresentação antigênica pelas Células dendríticas (complexo MHC) e interação co-estimulante entre B7 e CD28, ocorre Upregulation e deslocamento do receptor CTLA-4 a superfície CTLA-4 SE LIGA A B7 VOM MAIOR AFINIDADE QUE CD28 E ENVIA UM SINAL INIBITÓRIO AO LINFOCITO T • PD-1 Receptor de Células T que interage com os ligantes PDL-1 e PDL-2 após ativação linfocitária (células dendríticas e neoplásicas) Regula a atividade das Células T efetoras nos tecidos de forma protetora (Damage control) Altamente expresso nos THs tumores expressam PDL-1 Constitutivamente, após transcrição oncogênica Após contato com citocinas da Resposta imune adaptativa no micro ambiente tumoral
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