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Planejamento Físico-funcional de UAN – Ambiência Profa. Jordana Sirlaide Planejamento Físico Planejamento físico: Permite • produtividade; • acidentes de trabalho; • doenças ocupacionais; • absenteísmo. Evita • Interrupção de fluxo de operações; • Má utilização dos equipamentos; • Limitação de planejamento de cardápios. A Legislação Brasileira como suporte para o planejamento físico-funcional das UAN. • Portaria SVS/MS 1.428, de 26/11/1993. • Portaria SVS/MS 326, de 30/07/1997. • Portaria CVS-5/2013, de 09/04/2013. • Resolução RDC 275, de 21/10/2002. • Resolução RDC 216, de 15/09/2004. Ambiência • Conjunto de elementos envolventes que condicionam as atividades administrativas e operacionais e determinam, em grande parte, a qualidade e a quantidade de trabalho produzido. Iluminação Cor Ventilação Ruído Temperatura Umidade Produção Localização Configuração geométrica Revestimento das paredes e pisos Instalações elétricas Condições favoráveis 1.Iluminação • Tem o intuito de: - Garantir a higienização adequada do ambiente, equipamentos e utensílios; - Garantir conforto físico e mental dos operadores; - Reduzir erros e acidentes de trabalho; - Evitar a distorção de cores nos alimentos; - Reduzir a fadiga física e visual; - Garantir o desenvolvimento do interesse pelas tarefas que são realizadas, criando elementos motivacionais. Iluminação Influência no comportamento • Aumenta a eficiência do trabalho • Diminui o número de acidentes Distribuição uniforme no ambiente • Evitar ofuscamento, sombras, reflexos fortes • Incidir em direção que não prejudique Recomendação • Natural trocas orgânicas/bactericida • Lâmpadas fluorescentes branca Iluminação natural • ABNT avaliar a disponibilidade de luz proporcionada pela luz direta do sol e pela luz difundida na atmosfera; • Vantagem por motivos econômicos, climáticos e de saúde; • Gratuita e livre de custos de manutenção. Iluminação natural • Mais confortável ao olho humano, muitas lâmpadas não tem amplitudes ideais de ondas de luz; • Incandescente produz mais calor que luz; Iluminação artificial • Muito difícil manter um local de trabalho somente com iluminação natural pois é descontínua e influenciada pela composição e intensidade (dias nublados e horário noturno); • Quando a natural não for suficiente, deve ser complementada com a artificial; • “Luminárias localizadas sobre a área de preparação dos alimentos devem ser apropriadas estar protegidas contra explosão e quedas acidentais” (RDC 216/04). • Material utilizado na proteção deve ser totalmente transparente para evitar perda de luminosidade; Iluminação artificial • Lâmpadas incandescentes: - Filamento de tungstênio alojado no interior do bulbo de vidro que é preenchida com gás inerte e nitrogênio ou vácuo; - A corrente elétrica passa pelo filamento e aquece-o atingindo temperaturas de até 3000ºC; - Apresentam alto gasto de energia; - Baixo rendimento luminoso; - Sensível às vibrações; - Aquece o ambiente; - Vida útil curta; Iluminação artificial • Lâmpadas fluorescentes: - Contém em seu interior vapor de mercúrio e gases inertes e emitem luz pela passagem da corrente elétrica por meio de um gás; - Podem ser tubulares ou compactas; Quando comparadas às incandescentes: - Consumo de energia 80% menor; - Maior durabilidade ( reposição de lâmpadas); - Menor aquecimento do ambiente; - Excelente reprodução de cores. Iluminação artificial 2.Cores • Exercem influência sobre as pessoas, podendo promover a sensação de ânimo, excitação e relaxamento. • Podem: - Promover a sensação de conforto; - Reduzir a fadiga visual; - Melhorar a qualidade do trabalho e a produtividade; - Reduzir o índice de acidentes. 2.Cores Cores • Cores de canalizações para UAN: - Verde: tubulações de água fria; - Laranja: água quente; - Amarelo/alumínio: gás. - Branco: vapor Cores usadas nos locais de trabalho: • Vermelho = equipamentos/aparelhos de proteção ▫ Caixas de alarme, hidrantes, extintores de incêndio, portas de emergência. • Amarelo = cuidado ▫ Parapeitos, corrimões, partes baixas de escadas. • Verde = segurança ▫ Caixas e equipamentos de socorro de urgência, quadro de avisos e exposição de cartazes. • Preto = coletores de resíduos • Cores mais claras tem mais capacidade de refletir a luz e as escuras diminuem a reflexão; • Cores brancas nem sempre são indicadas pois podem provocar a sensação de ofuscamento e maior cansaço ao longo do dia e dos anos de atividade; Teto – 85-100% Parede – 50-60% Piso – 30-45% As cores e seus índices de reflexão Cor Índice de Reflexão Branco 80 a 85% Creme 55 a 70% Rosa-claro 55 a 60% Cinza-escuro 15 a 25% Amarelo 45 a 60% Cinza-claro 40 a 50% Fonte: ROCHA, O.L.da. Organização e métodos – uma abordagem prática. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1996. p. 268. 3.Ventilação • Deve proporcionar a renovação do ar; • Remover o ar viciado; • Garantir o conforto térmico; • Manter o ambiente livre de fungos, gases, gordura e condensação de vapores; • Deve ser natural aberturas nas paredes e na cobertura; • Artificial condicionadores de ar, exaustores, circuladores de ar e ventiladores; • “ventiladores e circuladores não são permitidos em áreas de manipulação ou sobre os alimentos” Área de manipulação Sistema de Exaustão Refeitório 4. Temperatura • Temperaturas elevadas podem causar: - Sensação de confinamento, prostração, dor de cabeça, mal estar, tontura, vômitos, náuseas, redução da produtividade e qualidade do trabalho; • Temperaturas muito baixas podem causar: - Redução da capacidade motora, movimentos lerdos, redução da sensibilidade tátil, alucinações e inconsciência; • Ideal – 22ºC e 26ºC – umidade relativa em torno de 50% a 60%; • Fardamento de cor clara; Tolerância para exposição ao calor Para amenizar o calor... Para amenizar o calor... 5.Sonorização Soluções Paredes paralelas 17m Não usar paredes côncavas Rodízios de borracha Som ambiente Ruído Doenças psicológicas Pressão sanguínea Secreções salivares Acuidade auditiva 5.Sonorização >100 dB – mal-estar e redução da capacidade auditiva. Perto de 140 dB – rompimento do tímpano. Ideal – 45 a 55 dB. Não ultrapassar 70 dB. Tolerância para ruídos Localização • Acesso de fornecedores • Remoção de lixo Térreo • Conforto térmico • Iluminação Nascente • Futuras ampliações/adaptações • Abertura de janelas/ventilação Bloco isolado • ÁREA EXTERNA DA UAN • Legislação Brasileira: “Deve estar livre de focos de insalubridade, de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente, de insetos, roedores e outros animais no pátio ou vizinhança, de focos de poeira, de acúmulo de lixo nas imediações, de água estagnada, dentre outros” “ as vias de acesso direto devem contar com superfície dura ou pavimentada, adequadas ao trânsito sobre rodas, com escoamento adequado e limpas”. • LOCALIZAÇÃO DA UAN a adequação da UAN deve ser determinada conforme as necessidades de fluxo de clientes menor esforço possível; Local inadequado dificulta mobilidade da clientela, dificulta aassiduidade e provoca insatisfações; Requisitos necessários: - Facilidade de iluminação natural; - Facilidade de ventilação natural cruzada; - Facilidade de comunicação com o exterior; - Facilidade de reparo, reforma e ampliação na edificação; - Eliminação de monta-cargas e elevadores; • LOCALIZAÇÃO DA UAN Sempre que possível estar em pavimento térreo, em bloco isolado de outras construções e apresentar construção horizontal; Facilita o acesso de clientes, funcionários, visitantes e fornecedores, remoção de lixo, redução de tubulações para vapor, água e energia; Facilita futuros reparos (inclusão de novas portas e janelas), reformas e ampliação de setores; É aconselhado o uso de calçadas com um metro de largura e declive suficiente para o escoamento da água; Voltada para o nascente desnecessária a instalação de toldos, condicionadores de ar, exaustores; • VIAS DE ACESSO E SAÍDA Devido ao fluxo de pessoal e matérias-primas é necessária a presença de diferentes vias de acesso (entrada e saída) para evitar cruzamentos indesejáveis: - Acesso para matérias-primas; - Acesso para fornecedores; - Acesso para pessoal administrativo e visitantes; - Acesso e saída para funcionários (porta única); - Acesso e saída para clientes; - Saída de lixo; • Legislação menciona que o lixo não deve sair da UAN pelo mesmo local onde entram as matérias-primas e que na total impossibilidade de áreas distintas devem ser determinados horários diferenciados (CVS 6/99); Piso Cerâmica e rejunte Característica antiderrapante Resistente ao ataque de substâncias corrosivas Cor Paredes •Material liso •Resistente • Impermeável •Lavável •Cantoneiras Portas •Madeira + mat. lavável •Vedação •Visor •Largura Janelas • Parte superior/ Esquadrias móveis/ Vidro/ Teladas Revestimento Instalações Redes elétrica, hidráulica, vapor, emergência Tubulações externas manutenção Tomadas individualizadas/ blindadas Drenagem/ grelha sifonada Emergência/ incêndio/ rede de exaustão • INSTALAÇÕES ELÉTRICAS • Para garantir a elaboração de cardápios variados, a UAN deve ser planejada com diferentes fontes de energia (eletricidade, vapor de caldeira e GLP); • Instalações elétricas que possa atender aos momentos de pico suportar todos ligados ao mesmo tempo; • Devem ser “embutidas ou protegidas em tubulações externas e íntegras de tal forma que permitam a higienização dos ambientes” evitar choque e acidentes; • Plugues e tomadas identificadas com a voltagem (110V ou 220V); • Quadro elétrico com a chave geral local acessível e à prova de umidade e calor; Redes elétrica, hidráulica, vapor CUIDADO! Drenagem/ grelha sifonada Emergência/ incêndio/ rede de exaustão Estudo Independente para a próxima aula • Pesquisar os tipos de configuração geométrica utilizadas em UAN e suas vantagens e desvantagens. • Qual(is) a(s) mais indicada(s)? Referências • TEIXEIRA, Suzana Maria Ferreira Gomes, OLIVEIRA, Zélia Milet Cavalcanti de, REGO, Josedira Carvalho, BISCONTINI, Telma Maria Barreto. Administração Aplicada às Unidades de Alimentação e Nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. • MEZOMO, Iracema F. de Barros. Os Serviços de Alimentação. São Paulo: Manole, 2002. • SANT’ANA, Helena Maria Pinheiro. Planejamento Físico-funcional de Unidades de Alimentação e Nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012.
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