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Aval efeitos e diferenças da fiança

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jusbrasil.com.br
11 de Setembro de 2017
Aval: efeitos e diferenças da fiança
Efeitos do Aval
Aval quer dizer confiança, quer dizer apoio. Quem avaliza um título de crédito está
dizendo que irá pagar o título, caso o devedor não o faça.
Código Civil - Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma
determinada, pode ser garantido por aval.
Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
Diferenças entre aval e fiança
A primeira diferença é que o aval se dá num título de crédito, enquanto a fiança se
dá num contrato, como menciona o Código Civil, quando estabelece:
Código Civil - Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação
assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
O prestador do aval pode ser acionado para pagar antes do avalizado, o que não
ocorre na fiança, em que se estabelece, em princípio, o benefício de ordem.
No aval, o avalista não pode alegar perante terceiros de boa fé exceções pessoais
que teria contra o avalizado. O contrário, todavia, opera-se na fiança, em que é
dado ao fiador alegar defesas pessoais contra o credor.
O aval é garantia autônoma, de forma que quem lança sua assinatura num título
na qualidade de avalista vincula-se diretamente ao credor, independente da
obrigação a que avalizou. A consequência é que, mesmo que a obrigação principal
seja nula, o aval é válido e deve ser honrado por quem avalizou.
PUBLICAR CADASTRE-SE ENTRARPESQUISAR
A fiança, ao contrário, é uma garantia acessória de modo que, sendo nula a
obrigação principal, nula será também a fiança.
Com relação à outorga uxória, o Código Civil de 2002 dispôs que a outorga uxória é
necessária tanto no aval como na fiança.
Código Civil - Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização
do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I- alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;I
I- pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III- prestar fiança ou aval;
IV- fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam
integrar futura meação.
Para a prática de determinados atos, a lei exige que a pessoa casada tenha o
consentimento do outro cônjuge (marido ou esposa). Essa autorização é o que se
denomina outorga uxória.
Assim, cumpre observar que:
1º) o credor, em determinada situação, pode pedir a substituição da Fiança, o
que não ocorre com o portador do título de crédito, que não tem direito a
substituição do Aval;
2º) o fiador pode estabelecer prazo de validade da Fiança, o que não acontece
com o avalista;
3º) tanto o Aval como a Fiança podem ter garantia de um único ou vários
garantidores da obrigação do devedor principal;
4º) o credor poderá executar diretamente o avalista, antes mesmo do devedor
principal.
Forma de avalizar
O aval não exige fórmula sacramental. Pode se prestar o aval apenas lançando sua
assinatura no título, ou escrever expressões tais como:Por aval a Fulano de Tal. Se
o avalista não indicar o nome do avalizado, entende-se que foi ao sacador.
Código Civil -
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
§ 1º Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples
assinatura do avalista.
§ 2º Considera-se não escrito o aval cancelado.
O aval no título
Embora não esteja previsto no texto legal, recomenda-se que o aval seja lançado no
verso do título para não se confundir com aceite ou com o endosso. Não será
inválido, porém, se lançado na face do título.
Aval simultâneo e aval sucessivo
O aval é simultâneo quando todos os avalistas garantem o mesmo avalizado.
Vejamos um exemplo:-Numa nota promissória 'A' é emitente e 'B' o beneficiário.
No verso há assinaturas de 'C' e 'D', 'E' e 'F'. Não há restrição alguma, apenas
assinaturas; portanto, avais em branco. Presume-se que todos avalizaram 'A'.
Em se tratando de aval simultâneo, pode o avalista que pagar o total da obrigação,
cobrar dos avalistas anteriores a quota-parte que cada um teria obrigação,
podendo se valer, para tanto, da via executiva.
No exemplo citado, se D pagar o título no lugar do emitente, poderá exercer direito
de regresso contra o emitente pelo total da dívida ou cobrar dos outros avalistas a
quota- parte devida (a quota-parte de cada avalista, no exemplo dado, corresponde
apenas a 25% do total pago). O aval é dito sucessivo quando o avalista posterior
avaliza o anterior. Por exemplo: A é o emitente e C, D, E, F assinam no verso. Antes
da assinatura de D está escrito: "por aval de 'C'", e antes da assinatura de E, está
escrito: "por aval de 'E'".
Nesse caso, o avalista que assina, e avaliza o avalista, garante apenas e tão somente
este avalista (aval em preto), não havendo nenhuma responsabilidade quanto aos
demais avalistas. Importante observar a Súmula 189 do STF editada com a
seguinte redação:
``Avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos.
´´
Forma e tipo de aval
Oaval em branco é aquele que não identifica o avalizado. Quando o aval é em
branco, por consequência, é sempre prestado em favor do emitente.
O aval em preto é aquele que identifica o avalizado. Contém o nome de quem está
sendo garantido pelo aval.
O Código Civil dispõe sobre os efeitos do aval:
Código Civil -Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou
devedor final.
§ 1º Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e
demais coobrigados anteriores.
§ 2º Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele
a quem se equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma.
Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do
anteriormente dado.
A fiança no Código Civil
A fiança, por outro lado, guarda mais complexidade e é objeto de mais discussões
judiciais sobre sua validade. Vejamos algumas das mais importantes disposições
do Código Civil a respeito da fiança:
Código Civil -
Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma
obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
Art. 826. Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir
que seja substituído.
Art. 830. Cada fiador pode fixar no contrato a parte da dívida que toma sob
sua responsabilidade, caso em que não será por mais obrigado.A
Art. 835. O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem
limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os
efeitos da fiança, durante sessenta dias após a notificação do credor.
A fiança na locação
Não se pode deixar de observar que a fiança na locação urbana é regida pela Lei
8.245/91 que dispõe da seguinte forma:
Lei 8.245/91- Art. 12. Em casos de separação de fato, separação judicial,
divórcio ou dissolução da união estável, a locação residencial prosseguirá
automaticamente com o cônjuge ou companheiro que permanecer no imóvel
.Parágrafo 1º Nas hipóteses previstas neste artigo e no art. 11, a sub-rogação
será comunicada por escrito ao locador e ao fiador, se esta for a modalidade de
garantia locatícia.
Parágrafo 2º O fiador poderá exonerar-se das suas responsabilidades no
prazo de 30 (trinta) dias contado do recebimento da comunicação oferecida
pelo sub-rogado, ficando responsável pelos efeitos da fiança durante 120 (cento
e vinte) dias após a notificação ao locador.
A lei, portanto, nos casos que elenca, permite que os fiadores possam se exonerar
do compromisso de garantia.
O fato que dá ensejo a essa faculdade legal em favor do fiador é a alteração na
composição dos locatários.
É oportuno destacar, entretanto, que os prazos e formas legais devem ser
observados rigorosamente, sobpena de o silêncio do fiador significar que a fiança
estará mantida ainda que a locação permaneça apenas com um dos afiançados.
Portanto, a faculdade de exoneração, neste caso, tem prazo peremptório. Se não
manifestada na forma e prazos que a lei dispõe, se extingue e não mais poderá ser
exercitada.
A Lei do Inquilinato também prevê a faculdade do fiador se desonerar da fiança
nos casos de prorrogação da locação por prazo indeterminado.
Lei 8.245/91 - Art. 39. Salvo disposição contratual em contrário, qualquer das
garantias da locação se estende até a efetiva devolução do imóvel, ainda que
prorrogada a locação por prazo indeterminado, por força desta Lei.
Art. 40. O locador poderá exigir novo fiador ou a substituição da modalidade
de garantia, nos seguintes casos:
(...)
IV - exoneração do fiador;
(...)
X - prorrogação da locação por prazo indeterminado uma vez notificado o
locador pelo fiador de sua intenção de desoneração, ficando obrigado por
todos os efeitos da fiança, durante 120 (cento e vinte) dias após a notificação
ao locador.
Trata-se de uma faculdade, logo, o fiador deverá tomar a iniciativa de notificar ao
locador sua intenção de desoneração da fiança.
É importante destacar que o fiador, mesmo notificando regularmente ao locador
de que não pretende manter a fiança, em qualquer das duas hipóteses previstas,
ainda suportará os seus efeitos durante os 120 dias seguintes.
Referências:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8245.htm
http://www.dji.com.br/normas_inferiores/regimento_interno_e_sumula_stf/stf
_0189.htm
Disponível em: http://ribeirooliveiraadvogados.jusbrasil.com.br/artigos/115807376/aval-efeitos-e-diferencas-da-fianca

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