Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE - CES CURSO BACHARELADO EM NUTRIÇÃO PROF: DR. JULIANA KESSIA B. SOARES DISCIPLINA : BROMATOLOGIA GERAL LARA CRISTINA SILVA DE ARRUDA MARIA LUISA PONTES MACHADO NETA MATEUS ÍTALO DA SILVA PAMELA MEDEIROS RODRIGUES AULA PRÁTICA: FRAUDES EM LEITE CUITÉ- PB 2017 LARA CRISTINA SILVA DE ARRUDA MARIA LUISA PONTES MACHADO NETA MATEUS ÍTALO DA SILVA PAMELA MEDEIROS RODRIGUES AULA PRÁTICA: FRAUDES EM LEITE Relatório referente à prática de fraudes em leite da disciplina Bromatologia Geral do Centro de Educação e Saúde da Universidade Federal de Campina Grande, como requisito para obtenção de nota. CUITÉ- PB 2017 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO……………………………………………………………..4 2- OBJETIVOS………………………………………………………………... 5 2.1 Objetivo geral…………………………………………………………...5 2.2 Objetivo específico……………………………………………………..5 3- MATERIAL ………………………………………………..........................6 4- MÉTODOS………………………………………………………………….7 5- RESULTADOS………………………………………………………….......8 6- DISCUSSÃO………..……………………………………………………..11 7- CONCLUSÃO…………………………………………………………….. 13 8- REFERÊNCIAS…………………………………………………………... 14 1 INTRODUÇÃO 4 Por definição do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O leite de outros animais deve denominar-se segundo a espécie de que proceda. Isso indica que, quem vende esse produto deve cumprir com todas exigências, normas e leis que regem a produção e o processamento do leite, cumprindo com todas as características que a definição reconhece para tal produto. Entende-se por falsificação a adição ou subtração parcial ou total de qualquer substância na composição de um produto (BEHMER, 1987), e de acordo com o RIISPOA, considera-se fraudado, adulterado ou falsificado o leite que: 1) for adicionado de água; 2) tiver sofrido subtração de qualquer dos seus componentes, exceto a gordura nos tipos “C” e “magro”; 3) for adicionado de substâncias conservadoras ou quaisquer elementos estranhos à sua composição; 4) for de um tipo e se apresentar rotulado como de outro de categoria superior; 5) estiver cru e for vendido como pasteurizado; 6) for exposto ao consumo sem as devidas garantias de inviolabilidade (BRASIL, 1997). figura 1: imagem ilustrativa do leite. 2 OBJETIVOS 5 2.1 OBJETIVO GERAL A aula teve por objetivo detectar possíveis adulterações no leite. 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO Detectar a provável presença de amido nas amostras pelo teste do amido, detectar presença de água pelo teste da densidade, e detectar possível acidez nas amostras pelo teste de acidez. 3 MATERIAL 6 3.1 MATERIAIS 3.1.1 Vidrarias Becker Termolactodensímetro Bureta Pinça de madeira Tubo de ensaio Erlenmeyer Pipeta Graduada Proveta graduada de 250ml 3.1.2 Acessórios Fogão Estante 3.1.3 Reagentes e soluções Fenolftaleína Hidroxido de Sodio a 0,1 Normal Iodo Leite 4 MÉTODOS 7 Para a análise da acidez, foram usados 10 ml de leite em cada amostra, homogeneizou-se a amostra e pipetou-se em seguida para o erlenmeyer, em seguida foi adicionado de duas a três gotas de fenolftaleína em cada amostra. Para identificar o ponto de viragem de cada amostra foi utilizado na bureta 10 ml de hidróxido de sódio. Na amostra A foi utilizado apenas 2ml deste volume; na amostra B foi usado 1,1ml; na amostra C foi 1,9 ml e na amostra D foram 5,8ml. Para o teste da densidade foram utilizados 250 ml de leite em 4 amostras nomeadas de A, B, C e D. Após a transferência do leite para a proveta, foi usado o termolactodensímetro para medir a densidade de cada amostra, na amostra A, mediu-se 29 g/ml a uma temperatura de 27°C; na amostra B foram 19 g/ml a 26 °C; na C foram 26,5 g/ml a 26°C e na amostra D foram 23 g/ml a 16°C. Para o teste do amido, colocou-se 5 ml de leite em tubo de ensaio e aqueceu-se ligeiramente. Adicionou-se 5 gotas de iodo a 1%. Se o leite contivesse amido, apareceria uma coloração que pode ser azul ou roxa. Essa coloração se deve a formação do complexo amido e iodo. 5 RESULTADOS 8 A densidade de uma substância é a relação entre o seu peso e igual volume de outra substância tomada como referência. A densidade média do leite integral normal é 1,023 e 1,040 g/mL a 15°C. Acerca dos resultados obtidos neste trabalho sobre as análises das amostras A, B, C e D, observou-se que a média da densidade variou de 1,029 a 1,039 a 15°C estando dentro dos limites estabelecidos pela legislação ( Brasil, 2002). DENSIDADE D= Dlida + (t + 15)K Padrão de densidade: 1,023 - 1,040 g/mL Amostra A D= 29 + (27 + 15) x 0,25 D= 29 + 42 x 0,25 D= 29 +10,5 D= 39,5 D= 1,039 g/mL Amostra B D= 19 + (26 + 15) x 0,25 D= 19 + 41 x 0,25 D= 19 + 10,25 D= 29,25 D= 1,029 g/mL Amostra C D= 26 + (27 + 15) x 0,25 D= 26 + 42 x 0,25 D= 26 + 10,50 D= 36,5 D= 1,036 g/mL Amostra D D= 23 + (16 + 15) x 0,2 D= 23 + 31 x 0,2 9 D= 23 + 6,2 D=29,2 D= 1,029 g/mL ACIDEZ O teste da acidez é feito para identificar o estado de conservação do leite. Pela a determinação da acidez feita, pôde-se observar através dos cálculos e valores de referência (0,14% - 0,18%) que apenas uma das amostras (D) está com alto teor de acidez. AMOSTRA A 2. 1,0204 . 0,90/ 10 = 1.836722/10 = 0,183672 = 0,18 % AMOSTRA B 1,1 .1,0204 . 0,90/10 = 1,010196/10 = 0,1010196 = 0,10% AMOSTRA C 1,9 . 1,0204 . 0,90/10 = 1,744884/10 = 0,1744884 = 0,17% AMOSTRA D 5,8 . 1,0204 . 0,90/10 = 5,326488/10 = 0,5326488 = 0,53% AMIDO A Tabela abaixo mostra os resultados do teste de detecção de amido. AMOSTRAS PRESENÇA DE AMIDO A POSITIVO B NEGATIVO C NEGATIVO D NEGATIVO ACIDEZ 10 A Tabela abaixo mostra os resultados do teste de detecção de acidez AMOSTRA TEOR DE ACIDEZ A PADRÃO B BAIXO C PADRÃO D ALTO 6 DISCUSSÃO 11 Acerca dos resultados obtidos nas amostras A,B,C e D sobre as análises físico-químicas do leite, observou-se que a média da densidade variou de 1,029 a 1,039 g/mL a 15°C, estando dentro dos limites estabelecidos pela legislação (BRASIL, 2002). A densidade do leite é uma relação entre seu peso e volume e é normalmente medida a 15oC ou corrigida para essa temperatura. A densidade do leite é, em média, 1,032 g/mL, podendo variar entre 1,023 e 1,040 g/mL. A partir dos resultados obtidos na análise da acidez, que variaram de 0,10% à 0,53%, percebeu-se que a amostra D estava com alto teor de acidez, devido esta apresentar um valor bem acima do estabelecido na legislação, que varia de 0,14% à 0,18%. As demais amostras tiveram seus valores dentro ou próximo do estabelecido - amostra A: 0,18%; amostra B: 0,10% e amostra C: o,17%. Portanto, pode-se concluir que a amostra D foi resultado de um leite envelhecido, já que uma acidez elevada é resultado da multiplicação de microorganismos. O uso de sacarose e amido como aditivos do leite é uma fraude muito comum, devido à facilidade de sua execução. O produtor que vende o seu leite por volume adiciona água como forma de aumentar sua quantidade. Entretanto, ele sabe que o laticínio averigua a densidade do leite para evitar a fraude por aguagem. Uma vez adicionada água, o produtor adiciona sacarose e/ou amido na tentativa de reverter a densidade. A presença dos sólidos adicionados aumenta a densidade do leite aguado. Porém, o produtor não tem noção da quantidade adequada de água e amido e/ou sacarose que deve ser adicionado, o que torna essas fraudes fácies de serem detectadas. A pesquisa do amido é um teste qualitativo e o resultado é expresso como positivo ou negativo. Nesta técnica, se houver presença de amido ele vai reagir com o iodo, formando um composto de coloração azul. Nos testes realizados, após a adição de iodo, a amostra A ficou roxa, dando um resultado positivo para a presença de amido, enquanto as amostras B, C e D não houve alteração de cor, dando um resultado negativo. Rosa-Campos, utilizando metodologias adotadas pelo Instituto Adolfo Lutz, ao analisar oito marcas de leite pasteurizado tipo C na região de Brasília, constataram que nenhuma fraude por amido foi encontrada, mas a adição de sacarose ocorreu em larga escala, tendo marcas em que foram encontradas em 100% das amostras. Mesmo que a adição desses elementos não cause problemas de saúde humana, uma vez que não são tóxicos, a legislação não permite sua adição ao leite. 7 CONCLUSÃO 13 De acordo com o que foi realizado na aula prática, podemos observar que ao adicionar ou extrair componentes o leite sofre alterações que prejudicam o consumidor tanto em questão de saúde quanto financeiramente. Adicionando-se algo ao leite que o faça obter maior volume como por exemplo água, o consumidor levará um produto de qualidade inferior não sabendo da fraude. Os testes feitos apresentaram-se normais nas condições de densidade das amostras mostrou-se dentro dos limites estabelecidos pela legislação, entretanto a análise de acidez se mostrou variante as condições normais na amostra D que estava com teor elevado mostrando ser uma mostra envelhecida já as demais amostras se encontram dentro das condições estabelecidas, na amostra A foram encontradas quantidades de amido adicionados mostrando coloração azul e as demais não foram detectadas esta coloração dando assim negativo o teste para o mesmo. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Agricultura. Decreto n. 30.691, de 29 de março de 1952, alterado pelos Decretos n˚s.1255, de 25 de junho de 1962, n. 1236, de 2 de setembro de 1994, n.1812, de 8 de fevereiro de 1996, e n. 2.244, de 4 de junho de 1997. Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal-RIISPOA. Brasília, DF, 1997. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa n° 62, de 29 de dezembro de 2011. BEHMER, M. L. A. Tecnologia do leite: leite, queijo, manteiga, caseína, iogurte, sorvetes e instalações: produção, industrialização, análise. 15. ed. São Paulo: Nobel, 1987. 320 p. Mendes CG, Sakamoto SM, Silva JBA, Jácome CGM, Leite AI. Análises físico-químicas e pesquisa de fraude no leite informal comercializado no município de Mossoró, RN. Ci Anim Bras. 2010;11(2):349-56. Rosa-Campos AA, Rocha JES, Borgo LA, Mendonça MA. Avaliação físico-química e pesquisa de fraude em leite pasteurizado integral tipo C produzido na região de Brasília, Distrito Federal. Rev Inst Latic Cândido Tostes.2011;66(379):30-4. SALINAS, R.D. Alimentos e nutrição: introdução à bromatologia. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. 278p.