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207 Revista de Ciências Gerenciais Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 Kenji Taniguchi Faculdade Anhanguera de Taubaté kenji@kenji.com.br André Luiz Almeida Costa Faculdade Anhanguera de Taubaté alac62@bol.com.br CLIMA ORGANIZACIONAL Uma ferramenta estratégica para o diagnóstico em recursos humanos RESUMO No atual cenário corporativo o fator humano tornou-se peça fundamental para as organizações. Partindo desse pressuposto, este trabalho propõe-se a uma reflexão sobre a relevância do fator humano e de seu ambiente cultural na gestão do clima de uma organização. Ressalta-se a pesquisa de clima organizacional como uma das mais valiosas ferramentas na gestão de recursos humanos, capaz de diagnosticar e criar condições para a gestão da Qualidade de Vida no Trabalho, identificando a origem dos problemas relacionados aos recursos humanos, historicamente comuns nas organizações. Conclui-se que a pesquisa de clima pode ser considerada uma eficiente ferramenta de diagnóstico e gestão de RH, que contribui para a geração de um ambiente de trabalho motivador, estimulante, agradável e saudável, do ponto de vista de vários estudiosos. Palavras-Chave: gestão de pessoas; clima organizacional; pesquisa de clima organizacional; motivação. ABSTRACT In the current corporative scene the human factor has become basic part for the organizations. From this assumption, this paper presents a reflection, regarding the importance of the human factor and its cultural context for the management of an organization atmosphere. It stands out the research of organization atmosphere as one of the most valuable tools for human resources management, able to diagnose and create conditions for the management of the Quality of Life in Work, as well as detecting the origin of problems related to human resources, which are historically usual in companies. In conclusion, the research on organization atmosphere can be considered as an efficient tool of diagnosis and management of Human Resources that contributes for the generation of a nice, stimulating, pleasant and healthy atmosphere at work, from the point of view of some scholars. Keywords: management of people; organization atmosphere; research on organization atmosphere; motivation. Anhanguera Educacional S.A. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, São Paulo CEP 13.278-181 rc.ipade@unianhanguera.edu.br Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE Informe Técnico Recebido em: 25/11/2009 Avaliado em: 13/05/2010 Publicação: 22 de setembro de 2010 208 Clima organizacional: uma ferramenta estratégica para o diagnóstico em recursos humanos Revista de Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 1. INTRODUÇÃO Atualmente as organizações voltaram-se inteiramente para a gestão do fator humano e da subjetividade. São convocadas, para seu próprio benefício, a assumirem um modelo que focalize a gestão da realização humana como elemento vital, seja para o desempenho da organização como um todo, seja para o desempenho pessoal e profissional de seus colaboradores, além de focar sua ação no cliente. A chamada globalização inerente ao mundo moderno nos traz muitos benefícios, mas em contraponto, transforma máquinas, ferramentas e até tecnologias em recursos obsoletos. A competência para a melhoria da empresa depende necessariamente do conhecimento desenvolvido pelas pessoas para a execução das tarefas a serem realizadas. Assim, para que haja melhoria no clima organizacional, devem-se buscar as melhores aptidões, habilidades e conhecimentos para o desempenho de uma tarefa. Segundo Fleury (2000) a noção de competência associado à aprendizagem organizacional, com todo o seu potencial heurístico, maximiza o valor econômico da organização, devendo agregar valor social ao indivíduo ao desenvolverem competências essenciais para o sucesso da organização de uma maneira não mais individual e sim com reflexos no seu próprio país e do mundo. Nos tempos atuais, as companhias consideradas referências de sucesso passam a utilizar, como “diferenciais competitivos”, as competências humanas como criatividade, capacidade de interação, comunicação, cooperação, ética, entre outras. Observam-se empresas que buscam, por meio de ferramentas de Recursos Humanos obter e manter um clima organizacional satisfatório. O presente artigo tem como foco a cultura e o clima organizacional, buscando avaliar sua importância como ferramenta estratégica para o diagnóstico em RH. Isso porque a cultura consiste na personalidade coletiva, constituída a partir do modo como as pessoas agem e pensam em conjunto no âmbito da organização. A busca pela competitividade por meio da melhoria contínua da qualidade, que teve início com o modelo japonês no pós-guerra, ganhou forte impulso nas últimas décadas. A mudança do foco do produto para o processo e deste para o sistema, permitiu à indústria ganhos substanciais em produtividade (BRANHAM, 2002). Os programas de qualidade, portanto, triunfaram. Porém, com maior ou menor sucesso, em função de um aspecto que não pode jamais ser padronizado: o ser humano. Kenji Taniguchi, André Luiz Almeida Costa 209 Revista de Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 Muitas vezes considerado um “detalhe”, a participação de um profissional motivado é fator determinante de eficácia e eficiência, pois ele será o operador de equipamentos, o executor dos procedimentos e o responsável pelo cumprimento das metas. A percepção da importância das pessoas como tal e não como um número dentro da empresa, permitirá que o novo século venha embalado pela redescoberta do homem. Congressos, palestras e eventos das mais diversas áreas apontam para um novo humanismo, onde é valorizado aquele que é capaz de transformar a informação existente e disponível em ações voltada a resultados (BRANHAM, 2002). Percebe-se, portanto, os colaboradores como o fator chave de sucesso da empresa, e a importância de um bom clima organizacional é condição preponderante para alcançar este sucesso. Assim, o objetivo deste trabalho é investigar, por meio de revisão da literatura, os conceitos de clima organizacional, bem como, sua evolução ao longo dos tempos, buscando, dessa forma, contribuir para o estudo da atual realidade. 2. CONCEITO O Clima Organizacional dentro de uma empresa não é algo simples de ser analisado, porque ele se apresenta difuso, nebuloso e sem contornos bem definidos, dificilmente se mostrando claro aos olhos dos administradores que procuram avaliá-lo e entendê-lo. Até por isso, pouca coisa existe sobre o assunto na literatura administrativa ou de Recursos Humanos. Entretanto, são encontradas algumas definições desenvolvidas por, estudiosos e pesquisadores não só nacionais mas também internacionais, que procuram explicar o significado de Clima Organizacional. 2.1. Motivação Motivação é o ato de motivar, exposição de motivos ou causas, conforme definição no Mini dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (FERREIRA, 1993). Segundo Chiavenato (1999) um dos fatores internos que influenciam o comportamento das pessoas é a motivação. Assevera que, de modo geral, motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a uma propensão, a um comportamento específico. Esse impulso à ação pode ser provocado por um estímulo externo, provindo do ambiente, e pode também ser gerado internamente nos processos mentais do indivíduo. 210 Clima organizacional: uma ferramenta estratégica para o diagnóstico em recursos humanos Revistade Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 Para este autor as pessoas são diferentes no que tange à motivação, ou seja, as necessidades variam de indivíduo para indivíduo, produzindo diferentes padrões de comportamento, assim como os valores sociais, os objetivos também são diferentes para cada um. Porém, embora os padrões de comportamento variem, o processo do qual eles resultam é basicamente o mesmo para todos. Dessa forma, existem três premissas que explicam o comportamento humano: a) O comportamento é causado, ou seja, existem estímulos internos e externos. b) O comportamento é motivado, ou seja, há uma finalidade em todo comportamento humano. c) O comportamento é orientado por objetivos, ou seja, em todo comportamento existem expressões que servem para designar os motivos do comportamento. Assim, para Chiavenato (1999), a motivação das pessoas depende basicamente dessas três variáveis. Motivação envolve sentimentos de realização e de reconhecimento profissionais, manifestados por meio de exercícios das tarefas e atividades que oferecem suficiente desafio e significado para o trabalho. Trata-se de uma espécie de força interna que emerge, regula e sustenta todas as nossas ações mais importantes. Nesse sentido, assevera Bergamini (1997) que: Se, no início deste século, o desafio era descobrir aquilo que se deveria fazer para motivar as pessoas, mais recentemente tal preocupação muda de sentido. Passa-se a perceber que cada um já trás, de alguma forma, dentro de si, suas próprias motivações. Aquilo que mais interessa, então, é encontrar e adotar recursos organizacionais capazes de não sufocar as forças motivacionais inerentes às próprias pessoas. O importante, então, é agir de tal forma que as pessoas não percam a sua sinergia motivacional. (BERGAMINI, 1997, p.23) Entende-se que a motivação é, portanto, como um motor em ação, é uma pessoa em movimento. A motivação é a diferença que faz a diferença e separa as pessoas que dão certo na vida daquelas que estão sempre reclamando de alguma coisa e ficando para trás. Motivação é atitude, é comportamento. Ressalte-se que, para Bergamini (1997), a motivação humana caracteriza-se por um conjunto de fatores dinâmicos existentes na personalidade, que determina a conduta de cada um. 2.2. Motivação para o trabalho De acordo com Bergamini (1982), o estudo da motivação tem-se aplicado a todos os ramos da atividade humana e é, em especial, no campo organizacional que muitos pesquisadores Kenji Taniguchi, André Luiz Almeida Costa 211 Revista de Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 têm dedicado o melhor de seus esforços no sentido de poderem caracterizar objetivos motivacionais no trabalho. Com isso, tem-se procurado descobrir por que o homem trabalha. A motivação é uma das grandes forças impulsionadoras do comportamento humano; é ela que determina os níveis de desempenho pessoal e profissional obtidos. Na empresa, está diretamente relacionada com sentimento de pertença, produtividade e valorização atribuídas pelo próprio sujeito e pela empresa, chefia, colegas, sociedade etc. A busca por profissionais talentosos tem sido uma das grandes preocupações das empresas na atualidade, pois sem esses profissionais de nada adianta estratégia, tecnologia ou idéias inovadoras (BRANHAM, 2002). Assim, cada vez mais surge a necessidade de um novo perfil profissional. As empresas estão à procura de pessoas íntegras, criativas, motivadas, eficientes, visionárias e compreensivas. Pessoas estas, portadoras de habilidades interpessoais, com coragem para lidar com desafios e com as constantes e progressivas mudanças do mundo moderno globalizado. Por outro lado, o papel da organização é de suma importância na obtenção de um bom nível de motivação entre seus colaboradores. É necessário que haja uma razão para haver motivação. Portanto, filosofia, metas e objetivos bem claros contribuem significativamente para o seu desenvolvimento e otimização de resultados. Funcionário motivado e produtivo é aquele que está no lugar certo. Somente as pessoas podem agregar valor, através de seu trabalho, conhecimento, visão e experiência de vida. É importante que se trate a motivação sob a ótica do caráter do ser humano, da ética, do companheirismo, do espírito empreendedor de cada um e mesmo de um sadio clima de competição. Conforme assevera Bergamini (1982), a motivação para um trabalho depende do significado que cada qual atribui a essa atividade. Acredita-se que a ligação do trabalhador com a empresa seja um elo habitual. Portanto, já não faz mais sentido negar que, em condições favoráveis, cada pessoa exerça com naturalidade seu poder criativo, buscando aí seu próprio referencial de auto-identidade e auto-estima. A motivação é considerada agora como um aspecto intrínseco às pessoas; ninguém pode, por isso mesmo, motivar ninguém, sendo que a motivação específica para o trabalho depende do sentido que se dá a ele. Segundo Mayo (2003) pode-se quantificar os níveis de motivação de diversas maneiras, observando-se seu efeito tanto nos resultados do negócio quanto no modo 212 Clima organizacional: uma ferramenta estratégica para o diagnóstico em recursos humanos Revista de Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 como as pessoas se comportam, sendo mais fácil fazer uma avaliação coletiva do que individualmente. Para esse autor, são indicadores de resultados especialmente afetados pela motivação do funcionário: a) satisfação do cliente; b) níveis de qualidade e retrabalho; c) sugestões e melhorias; d) pesquisas; e) absenteísmo excessivo e perdas de pessoal. Dessa forma, a motivação de cada um dos empregados da empresa deve ser tratada como um capital da empresa. O que realmente diferencia as organizações de sucesso sustentado das demais não é, definitivamente, a qualidade dos recursos que possuem, mas sim a qualidade das pessoas que administram esses recursos. 2.3. Clima organizacional Existe um quase perfeito acordo entre os autores de que o clima organizacional é um conceito significativo, o qual tem importantes implicações para entender o comportamento humano nas organizações. Uma das formas de se obter melhor compreensão do conceito de clima organizacional é considerar algumas de suas propriedades. Forehand e Gilmer apud Santos (1999) definem clima organizacional como sendo o conjunto de características que descrevem uma organização e que: a) distingue uma organização da outra; b) mantém-se de certa forma permanente; c) influencia o comportamento dos indivíduos na organização. Já Tagiuri apud Santos (1999) define clima organizacional como sendo o conjunto de características que descreve uma organização que: a) é percebido pelos seus membros; b) influência seu comportamento; c) pode ser descrito em termos de valores de um conjunto de características da organização. Para Campbell et al. apud Bergamini (1982), clima organizacional é visto como um conjunto de atributos específicos de uma organização em particular, que pode ser influenciado pela forma como esta organização lida com seus membros e seu ambiente. Kenji Taniguchi, André Luiz Almeida Costa 213 Revista de Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 Para cada indivíduo dentro da organização, o clima assume a forma de um conjunto de atitudes e expectativas que descrevem a organização em termos tanto de características estatísticas (tal como o grau de autonomia), como de variáveis comportamentais de resultado ou eventos de saída. O termo clima organizacional refere-se especificamente às propriedadesmotivacionais do ambiente organizacional, ou seja, aqueles aspectos internos da empresa. Esse clima apresenta variáveis que provocam nas pessoas diferentes espécies de satisfação que auxiliam na motivação, podendo ser afetado por atos positivos e negativos que ocorrem no ambiente de trabalho como conflitos que podem gerar disputas, tensões, podendo chegar, em casos extremos, a estado de agressividade, tumulto, inconformidade e outros. Toledo e Milioni (1986) conceitua o clima organizacional como o conjunto de valores, atitudes e padrões de comportamento, formais e informais, existentes em uma organização. Chiavenato (2002) entende que o clima organizacional refere-se ao ambiente interno que existe entre os participantes da empresa, ou seja, a atmosfera psicológica e característica existente em cada organização. Está intimamente relacionado com o grau de motivação dos seus participantes. Assim, o clima organizacional é o ambiente humano no qual as pessoas de uma organização fazem os seus trabalhos. O clima organizacional pode ser classificado como alto e baixo. Alto quando há elevada motivação entre os participantes, proporcionando relações de satisfação, de animação, de interesse e colaboração entre os seus participantes. Baixo, quando há baixa motivação entre os membros por frustrações ou barreiras à satisfação das necessidades individuais. Entre esses dois níveis existe o clima neutro, que é o ponto intermediário, ou seja, é indefinido. Com isso, o clima organizacional representa o ambiente interno existente entre os membros da organização e está intimamente relacionado com o grau de motivação existente. Em termos mais práticos, o clima depende das várias condições como, por exemplo, condições econômicas da empresa, do estilo de liderança utilizado, das políticas e valores existentes, da estrutura organizacional, das características das pessoas que participam da empresa, da natureza do negócio e do estágio de vida da empresa. É interessante observar que estes fatores determinantes do clima organizacional influenciam a motivação das pessoas, estimulando os seus componentes em níveis diferentes de satisfação e de produtividade. 214 Clima organizacional: uma ferramenta estratégica para o diagnóstico em recursos humanos Revista de Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 Percebe-se que um clima organizacional é saudável quando os funcionários se envolvem mais com o trabalho, através da integração do grupo, da participação dos mesmos em eventos promovidos pela empresa, de cooperação entre setores da organização, do entusiasmo e satisfação dos funcionários demonstrada, no dia a dia, que é perceptível através da expressão e dos atos dos seus funcionários. O clima organizacional é de suma importância na obtenção de um bom nível de motivação entre seus colaboradores. Além disso, é necessário estar atento ao cultivo de um clima propício para o desenvolvimento de boas relações que promovam comunicação, qualidade e produtividade. Segundo Chiavenato (1999), este conceito envolve uma visão mais ampla e flexível da influência ambiental sobre a motivação. É a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que é percebida ou experimentada pelos membros da organização e influencia no seu comportamento. Refere-se ao ambiente interno existente entre as pessoas que convivem no meio organizacional e está relacionado com o grau de motivação de seus participantes. Litwin e Stinger apud Santos (1999), ao estudarem o clima organizacional, utilizaram um questionário baseado em nove dimensões que explicariam o clima organizacional existente numa determinada empresa e cada uma dessas dimensões se relaciona com certas propriedades da organização, tais como: estrutura, responsabilidade, recompensa, desafio, relações, cooperação, padrões, conflito e identidade. Para Souza (1978), clima organizacional é um fenômeno resultante da interação dos elementos da cultura organizacional, é uma consequência do peso de cada um dos elementos culturais e seu efeito sobre os outros dois. Uma excessiva importância dada à tecnologia leva a um clima desumano; a pressão das normas cria tensão; a aceitação dos afeitos, sem descuidar os preceitos e o trabalho, leva ao clima de tranquilidade e confiança. É importante destacar que quando o bom clima organizacional é mantido, pode- se identificar a auto-estima da empresa. Quando se adota um programa de auto-estima o resultado sempre será a obtenção de um bom clima organizacional, a satisfação mais eficaz das necessidades do cliente, uma maior produtividade e consequentemente a superioridade sobre os concorrentes. Kenji Taniguchi, André Luiz Almeida Costa 215 Revista de Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 2.4. Cultura organizacional A cultura organizacional é um conjunto de hábitos e crenças estabelecidos através de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhadas por todos os membros da organização. Neste sentido, todos os seres humanos são dotados de cultura, pois fazem parte de algum sistema cultural. Em função disso, toda pessoa tende a ver e julgar as outras culturas a partir do ponto de vista de sua própria cultura. Constitui o modo institucionalizado de pensar e agir que existe em uma organização. A essência da cultura de uma empresa é expressa pela maneira como ela faz seus negócios, a maneira pela qual trata seus clientes e funcionários, o grau de autonomia e liberdade que existe em suas unidades ou escritórios e o grau de lealdade expresso por seus funcionários com relação à empresa (LUZ, 2003). A cultura organizacional representa as percepções dos dirigentes e funcionários da organização e reflete a mentalidade que predomina na organização. Por esta razão ela condiciona a administração das pessoas. Cada organização cultiva e mantém sua própria cultura e é por este motivo que algumas empresas são conhecidas por algumas peculiaridades próprias. Assim, clima organizacional compreende um conjunto de propriedades do ambiente de trabalho percebidas pelos empregados, constituindo-se numa das forças importantes que influenciam o comportamento. Além das normas formais, compreende também o conjunto de regras não escritas que condicionam as atitudes tomadas pelas pessoas dentro da organização; por este motivo, o processo de mudança é muito difícil, exigindo cuidado e tempo. Para se obter uma mudança duradoura, não se tenta mudar pessoas, mas as restrições organizacionais que operam sobre elas. A cultura da organização envolve um conjunto de pressupostos psicossociais, tais como normas, valores, recompensas e poder. Conforme Fleury (2000), as organizações têm sistemas cognitivos e memórias; desenvolvem rotinas, procedimentos relativamente padronizados para lidar com os problemas internos e externos. Estas rotinas vão sendo incorporadas, de forma explícita ou inconsciente, na memória organizacional. A mudança em processos, estruturas ou comportamentos não seria o único indicador de que a aprendizagem ocorreu, mas a possibilidade deste conhecimento ser recuperado pelos membros da organização. Normas são padrões ou regras de conduta nos quais os membros da organização se enquadram. São normas explícitas aquelas às quais as pessoas se adéquam conscientemente como, por exemplo, os manuais, os estatutos, os regulamentos etc. 216 Clima organizacional: uma ferramenta estratégica para o diagnóstico em recursos humanos Revista de Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 Normas implícitas são as subentendidas, como aquelas regras de conduta às quais as pessoas se conformam, mas não tem consciência. Quanto mais conformidadeexistir entre os dois tipos de normas, mais desenvolvida e eficaz será uma organização. Valores traduz o conjunto daquilo que a força de trabalho julga positivo ou negativo numa organização. Normas e valores interrelacionam-se, existindo, consequentemente, uma interdependência entre eles. Os valores podem estar refletidos nas normas, mas pressupõem se a norma é boa ou ruim, uma vez que há avaliação. Esses valores refletem a sociedade onde se insere a organização. Recompensa é indispensável, no desenvolvimento do trabalho, os gerentes devem procurar não só laurear os empregados de excepcional rendimento, mas também fazer disso um estímulo aos menos dedicados. Poder – Para se entender a cultura de uma organização, é preciso identificar quem tem poder na organização, até que ponto esse poder é distribuído, qual o grau de centralização ou descentralização da autoridade, quem determina as recompensas. O entendimento desses quatro pressupostos à cultura da organização é um ponto básico para o sucesso do diagnóstico organizacional. Geralmente naquelas intervenções onde se torna fundamental compreender como a organização funciona do ponto de vista do comportamento humano. A cultura organizacional representa valores, ritos, mitos e modelos de comportamentos que visam à orientação e ao controle individual das pessoas, fornecendo um sentido comum voltado para convergência de objetivos na organização. Conforme afirma Robbins (2002, p. 489), parece haver ampla concordância de que a cultura organizacional se refere a um sistema de valores, compartilhado pelos membros de uma organização e que difere de uma para outra. Seguindo esse conceito de Cultura Organizacional, as organizações buscam aspectos corporativos que incluem as histórias, ritos e símbolos que são compartilhados pelos membros da organização, assim como as regras e os papéis culturais, tornam-as únicas em seus seguimentos de atuação. Para Oliveira apud Costa (1995), a Cultura Organizacional é composta de valores, crenças sentimentos, atitudes, normas, interações, tecnologia, métodos e procedimentos de execução de atividades, e suas influências sobre os membros da organização, incluindo, além da estrutura formal, a estrutura informal, ou seja, todo o sistema de relações informais prevalecentes na organização. Kenji Taniguchi, André Luiz Almeida Costa 217 Revista de Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 Dubrin (2003) assevera que os colaboradores tomam conhecimento de Cultura Organizacional através da socialização, ou seja, o método de ensinar os colaboradores sobre a organização onde está inserido e o modo que eles perpetuam a cultura, através da aprendizagem por imitação e observação, considerada uma técnica pela qual se dá o entendimento dos valores e normas adquirido por atos reiterados para adaptação à empresa. A cultura organizacional exerce diversas funções dentro de uma organização: é a definidora de fronteiras que distinguem uma organização da outra; o senso de identidade proporcionado aos membros da organização; o comprometimento acima dos interesses individuais; e a estabilidade do sistema social que, segundo Robbins, é a argamassa social que ajuda a manter a organização coesa e dá forma às atitudes e comportamentos dos funcionários, para ganhar uma importância cada vez maior no ambiente de trabalho. As consequências e implicações da cultura organizacional dependem de sua força e podem causar um impacto intenso e profundo na eficácia da organização. Para Dubrim (2003), as principais consequências e implicações da cultura organizacional são: a) Vantagens competitivas e sucesso financeiro - a cultura organizacional contribui para lograr vantagens competitivas e alcançar o sucesso financeiro. b) Produtividade, qualidade moral - enfatiza a produtividade, alta qualidade e estimulam os colaboradores a serem produtivos. A produtividade e a vantagem competitiva estão relacionadas entre si, porque uma empresa produtiva contribui fundamentalmente para obtenção de vantagens na negociação. c) Inovação - uns dos responsáveis pela inovação é a cultura corporativa, que estimula o comportamento criativo e o processo de tomada de decisão dos seus colaboradores. d) Compatibilidade de fusões e aquisições - um indicador confiável de sucesso na aliança de duas ou mais empresas é a compatibilidade das suas respectivas culturas. Quando duas culturas vão de encontro entre si, resulta em uma sinergia negativa. Todavia, resulta em sinergia positiva se uma empresa é adquirida, fazendo parte da companhia, pois suaviza a barreira cultural. e) Ajuste pessoa/organização - ocorre quando o colaborador encontra uma organização que se encaixa à sua personalidade. Também é verdade o fato de uma organização ser bem sucedida em conseqüência do ajuste da personalidade da maioria dos seus membros à sua cultura. f) Direção da atividade de liderança - boa parte do tempo dos executivos é despendida no trabalho com forças que moldam as atitudes e valores dos seus colaboradores em todos os níveis. 218 Clima organizacional: uma ferramenta estratégica para o diagnóstico em recursos humanos Revista de Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 Assim, cultura organizacional se refere à maneira pela qual os funcionários percebem as características da cultura da empresa, e não ao fato de gostarem ou não delas. Trata-se de um termo descritivo. Isso é importante porque diferencia esse conceito daquele da satisfação com o trabalho, que procura medir a resposta afetiva com o ambiente. Ela se refere à maneira como os funcionários se sentem em relação às expectativas da organização, às práticas de recompensas e a outros aspectos. A cultura compreende um conjunto de propriedades do ambiente de trabalho, percebido pela sociedade, constituindo-se numa das forcas importantes que influenciam o comportamento. Compreende além das normas formais, também o conjunto de regras não escritas, que condicionam as atitudes tomadas pelas pessoas dentro de uma sociedade ou organização. Por esta razão, o processo de mudança é muito difícil, exigindo cuidado e tempo. Para se obter uma mudança sólida, não se tenta mudar pessoas, mas as restrições sociais que operam sobre elas, uma vez que a cultura da organização envolve uma gama de pressupostos psicossociais. Segundo Enriquez (1997) o sistema cultural desenvolve um processo de formação e de socialização dos diferentes atores, a fim de que cada qual possa se definir em relação ideal proposto. Toda representação de socialização tem por objetivo selecionar comportamentos e atitudes positivas. A cultura serve como sinalizador de sentido e mecanismo de controle que orienta e dá forma às atitudes e comportamentos dos funcionários. A cultura define as regras do jogo, conforme ensinam Deal e Kennedy, apud Robbins (2002): A cultura é, por definição, sutil, intangível, implícita e sempre presente. Mas toda organização desenvolve um conjunto básico de premissas, convicções e regras implícitas que governam o comportamento no dia-a-dia do trabalho (...) Até que os recém chegados aprendam as regras, eles não são considerados membros plenos pelos altos executivos ou pelos funcionários de linha de frente; são desaprovadas unanimemente e fortemente punidas. A conformidade às regras torna-se a base fundamental para a recompensa e a mobilidade ascendente. (DEAL; KENNEDY apud ROBBINS, 2002, p. 503). 2.5. Pesquisa de clima Atualmente torna-se cada vez mais necessário à área de recursos humanos mensurar suas ações através de procedimentos técnicos que possam respaldar ao máximo sua atuação nas organizações. Kenji Taniguchi, AndréLuiz Almeida Costa 219 Revista de Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 Uma pesquisa de clima organizacional é um instrumento voltado para análise do ambiente interno a partir do levantamento de suas necessidades. Objetiva mapear ou retratar os aspectos críticos que configuram o momento motivacional dos funcionários da empresa, por meio da apuração de seus pontos fortes, deficiências, expectativas e aspirações. Geralmente, essa atitude da empresa eleva bastante o índice de motivação dos funcionários, pois se sentem participantes, ouvidos e respeitados em suas opiniões. Assim, a crença na empresa se eleva sensivelmente. Contudo, se nada for feito com os resultados, a pesquisa terá efeito inverso: a descrença na empresa tenderá a aumentar e a relação dos colaboradores com a empresa passará a ser de grande desconfiança. Viana (1999). Atualmente, neste mundo tão cheio de transformações, em meio à globalização, onde a competição dentro dos setores se tornou marca registrada, as empresas devem, cada vez mais, melhorar seus índices de competitividade e, para tanto, dependem fortemente de seus colaboradores motivados, felizes e orgulhosos dos valores compartilhados com a organização. Algumas empresas parecem apresentar uma nítida correlação entre um baixo nível de motivação e um alto índice de doenças psicossomáticas no seu quadro de pessoal, fato que representa um elevado gasto com assistência médica. Nesse sentido, as empresas precisam manter o índice de motivação de seus colaboradores no nível mais elevado possível, de forma que este valor passe a ser um dos seus indicadores de resultado. Uma bem elaborada pesquisa de clima permite identificar a maneira como cada um se sente em relação à empresa onde trabalha. Para se tornar efetiva, tal pesquisa deve resultar da decisão política por parte da alta direção quanto aos objetivos, itens a serem somados, forma como será anunciada na empresa, e acima de tudo, como serão gerenciados os resultados. A pesquisa de clima, quando bem feita, deve sempre estar coerente com o planejamento estratégico da organização pesquisada, propondo sempre, em seu fechamento, um plano de ação, que traçará as principais diretrizes de ação frente aos dados obtidos. Esse plano será, portanto, específico, uma vez que todas as variáveis já estarão claramente definidas pelo levantamento realizado. 220 Clima organizacional: uma ferramenta estratégica para o diagnóstico em recursos humanos Revista de Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 Conforme explica, pode-se afirmar que o “diagnóstico”, produto da pesquisa de clima organizacional, pode auxiliar a organização a implementar diferentes ações, como, Viana (1999): a) Potencializar os propulsores - com base na apuração dos pontos fortes da organização, poderemos ter uma ação específica para sua valorização e melhoria, tirando proveito de seus efeitos. b) Balizar programas de treinamentos específicos - através da identificação de seus pontos críticos, poderemos produzir resultados orientados às reais necessidades dos colaboradores. c) Obter a sinergia dos colaboradores - esta atividade faz com que os colaboradores tenham a oportunidade de refletir sobre seu desenvolvimento profissional e pessoal. d) Sinergia das lideranças - a apresentação dos resultados é uma ótima oportunidade de avaliação e reorientação das lideranças em torno dos mesmos objetivos; propicia um clima adequado à realização de outros trabalhos no nível de comando da organização. Dentre eles destaca-se uma revitalização do planejamento estratégico da organização, especialmente no que tange à reorientação e redefinição das diretrizes estratégicas. Segundo Mayo (2003) as pesquisas devem ser aplicadas uma vez ao ano e no caso de um programa específico de mudança de cultura, pesquisas devem ser realizadas antes, durante e após a mudança. Minicucci (1995) argumenta que é necessário cuidado ao se analisar, medir a satisfação no trabalho, a fim de que se possa obter dados fieis, pois, se as pessoas podem responder satisfatoriamente por medo de serem despedidas ou por medo de sofrerem qualquer outra retaliação, o que pode mascarar a pesquisa. Nesse sentido, assevera Sucesso (1997) que a pesquisa de clima permite identificar os fatores relevantes na relação do indivíduo com a organização, mediante mapeamento de uma complexa rede de motivos e expectativas individuais, permitindo avaliar o grau em que as expectativas individuais identificadas na pesquisa podem ser atendidas pela organização. Afirma esse autor que há um consenso entre os autores quanto às condições ideais para se realizar uma pesquisa de clima: deve-se ficar atento a algumas considerações, premissas e variáveis importantes, como por exemplo (VIANA, 1999): a) Momento da empresa: por se tratar de uma pesquisa cujas análises retratam a situação atual, não podendo ser estendidas ao passado ou futuro, é importante que a empresa tenha consciência de que momentos atípicos – positivos ou negativos - poderão condicionar os resultados; b) Apoio do comando / liderança: é de fundamental importância que os principais executivos da empresa dêem apoio formal à realização dos trabalhos. O objetivo é ressaltar para seus colaboradores a importância da visualização da realidade interna da empresa como condição básica para Kenji Taniguchi, André Luiz Almeida Costa 221 Revista de Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 atingir os padrões de excelência desejados; c) Especificidade: partindo-se da obtenção dos dados adequados às principais características da empresa, o planejamento do trabalho cuidará para que a verdadeira realidade interna da empresa seja sempre analisada. Os instrumentos utilizados devem ser customizados ao momento da empresa; d) Participação / comunicação: com vistas à obtenção de uma visão completa da realidade da empresa, a coleta de informações deve ser estendida a todos os seus colaboradores. É muito importante a participação de todos em uma pesquisa como esta, pois o sentimento de “serem ouvidos” resultará em grandes benefícios para empresa; e) Sigilo: é extremamente importante que o caráter sigiloso seja mantido; os respondentes precisam ter certeza que não serão identificados. Para tanto, os objetivos e resultados da pesquisa deverão ser divulgados a todos os pesquisados. Assim, considera-se a pesquisa do clima organizacional uma ferramenta de grande importância, pois procura apreender as percepções dos indivíduos sobre a organização que integram, possibilitando inferir e analisar o universo cultural. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS A cultura e o clima organizacional são constituídos a partir de ideário ou preceitos, expressos por normas, padrões, valores, códigos informais e regulamentos em prática, muitos dos quais implícitos e não escritos; a partir de “know-how” ou tecnologia, caracterizado pelo conjunto de processos, de modo de fazer as coisas, o seu saber fazer, o seu modo de organizar e dividir o trabalho, que extrapola as proposições formais; e pelo seu caráter, isto é, pelo sentimento e reações das pessoas sobre todo o conjunto de coisas e sobre o seu papel no conjunto. O ser humano não deve ser tratado como número ou “mero funcionário”, portanto, trabalhar as pessoas e seus anseios quando se deseja quebrar paradigmas, inserir novas culturas ou novos métodos é fundamental para se aumentar a eficiência dos programas a serem implementados pela empresa. Contudo, apenas a garantia de que todos os colaboradores tenham acesso e participem das atividades não é condição suficiente para que se obtenha sucesso, pois, sem o comprometimento, as atitudes ecomportamentos tornam-se um mero “cumprir de regras”. O comprometimento leva ao envolvimento, advindo daí, a melhoria. Também é notável que uma ação preventiva (atividade incorporada antes do início do programa) ofereça maiores resultados do que uma ação corretiva (durante o andamento ou término do mesmo). 222 Clima organizacional: uma ferramenta estratégica para o diagnóstico em recursos humanos Revista de Ciências Gerenciais • Vol. XIII, Nº. 18, Ano 2009 • p. 207-223 Em geral, os empregados das empresas são pessoas comuns e, como tais, lutam por algo maior, e gostam da sensação de se tornarem produtivos. Gostam de ver os resultados de seus esforços e sentem-se satisfeitos por lutar todos juntos por um objetivo. Portanto, dar a eles um objetivo compartilhado faz com que se tenha o melhor de todos. E esse objetivo pode ser a rentabilidade, o lucro, a liderança de mercado, a produtividade etc. O enfoque na gestão de pessoas coloca o conhecimento do clima organizacional como importante termômetro para a proposição e condução de quebra de paradigmas, permitindo às organizações reavaliar, planejar e desenvolver relações de trabalho produtivas e pró-ativas de seus colaboradores. Este fato é de grande valor para a busca dos objetivos organizacionais. REFERÊNCIAS BERGAMINI, Cecília W. Psicologia aplicada à administração de empresas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1982. ______. Motivação nas organizações. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997. BOM SUCESSO, Edina de Paula. Trabalho e qualidade de vida. 1.ed. Rio de Janeiro: Dunya, 1997. BRANHAM, Leigh. Motivando as pessoas que fazem a diferença: 24 maneiras de manter os talentos de sua empresa. 1. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2002. CHIAVENATO, Idalberto. 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Atualmente é professor da Faculdade Anhanguera de Taubaté nos cursos de graduação em Engenharia de Produção Mecânica, Elétrica e Mecatrônica; e nos cursos de especialização MBA em Gestão de Pessoas, MBA em Gestão Estratégica de Negócios e MBA em Gestão de Projetos. André Luiz Almeida Costa Graduado em Administração de Empresas pelo ITES / UNIP. MBA em Gestão de Pessoas pela Faculdade Anhanguera de Taubaté.
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