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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES Aula ministrada por Isabela Escórcio A. da Matta isabeladamatta@nutrição.ufrj.br AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES Material elaborado por Milena Miranda de Moraes milenanut@gmail.com ADOLESCÊNCIA: O que é? Alterações morfológicas, fisiológicas, psicológicas e sociais complexas, nas quais a nutrição exerce importante papel Intenso crescimento e desenvolvimento o25% da estatura final o50% do peso definitivo Heald, 1979 ADOLESCÊNCIA: O que é? Requerimentos nutricionais diretamente relacionados com composição corporal, atividade física, sexo e estágio puberal. Em função da aceleração no crescimento, as necessidades de energia, proteína e carboidratos estão aumentadas, assim como de ferro, cobre, cálcio e zinco o massa muscular o volume sanguíneo o massa óssea o tamanho e número de adipócitos Eisenstein, 1995 “SÍNDROME DA ADOLESCÊNCIA NORMAL” Busca de si mesmo e da identidade adulta Tendência grupal e valorização da opinião do grupo Aberastury, Knobel, 1981 Separação progressiva dos pais Atitude social reivindicatória Flutuações de humor e estado de ânimo Contradições sucessivas Influência da mídia Tendência a intelectualizar e fantasiar Deslocação temporal Evolução sexual Questionamentos religiosos ADOLESCENTES Grupo de risco nutricional o escolhem alimentos de alta densidade calórica e pobre em nutrientes o junk foods e frutas e hortaliças Riscos: o baixo peso/desnutrição o excesso de peso/obesidade o alterações metabólicas associadas ao excesso de gordura corporal Hunag et al., 1994; Watt & Sheiham, 1996; Andrade, Pereira & Sichieri, 2003 ADOLESCENTES: Risco Nutricional Ingestão inadequada de Nutrientes Inibição da secreção dos hormônios gonadais e de crescimento Retardo no início da puberdade Acometimento no ganho estatural, desenvolvimento de músculo, tecido adiposo e cérebro. Risco de desnutrição ADOLESCENTES: Risco Nutricional Consumo energético em excesso Ganho excessivo de gordura corporal Manutenção da obesidade na vida adulta Alterações Metabólicas de risco para DCV Obesidade hiperplásica ADOLESCÊNCIA: Epidemiologia Nutricional Prevalência de excesso de peso aumentou drasticamente nas últimas quatro décadas, não apenas em países desenvolvidos, mas também naqueles em desenvolvimento. Problema Nutricional mais investigado na adolescência. A avaliação do estado nutricional na adolescência tem importância fundamental para detecção precoce de distúrbios nutricionais. ADOLESCÊNCIA: Epidemiologia Nutricional Evolução do excesso de peso em adolescentes brasileiros: 4,8 3,9 0,1 2,4 8,3 0,7 2,8 18,0 1,83,7 21,5 5,8 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 Déficit de peso Excesso de peso Obesidade Indicadores antropométricos para adolescentes (10 a 19 anos) - sexo masculino ENDEF (1974-1975) PNSN (1989) POF (2002-2003) POF (2008-2009) ADOLESCÊNCIA: Epidemiologia Nutricional Evolução do excesso de peso em adolescentes brasileiros: 4,8 7,5 0,7 2,8 13,8 2,2 4,7 15,4 2,93,0 19,4 4,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 Déficit de peso Excesso de peso Obesidade Indicadores antropométricos para adolescentes (10 a 19 anos) - sexo feminino ENDEF (1974-1975) PNSN (1989) POF (2002-2003) POF (2008-2009) RP = 3 RP ≈ 2 RP ≈ 5 ADOLESCÊNCIA: Quando ocorre? Faixa cronológica : 10 - 19 anos (OMS,1995) Faixa biológica – maturação sexual ADOLESCÊNCIA: Crescimento Processo dividido em três etapas: (Eisenstein, 1995) Etapas Meninas Meninos Início do estirão de crescimento 10-13 anos 12-15 anos Pico máximo (24 a 36 meses) 8-9 cm/ ano 10 cm/ ano Desaceleração do crescimento 5-8 cm O ganho em estatura ainda pode continuar até os 17 anos nas meninas e 21 nos meninos (Bianculli, 1985) Indivíduos da mesma idade podem estar em fases diferentes do crescimento e, por consequência, de ganho de peso. (Duarte, 1993) ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual Meninos o Estágios de desenvolvimento da genitália G1 – genitália pré-puberal (infantil) G2 – Aparece um afinamento e hipervascularização da bolsa escrotal, e aumento do volume testicular sem aumento do tamanho do pênis. Adaptado de Tanner, 1962 ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual G3 – Ocorre aumento da bolsa escrotal e do volume testicular, com aumento do comprimento do pênis. G4 – Maior aumento e hiperpigmentação da bolsa escrotal, maior volume testicular com aumento do pênis em comprimento e diâmetro, e desenvolvimento da glande. G5 – Genitália adulta em tamanho e forma e volume testicular. Adaptado de Tanner, 1962 ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual Meninos o Estágios de desenvolvimento dos pelos pubianos P1 - Pelugem pré-puberal ou infantil, nenhum pelo pubiano. P2 - Início do crescimento de alguns pelos finos, longos, escuros e lisos na linha medial ou na base do pênis. Adaptado de Tanner, 1962 ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual P3 – Aparecimento de maior quantidade de pelos, mais escuros e mais espessos, e discretamente encaracolados, com distribuição em toda a região pubiana. P4 – Pelos escuros, espessos, encaracolados, do tipo adulto, mas ainda em menor quantidade na sua distribuição na região pubiana. P5 – Pelos do tipo adulto, em maior quantidade, cobrindo toda a região pubiana, e estendendo-se até a superfície interna das coxas. Adaptado de Tanner, 1962 ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual Meninas o Estágios de desenvolvimento das mamas M1 – Mamas infantis M2 – Broto mamário forma-se com uma pequena saliência com elevação da mama e da papila e ocorre o aumento do diâmetro areolar. Melhor visualizar lateralmente. Adaptado de Tanner, 1962 ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual M3 – Maior aumento da aréola e da papila sem separação do contorno da mama. M4 – Aumento continuado e projeção da aréola e da papila formando uma segunda saliência acima do nível da mama. M5 – Mama com aspecto adulto, com retração da aréola para o contorno da mama e projeção da papila. Adaptado de Tanner, 1962 ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual Meninas o Estágios de desenvolvimento dos pelos pubianos P1 – Ausência de pelos, ou pelugem natural. P2 – Pelos iniciam-se com uma pelugem fina, longa, um pouco mais escura, na linha central da região pubiana. Adaptado de Tanner, 1962 ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual P3 – Pelos em maior quantidade, mais escuros e mais espessos, e discretamente encaracolados, com distribuição em toda a região pubiana. P4 – Pelos do tipo adulto, encaracolados, mais distribuídos, e ainda em pouca quantidade. P5 – Pelos tipo adulto, com maior distribuição na região pubiana e na raiz da coxa. Adaptado de Tanner, 1962 Avaliação da Maturação Sexual Exame físico por profissional capacitado Ambiente reservado e apropriado Nem sempre é viável Auto-avaliação boa correlação com avaliação profissional. Validada em adolescentes brasileiros, franceses e norte-americanos. (Duarte, 1993; Saito, 1993) Orquidômetro de Prader Crescimento e Maturação Sexual Aceleração – M2 (10-13 anos) ------- Menarca M E N I N O S M E N I N A S Crescimento e Maturação Sexual Aceleração – M2 (10-13 anos) ------- Menarca Aceleração – G3 (12-15 anos) M E N I N O S M E NI N A S Crescimento e Maturação Sexual Pico – M3 ------- Menarca M E N I N O S M E N I N A S Crescimento e Maturação Sexual Pico – M3 ------- Menarca Pico – G4 (mais intenso) M E N I N O S M E N I N A S Crescimento e Maturação Sexual Desaceleração – M4 Menarca ------- Menarca M E N I N O S M E N I N A S Crescimento e Maturação Sexual Desaceleração – M4 Menarca ------- Menarca M E N I N O S M E N I N A S Desaceleração – G5 Voz Adulta * ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual Estágios de desenvolvimento segundo sexo (OMS, 1995) Meninas Meninos Menarca ≥ M2 Voz Adulta ≥ G3 Pré-pubere: Não iniciou o estirão Não Não Não Não Púbere: Iniciou, mas não completou o estirão Não Sim Não Sim Pós-pubere: Completou a maior parte do crescimento Sim Sim Sim Sim Variação da idade da Menarca Segundo condições socioeconômicas: (Becker,1993) o Países desenvolvidos 12,5 anos o Países menos desenvolvidos15 anos o Brasil 13,2 anos (PNSN,1989) Segundo Estado Nutricional: (Bongaarts & Cohen, 1998) o Bem nutridas idade da menarca mais precoce o Desnutridas idade da menarca mais tardia o Gradual redução na idade da menarca com melhoras progressivas nas condições socioeconômicas e nutricionais nos últimos 200 anos (OMS, 2006) PROBLEMAS NO DESENVOLVIMENTO PUBERAL Puberdade precoce: oMeninas - Sinal de maturação sexual antes dos 8 anos; oMeninos – Aumento do volume testicular e pelos pubianos antes dos 9 anos. Puberdade tardia: oMeninas – Telarca após 13, pubarca após 14, menarca após 16a; oMeninos – Estágio pré-puberal após 16a. ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional Medidas utilizadas: o Peso o Estatura o Perímetros o Dobras cutâneas Avaliação da Maturação Sexual A idade cronológica perde parte de sua importância como condicionante do crescimento e desenvolvimento e dá lugar à maturação sexual como principal variável, traduzida pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias. (Tanner, 1962; Saito, 1999) Índices que utilizam peso e estatura são mais usados em estudos populacionais, para todas as faixas etárias. Interpretação das relações entre medidas corporais é complexa, devido à variabilidade individual do processo de crescimento da adolescência (independente da idade cronológica). ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional Índices e indicadores antropométricos: QUAL ÍNDICE UTILIZAR? Peso para idade: o Não considera desenvolvimento biológico o Ignora contribuição da estatura o Pode sugerir déficit para adolescentes mais baixos e excesso de peso para os mais altos. Inadequado QUAL ÍNDICE UTILIZAR? Peso para estatura: o Peso varia de acordo com o estágio de maturação sexual e não apenas da estatura. o Falta de referências • NCHS, 1977 – até 137 cm para meninas e 145 cm para meninos • CDC, 2000 – até 120 cm Evitar risco de incluir peso e estatura de crianças pubescentes Pouco adequado QUAL ÍNDICE UTILIZAR? Estatura para idade: o Indicador do histórico de crescimento do adolescente Diagnóstico Nutricional Pontos de Corte (OMS, 2007) Estatura adequada para a idade ≥ -2 Z-escore Baixa estatura para a idade ≥ -3 Z-escore e < -2 Z- escore Muito baixa estatura para a idade < -3 Z-escore QUAL ÍNDICE UTILIZAR? Estatura para idade: o Indicador do histórico de crescimento do adolescente QUAL ÍNDICE UTILIZAR? A falta de curvas de referência para P/E e a importância de avaliar a relação dessas medidas na adolescência motivaram estudos sobre a aplicabilidade dos diferentes índices de peso e estatura para esta faixa etária. Estudos demonstraram que o IMC apresenta boa correlação com medidas mais específicas de adiposidade. Nos EUA, em 1994, comitê de especialistas sugeriu que valores específicos de IMC, de acordo com a idade e sexo, fossem usados como critério para triagem de adolescentes com sobrepeso (Himes & Dietz, 1994) – aprovado pela OMS em 1995. Lazarus et al., 1996; Ellis, Abrams & Wong, 1999 QUAL ÍNDICE UTILIZAR? Índice de Massa Corporal: IMC = peso (kg) estatura (m²) Vantagens: o Boa correlação com peso, gordura subcutânea e total o Índice de fácil obtenção o Curva de referência para comparações o Permite a continuidade do critério usado para avaliação de adultos QUAL ÍNDICE UTILIZAR? Índice de Massa Corporal: Limitações: o Ainda que baixa, tem correlação com a estatura o Não diferencia gordura corporal de massa livre de gordura o Não reflete as mudanças na composição corporal que ocorrem na adolescência maior acúmulo de gordura em meninas e massa muscular em meninos IMC/Idade: Pontos de corte Referência Origem dos Dados Pontos de corte e classificação Must et al (1991) NHANES I* (1971-74) Sobrepeso – IMC ≥ p85 / DCT ≥ p85 Obesidade – IMC ≥ p95 / DCT ≥ p95 Anjos et al (1998) PNSN** (1989) Não há pontos de corte, mas compara: Sobrepeso – IMC ≥ p85 Obesidade – IMC ≥ p95 CDC (2000) National Health Examination Surveys II e III NHANES I, II e III* Risco de Sobrepeso – IMC ≥ p85 Sobrepeso – IMC ≥ p95 Obesidade – IMC ≥ p85 + DCT e DCSE ≥ p90 Cole et al (2000) International Obesity Task Force (IOTF) Dados populacionais: Brasil, Reino Unido, Hong Kong, Holanda, Cingapura e EUA Valores de IMC correspondentes ao IMC 25kg/m² (sobrepeso) e 30kg/m² (obesidade) da população adulta * Curvas baseadas exclusivamente em estudos populacionais americanos ** Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição,1989 Critério proposto pela OMS (2007) e adotado pelo MS (2009) para avaliação de adolescentes segundo o IMC Excesso de peso/ Obesidade Déficit de peso: ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional Percentil Z-escore Diagnóstico Nutricional > p85 e <p97 > Z +1 e ≤ Z+2 Sobrepeso > p97 e < p 99,9 > Z+2 e ≤ Z+3 Obesidade > p 99,9 > Z+3 Obesidade Grave Percentil Z-escore Diagnóstico Nutricional < p0,1 < Z -3 Magreza Acentuada > p0,1 e ≤ p3 > Z -3 e ≤ Z -2 Magreza > p3 e ≤ p85 > Z-2 e ≤ Z +1 Eutrofia Referência Vantagens Limitações Must et al (1991) • Primeiro a desenvolver classificação de IMC para adolescentes • Diagnóstico a partir do IMC e/ou DCT • Dados somente da população dos EUA – valores mais elevados que dos brasileiros • Menor sensibilidade para população brasileira Anjos et al (1998) • Primeiro estudo com população brasileira • Alta sensibilidade para o uso na população brasileira • Amostra estudada representativa de toda a população, incluindo obesos e desnutridos – não equivale ao desejável. • Não validado com medidas de adiposidade Cole et al (2000) • Dados de 6 países • Curvas podem ser utilizadas em estimativas comparáveis entre os países • Dados intervalados de 6 em 6 meses •Utiliza dados de poucos países para ser considerado internacional •Baixa sensibilidade para uso na população brasileira CDC (2000) • Atualizada do NCHS – disjunção entre P/E e E/I corrigida •Curvas podem ser utilizadas para obter percentis e Z-escores • Dados somente da população dos EUA • Baixa sensibilidade para uso na população brasileira OMS (2007) • Reconstrução da curva do NCHS de 1977 • Curvas podem ser utilizadas para obter percentis e Z-escores • Preenchem a lacuna existente nas curvas de 5 a 19 anos • Dados somente da população dos EUA • Percentil 97 para obesidade – menor sensibilidade Sobrepeso Obesidade Idade Must etal CDC US Cole et al Anjos et al OMS 2007 Must et al CDC US Cole et al Anjos et al OMS 2007 10 19,6 19,4 19,8 18,0 18,5 22,6 22,2 24,0 20,0 21,4 11 22,4 20,2 20,5 19,7 19,2 23,7 23,2 25,1 21,3 22,5 12 21,1 21,0 21,2 19,1 19,9 24,9 24,2 26,0 22,0 23,6 13 21,9 21,9 21,9 20,1 20,8 25,9 25,2 26,8 21,9 24,8 14 22,8 22,6 22,6 20,8 21,8 26,9 26,0 27,6 22,4 25,9 15 23,6 23,5 23,3 21,7 22,7 27,8 26,8 28,3 23,8 27,0 16 24,5 24,2 23,9 22,5 23,5 28,5 27,6 28,9 24,1 27,9 17 25,3 24,9 24,4 22,6 24,3 29,3 28,3 29,4 24,3 28,6 18 25,9 25,7 25,0 23,3 24,9 30,0 29,0 30,0 25,1 29,2 Avaliação Nutricional – IMC/Idade - Meninos Must, CDC e Anjos – P85 e P95, respectivamente Cole – Correspondente a 25kg/m² e 30kg/m² aos 18 anos OMS – +1escore Z e +2 escore Z (correspondentes a IMC 25 e 30 aos 19 anos) Sobrepeso Obesidade Idade Must et al CDC US Cole et al Anjos et al OMS 2007 Must et al CDC US Cole et al Anjos et al OMS 2007 10 20,2 20,0 19,9 18,6 19,0 23,2 23,0 24,1 21,0 22,6 11 21,2 20,9 20,7 19,8 19,9 24,6 24,1 25,4 22,8 23,7 12 22,2 21,7 21,7 20,9 20,8 26,0 25,3 26,7 23,4 25,0 13 23,1 22,6 22,6 22,2 21,8 27,1 25,6 27,7 24,3 26,2 14 23,9 23,4 23,3 23,3 22,7 28,0 25,5 28,6 26,0 27,3 15 24,3 24,0 23,9 23,6 23,5 28,5 28,1 29,1 26,0 28,2 16 24,7 22,7 24,4 24,3 24,1 29,1 28,9 29,4 26,6 28,9 17 25,2 25,2 24,7 24,6 24,5 29,7 29,6 29,7 27,7 29,3 18 25,6 25,7 25,0 24,6 24,8 30,2 30,3 30,0 28,2 29,5 Avaliação Nutricional – IMC/Idade - Meninas Must, CDC e Anjos – P85 e P95 Cole – Correspondente a 25kg/m² e 30kg/m² aos 18 anos OMS – +1escore Z e +2 escore Z (correspondentes a IMC 25 e 30 aos 19 anos) Tabela de referência – Meninos (OMS, 2007) Curva de referência – Meninas (OMS, 2007) Percentis (P) selecionados do Índice de Massa Corporal (kg/m²) das populações femininas Brasileira (PNSN,89) e Norte-Americana (NCHS,87) em função da idade Anjos et al., 1998 Percentis (P) selecionados do Índice de Massa Corporal (kg/m²) das populações femininas Brasileira (PNSN,89) e Norte-Americana (NCHS,87) em função da idade Anjos et al., 1998 Valores de p5 são semelhantes Percentis (P) selecionados do Índice de Massa Corporal (kg/m²) das populações femininas Brasileira (PNSN,89) e Norte-Americana (NCHS,87) em função da idade Anjos et al., 1998 Americanas apresentam valores de p95 muito mais elevados Anjos et al., 1998 Percentis (P) selecionados do Índice de Massa Corporal (kg/m²) das populações masculinas Brasileira (PNSN,89) e Norte-Americana (NCHS,87) em função da idade Anjos et al., 1998 Percentis (P) selecionados do Índice de Massa Corporal (kg/m²) das populações masculinas Brasileira (PNSN,89) e Norte-Americana (NCHS,87) em função da idade Valores de p5 são semelhantes Anjos et al., 1998 Percentis (P) selecionados do Índice de Massa Corporal (kg/m²) das populações masculinas Brasileira (PNSN,89) e Norte-Americana (NCHS,87) em função da idade Americanos apresentam valores de p95 muito mais elevados Idade Meninos Meninas IMC %GC IMC %GC 10 19,5 17,1 18,1 21,1 11 19,7 17,6 19,0 22,8 12 20,2 16,3 19,6 22,9 13 20,4 16,5 20,4 26,4 14 21,1 15,2 20,2 25,6 15 21,4 13,3 20,8 27,5 16 21,6 14,9 20,9 27,0 17 22,6 16,2 21,0 28,3 Veiga, Dias & Anjos, 2001 Média de IMC e % de gordura corporal em adolescentes de uma escola privada de Niterói, RJ. ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional Idade Meninos Meninas IMC %GC IMC %GC 10 19,5 17,1 18,1 21,1 11 19,7 17,6 19,0 22,8 12 20,2 16,3 19,6 22,9 13 20,4 16,5 20,4 26,4 14 21,1 15,2 20,2 25,6 15 21,4 13,3 20,8 27,5 16 21,6 14,9 20,9 27,0 17 22,6 16,2 21,0 28,3 Veiga, Dias & Anjos, 2001 Média de IMC e % de gordura corporal em adolescentes de uma escola privada de Niterói, RJ. ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional ADOLESCÊNCIA: Composição corporal Sua avaliação é de extrema importância, já que as proporções corporais e a relação tecido adiposo/muscular são alteradas de acordo com sexo, idade e estágio de maturação sexual O acompanhamento das alterações na composição corporal prediz o risco de doenças crônicas não transmissíveis nesta população e possibilita o planejamento de estratégias e prevenção Travers, 1995; Siervogel et al, 2003 ADOLESCÊNCIA: Composição corporal ADOLESCÊNCIA: Composição corporal Tomografia Computadorizada (imagem) Emissão de raios X – desaconselhado para gestantes, lactentes e crianças Avalia com boa precisão gordura visceral e subcutânea Tecidos mais densos absorvem mais radiação que os menos densos Os diferentes níveis de absorção são representados em imagem por uma escala cinzenta, que varia do branco ao preto. Avaliação da Composição corporal Acesso limitado, alto custo, difícil operacionalização Avaliação da Composição corporal Acesso limitado, alto custo, difícil operacionalização DEXA (Absorciometria com raios X de dupla energia) Método relativamente novo Emissão de raios X com 2 níveis de energia diferentes Avalia 3 compartimentos: Massa de gordura, massa magra livre de minerais e massa mineral corporal Comparado à PH, é preciso, rápido, seguro, requer mínima cooperação do avaliado e considera a variabilidade interindividual do conteúdo mineral corporal Pesagem Hidrostática (densitometria) Padrão-ouro Densidade corporal calculada a partir do volume de água deslocado (princípio de Arquimedes) Exige alto nível de cooperação do avaliado Avaliação da Composição corporal Bioimpedância elétrica Método baseado na condução de corrente elétrica: ossos e gordura constituem um meio de baixa condutividade (maior resistência); massa muscular e outros tecidos ricos em água e eletrólitos são bons condutores Altamente influenciado pelo estado de hidratação do avaliado Nem sempre o equipamento dispõe de equações adequadas ao grupo que se pretende avaliar. Avaliação da Composição corporal Dobras Cutâneas • DC Triciptal – correlação com o %GC, especialmente no sexo masculino • DC Subescapular – Boa correlação com a gordura corporal total • A aplicação das DCs em equações fornece indiretamente o %GC • Slaughter et al (1988): Fórmulas específicas por cor da pele, sexo e estágio de maturação sexual Avaliação da Composição corporal Avaliação da Composição corporal Meninos Cor Branca Pré-púberes (G1 e G2) 1,21(∑TS) – 0,008 (∑TS)² - 1,7 Púberes (G3) 1,21(∑TS) – 0,008 (∑TS)² - 3,4 Pós-púberes (G4 E G5) 1,21(∑TS) – 0,008 (∑TS)² - 5,5 Cor Negra Pré-púberes (G1 e G2) 1,21(∑TS) – 0,008 (∑TS)² - 3,2 Púberes (G3) 1,21(∑TS) – 0,008 (∑TS)² - 5,2 Pós-púberes (G4 E G5) 1,21(∑TS) – 0,008 (∑TS)² - 6,8 Se ∑ dobras > 35mm 0,783 (∑TS) + 1,6 Equações antropométricas para determinação do % de gordura corporal – 8 a 18 anos – segundo Slaughter et al, 1998 Avaliação da Composição corporal Meninas Todos os estágios de maturação sexual 1,33(∑TS) – 0,013 (∑TS)² - 2,5 Se ∑ dobras > 35mm 0,546(∑TS) + 9,7 Equações antropométricas para determinação do % de gordura corporal – 8 a 18 anos – segundo Slaughter et al, 1998 Ainda não existem pontos de corte para percentual de gordura corporal universalmente aceitos para o diagnóstico de obesidade em adolescentes %GC ≥ 25 para meninos e ≥ 30 para meninas foram associados à maior pressão arterial e maior relação LDL-c/HDL-c. (Williams et al, 1992) Avaliação da Composição corporal Classificação Feminino Masculino Baixo peso < 15% < 10% Eutrofia ≥ 15% e < 25% ≥ 10% e < 20% Risco de sobrepeso ≥ 25% e< 30% ≥ 20% e < 25% Sobrepeso ≥ 30% ≥ 25% Lohman, 1992. ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional Medidas indicadoras de gordura abdominal: Perímetro da Cintura: • Excesso ≥ p90 Razão Cintura-Quadril (RCQ): • Inapropriada para este grupo, já que este índice pode refletir mais as modificações advindas do desenvolvimento do que o acúmulo de gordura propriamente dito. Razão Cintura-Estatura (RCE): • Excesso de gordura abdominal ≥ 0,5 • Melhor capacidade preditiva para risco cardiovascular do que a RCQ RCQ = PC (cm) PQ (cm) RCE = PC (cm) Estat. (cm) ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional Medidas indicadoras de gordura abdominal: Índice de Conicidade (índice C): IC = perímetro da cintura(m) 0,109 √ [peso(kg)/altura(m)]• Desempenho melhor que a RCQ, mas inferior a RCE e PC • Por considerar a compleição corporal, possibilita comparação entre indivíduos/populações Criado em 1991 por Rodolfo Valdez ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional Componentes da Síndrome Metabólica: Pontos de corte, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF, 2007) Componentes Pontos de Corte Perímetro da cintura 10-16 anos: ≥ p90 para idade e sexo Pressão Arterial Sistólica: ≥ 130 mm/Hg Diastólica: ≥ 85 mm/Hg HDL-colesterol < 40mg/dL Triglicerídeos ≥ 150mg/dL Glicemia de jejum ≥ 100mg/dL ou diagnóstico de Diabetes tipo 2 Principal componente (como em adultos) ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional Pontos de Corte para lipídeos plasmáticos em adolescentes Lipídeo Desejável (mg/dl) Limítrofe (mg/dl) Aumentado (mg/dl) Colesterol Total <150 150-169 ≥ 170 LDL-c <100 100-129 ≥ 130 HDL-c ≥ 45 Triglicerídeos < 100 100-129 ≥ 130 Fonte: I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência (2005) ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional Pontos de Corte para lipídeos plasmáticos em adolescentes (SISVAN, 2008) Mesmos pontos de corte usados para adultos ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional Pontos de Corte para glicemia em adolescentes (SISVAN, 2008) Mesmos pontos de corte usados para adultos AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR CADERNETAS DE SAÚDE (MS, 2009) PROTEGER E CUIDAR DA SAÚDE DE ADOLESCENTES Ampliar a inserção de adolescentes na Atenção Básica/Saúde da Família, com as especificidades características dessa fase do desenvolvimento; Incluí-los na criação e elaboração de ações que os caracterizem como protagonistas sociais, por estímulo às suas potencialidades, na construção de cidadania e na busca do estabelecimento de uma sociedade mais justa. PROTEGER E CUIDAR DA SAÚDE DE ADOLESCENTES ESTIMANDO A ESTATURA FINAL Exemplo: 157+(170 −12) 2 = 157,5 Para sexo feminino – de 148,5 a 166,5 cm SATISFAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL PROTEGER E CUIDAR DA SAÚDE DE ADOLESCENTES ANTROPOMETRIA E CRESCIMENTO Possível aspecto de excesso de peso no período anterior ao estirão pubertário, que não deve ultrapassar 20% em relação ao peso esperado para a altura/idade (IMC/idade). No início do estágio de estirão, pode-se observar um aspecto longilíneo e emagrecido, que não deve ser confundido com o diagnóstico de baixo peso. SOFTWARE WHO ANTHRO PLUS http://www.who.int/growthref/tools/en/ WHO ANTHRO PLUS o Monitoramento do crescimento de crianças e adolescentes em idade escolar – OMS, 2007 o Inglês, francês, espanhol ou russo WHO ANTHRO PLUS oTrês funções: WHO ANTHRO PLUS oAnthropometric Calculator WHO ANTHRO PLUS oAnthropometric Calculator Exibir gráfico WHO ANTHRO PLUS oAnthropometric Calculator WHO ANTHRO PLUS oFerramenta de zoom Imprimir WHO ANTHRO PLUS oFerramenta de zoom Copiar WHO ANTHRO PLUS oFerramenta de zoom Dimensão normal do gráfico WHO ANTHRO PLUS o Individual assessment WHO ANTHRO PLUS WHO ANTHRO PLUS WHO ANTHRO PLUS WHO ANTHRO PLUS oNutritional Survey OBRIGADA!
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