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Avaliação Nutricional de Adolescentes

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE
ADOLESCENTES
Aula ministrada por
Isabela Escórcio A. da Matta
isabeladamatta@nutrição.ufrj.br
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE
ADOLESCENTES
Material elaborado por
Milena Miranda de Moraes
milenanut@gmail.com
ADOLESCÊNCIA: O que é?
 Alterações morfológicas, fisiológicas, psicológicas e
sociais complexas, nas quais a nutrição exerce
importante papel
 Intenso crescimento e desenvolvimento
o25% da estatura final
o50% do peso definitivo
Heald, 1979
ADOLESCÊNCIA: O que é?
 Requerimentos nutricionais diretamente relacionados
com composição corporal, atividade física, sexo e
estágio puberal.
 Em função da aceleração no crescimento, as
necessidades de energia, proteína e carboidratos estão
aumentadas, assim como de ferro, cobre, cálcio e zinco
o  massa muscular
o  volume sanguíneo
o  massa óssea
o tamanho e  número de adipócitos
Eisenstein, 1995
“SÍNDROME DA ADOLESCÊNCIA NORMAL”
Busca de si mesmo e 
da identidade adulta
Tendência grupal e 
valorização da opinião
do grupo
Aberastury, Knobel, 1981
Separação 
progressiva dos pais
Atitude social 
reivindicatória
Flutuações de 
humor e estado 
de ânimo
Contradições sucessivas
Influência da mídia
Tendência a 
intelectualizar e 
fantasiar
Deslocação temporal
Evolução sexual
Questionamentos 
religiosos
ADOLESCENTES
 Grupo de risco nutricional
o escolhem alimentos de alta densidade calórica e pobre em
nutrientes
o  junk foods e  frutas e hortaliças
 Riscos:
o baixo peso/desnutrição
o excesso de peso/obesidade
o alterações metabólicas associadas ao excesso de gordura
corporal
Hunag et al., 1994; Watt & Sheiham, 1996; Andrade, Pereira & Sichieri, 2003
ADOLESCENTES: Risco Nutricional
Ingestão inadequada de Nutrientes
Inibição da secreção dos hormônios 
gonadais e de crescimento
Retardo no início da puberdade
Acometimento no ganho estatural, 
desenvolvimento de músculo, tecido 
adiposo e cérebro. 
Risco de desnutrição
ADOLESCENTES: Risco Nutricional
Consumo energético em excesso
Ganho excessivo de 
gordura corporal
Manutenção da obesidade 
na vida adulta
Alterações Metabólicas de 
risco para DCV
Obesidade 
hiperplásica
ADOLESCÊNCIA: Epidemiologia Nutricional
 Prevalência de excesso de peso aumentou
drasticamente nas últimas quatro décadas, não
apenas em países desenvolvidos, mas também
naqueles em desenvolvimento.
 Problema Nutricional mais investigado na
adolescência.
 A avaliação do estado nutricional na adolescência
tem importância fundamental para detecção precoce
de distúrbios nutricionais.
ADOLESCÊNCIA: Epidemiologia Nutricional
 Evolução do excesso de peso em adolescentes 
brasileiros: 
4,8 3,9
0,1
2,4
8,3
0,7
2,8
18,0
1,83,7
21,5
5,8
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
Déficit de peso Excesso de peso Obesidade
Indicadores antropométricos para adolescentes 
(10 a 19 anos) - sexo masculino
ENDEF (1974-1975) PNSN (1989) POF (2002-2003) POF (2008-2009)
ADOLESCÊNCIA: Epidemiologia Nutricional
 Evolução do excesso de peso em adolescentes 
brasileiros: 
4,8
7,5
0,7
2,8
13,8
2,2
4,7
15,4
2,93,0
19,4
4,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
Déficit de peso Excesso de peso Obesidade
Indicadores antropométricos para adolescentes 
(10 a 19 anos) - sexo feminino 
ENDEF (1974-1975) PNSN (1989) POF (2002-2003) POF (2008-2009)
RP = 3
RP ≈ 2
RP ≈ 5
ADOLESCÊNCIA: Quando ocorre?
Faixa cronológica : 10 - 19 anos (OMS,1995)
Faixa biológica – maturação sexual
ADOLESCÊNCIA: Crescimento
 Processo dividido em três etapas: (Eisenstein, 1995)
Etapas Meninas Meninos
Início do estirão de 
crescimento
10-13 anos 12-15 anos
Pico máximo (24 a 36 meses) 8-9 cm/ ano 10 cm/ ano
Desaceleração do 
crescimento
5-8 cm
 O ganho em estatura ainda pode continuar até os 17
anos nas meninas e 21 nos meninos (Bianculli, 1985)
 Indivíduos da mesma idade podem estar em fases
diferentes do crescimento e, por consequência, de
ganho de peso. (Duarte, 1993)
ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual 
ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual 
 Meninos
o Estágios de desenvolvimento da genitália
G1 – genitália pré-puberal (infantil) G2 – Aparece um afinamento e
hipervascularização da bolsa
escrotal, e aumento do volume
testicular sem aumento do
tamanho do pênis.
Adaptado de Tanner, 1962
ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual 
G3 – Ocorre aumento da bolsa
escrotal e do volume testicular, com
aumento do comprimento do pênis.
G4 – Maior aumento e
hiperpigmentação da bolsa escrotal,
maior volume testicular com aumento
do pênis em comprimento e diâmetro, e
desenvolvimento da glande.
G5 – Genitália adulta
em tamanho e forma e
volume testicular.
Adaptado de Tanner, 1962
ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual 
 Meninos
o Estágios de desenvolvimento dos pelos pubianos
P1 - Pelugem pré-puberal ou
infantil, nenhum pelo pubiano.
P2 - Início do crescimento de
alguns pelos finos, longos, escuros
e lisos na linha medial ou na base
do pênis.
Adaptado de Tanner, 1962
ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual 
P3 – Aparecimento de maior
quantidade de pelos, mais
escuros e mais espessos, e
discretamente encaracolados,
com distribuição em toda a
região pubiana.
P4 – Pelos escuros, espessos,
encaracolados, do tipo adulto,
mas ainda em menor quantidade
na sua distribuição na região
pubiana.
P5 – Pelos do tipo adulto, em
maior quantidade, cobrindo toda a
região pubiana, e estendendo-se
até a superfície interna das coxas.
Adaptado de Tanner, 1962
ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual 
 Meninas
o Estágios de desenvolvimento das mamas
M1 – Mamas infantis M2 – Broto mamário forma-se com uma
pequena saliência com elevação da
mama e da papila e ocorre o aumento do
diâmetro areolar. Melhor visualizar
lateralmente.
Adaptado de Tanner, 1962
ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual 
M3 – Maior aumento da
aréola e da papila sem
separação do contorno da
mama.
M4 – Aumento continuado e projeção
da aréola e da papila formando uma
segunda saliência acima do nível da
mama.
M5 – Mama com aspecto adulto,
com retração da aréola para o
contorno da mama e projeção da
papila.
Adaptado de Tanner, 1962
ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual 
 Meninas
o Estágios de desenvolvimento dos pelos pubianos
P1 – Ausência de pelos, ou
pelugem natural.
P2 – Pelos iniciam-se com
uma pelugem fina, longa, um
pouco mais escura, na linha
central da região pubiana.
Adaptado de Tanner, 1962
ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual 
P3 – Pelos em maior
quantidade, mais escuros e
mais espessos, e discretamente
encaracolados, com distribuição
em toda a região pubiana.
P4 – Pelos do tipo adulto, 
encaracolados, mais 
distribuídos, e ainda em 
pouca quantidade.
P5 – Pelos tipo adulto,
com maior distribuição
na região pubiana e na
raiz da coxa.
Adaptado de Tanner, 1962
Avaliação da Maturação Sexual 
 Exame físico por profissional capacitado
 Ambiente reservado e apropriado
 Nem sempre é viável
 Auto-avaliação  boa correlação com avaliação 
profissional. Validada em adolescentes brasileiros, 
franceses e norte-americanos. (Duarte, 1993; Saito, 1993)
Orquidômetro de Prader
Crescimento e Maturação Sexual
Aceleração – M2
(10-13 anos)
------- Menarca
M
E
N
I
N
O
S
M
E
N
I
N
A
S
Crescimento e Maturação Sexual
Aceleração – M2
(10-13 anos)
------- Menarca
Aceleração – G3
(12-15 anos)
M
E
N
I
N
O
S
M
E
NI
N
A
S
Crescimento e Maturação Sexual
Pico – M3
------- Menarca
M
E
N
I
N
O
S
M
E
N
I
N
A
S
Crescimento e Maturação Sexual
Pico – M3
------- Menarca
Pico – G4
(mais intenso)
M
E
N
I
N
O
S
M
E
N
I
N
A
S
Crescimento e Maturação Sexual
Desaceleração – M4 
Menarca
------- Menarca
M
E
N
I
N
O
S
M
E
N
I
N
A
S
Crescimento e Maturação Sexual
Desaceleração – M4 
Menarca
------- Menarca
M
E
N
I
N
O
S
M
E
N
I
N
A
S
Desaceleração – G5 
Voz Adulta *
ADOLESCÊNCIA: Maturação Sexual 
 Estágios de desenvolvimento segundo sexo (OMS, 1995)
Meninas Meninos
Menarca ≥ M2 Voz 
Adulta
≥ G3
Pré-pubere: 
Não iniciou o estirão
Não Não Não Não
Púbere: 
Iniciou, mas não 
completou o estirão
Não Sim Não Sim
Pós-pubere:
Completou a maior parte 
do crescimento
Sim Sim Sim Sim
Variação da idade da Menarca 
 Segundo condições socioeconômicas: (Becker,1993)
o Países desenvolvidos 12,5 anos
o Países menos desenvolvidos15 anos
o Brasil 13,2 anos (PNSN,1989)
 Segundo Estado Nutricional: (Bongaarts & Cohen, 1998)
o Bem nutridas  idade da menarca mais precoce
o Desnutridas  idade da menarca mais tardia
o Gradual redução na idade da menarca com melhoras
progressivas nas condições socioeconômicas e nutricionais
nos últimos 200 anos (OMS, 2006)
PROBLEMAS NO DESENVOLVIMENTO PUBERAL
Puberdade precoce:
oMeninas - Sinal de maturação sexual antes dos 
8 anos;
oMeninos – Aumento do volume testicular e pelos 
pubianos antes dos 9 anos.
Puberdade tardia:
oMeninas – Telarca após 13, pubarca após 14, 
menarca após 16a;
oMeninos – Estágio pré-puberal após 16a.
ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional
Medidas utilizadas:
o Peso
o Estatura
o Perímetros
o Dobras cutâneas
 Avaliação da Maturação Sexual
A idade cronológica perde parte de sua importância como
condicionante do crescimento e desenvolvimento e dá lugar
à maturação sexual como principal variável, traduzida pelo
desenvolvimento das características sexuais secundárias.
(Tanner, 1962; Saito, 1999)
 Índices que utilizam peso e estatura são mais
usados em estudos populacionais, para todas as
faixas etárias.
 Interpretação das relações entre medidas corporais
é complexa, devido à variabilidade individual do
processo de crescimento da adolescência
(independente da idade cronológica).
ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional
Índices e indicadores antropométricos:
QUAL ÍNDICE UTILIZAR?
 Peso para idade:
o Não considera desenvolvimento biológico
o Ignora contribuição da estatura
o Pode sugerir déficit para adolescentes mais baixos e excesso
de peso para os mais altos.
Inadequado
QUAL ÍNDICE UTILIZAR?
 Peso para estatura:
o Peso varia de acordo com o estágio de maturação
sexual e não apenas da estatura.
o Falta de referências
• NCHS, 1977 – até 137 cm para meninas e 145 cm
para meninos
• CDC, 2000 – até 120 cm
Evitar risco de incluir peso e estatura de crianças pubescentes
Pouco 
adequado
QUAL ÍNDICE UTILIZAR?
 Estatura para idade:
o Indicador do histórico de crescimento do adolescente
Diagnóstico Nutricional Pontos de Corte
(OMS, 2007)
Estatura adequada para a idade ≥ -2 Z-escore
Baixa estatura para a idade ≥ -3 Z-escore e < -2 Z-
escore
Muito baixa estatura para a idade < -3 Z-escore
QUAL ÍNDICE UTILIZAR?
 Estatura para idade:
o Indicador do histórico de crescimento do adolescente
QUAL ÍNDICE UTILIZAR?
 A falta de curvas de referência para P/E e a importância de
avaliar a relação dessas medidas na adolescência
motivaram estudos sobre a aplicabilidade dos diferentes
índices de peso e estatura para esta faixa etária.
 Estudos demonstraram que o IMC apresenta boa
correlação com medidas mais específicas de adiposidade.
 Nos EUA, em 1994, comitê de especialistas sugeriu que
valores específicos de IMC, de acordo com a idade e sexo,
fossem usados como critério para triagem de adolescentes
com sobrepeso
(Himes & Dietz, 1994) – aprovado pela OMS em 1995.
Lazarus et al., 1996; Ellis, Abrams & Wong, 1999
QUAL ÍNDICE UTILIZAR?
 Índice de Massa Corporal:
IMC = peso (kg) 
estatura (m²) 
 Vantagens:
o Boa correlação com peso, gordura subcutânea e total
o Índice de fácil obtenção
o Curva de referência para comparações
o Permite a continuidade do critério usado para
avaliação de adultos
QUAL ÍNDICE UTILIZAR?
 Índice de Massa Corporal:
 Limitações:
o Ainda que baixa, tem correlação com a estatura
o Não diferencia gordura corporal de massa livre de gordura
o Não reflete as mudanças na composição corporal que
ocorrem na adolescência  maior acúmulo de gordura em
meninas e massa muscular em meninos
IMC/Idade: Pontos de corte
Referência Origem dos Dados Pontos de corte e classificação
Must et al 
(1991)
NHANES I*
(1971-74)
Sobrepeso – IMC ≥ p85 / DCT ≥ p85 
Obesidade – IMC ≥ p95 / DCT ≥ p95 
Anjos et al
(1998) 
PNSN**
(1989)
Não há pontos de corte, mas compara:
Sobrepeso – IMC ≥ p85
Obesidade – IMC ≥ p95
CDC (2000) National Health
Examination Surveys
II e III
NHANES I, II e III*
Risco de Sobrepeso – IMC ≥ p85
Sobrepeso – IMC ≥ p95
Obesidade – IMC ≥ p85 + DCT e DCSE 
≥ p90
Cole et al
(2000)
International
Obesity Task
Force (IOTF)
Dados populacionais: 
Brasil, Reino Unido, 
Hong Kong, Holanda, 
Cingapura e EUA
Valores de IMC correspondentes ao 
IMC 25kg/m² (sobrepeso) e 30kg/m²
(obesidade) da população adulta
* Curvas baseadas exclusivamente em estudos populacionais americanos
** Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição,1989
 Critério proposto pela OMS (2007) e adotado pelo MS 
(2009) para avaliação de adolescentes segundo o IMC
 Excesso de peso/ Obesidade
Déficit de peso:
ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional
Percentil Z-escore Diagnóstico Nutricional
> p85 e <p97 > Z +1 e ≤ Z+2 Sobrepeso
> p97 e < p 99,9 > Z+2 e ≤ Z+3 Obesidade
> p 99,9 > Z+3 Obesidade Grave
Percentil Z-escore Diagnóstico Nutricional
< p0,1 < Z -3 Magreza Acentuada
> p0,1 e ≤ p3 > Z -3 e ≤ Z -2 Magreza
> p3 e ≤ p85 > Z-2 e ≤ Z +1 Eutrofia
Referência Vantagens Limitações
Must et al
(1991)
• Primeiro a desenvolver classificação de
IMC para adolescentes
• Diagnóstico a partir do IMC e/ou DCT
• Dados somente da população dos EUA –
valores mais elevados que dos brasileiros
• Menor sensibilidade para população
brasileira
Anjos et al 
(1998)
• Primeiro estudo com população brasileira
• Alta sensibilidade para o uso na
população brasileira
• Amostra estudada representativa de toda
a população, incluindo obesos e
desnutridos – não equivale ao desejável.
• Não validado com medidas de
adiposidade
Cole et al 
(2000)
• Dados de 6 países
• Curvas podem ser utilizadas em
estimativas comparáveis entre os países
• Dados intervalados de 6 em 6 meses
•Utiliza dados de poucos países para ser
considerado internacional
•Baixa sensibilidade para uso na população
brasileira
CDC (2000) • Atualizada do NCHS – disjunção entre
P/E e E/I corrigida
•Curvas podem ser utilizadas para obter
percentis e Z-escores
• Dados somente da população dos EUA
• Baixa sensibilidade para uso na população
brasileira
OMS (2007) • Reconstrução da curva do NCHS de 1977
• Curvas podem ser utilizadas para obter
percentis e Z-escores
• Preenchem a lacuna existente nas curvas
de 5 a 19 anos
• Dados somente da população dos EUA
• Percentil 97 para obesidade – menor
sensibilidade
Sobrepeso Obesidade
Idade Must
etal
CDC
US
Cole
et al
Anjos
et al
OMS
2007
Must
et al
CDC
US
Cole
et al
Anjos
et al
OMS
2007
10 19,6 19,4 19,8 18,0 18,5 22,6 22,2 24,0 20,0 21,4
11 22,4 20,2 20,5 19,7 19,2 23,7 23,2 25,1 21,3 22,5
12 21,1 21,0 21,2 19,1 19,9 24,9 24,2 26,0 22,0 23,6
13 21,9 21,9 21,9 20,1 20,8 25,9 25,2 26,8 21,9 24,8
14 22,8 22,6 22,6 20,8 21,8 26,9 26,0 27,6 22,4 25,9
15 23,6 23,5 23,3 21,7 22,7 27,8 26,8 28,3 23,8 27,0
16 24,5 24,2 23,9 22,5 23,5 28,5 27,6 28,9 24,1 27,9
17 25,3 24,9 24,4 22,6 24,3 29,3 28,3 29,4 24,3 28,6
18 25,9 25,7 25,0 23,3 24,9 30,0 29,0 30,0 25,1 29,2
Avaliação Nutricional – IMC/Idade - Meninos
Must, CDC e Anjos – P85 e P95, respectivamente
Cole – Correspondente a 25kg/m² e 30kg/m² aos 18 anos
OMS – +1escore Z e +2 escore Z (correspondentes a IMC 25 e 30 aos 19 
anos)
Sobrepeso Obesidade
Idade Must
et al
CDC
US
Cole
et al
Anjos
et al
OMS
2007
Must
et al
CDC
US
Cole
et al
Anjos
et al
OMS
2007
10 20,2 20,0 19,9 18,6 19,0 23,2 23,0 24,1 21,0 22,6
11 21,2 20,9 20,7 19,8 19,9 24,6 24,1 25,4 22,8 23,7
12 22,2 21,7 21,7 20,9 20,8 26,0 25,3 26,7 23,4 25,0
13 23,1 22,6 22,6 22,2 21,8 27,1 25,6 27,7 24,3 26,2
14 23,9 23,4 23,3 23,3 22,7 28,0 25,5 28,6 26,0 27,3
15 24,3 24,0 23,9 23,6 23,5 28,5 28,1 29,1 26,0 28,2
16 24,7 22,7 24,4 24,3 24,1 29,1 28,9 29,4 26,6 28,9
17 25,2 25,2 24,7 24,6 24,5 29,7 29,6 29,7 27,7 29,3
18 25,6 25,7 25,0 24,6 24,8 30,2 30,3 30,0 28,2 29,5
Avaliação Nutricional – IMC/Idade - Meninas
Must, CDC e Anjos – P85 e P95
Cole – Correspondente a 25kg/m² e 30kg/m² aos 18 anos
OMS – +1escore Z e +2 escore Z (correspondentes a IMC 25 e 30 aos 19 
anos)
Tabela de referência – Meninos (OMS, 2007)
Curva de referência – Meninas (OMS, 2007)
Percentis (P) selecionados do Índice de Massa Corporal (kg/m²) das
populações femininas Brasileira (PNSN,89) e Norte-Americana
(NCHS,87) em função da idade
Anjos et al., 1998
Percentis (P) selecionados do Índice de Massa Corporal (kg/m²) das
populações femininas Brasileira (PNSN,89) e Norte-Americana
(NCHS,87) em função da idade
Anjos et al., 1998
Valores de p5 são 
semelhantes
Percentis (P) selecionados do Índice de Massa Corporal (kg/m²) das
populações femininas Brasileira (PNSN,89) e Norte-Americana
(NCHS,87) em função da idade
Anjos et al., 1998
Americanas apresentam 
valores de p95 muito mais 
elevados
Anjos et al., 1998
Percentis (P) selecionados do Índice de Massa Corporal (kg/m²) das
populações masculinas Brasileira (PNSN,89) e Norte-Americana
(NCHS,87) em função da idade
Anjos et al., 1998
Percentis (P) selecionados do Índice de Massa Corporal (kg/m²) das
populações masculinas Brasileira (PNSN,89) e Norte-Americana
(NCHS,87) em função da idade
Valores de p5 são 
semelhantes
Anjos et al., 1998
Percentis (P) selecionados do Índice de Massa Corporal (kg/m²) das
populações masculinas Brasileira (PNSN,89) e Norte-Americana
(NCHS,87) em função da idade
Americanos apresentam 
valores de p95 muito mais 
elevados
Idade Meninos Meninas
IMC %GC IMC %GC
10 19,5 17,1 18,1 21,1
11 19,7 17,6 19,0 22,8
12 20,2 16,3 19,6 22,9
13 20,4 16,5 20,4 26,4
14 21,1 15,2 20,2 25,6
15 21,4 13,3 20,8 27,5
16 21,6 14,9 20,9 27,0
17 22,6 16,2 21,0 28,3
Veiga, Dias & Anjos, 2001
Média de IMC e % de gordura corporal em adolescentes de uma 
escola privada de Niterói, RJ.
ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional
Idade Meninos Meninas
IMC %GC IMC %GC
10 19,5 17,1 18,1 21,1
11 19,7 17,6 19,0 22,8
12 20,2 16,3 19,6 22,9
13 20,4 16,5 20,4 26,4
14 21,1 15,2 20,2 25,6
15 21,4 13,3 20,8 27,5
16 21,6 14,9 20,9 27,0
17 22,6 16,2 21,0 28,3
Veiga, Dias & Anjos, 2001
Média de IMC e % de gordura corporal em adolescentes de uma 
escola privada de Niterói, RJ.
ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional
ADOLESCÊNCIA: Composição corporal 
 Sua avaliação é de extrema importância, já que as
proporções corporais e a relação tecido adiposo/muscular
são alteradas de acordo com sexo, idade e estágio de
maturação sexual
 O acompanhamento das alterações na composição
corporal prediz o risco de doenças crônicas não
transmissíveis nesta população e possibilita o
planejamento de estratégias e prevenção
Travers, 1995; Siervogel et al, 2003
ADOLESCÊNCIA: Composição corporal 
ADOLESCÊNCIA: Composição corporal 
 Tomografia Computadorizada (imagem)
 Emissão de raios X – desaconselhado para gestantes, lactentes 
e crianças
 Avalia com boa precisão gordura visceral e subcutânea 
 Tecidos mais densos absorvem mais radiação que os menos 
densos
 Os diferentes níveis de absorção são representados em imagem 
por uma escala cinzenta, que varia do branco ao preto.
Avaliação da Composição corporal 
Acesso limitado, alto custo, difícil operacionalização
Avaliação da Composição corporal 
Acesso limitado, alto custo, difícil operacionalização
 DEXA (Absorciometria com raios X de dupla energia)
 Método relativamente novo
 Emissão de raios X com 2 níveis de energia diferentes
 Avalia 3 compartimentos: Massa de gordura, massa magra
livre de minerais e massa mineral corporal
 Comparado à PH, é preciso, rápido, seguro, requer mínima
cooperação do avaliado e considera a variabilidade
interindividual do conteúdo mineral corporal
 Pesagem Hidrostática (densitometria)
 Padrão-ouro
 Densidade corporal calculada a partir do volume de 
água deslocado (princípio de Arquimedes)
 Exige alto nível de cooperação do avaliado
Avaliação da Composição corporal 
 Bioimpedância elétrica
 Método baseado na condução de corrente elétrica: ossos e
gordura constituem um meio de baixa condutividade (maior
resistência); massa muscular e outros tecidos ricos em água e
eletrólitos são bons condutores
 Altamente influenciado pelo estado de hidratação do avaliado
 Nem sempre o equipamento dispõe de equações adequadas
ao grupo que se pretende avaliar.
Avaliação da Composição corporal 
 Dobras Cutâneas
• DC Triciptal – correlação com o %GC, especialmente no sexo
masculino
• DC Subescapular – Boa correlação com a gordura corporal
total
• A aplicação das DCs em equações fornece indiretamente o
%GC
• Slaughter et al (1988): Fórmulas específicas por cor da pele,
sexo e estágio de maturação sexual
Avaliação da Composição corporal 
Avaliação da Composição corporal 
Meninos
Cor Branca
Pré-púberes (G1 e G2) 1,21(∑TS) – 0,008 (∑TS)² - 1,7
Púberes (G3) 1,21(∑TS) – 0,008 (∑TS)² - 3,4
Pós-púberes (G4 E G5) 1,21(∑TS) – 0,008 (∑TS)² - 5,5
Cor Negra
Pré-púberes (G1 e G2) 1,21(∑TS) – 0,008 (∑TS)² - 3,2
Púberes (G3) 1,21(∑TS) – 0,008 (∑TS)² - 5,2
Pós-púberes (G4 E G5) 1,21(∑TS) – 0,008 (∑TS)² - 6,8
Se ∑ dobras > 35mm 0,783 (∑TS) + 1,6 
Equações antropométricas para determinação do % de gordura 
corporal – 8 a 18 anos – segundo Slaughter et al, 1998
Avaliação da Composição corporal 
Meninas
Todos os estágios de 
maturação sexual
1,33(∑TS) – 0,013 (∑TS)² - 2,5
Se ∑ dobras > 35mm 0,546(∑TS) + 9,7
Equações antropométricas para determinação do % de gordura 
corporal – 8 a 18 anos – segundo Slaughter et al, 1998
 Ainda não existem pontos de corte para percentual de 
gordura corporal universalmente aceitos para o 
diagnóstico de obesidade em adolescentes
 %GC ≥ 25 para meninos e ≥ 30 para meninas foram 
associados à maior pressão arterial e maior relação 
LDL-c/HDL-c. (Williams et al, 1992)
Avaliação da Composição corporal 
Classificação Feminino Masculino
Baixo peso < 15% < 10%
Eutrofia ≥ 15% e < 25% ≥ 10% e < 20%
Risco de sobrepeso ≥ 25% e< 30% ≥ 20% e < 25%
Sobrepeso ≥ 30% ≥ 25%
Lohman, 1992.
ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional
 Medidas indicadoras de gordura abdominal:
 Perímetro da Cintura:
• Excesso ≥ p90
 Razão Cintura-Quadril (RCQ):
• Inapropriada para este grupo, já que este índice pode refletir
mais as modificações advindas do desenvolvimento do que o
acúmulo de gordura propriamente dito.
 Razão Cintura-Estatura (RCE):
• Excesso de gordura abdominal ≥ 0,5
• Melhor capacidade preditiva para risco cardiovascular do que a
RCQ
RCQ = PC (cm)
PQ (cm)
RCE = PC (cm)
Estat. (cm)
ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional
 Medidas indicadoras de gordura abdominal:
 Índice de Conicidade (índice C):
IC = perímetro da cintura(m)
0,109 √ [peso(kg)/altura(m)]• Desempenho melhor que a RCQ,
mas inferior a RCE e PC
• Por considerar a compleição
corporal, possibilita comparação
entre indivíduos/populações
Criado em 1991 por Rodolfo Valdez
ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional
 Componentes da Síndrome Metabólica:
 Pontos de corte, segundo a Federação Internacional
de Diabetes (IDF, 2007)
Componentes Pontos de Corte
Perímetro da cintura 10-16 anos:
≥ p90 para idade e sexo
Pressão Arterial Sistólica: ≥ 130 mm/Hg
Diastólica: ≥ 85 mm/Hg
HDL-colesterol < 40mg/dL
Triglicerídeos ≥ 150mg/dL
Glicemia de jejum ≥ 100mg/dL ou diagnóstico de 
Diabetes tipo 2
Principal componente (como em adultos)
ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional
 Pontos de Corte para lipídeos plasmáticos em 
adolescentes
Lipídeo Desejável 
(mg/dl)
Limítrofe 
(mg/dl)
Aumentado 
(mg/dl)
Colesterol Total <150 150-169 ≥ 170
LDL-c <100 100-129 ≥ 130
HDL-c ≥ 45
Triglicerídeos < 100 100-129 ≥ 130
Fonte: I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência (2005)
ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional
Pontos de Corte para lipídeos plasmáticos em 
adolescentes (SISVAN, 2008)
Mesmos pontos de corte usados para adultos
ADOLESCENTES: Avaliação Nutricional
Pontos de Corte para glicemia em adolescentes 
(SISVAN, 2008)
Mesmos pontos de corte usados para adultos
AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR
CADERNETAS DE SAÚDE (MS, 2009)
PROTEGER E CUIDAR DA SAÚDE DE ADOLESCENTES
 Ampliar a inserção de adolescentes na Atenção 
Básica/Saúde da Família, com as especificidades 
características dessa fase do desenvolvimento; 
 Incluí-los na criação e elaboração de ações que os 
caracterizem como protagonistas sociais, por 
estímulo às suas potencialidades, na construção de 
cidadania e na busca do estabelecimento de uma 
sociedade mais justa.
PROTEGER E CUIDAR DA SAÚDE DE ADOLESCENTES
ESTIMANDO A ESTATURA FINAL
Exemplo: 
157+(170 −12)
2
= 157,5 
Para sexo feminino – de 148,5 a 166,5 cm
SATISFAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL
PROTEGER E CUIDAR DA SAÚDE DE ADOLESCENTES
ANTROPOMETRIA E CRESCIMENTO
 Possível aspecto de excesso de peso no período anterior 
ao estirão pubertário, que não deve ultrapassar 20% em 
relação ao peso esperado para a altura/idade 
(IMC/idade). 
 No início do estágio de estirão, pode-se observar um 
aspecto longilíneo e emagrecido, que não deve ser 
confundido com o diagnóstico de baixo peso. 
SOFTWARE
WHO ANTHRO PLUS
http://www.who.int/growthref/tools/en/
WHO ANTHRO PLUS
o Monitoramento do crescimento de crianças e adolescentes 
em idade escolar – OMS, 2007
o Inglês, francês, espanhol ou russo
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