CTSP GP E02 (1)

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CURSO TÉCNICO EM 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
GESTÃO DE PESSOAS 
 
Encontro n° 02 
 
 
Jose Carlos Pereira 
Professor 
 
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ENCONTRO n° 02 
 
ACESSO AO SERVIÇO PÚBLICO 
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Objetivo: 
 
 
Nesta Unidade, vamos estudar o que são 
cargos públicos, de que forma esses cargos 
são acessíveis aos cidadãos, as hipóteses de 
provimento mediante concurso público ou 
não, bem como em que condições que se 
obtém a estabilidade. 
 
 
ACESSIBILIDADE AO SERVIÇO 
PÚBLICO 
 
Em princípio, todo cidadão brasileiro pode 
ocupar um cargo público. Contudo, como 
podem existir mais interessados em ocupá-los 
do que cargos disponíveis há regras que 
evidenciam rigorosamente a forma em que se 
dá esse provimento. 
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REGRAS DE FUNCIONAMENTO 
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O art. 37 da Constituição Federal estabelece as 
regras de funcionamento da administração 
pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; determina que todos os níveis da 
administração pública devem obedecer aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência. 
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Art.37 CF 
 
Inciso I - Dispõe que “os cargos, empregos e 
funções públicas são acessíveis aos brasileiros 
que preencham os requisitos estabelecidos em 
lei, assim como aos estrangeiros, na forma da 
lei” e o inciso IX, que determina que “a lei 
estabelecerá os casos de contratação por 
tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional 
interesse público”. 
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Mello (1995) 
 
Discorre que o primeiro princípio constitucional 
relativo à generalidade dos servidores da 
administração pública é o da acessibilidade dos 
cargos, empregos e funções públicas, sempre na 
forma da lei. 
 
 
 
Mas a que lei se refere o texto 
constitucional? 
 
A lei em causa será da entidade a que pertença 
o cargo, uma vez que União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios legislam cada qual para os 
próprios serviços. 
 
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A REGRA BÁSICA 
É a de que a acessibilidade ao serviço público 
decorre da necessidade de aprovação em 
concurso público 
(esse tema será abordado na Unidade 3). 
 
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CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES 
PÚBLICAS 
Os cargos, empregos e funções públicas 
integram o quadro funcional de uma 
organização pública, que corresponde ao 
conjunto de carreiras, cargos isolados e funções 
públicas remuneradas integrantes de um órgão 
ou Poder. 
 
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OS CARGOS PÚBLICOS 
 
Também chamados de efetivos, que somente 
podem ser providos mediante a aprovação em 
concurso público, e os cargos em comissão, 
declarados em lei, de livre nomeação e 
exoneração (art. 37, inciso II, da Constituição 
Federal). 
 
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CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA 
 
A Constituição Federal também prevê a 
hipótese de contratação por tempo 
determinado para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público 
(art. 37, inciso IX). 
 
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CARGOS 
A Constituição Federal utiliza a palavra “cargos” 
com diversas acepções (Di Pietro; Motta; Ferraz, 
2014). O art. 3º da Lei Federal nº 8.112/1990 
estabelece que “cargo público corresponde ao 
conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional que devem 
ser cometidas a um servidor”. 
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ELEMENTOS CARGOS PÚBLICOS 
Deve possuir os seguintes elementos: 
denominação, atribuições, responsabilidades, 
condições de provimento, habilitação e 
requisitos qualificativos. E tem como 
características ser acessível a todos os 
brasileiros, ter sido criado por lei, possuir 
denominação própria, ter seus vencimentos 
pagos pelos cofres públicos, e ter seu 
provimento em caráter efetivo ou em comissão. 
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OS ESTRANGEIROS 
Também podem ingressar em cargos públicos, 
na forma da Emenda Constitucional nº 19/1998. 
As universidades e instituições de pesquisa 
científica e tecnológica federais, na forma da 
Emenda Constitucional nº 11/1996, são 
autorizadas a admitir professores, técnicos e 
cientistas estrangeiros. 
 
 
Assim, cargo público é ocupado por pessoa 
investida nele, que passa a se denominar 
servidor público. 
Canotilho et al (2013) esclarece que o vínculo entre o 
ocupante do cargo público e o órgão ou entidade que 
congrega tal cargo é regido diretamente pelas leis, por 
isso, que o regime jurídico que se estabelece é o 
“estatutário”. 
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EMPREGOS PÚBLICOS 
 
O emprego público é ocupado pelos 
empregados públicos. 
Em sentido amplo, possui significado 
semelhante ao de cargo público, tendo como 
principal diferença o regime jurídico de 
contratação. 
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CARGOS E EMPREGOS PÚBLICOS 
 
Enquanto os cargos públicos possuem relação 
jurídica estatutária com a administração pública, 
a relação jurídica dos empregados públicos 
ocorre pelas CLT. Portanto, a relação entre 
empregado e poder público ocorre por meio de 
um contrato de trabalho. 
 
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O REGIME DE EMPREGO PÚBLICO 
 
É o estabelecido nas entidades submetidas ao 
direito privado: as fundações, empresas públicas 
e sociedades de economia mista. 
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ACUMULO DE CARGOS: 
 
É a possibilidade do exercício de dois cargos ou 
empregos públicos simultaneamente, desde 
que haja a compatibilidade de horários, 
conforme preconiza o art. 37, inciso XVI, da 
Constituição Federal. 
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FUNÇÕES PÚBLICAS 
No entendimento de Carvalho Filho (2012), a 
função pública é a atividade em si mesma. Para 
este autor, função é sinônimo de atribuição e 
corresponde às muitas tarefas que constituem o 
objeto dos serviços prestados pelos servidores 
públicos. 
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FUNÇÕES X CARGOS 
 
Em sentido estrito, as funções públicas podem 
ser confundidas com os cargos em comissão. 
As funções de confiança e os cargos em 
comissão possuem semelhanças e diferenças. 
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FUNÇÕES X CARGOS 
 
A diferença entre cargo e função é que o cargo 
é o nome que se dá a posição que uma pessoa 
ocupa dentro da empresa, ou do 
organograma do seu empregador e função é o 
conjunto de tarefas e responsabilidades 
relacionadas a esse cargo. 
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ESTABILIDADE 
 
Corresponde ao direito de permanência no 
serviço público. A estabilidade está prevista no 
art. 41 da Constituição Federal, ao prever que 
“são estáveis após três anos de efetivo exercício 
os servidores nomeados para cargo de 
provimento efetivo em virtude de concurso 
público”, conforme redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19/1998. 
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PERDA DE CARGO 
Conforme se extrai do texto constitucional, o 
servidor estável somente perderá o cargo em 
virtude de sentença judicial transitada e julgada; 
mediante processo administrativo em que lhe 
seja assegurada a ampla defesa e mediante 
procedimento de avaliação periódica de 
desempenho, na forma de lei complementar, 
assegurada a ampla defesa. 
 
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AMPLA DEFESA: 
 
Direito da parte de produzir todos os meios 
possíveis para se defender, tendo à sua 
disposição todos os recursos legais para praticar 
sua defesa, como assistência jurídica, 
possibilidade de recursos, alegar fatos e propor 
provas. 
Sentença judicial transitada e julgada é aquela 
em que não cabe mais recurso. 
 
 
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IMPORTANTE: 
 
Esse conceito abrange a estabilidade 
denominada de ordinária, que é a tratada no 
art. 41 da Constituição Federal. Não alcança, 
contudo, a estabilidade extraordinária 
outorgada pelo art. 19 doAto das Disposições 
Constitucionais Transitórias – ADCT. 
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ESTABILIDADE EXTRAORDINÁRIA 
 
Os servidores não concursados que tivessem 
completados cinco anos de efetivo exercício 
público na data da entrada em vigor da 
Constituição foram incluídos nesse dispositivo 
do ADCT e, então, atendido esse pressuposto, 
foram considerados estáveis (estabilidade 
extraordinária). 
ESTABILIDADE JURÍDICA 
A estabilidade jurídica do vínculo administrativo 
firmado entre o servidor e o pessoal estatutário 
tem como finalidade, antes de mais nada, 
assegurar a qualidade do serviço prestado por 
uma burocracia estatal democrática, impessoal 
e permanente. 
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CONDIÇÃO PARA ESTABILIDADE 
 
A primeira condição para a aquisição da 
estabilidade é a nomeação, mediante 
aprovação em concurso público, para cargo de 
provimento efetivo. Cabe salientar que a 
efetividade, embora se refira ao servidor, é 
apenas um atributo do cargo, concernente à 
sua forma de provimento, e, como tal, deve ser 
declarado no ato de nomeação. 
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ESTÁGIO PROBATÓRIO 
O lapso temporal compreendido entre o início 
do exercício e a aquisição da estabilidade é 
denominado de estágio probatório. Esse 
período corresponde a três anos. 
O estágio probatório tem por finalidade aferir se 
o servidor possui condições para o exercício do 
cargo, conforme requisitos previstos em lei. 
Este assunto veremos na Unidade 4. 
 
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RESUMO DO ENCONTRO 
 
 
Nesta unidade, você pôde verificar que se tornar 
um agente público é possível para qualquer 
brasileiro, mediante algumas condições. 
Também foi capaz de descrever as diferenças de 
cargo e emprego públicos. 
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CURSO TÉCNICO EM SERVIÇOS 
PÚBLICOS 
GESTÃO DE PESSOAS 
 
Encontro n° 02 
 
Professor(a) Conferencista 
JOSE CARLOS PEREIRA