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2. dietoterapia

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DIETOTERAPIA
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Introdução
Dieta – corresponde à alimentação seguida por um indivíduo ou grupo de indivíduos.
Dietas – elaboradas com objetivo de atender às necessidades nutricionais , considerando-se o estado nutricional e fisiológico das pessoas e, em situações hospitalares, deve estar adequada ao estado clínico do paciente, além de proporcionar melhoria na sua qualidade de vida.
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Padronização – dietas adotadas pelo SND – objetiva => manutenção de um atendimento nutricional prestado.
Dietas de rotinas
Dietas nutricionalmente equilibradas que possibilitam a manutenção da saúde, sendo prescritas para aqueles que não necessitam de restrições em sua composição.
Podem sofrer modificações quanto a sua consistência, possibilitando melhor adaptação em períodos de maior dificuldade na aceitação alimentar ou em fases de transição relativamente curtas, adaptando-se a dieta às condições do indivíduo, como por exemplo, nos períodos pós-operatórios.
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		A prescrição dietética envolve várias etapas que se iniciam com:
a entrevista ao paciente,
anamnese,
avaliação do estado nutricional, 
a hipótese diagnóstica nutricional , 
a determinação da conduta alimentar,
a avaliação do grau de envolvimento da dieta nos resultados, 
a definição do nível de assistência e posteriormente,
a reabilitação nutricional.
		Para a prescrição de dietas orais, é importante:
a existência de um trato gastrointestinal íntegro,
condições de ingestão, digestão e absorção dos alimentos.
	 Estes devem ser adequados às respectivas patologias, ás condições físicas, obedecendo ás leis fundamentais da alimentação fixadas pelo Escudeiro, porém a dieta perfeita, do ponto de vista puramente fisiológico, nem sempre é a melhor.
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A sistematização do tratamento deve ser fixada em procedimentos e rotinas que possibilitam a padronização de conduta e de registros, o que é importante para a atividade de treinamentos. Isso permite a rastreabilidade, controle de processos e também adequação na obtenção de resultados.
Cabe ao nutricionista - (dietas normais, modificadas e especiais) providenciar a dieta que melhor atenda ao seu paciente.
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Dietas normais: elaboradas a partir do padrão de alimentação que permita assegurar a manutenção da saúde da população, onde podem ser consumidos todos os alimentos. São chamadas de dietas gerais, a partir das quais, pela modificação da consistência de alguns alimentos, facilitam a ingestão, digestão e absorção.
Dieta modificadas: dietas normais com acréscimo de PTN, calorias, e ou sem adição de sal mas que observam as mesmas formas de preparo de dietas normais.
Dietas especiais: possuem restrições em relação de algum nutriente.
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MODIFICAÇÕES DA DIETA
Quanto a consistência: livre – branda – pastosa –líquida-cremosa – líquida completa – líquida restrita ou líquidos claros.
Quanto a temperatura: fria – gelada – quente e morna.
Quanto ao volume: aumentado ou diminuído.
Quanto ao fracionamento: aumentado (6 ou + vezes ao dia) ou diminuído (< 4 vezes ao dia). 
Quanto as características químicas (por acréscimo, por retirada parcial ou por exclusão total) : normo – hiper e hipo.
Omissão de alimentos específicos. Ex: tomate, em caso de alergia.
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Dietas Normais - Modificadas na Consistência
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Dietas líquidos claros
Objetivo: fornecer líquidos e eletrólitos via oral para prevenir a desidratação, minimizar o trabalho do trato gastrintestinal e a presença de resíduos no cólon.
Indicação para uso: 
	- preparo e pós-operatório de cirurgias do trato gastrintestinal
	- após período de alimentação por via intravenosa
	- durante infecção grave e diarréia aguda
	- antes ou depois de procedimentos de diagnóstico
	- como primeiro passo na alimentação por via oral. 
	Deve haver precaução com o uso desta dieta naqueles pacientes apresentando disfagia com risco de broncoaspiração. 
	É indicada a progressão para uma dieta mais adequada logo que tolerada pelo paciente.
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Características: dieta altamente restritiva e nutricionalmente inadequada em todos os nutrientes.
Não deve ser utilizada por mais de que três dias, pois fornece uma quantidade limitada de quilocalorias, provenientes principalmente de carboidratos.
Inclui alimentos que são translúcidos, com baixa quantidade de resíduos e que são ou se transformam em líquidos á temperatura corporal.
Alimentos permitidos: água, chá claros, sucos coados claros e transparentes (ex: maçã e melão), caldos de carnes sem gorduras coados, gelatina clara.
Alimentos proibidos: leites e derivados, leguminosas, cereais, sucos de frutas, alimentos gaseificados, bebidas gaseificadas.
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Dieta líquida-completa
Objetivo: Fornecer uma dieta oral que seja bem tolerada por pacientes que não podem ingerir sólidos.
Indicação para uso: após cirurgias de cabeça e pescoço, em doenças agudas e para aqueles pacientes incapazes de tolerar alimentos sólidos ou com dificuldade de mastigação e deglutição.
Deve haver preocupação com o uso dessa dieta naqueles pacientes com risco de broncoaspiração (ex: disfagia).
É preferencialmente uma dieta de transição, e a progressão para alimentos sólidos deve ser completada tão rápido quanto possível.
Quando não haver condições de progressão e haver necessidades de ajustes na própria dieta, os suplementos industrializados com baixa quantidade de resíduos as fórmulas completas quimicamente definidas ou os módulos de nutrientes devem ser utilizados para melhorar a adequação nutricional.
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Uma dieta líquida é aquela que é composta totalmente por preparações líquidas. Neste tipo de dieta podem ser adicionadas substâncias que permaneçam dissolvidas. Ela objetiva fornecer os nutrientes de uma forma que exija um mínimo de esforço nos processos digestivos e absortivos, assim como, deseja impedir desconfortos abdominais.
Características: contém alimentos na forma líquida ou que se liquidifiquem a temperatura corporal.
É nutricionalmente inadequada.
Permite a adição de leite e derivados, ovos e cereais refinados.
Normalmente é hiperglicídica, normo ou hiperprotéica e normo ou hipolipídica, possui baixo valor calórico e fácil absorção.
Alimentos permitidos: sucos de frutas e vegetais coados; bebidas como chás e cafés; caldos coados de sopas preparadas com vegetais, cereais, carnes magras e sem peles, leites e bebidas lácteas ( ex: iogurtes); gorduras preferencialmente de origem vegetal e em pequenas quantidades (ex:óleos e margarinas, etc); gelatinas; água de coco; flans na forma líquidas.
Alimentos proibidos: bebidas gaseificas, sucos muito ácidos, etc.
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Dieta líquida cremosa
Essa dieta consiste de alimentos liquidificados com o objetivo de promover repouso gastrointestinal. É utilizada para pacientes com problemas mecânicos de deglutição e mastigação , para preparo de exames e no pré e pós-operatorio, também em caso de alteração da função intestinal.
Características: hiperglicídica, normo ou hiperprotéica, normo ou hipolipídica.
 Alimentos permitidos:
Todos os alimentos listados na dieta líquida e:
Sopa liquidificada (frango sem pele, carne magra, arroz ou massa, batata, chuchu, cenoura, moranga, etc);
Batida de leite com frutas não ácidas;
Flans;
Iogurtes na forma cremosa;
Mingau de amido de milho e trigo, farinha de aveia;
Ovo mole;
Caldo de feijão ou lentilha;
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Dieta pastosa
Objetivo: oferecer uma dieta que possa ser mastigada ou deglutida com pouco o nenhum esforço.
Indicações para uso: pacientes com dificuldades na mastigação ou deglutição devido a inflamação, danos neurológico, distúrbios neuromotores, retardo mental severo, doença esofágica, alterações anatômicas da boca ou esôfago, uso de prótese dentárias. Não é indicada a pacientes com risco de broncoaspiração. 
Características:
normal em todos o nutrientes. Os alimentos estão na forma de purê ou amassados, exceto se naturalmente macios.
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Alimentos permitidos:
Frutas todas cozidas amassadas ou liquidificadas, também na forma de sucos peneirados;
Vegetais cozidos em purês, liquidificados, sucos, na forma de souflês;
Arroz papa, que é aquele arroz no qual se adiciona mais água para que fique mais cozido que o normal;
Leites e derivados, (iogurtes, flans, pudins, cremes, requeijão, queijos cremosos, ricota, etc)
Carnes moídas ou desfiadas, ensopadas (peixe, frango ou gado);
Ovos quente, pochê, cozido, etc;
Pães e similares, somente o miolo, pão torrado, e bolachas salgadas/ doces, ou se preferir pode umedecer estes alimentos em leite, chás ou cafés; 
Sopas liquidificadas;
Gelatinas,
Gorduras preferencialmente de origem vegetal e em pequenas quantidades (ex:óleos e margarinas, etc);
Tubérculos (mandioca, batata, etc) na forma de purês; 
Feijão ou lentilha somente o caldo;
Morangas, abobrinhas em purês, etc 
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Dieta branda
Objetivo: fornecer uma dieta contendo o mínimo possível de fibras que não foram abrandadas pela cocção, e uma quantidade moderada de resíduos.
Indicação para uso: utilizada para transição entre uma dieta líquida e uma normal. Utilizada no pós-cirúrgico, em enfermidades do esôfago e para aqueles com dificuldades na mastigação ou deglutição, com uso de próteses dentárias, presença de gastrite e úlcera péptica.
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Característica: normal em todos os nutriente e isenta de alimentos flatulentos. Alimentos possuem consistência mais macia, abrandada pela cocção. 
Alimentos permitidos: pães moles, de forma, bolinhos cozidos ou assados moles, biscoitos sem recheio e gordura, pão torrado, cereais cozidos, arroz, massas em geral. Alimentos com centeio ou integral devem ser ofertados de acordo com a tolerância. As hortaliças devem ser todas cozidas e devem ser evitadas as flatulentas. Frutas todas cozidas. Leite e iogurte com pouca gordura. Carnes em gorduras, cozidas, ensopadas ou assadas. Ovos cozidos, pochê. Gorduras sem excesso.
Proibidos: frutas ácidas e cruas, verduras cruas e flatulentas, pães duros, biscoitos amanteigados e folhados, frituras, bebidas gaseificadas e alcoólicas, queijos gordurosos, carnes duras, empanadas, fritas, embutidos, condimentos em excesso, café preto. 
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DIETA LIVRE - geral
Normoglicídica, normoprotéica e normolipídica, balanceada, conforme o guia alimentar da Pirâmide e recomendações da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, indicada para indivíduos sem restrições a qualquer nutrientes.
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Modificada pelo equilíbrio de seus nutrientes
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DIETA HIPERCALÓRICA: rica em calorias. É usada para pacientes desnutridos, que perderam muito peso. Obs: não se deve utilizar frituras devido a sensação de saciedade que esta proporciona.
DIETA HIPOCALÓRICA: pobre em calorias. Usada em caso de obesidade. Evitar gorduras, açúcares e frituras e servir um menor volume de alimentos.
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DIETA HIPERPROTÉICA: rica em proteínas. Usada para pacientes desnutridos, com albumina baixa, com hipercatabolismo ex: pacientes politraumatizados, pós cirúrgico, com sepsemia, etc. Podem ser utilizados suplementos alimentares e alimentos como leite e derivados, carnes e derivados, ovos e feijões. 
DIETA HIPOPROTEÍCA: pobre em proteínas. Utilizada para pacientes renais , cirróticos, etc. Usar com moderação alimentos como carnes e derivados, leites e derivados, ovos e feijões.
DIETA APROTEÍCA OU SEM PROTEÍNAS: Utilizadas nas mesmas situações que a anterior, em casos no qual o paciente há risco de desenvolver um estado de coma, e deve ser evitado os mesmos alimentos.
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DIETA HIPERLIPÍDICA: rica em lipídios ou gorduras. Utilizadas para pacientes com Destruição Pulmonar Obstrutiva Crônica-DPOC. Deve ser utilizado óleos de origem vegetal, leite integral, margarinas, etc.
DIETA HIPOLIPÍDICA: pobre em lipídios. Utilizadas para pacientes com colesterol alto, pós cirúrgico de colicistectomia, em obesidade, hepatite, cirrose hepática, etc. Evitar ou usar com moderação alimentos ricos em gorduras como frituras, margarinas, bacon, nozes, amendoim, coco, abacate, creme de leite, gema de ovo e óleos vegetais, etc. 
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DIETA HIPERCELULÓSICA (rica em fibras): utilizada em caso de constipação. Utilizar frutas com casca, verduras cruas, pão integral, aveia, etc. Aumentar a oferta de líquidos.
DIETA HIPOCELULÓSICA (pobre em fibras): utilizada para pacientes que precisam de repouso gástrico. Caracteriza-se por ser pobre em em resíduos. Ex: diarréia.. evitar verduras, frutas alimentos integrais e aveia.
DIETA HIPOPURÍNICA: utilizadas para pacientes com hiperurecemia ou ácido úrico elevado. Alimentos que devem ser evitados são os miúdos, carnes e derivados, caldos concentrados de carne e feijão.
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DIETA PARA DESLIPIDEMIA: utilizada para pacientes que possuem colesterol e triglicerídios elevados. Devem ser evitados frituras, gema de ovo, linguiça, leite integral, frutos do mar, víceras, etc.
DIETA ISENTA DE GLÚTEM: utilizadas para pacientes que possuem intolerância ao glútem. Evitar alimentos que contenham trigo, aveia, cevada e centeio.
DIETA POBRE EM RESÍDUO: utilizada quando se quer promover pouco resíduo fecal. Deve-se evitar verduras e frutas inteiras, e evitar as cascas. Quando estes alimentos forem utilizados devem ser liquidificados e em quantidade mínima na dieta. Os cereais integrais não devem ser utilizados; evitar o uso de leites e derivados, manteigas e bacon, sementes e nozes; as carnes devem ser magras e preparadas de forma grelhadas ou cozidas.
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DIETA ELEMENTAR: dieta isenta de resíduos, produzida por produtos comerciais elaborada quimicamente e de fácil absorção. Ex: dieta enteral.
DIETA HIPOSSÓDICA: pobre em sal. Não deve ser utilizado caldo concentrados de carne, molhos prontos, salame, embutidos em geral, etc.
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Dietas normocalóricas e hiperprotéica
Objetivo: manter o estado nutricional de pacientes com grandes perdas ou auto catabolismo protéico.
Indicação para uso: pacientes adultos e idosos que não requerem modificações específicas no aporte calórico, porém com necessidades protéicas aumentadas (ex: obesos), com função renal normal.
Características: dieta nutricionalmente adequada, hiperprotéica. 
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Dieta hipercalórica e hiperproteíca
Objetivo: fornecer uma dieta com alto aporte calórico e protéico, para minimizar a resposta catabólica à injúria e maximizar a recuperação da desnutrição, a cicatrização de feridas e o combate à infecção.
Indicação para uso: pacientes que necessitam de maior aporte calórico e protéico. Ex: desnutridos pré e pós-cirúrgicos, queimados, politraumatizados, sépticos e outros. Os pacientes com dificuldade de ingestão de alimentos sólidos podem ter indicação de uso de suplementos industrializados e líquidos e ou de dieta via sonda.
Características: rica em quilocalorias e proteínas; normal em todos os outros nutrientes.
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Recomendações:
- Em pacientes desnutridos, introduzir a alimentação gradativamente.
- Iniciar as refeições com os alimentos mais protéicos.
- Os molhos e temperos podem auxiliar no aumento da ingestão alimentar, pois estimulam o apetite.
- No caso de dificuldade de ingestão de alimentos sólidos pode ser introduzidos o leite em pó adicional ou os suplementos proteícos em pó industrializados, misturados aos alimentos líquidos das refeições.
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Dieta hipocalórica e hiperprotéica
Objetivo: redução de peso corporal, melhorando os sintomas de doenças relacionadas a obesidade.
Indicação para uso: pacientes em tratamento pré-operatório de cirurgia para obesidade mórbida, obesos com diabetes mellitus descompensada e função renal normal.
Características: dieta reduzida em quilocalorias e rica em proteínas nutricionalmente
inadequada.
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Dietas com restrições de fibras e resíduos
Objetivo: minimizar a quantidade de resíduos remanescentes no intestino, produzidos pela digestão. Diminuir o peso e volume das fezes, além de prolongar o tempo de trânsito intestinal. Auxiliar no alívio da diarréia, prevenindo complicações, como a desidratação e a perda de peso.
Indicações para uso: na progressão da dieta de líquidos claros, nas diarréias agudas e crônicas. Na fase aguda das doenças inflamatórias intestinais (ex: colite ulcerativa, doença de crohn e diverticulite), no tratamento de obstrução ou esofageana parcial, nos casos de fístulas do tratogastrointestinal, no pré e pós-operatório de cirurgia do intestino grosso e em condições em que o movimento intestinal está contra-indicado.
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Característica: dieta normal em todos os macronutrientes, pobre em fibras e resíduos, pobre em lactose e sacarose, fracionada em seis refeições de pequeno volume, composta de alimentos de fácil digestão. São evitados alimentos flatulentos. O conteúdo total de fibras deve ser menor que 10g por dia.
Recomendações: observar a tolerância de sacarose, quando houver baixa tolerância a gordura, utilizar TCM, a progressão para uma dieta normal deve ocorrer o quanto mais rápido possível.
Em caso de dificuldade de controle de diarréia, pode haver necessidade da associação de fórmulas enterais nutritivas hidrolizadas.
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Dieta rica em fibras
Objetivo: promover aumento da excreção fecal e redução da pressão intracolônica.
Indicação para uso: obstipação intestinal, doença diverticular, treinamento intestinal para pacientes que sofrem de trauma da coluna espinhal.
Característica: normal em todos os nutrientes, acrescida de suplementos de fibra em pó industrializada. A recomendação usual de fibras da dieta é entre 20 a 35 g por dia, ou 10g para cada 1.000 Kcal. Uma dieta rica em fibras corresponde a uma ingestão acima de 25g de fibras por dia.
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Recomendações: O teor de fibras deve ser aumentado gradativamente na dieta, para evitar flatulência e distensão abdominal. Esses sintomas podem ocorrer conseqüente à produção de ácidos graxos voláteis, comuns quando há aumento repentino de fibras na dieta.
Concomitante ao aumento de fibras na dieta deve haver aumento um aporte adequado de líquidos.
Ingestões muito elevadas de fibras (>35g/dia) pode levar a perda de minerais, como cálcio, zinco, magnésio, ferro e cobre, através das fezes. Desta forma, é recomendado não ultrapassar estes valores.
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Dieta isenta de lactose
Objetivo: fornecer uma dieta que elimine todas as fontes de lactose.
Indicações para uso: manejo de deficiências genéticas de lactase, danos na mucosa intestinal resultantes da desnutrição, síndrome do cólon irritável, enterite regional, colite ulcerativa, gastroenterite, ressecação do intestinal delgado, doença celíaca.
Característica da dieta: contém alimentos sólidos e líquidos, isentos de lactose. Pode não conter quantidades suficientes de proteínas, cálcio e riboflavina.
Recomendações: os rótulos devem ser lidos com atenção para determinar a presença e a quantidade de lactose no alimento.
Alguns pacientes podem apresentar tolerância à quantidades de lactose.
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Dieta pobre em lipídios (hipolipídica)
Objetivo: aliviar sintomas da diarréia, esteatorréia, flatulência e dor abdominal, conseqüentes à incapacidade de digestão e absorção de gorduras.
Indicação para uso: tratamento de doença hepáticas, pancreáticas e da vesícula biliar, em síndromes desabsortivas com prejuízo na absorção, utilização e transporte da gordura proveniente da dieta. Ex: HIV, pancreatite crônica, ressecção intestinal e doença de Crohn com má absorção de gordura.
Características: é recomendada uma restrição de até 40g de gordura por dia. Esta restrição não é baseada na composição de ácidos graxos ou nos níveis de saturação, pois a dieta não tem o objetivo primário de reduzir os níveis de lipídios séricos. Os alimentos formadores de gases são evitados por não serem bem tolerados . Os módulos de TCM podem ser introduzidos como substitutos dos TCL.
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Dieta pobre em TCL, com adição de TCM
Objetivo: melhorar a digestão, a absorção e a utilização da gordura da dieta.
Indicação para uso: ressecção intestinal, deficiência de sais biliares, doença de íleo com esteatorréia, insuficiência pancreática, fibrose cística, doença hepática, esteatorréia idiopática, deficiência congênita de beta-lipoproteínas, obstrução biliar, doença de Whipple.
Características: dieta pobre em lipídios, com adição de módulos de TCM, como substitutos da gordura, com objetivo de melhorar a adequação nutricional e o sabor dos alimentos.
Devem ser evitados: chocolates, pudim contendo coco, nozes e outras oleogenosas, sorvetes cremosos, pastelarias, margarinas, manteiga, azeitona e bacon. O aumento do aporte de TCM deve ser gradativo afim de evitar náuseas, vômitos, distensão abdominal e diarréia.
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Dietas rica em lipídios (hiperlipídica)
Objetivo: evitar excesso de produção de CO2, reduzir o quociente respiratório e a demanda respiratória.
Indicação para uso: na insuficiência respiratória decorrente da dificuldade de normalização dos níveis plasmáticos de VCO2 e de VO2.
Características: normocalórica, hiperlipídica, normoproteíca, adequada em minerais e vitaminas.
Recomendações: o aumento da ingestão de lipídios pode resultar em esvaziamento gástrico lento, com conseqüente distensão abdominal. No caso de presença desses efeitos colaterais, aumentar gradativamente a ingestão de lipídios. A dieta não é indicada para uso prolongado, principalmente para pacientes com risco ou presença de dislipidemia. 
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Dieta isenta de glúten
Objetivo: remissão de sintomas clínicos, normalização da função absortiva e regeneração das microvilosidades,ou prevenção de sintomas intestinais e deficiência nutricionais secundárias à ma-absorção.
Indicação para uso: doença celíaca, também denominada enteropatia induzida pelo glútem, espru tropical ou espru celíaco. Nessa doença ocorre sensibilidade as prolaminas, uma fração protéica encontrada no trigo (gliadina), centeio (secalina) e cevada (hordeína), e seus subprodutos. Também utilizadas nos casos de dermatite herpetiforme (uma manifestação da doença celíaca envolve a pele).
Características: nutricionalmente adequada desde que os cereais excluídos sejam substituídos por outros, garantindo o aporte adequado de vitaminas do complexo B, ferro, proteína e fibras. Quando houver intolerância a lactose e má absorção, associar uma dieta isenta de lactose e a adição de módulos de TCM, com suplementação de vitaminas lipossolúveis , vit. B12, ferro, folato e cálcio.
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Dietas de prova
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ROTINA PARA DIETAS DE PROVA
É aquela realizada antes da execução de alguns exames necessários à formação do diagnóstico e controle clínico do paciente.
EXAME GORDURA FECAL
Determina a quantidade de gordura perdida nas fezes\esteatorréia, sinal de má digestão e má absorção de gordura;
Determinação da gordura fecal período de 7 dias e a coleta feita nos últimos 3 dias;
Oferta lipídica aumentada;
Perda normal: lactentes menor 2g\dia
 2 a 6 anos menor 5g\dia
 adolescentes\adultos menor 6g\dia
INTERPRETAÇÃO DA GORDURA FECAL
Gramas de gordura fecal\24h=(0,02 x g de gordura da dieta\24horas) + 2,93
Se houver perda de gordura nas fezes, o excedente do normal será multiplicado por 9 kcal, determinando-se, então, o gasto energético perdido devido à esteatorréia.
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EXAME EXCREÇÃO DO NITROGÊNIO FECAL
Determinar eventuais perdas PTN;
Perda normal até 2g\dia;
Quantidade excedente X 6,25 = quantidade g\ptn perdida X 4 kcal = calorias protéicas perdidas nas fezes;
Deficiência de niacina menor absorção de ptn e má absorção
de gorduras;
ENEMA OPACO OU PREPARO DE CÓLON
Objetiva o esvaziamento total do cólon, sem deixar quantidade de resíduo;
Período de 3 dias, e o exame realizado no 4 (quarto) dia, com paciente em jejum;
Primeiro dia: dieta pastosa sem resíduos;
Segundo dia: semi-líquida sem resíduos;
Terceiro dia: líquida sem resíduos (a ingestão de líquidos deve ser aumentada).
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RETOSSIGMOIDOSCOPIA
Deixar o mínimo de resíduo alimentar nas porções baixas do intestino grosso;
Ofertar ao paciente uma dieta líquida sem resíduos na véspera do exame e, no dia do exame, o paciente deverá ficar em jejum.
SERIOGRAFIA GASTRINTESTINAL
Investigação : divertículo, C.A, megacólon, colite ulcerativa, etc;
Dieta líquida: 3 dias anteriores ao exame;
Dia do exame: jejum;
Após exame: constipação pelo contraste do Bário (dieta laxativa).
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EXAMES DA VESÍCULA BILIAR
Evitar formação de gases provocados por alimentos flatulentos;
Evitar resíduos alimentares e o efeito colinético (libera acetilcolina) das gorduras;
Véspera: dieta isenta de resíduos, hipofermentativa e hipolipídica;
Dia do exame: jejum
ALIMENTOS PERMITIDOS
Chá
Limonada
Bolacha
Arroz
Abóbora
Abobrinha
Cenoura,chuchu
Carnes magras
Clara de ovo
Pêra
Maça
Mel
Maisena
Outros que contenham pouco resíduo.
ALIMENTOS PROIBIDOS
Café
Refrigerante
Leite e derivados
Bolacha doce
Leguminosas
Flatulentos
Doces
Massas
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LAPAROSCOPIA
A cavidade abdominal é observada por um orifício próximo ao umbigo por onde introduz-se um oscópio;
Manter o mínimo de resíduo alimentar;
Véspera: sem resíduos e após , jejum;
Alimentos permitidos e proibidos são os mesmos do exame de vesícula.
COLONOSCOPIA
Observar todo o cólon (tumores, inflamações,pólipos)
Objetivo: esvaziamento do cólon;
Véspera: dieta liquida sem resíduos
Ingesta hídrica aumentada;
Dia exame: lavagem intestinal com água morna.
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SANGUE OCULTO NAS FEZES
Manifesto não visível a olho nu, de hemorragia digestiva;
Carnes e certos vegetais devem serem retirados;
Período de preparo: 4 dias
Dieta isenta de alimentos com hemoglobina, mioglobina ou ricos em clorofila, assim como qq.medicamento com sais de ferro;
ALIMENTOS PROIBIDOS
CARNES (vermelhas e brancas) e derivados;
VEGETAIS : rabanetes, nabo, beterraba, cenoura, abóbora, e os clorofilados: espinafre, alface, etc.;
FEIJAO
GEMA DE OVO;
BANANADA E GOIBADA;
MEDICAMENTOS À BASE DE FERRO;
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DOSAGEM DE ÁCIDO VANIL-MANDÉLICO URINÁRIO
determinação quantitativa deste metabólico da catecolamina na urina, sendo importante no diagnóstico de algumas alterações da medula da supra-renal;
período: 7 dias
alimentos retirados : café, chá, mate, chocolate, sorvete, pudins, flans, banana, baunilha e frutas cítricas (aumentam os ácidos fenólicos)
CINTILOGRAFIA DA TIREÓIDE
Projeção de imagem da tireóide permite a localização de sítios de acúmulo de iodo radioativo;
Período: 7 dias
Alimentos retirados: peixes, alimentos do mar, em geral, brócolis, agrião, etc.
OUTROS
prova da renina;
curva de eliminação de fósforo;
prova de sobrecarga de cálcio;
prova de controle da tiramina.

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