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AÇÃO PAULIANA plano de aula 03 caso concreto 02 pratica V

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO, DA XX VARA CÍVIL DA COMARCA DE MACAÉ
GERSON, Brasileiro, solteiro, médico, inscrito pelo CPF XXXXXXXXXXXXXX, E-mail: XXXXXXXXXXX@XXXXX, residente e domiciliado na RUA/Nº/CEP: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, Vitoria/ES. Representado pelo seu Advogado:XXXXXXXXXXXX, OAB/XX XXXXXXXXXX, domiciliado a rua XXXXXXXXXXXXvem, mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado, 
PROPOR, PELO RITO COMUM, AÇÃO PAULIANA/REVOCATÓRIA PARA ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO GRATUITO,
EM FACE DE: BERNARDO, viúvo, nacionalidade XXXXXXXXXX, Profissão XXXXXXXXX, CPF XXXXXXXXXXXXX, E-mail: XXXXXXXXX@XXXXX, residente e domiciliado na RUA/Nº/CEP XXXXXXXXXXX, Salvador/BA. 
Conforme art.114 do NCPC, com Legitimação Passiva necessária unitária de JANAINA, menor, nacionalidade XXXXXXXXXX, Profissão XXXXXXXXX, CPF XXXXXXXXXXXXX, E-mail: XXXXXXXXX@XXXXX, residente e domiciliado na RUA/Nº/CEP XXXXXXXXXXX, Salvador/BA, filha de Bernardo, PELOS MOTIVOS QUE PASSA A EXPOR:
I. DAS PRELIMINARES
I.II. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA
Requer o Autor, nos termos da lei nº 1.060 de 1950, que lhe seja deferido os benefícios da justiça Gratuita, tendo em vista em que o mesmo não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio.
I.III. DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
É competente o presente foro para a propositura da presente ação, haja vista, que refere-se a ação pessoal, sendo, conforme art. 50 NCPC o domicílio do menor incapaz competente para julgar o feito. 
II. DOS FATOS
Ocorre que o Autor, é legítimo credor quirografário de Bernardo, conforme se extrai da nota promissória emitida em favor do mesmo no valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais), vencida em 10 de outubro de 2016, acostada aos autos. O cerne da ação está no fato de que Bernardo, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento da mesma, fizera uma doação, de seus dois imóveis, um localizado em na cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares, ambos no Espírito Santo, no valor de R$ 300.000,00, para sua filha Janaina, menor impúbere, residente em Macaé /RJ, com sua genitora, com estabelecimento de cláusula de usufruto vitalício em favor do próprio Executado, além da cláusula de incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais. Cumpre ressaltar que as dívidas de Bernardo já ultrapassam a soma de R$ 400.000,00, e o imóvel doado para sua filha encontra-se alugado para terceiros.
III. DO MÉRITO
III. I. DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
Excelência, o negócio jurídico do caso ora sob análise, não deixa dúvidas sobre passividade de anulação, visto tratar-se de patente meio ilícito utilizado pelo devedor com o fito de resguardar os imóveis de uma possível execução judicial, proveniente, pois, das inúmeras dívidas que o Réu possui. Tanto é que as doações se deram, de modo impudico, acrescente-se, logo após o vencimento da dívida contraída, tornando-se insolvente. Restando em nítida fraude contra os credores, sujeitando-se, assim, a anulação das transações, em consonância ao que dita o artigo 158 do código civil pátrio. Nesse sentido:
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. (CC)
Cumpre ressaltar que o negócio jurídico também está eivado do vício de nulidade, haja vista a flagrante simulação da doação ocorrida a menor impúbere, com o estabelecimento de cláusula de usufruto vitalício para o Réu, mantendo este, o domínio de fato sobre os bens, e que outro objetivo não seria tal cláusula, senão burlar a justiça e os direitos dos credores, Nesse sentido expõe o artigo 171, II do CC:
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
II – por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Hipóteses de anulabilidade. Dispõe o artigo 171 que o negócio jurídico será anulável (a) nos casos expressamente declarados em lei (caput), (b) quando celebrado por relativamente incapaz (inc. I) ou (c) por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores (inc. II). A nulidade pode ser inferida pela violação de preceitos legais ou pela prática de atos expressamente vedados por lei. Em tais situações, sequer é necessário que a lei expressamente mencione a consequência da nulidade para que ela possa ser reconhecida. A anulabilidade, por sua vez, deve decorrer sempre e explicitamente da lei. Se não houver previsão legal expressa reconhecendo a anulabilidade do negócio jurídico diante de algum defeito, não será o caso de anulabilidade. É o que ocorre, por exemplo, com os relativamente incapazes. O relativamente incapaz não se encontra impedido de praticar negócios jurídicos por si só. Na incapacidade relativa há uma mera limitação em sua plena capacidade de discernimento, o que lhe permite externar sua vontade, ainda que mediante uma notória situação de fragilidade frente às demais pessoas. Por essa razão, essa situação de fragilidade lhe permite anular o ato que tenha praticado, desde que não o faça por má-fé (CC, art. 180). Além disso, os vícios de vontade e os defeitos sociais do negócio jurídico (erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores) também importam em sua anulabilidade, conforme expressamente estabelece o inc. II do artigo 171.
Coisa julgada: 
TJRJ- ACÓRDÃO
- 0225191-41.2012.8.19.0001 - APELAÇÃO
Ementa
FERDINALDO DO NASCIMENTO - DÉCIMA NONA CÂMARA CÍVEL
Apelação cível. Anulação da escritura de compra e venda do imóvel. A ação pauliana é uma demanda ajuizada pelo credor para invalidar negócios jurídicos fraudulentos realizados pelo devedor. Fraude contra credores. A alienação do bem para a empresa LIVI ocorreu quando já estava configurado o estado de insolvência da Decta, eis que tal situação foi reconhecida pela própria demandada, através dos embargos à execução opostos em outro processo, onde afirma categoricamente a existência de dívidas com inúmeras instituições financeiras, pedido de falência, aumento de seu passivo financeiro, dezenas de ações judiciais, etc. Não havendo condenação, os honorários advocatícios devem ser arbitrados na forma do §4º do artigo 20 do CPC, consoante apreciação equitativa do juiz, observados a dedicação, o zelo, o trabalho realizado pelo profissional, bem como o tempo exigido para tal. Reforma parcial da sentença
IV . DOS PEDIDOS 
Por todo o exposto, uma vez constatado a efetiva anulabilidade do negócio jurídico celebrado, requer o Autor : 
I. A declaração anulatória do negócio jurídico gratuito que ocorrera no caso aqui discutido, tendo em vista o claro objetivo de fraudar o direito do credor ora Autor, nos termos do artigo 15 8 do CC; 
II. Do reconhecimento do título extrajudicial que deu início a ação proposta, por ocorrência de sua quantia certa , líquida e exigível, em atendimento ao que dispõe o artigo 784, II do C P C ; 
III . Deixar expresso a possibilidade receber as quantias relativas aos alugueis dos imóveis até que o corra o efetivo pagamento total do débito, qual seja o montante de R $ 80.000,000 (oitenta mil reais), como é sabido, tais bens encontram-se alugados e rendendo frutos financeiros ao Ré u ; 
 IV . Protestar em provar o a legado por todos os meios de prova s em direito admitidos, estando já em poder do título executivo extrajudicial devidamente assinado pelo devedor, acostado aos autos; 
V. Deixar expresso a possibilidade para audiência de mediação e conciliação ; 
VI. Honorários advocatícios em 20% sobre o valor da causa. 
VII. O deferimento do pedido de justiça gratuita, visto que o mesmo é pobreno sentido jurídico do termo. 
VIII. Intervenção do Ministério Público conforme (art. 82, I do CPC);
DAS PROVAS:
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, testemunhal e o depoimento pessoal dos Réus, sob pena de confissão.
DO VALOR DA CAUSA: R$....... (artigo 292,II).
Local e data.
Advogado
OAB

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