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Verificação de Sinais Vitais

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Técnicas para a verificação de Sinais Vitais 
 
7.1. Temperatura 
A temperatura indica o nível de calor a que chega o corpo. A temperatura normal do corpo e mantida pelo 
equilíbrio entre a produção e eliminação de calor. O calor e gerado por processo metabólico e é distribuído no 
organismo pelo sangue por meio dos vasos sanguíneos. 
O organismo perde calor por radiação e condutibilidade da pele, por evaporação do suor, por evaporação 
pulmonar, pelo ar inspirado. Pela urina pelas fezes e pela saliva. 
Há alguns fatores que alteram a temperatura: 
 
7.1.1. Fatores fisiológicos 
Método de verificação: 
 Axilar 
 Bucal 
 Retal 
Hora da verificação: 
 Mais baixa pela manha 
 Mais alta ao anoitecer 
 Eleva-se mediante a atividade física e processo digestivo 
Idade do cliente: 
 Mais variável em crianças e idosos 
 Mais baixa durante o sono e repouso 
 
7.1.2. Fatores patológicos que aumentam a temperatura 
 Processos inflamatórios 
 Processos infecciosos e outros 
 
7.1.3. Fatores patológicos que diminuem a temperatura 
 Choque 
 Drogas depressoras do sistema nervoso central 
 Tumor cerebral e outros 
 
7.1.4. Variações da temperatura 
Acima do normal: 
 
Estado febril 37,5 a 38,0°C 
Febre 38,0 a 39°C 
Pirexia 39,0 a 40,0°C 
hiperpirexia 40,0 a 41,0°C 
 
7.2. Definição de febre 
A febre é a modificação patológica da temperatura. É uma reação do organismo diante de 
determinada agressão que pode ser de origem infecciosa, neurológica, desidratação ou tóxica. 
 Infecciosa: agente infeccioso. 
 Neurogênica: por algum tipo de lesão nervosa. 
 Desidratação: redução ou perda de água no organismo. 
 Tóxica: liberação de elementos tóxicos ao organismo. 
Abaixo do normal: 
 Hipotermia: abaixo de 35,0°. 
 
7.2.1. Classificação da febre 
 Continua: não há grandes oscilações diárias, mantêm-se em um mesmo nível. 
 Remitente: há oscilação diária. 
 Intermitente: há elevação e quedas bruscas de temperatura. 
 Recorrente: manifesta-se geralmente as mesmas horas aparecendo e desaparecendo com intervalo de 
dias e semanas. 
 Ondulante: alterna períodos de febre e sem febre. Esses períodos variam de dois a três dias. 
 
7.2.1.1. Material necessário para verificação da temperatura 
 Bandeja contendo: 
 01 recipiente com algodão seco 
 01 recipiente com álcool a 70% 
 01 recipiente para algodão usado 
 Caneta e papel para anotações 
 01 termômetro 
 
7.3. Técnicas para a verificação da temperatura 
 
7.3.1. Axilar 
Esta técnica é contra-indicada nas queimaduras de tórax fraturas de membros superiores, pacientes muito 
magros e lesões axilares. 
 
 Técnica 
 Enxugar a axila do paciente ou orientá-lo a fazer. 
 Verificar se a coluna de mercúrio esta abaixo de 35° em casos de termômetros não digitais. 
 Colocar o termômetro na axila de forma que fique o bulbo em contato com a pele. 
 Pedir para que o paciente comprima o braço de encontro ao corpo, de preferência colocando a mão no 
ombro oposto. 
 Após cinco minutos retirar o termômetro. 
 Fazer a leitura. 
 Anotar o valor da temperatura. 
 Limpar o termômetro com algodão embebido em álcool. 
 Desprezar o algodão sujo. 
 
7.3.2. Oral ou Bucal 
Esta técnica somente é indicada quando os termômetros são individuais e quando não houver contra-
indicações, como: intervenções cirúrgicas na boca, inflamações na boca, pacientes inconstantes, crianças. 
 
 Técnicas 
 Verificar se a coluna de mercúrio esta abaixo de 35°C, nos casos de termômetros não digitais. 
 Colocar o termômetro embaixo da língua do paciente. 
 Solicitar que o paciente cerre os lábios, firmando o termômetro no canto da boca. 
 Deixar o termômetro por cinco a sete minutos. 
 Retirar o termômetro e registrar a temperatura. 
 Limpar o termômetro com álcool a 70% e guardá-lo junto aos artigos do paciente. 
 
7.3.3. Retal 
É o mais eficiente entre os métodos de verificação de temperatura. Usado nos casos de impossibilidade de 
utilizar a técnica bucal e axilar. O termômetro deve ser de uso individual. 
É contra-indicado em pacientes que sofreram cirurgia retal, perincal e inflamações no reto e ânus. 
 
 Técnica 
 Colocar o paciente na posição de Sims – decúbito lateral esquerdo com perna direita flexionada. 
 Lubrificar a ponta do termômetro. 
 Introduzir a ponta no reto. 
 Retirar o termômetro após cinco a sete minutos. 
 Fazer a leitura da temperatura. 
 Lavar o termômetro com água e sabão. 
 Passar álcool a 70% sob o termômetro e guardá-lo junto aos artigos do paciente. 
 A temperatura também pode ser verificada na região inguinal, sob o queixo e o joelho, pois é o mesmo 
método da temperatura axilar; varia o local. 
 
7.4. Pulso 
O pulso é verificado na artéria radial, pediosa, temporal e carótida. Basta tocar nos pontos anatômicos 
corretos para verificar o pulso do paciente. As artérias mais comuns para verificar o pulso são a temporal, 
facial, carótida, braquial, umeral, radial, cubital, femural, poplítea, pediosa e tibial posterior. 
Há fatores fisiológicos que afetam o pulso normal, como: emoções, exercícios e fatores patológicos, como 
febre, lipotímia, que aumentam ou diminuem a freqüência cardíaca. 
Quadro 4 – Freqüência Cardíaca em Homem, Mulher, Criança e Lactantes. 
 
Tabela de Freqüência Cardíaca 
Homem 60 a 70 batimentos por minuto 
Mulher 65 a 80 batimentos por minuto 
Criança 120 a 125 batimentos por minuto 
Lactantes 125 a 130 batimentos por minuto 
 
7.4.1. Alteração na freqüência cardíaca 
 Bradisfigmia: pulso lento com menos de 60 batimentos por minuto. 
 Taquisfigmia: pulso rápido com mais de 120 batimentos por minuto. 
 
7.4.2. Ritmo cardíaco 
O ritmo cardíaco é uniforme e com intervalos iguais. Quando há alterações, 
ocorrem as arritmias cardíacas. 
O ritmo do pulso pode ser: 
 Regular: os batimentos cardíacos são uniformes. 
 Irregular: os batimentos cardíacos não são uniformes. 
 
7.4.3. Volume do pulso 
O volume do pulso pode variar entre amplo e cheio ou pequeno e vazio. É 
caracterizado de acordo com a intensidade das contrações cardíacas. 
 
7.4.4. Tensão das artérias 
 No pulso de tensão alta a artéria é dura, difícil de ser comprida. 
 No pulso de tensão baixa a artéria é mole, fácil de ser comprida. 
 
 Técnica 
 Manter o paciente em posição confortável, deitado ou sentado. 
 Apoiar o braço, se o pulso verificando for o radial. 
 Colocar o dedo indicador e anular no local e pressionar levemente, sem comprimir o local. Não usar o 
dedo polegar, pois sua pulsação pode ser confundida com a do paciente. 
 Contar o numero de batimentos do pulso em um minuto. 
 Comunicar qualquer alteração no ritmo cardíaco. 
 Anotar a freqüência e o ritmo cardíacos. 
 
7.4.4.1. Técnica de verificação do pulso apical 
 Colocar o diafragma do estetoscópio diretamente sobre a pele do paciente no hemitórax esquerdo, 
aproximadamente a leitura do apêndice xifóide. 
 Contar os batimentos cardíacos em um minuto. 
 Anotar a freqüência e o ritmo cardíacos. 
 
7.4.4.2. Técnica de verificação do pulso Apical – Radial 
O pulso apical-radial deve preferencialmente ser verificado por duas pessoas simultaneamente em um mesmo 
relógio, sendo realizada a contagem do numero de batimentos cardíacos em um minuto. 
 
7.5. Respiração 
É a troca de gazes entre o organismo e o meio ambiente que consiste basicamente na absorção de oxigênio, 
inspiração que permite a entrada de oxigênio nos pulmões, e a eliminação de gás carbônico, expiração que 
permite a saída do ar contido nos pulmões. 
A respiração pode ser costal superior (mulher), costal inferior (homem) e abdominal ou diafragmática (criança). 
Quadro 5 – Freqüência Respiratória em Homens, Mulher 
Criança e Lactante. 
Tabela de Freqüência RespiratóriaHomem 15 a 20 movimentos por minuto 
Mulher 18 a 20 movimentos por minuto 
Criança 20 a 25 movimentos por minuto 
Lactantes 30 a 40 movimentos por minuto 
 
7.5.1. Alteração na freqüência respiratória 
 Taquipnéia: freqüência respiratória rápida e superficial 
 Polipnéia: freqüência respiratória aumentada e superficial 
 Hiperpnéia: freqüência respiratória aumentada e profunda 
 Bradipnéia: freqüência respiratória lenta e com profundidade normal. 
 Oligopnéia ou hipopnéia: freqüência respiratória lenta e superficial. 
 Espanopnéia: freqüência respiratória lenta e profunda. 
 
7.5.2. Ritmo 
O ritmo pode ser normal e uniforme, nos casos de indivíduos sadios, chamado eupnéia, ou pode ser anormal, 
como descrito em seguida: 
 Apnéia: parada respiratória 
 Cheyne-Stokes: respiração que apresenta períodos de dispnéia, Bradipnéia e Apnéia. Os movimentos 
respiratórios aumentam e diminuem, e após uma pausa o ciclo reinicia. As fases de Taquipnéia duram 
cerca de 30 segundos. 
 Kusmaul: é a respiração profunda mais típica, caracterizada por uma inspiração mais profunda e 
ruidosa, seguida de pausa, depois uma breve e queixosa expiração, seguida de nova pausa. 
 Biot: respiração periódica caracterizada pela presença de períodos de Apnéia de duração variável de 
ate 30 segundos. Pode ser repetida em intervalos regulares e irregulares. 
 Dispnéia: dificuldade de respirar. O paciente apresenta-se cianótico, como a pele em tom cinza-azulado 
que se manifesta inicialmente em torno dos lábios e se estende para toda a periferia de mãos, pés e 
corpo todo. 
 Ortopnéia: tem a possibilidade de respirar na posição sentada. 
 
 Técnica 
 Manter o paciente sentado ou deitado no leito. 
 Ser natural, não deixando que o paciente perceba que sua respiração esta sendo contada, pois pode 
causar-lhe ansiedade. 
 Observar quando o tórax sobe e desce ou os movimentos do abdômen e contar durante um minuto. 
 Anotar o numero de movimentos respiratórios por minuto. 
 
7.6. Pressão Arterial 
Definida como a pressão exercida nas paredes dos vasos sangüíneos pelas forças de contratilidade do músculo 
cardíaco que bombeia o sangue. 
Os fatores que determinam o grau de tensão sobre os vasos são: 
 Força de contração do músculo cardíaco. 
 Elasticidade das paredes arteriais. 
 Resistência vascular periférica. 
 Quantidade de sangue circulante. 
 Viscosidade sangüínea. 
 
Alguns fatores fisiológicos que modificam a pressão arterial são: 
 Idade 
 Sexo 
 Digestão 
 Postura 
 Drogas 
 
Já os fatores patológicos que modificam a pressão arterial são: 
 Convulsões 
 Arteriosclerose 
 Aumento da pressão intracraniana 
 Hemorragia 
 Choque 
 Doenças infecto-contagiosas 
 
Quadro 6 – Tabela de Variação de Pressão. 
Pressão arterial elevada (hipertensão) 150X110 mmhg 
Pressão arterial baixa (hipotensão) 100X60 mmhg 
Pressão convergente (máxima e mínima se aproximam) 120X90,5 mmhg 
Pressão divergente (máxima e mínima se distanciam) 120X40 mmhg 
 
Locais para a verificação da pressão arterial. 
 Braço: artéria braquial. 
 Perna: artéria pediosa. 
 Coxa: artéria poplítea. 
 
Equipamentos usados para a verificação da pressão arterial: 
 Esfignomamômetro: aparelho constituído de manômetro de mercúrio graduado em mmhg e manguito 
com conexão de uma pêra de borracha munida de um parafuso por onde penetra e sai o ar. 
 Estetoscópio clinico. 
 Observação: Atualmente existem aparelhos digitais em uso. 
 
 Técnica 
 Orientar o paciente quanto ao procedimento. 
 Preparar o aparelho. 
 Colocar o paciente sentado ou deitado em posição confortável 
 Apoiar sempre o braço aproximadamente na altura do coração. 
 Levantar a manga, deixando o braço descoberto. 
 Ajustar o manguito ao braço acima do cotovelo. 
 Sentir a pulsação da artéria braquial com as pontas dos dedos na parte anterior da articulação do 
cotovelo do paciente. 
 Limpar as olivas do estetoscópio com álcool a 70% antes de colocar nos ouvidos. 
 Colocar sobre a artéria braquial do paciente o diafragma e estetoscópio. 
 Fechar a valvular de ar e insuflá-la rapidamente ate que o movimento indique 200 mmhg 
aproximadamente. 
 Abrir lentamente a válvula e observar no manômetro o numero correspondente ao primeiro ruído – 
pressão sistólica máxima. 
 Observar o numero correspondente ao ultimo som em que ouve modificar e registrar – pressão 
sistólica máxima. 
 Observar o numero correspondente ao ultimo som em que ouve modificação e registrar – pressão 
diastólica mínima. 
 Nos casos de duvida, verificar novamente. 
 Desprender o manguito. 
 Anotar os valores pressóricos verificados. 
Elaborado por: 
Edwallace Amorim 
Aracaju - Sergipe - Brasil

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