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Resumo Clínica de Aves e Suínos (até micotoxicoses)

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PNSA É o Programa Nacional de Sanidade Avícola. 
 	 Existem quatro doenças de notificação obrigatória: Salmonella, Micoplasmose, Doença de New Castle e Influenza Aviária. Destas, todas tem potencial zoonótico menos a Micoplasmose. A Influenza é exótica no Brasil. 
	 Caso uma produção tenha suspeita de uma dessas doenças deve ser avisado imediatamente para o MAPA, que em até 24 horas irá enviar um veterinário oficial até o local. Serão colhidas amostras e enviadas para um laboratório credenciado. 
 	Existem duas possibilidades, ou a doença será positiva ou negativa. Se caso for positiva o laboratório avisa o veterinário oficial, o qual avisa o MAPA que, por sua vez, irá acionar a OEI. O veterinário oficial determinará as medidas que serão tomadas pela granja: sacrifício sanitário (vala) de todo o lote seguido de limpeza, lavagem, desinfecção e vazio sanitário. 
	Em caso negativo o laboratório avisa o veterinário oficial e este permite que a granja siga normalmente com a produção. 
DOENÇAS DAS AVES
SALMONELOSE 
São 2 tipos que afetam as aves: Salmonella Pullorum – Pulorose e Salmonella Gallinarum – Tifo. E 2 que afetam os humanos: Salmonella Typhimurium e Salmonella Enteritidis – Paratifo. 
A Salmonela possui tanto transmissão vertical (S.Pullorum e Paratifes) quanto transmissão horizontal. 
Na Pulorose é observado diarreia branco amarelada, material branco ao redor da cloaca e pico de mortalidade entre 2 a 3 semanas de vida. 
Na Tifo são acometidas aves jovens e adultas, observa-se diarreia esverdeada e problemas reprodutivos devido ao fechamento do infundíbulo que faz com que o folículo ovariano caia na cavidade celomática (postura intra abdominal). Uma dica para saber se a ave está sendo afetada por esse tipo de salmonela é ver se ela esta madura sexualmente. A mortalidade é de 100% 
Para se fazer o diagnóstico usamos diversos testes, para triagem o melhor é a Soroaglutinação rápida em placa usando sangue total. Para melhor confirmação optamos pela Bacteriologia, feita em órgãos como baço, fígado, coração, ovário, conteúdo cecal e saco da gema. 
 	São observadas alterações como:
Fígado perihepatite, hepatomegalia (até 5x), nódulos branco amarelado
Coração pericardite 
Ovário degeneração dos folículos ovarianos com conteúdo caseoso
O teste Elisa pode ser usado porém, esse não distingue Pulorose e Tifo. Os Swabs de caixa são uma possível opção. 
Na parte de prevenção e controle é possível fazer uma exclusão competitiva com uso de probióticos. Nela os sítios de ligação para micro-organismos no intestino são ocupados por micro-organismos benéficos advindos do probiotico, impedindo que o patógeno se ligue e não cause as doenças. São acrescentados na dieta das aves. 
É possível vacinar as aves com vacinas vivas atenuadas para Salmonella Gallinarum e vacina inativada para Salmonella Enteritidis. 
O MAPA determina que todas as aves de elite, bisavós e avós com salmonela devem ser abatidas e terem os ovos sacrificados. Nas matrizes são abatidas as aves contaminadas pela Salmonella Gallinarum e Pullorum. Se contaminadas com S. Enteritidis ou Typhimurium é feito o cancelamento da certificação de livre, são tratadas com antibiótico e considerado controlado somente quando se tem resultados negativos e reforço de medidas de biosseguridade. 
Micoplasmose 
 	Existem três tipos de micoplasma: Gallisepticum – Doença Crônica Respiratória das Galinhas, Sinusite Infecciosa dos Perus e se associada à E. Coli causa Doença Crônica Respiratória das Galinhas e Perus. 
	O micoplasma meleadrigis causa a Aerosaculite Infecciosa dos Perus e o micoplasma synovial causa a Sinovite Infecciosa das Galinhas e dos Perus. 
	Podemos concluir que os Perus são afetados por todos os tipos de micoplasma, enquanto os galináceos são afetados pelo M. Synovial e M. Gallisepticum. 
	Apesar de não ter potencial zoonótico, acarreta diversas perdas econômicas pois leva a condenação de carcaças, redução da postura e ovos bicados (“pipped embryos’’), redução do ganho de peso, redução da eclodibilidade e aumento da mortalidade embrionária, refugagem, piora na conversão alimentar e o custo de medicação é alto. 
	Na Doença Crônica Respiratória é observado sinais respiratórios como bico aberto, pescoço esticado, conjuntivite – lacrimejamento e olhos semi fechados, exsudato catarral em narinas, seios nasais, traquéia, brônquios e sacos aéreos. Crista hipocorada, murcha, caída para um lado, penas arrepiadas, prostração, inapetência, aspecto de sonolência, espirro e tosse. 
	Na Doença Cronica Complicada é observado sinais respiratórios muito acentuados, tampões caseosos em lúmen traqueal por conta da E. Coli, perihepatite, pericardite, aerosaculite com conteúdo caseoso e deposito de fibrina e presença de espuma e liquido amarelado em alças intestinais. 
	Na Aerosaculite Infecciosa dos Perus é observado edema de seios infra orbitários, sinais respiratórios, queda de desempenho, aerosaculite, queda na eclodibilidade dos ovos, conjuntivite, espirro e placa de ração aderida a narina. 
	Na Sinovite Infecciosa das Galinhas e Perus é observado problemas articulares em patas bilateral, dor, calo no peito de cor amarelo esverdeada e com exsudato gelatinoso (condenação parcial), perda de peso e sinais respiratórios brandos ou ausentes. 
	Para realização do diagnostico pode ser feito para triagem a Soroaglutinação Rapida em placa. Outros testes são Elisa, Teste de inibição da hemaglutinação e cultura do micoplasma onde amostras são colhidas e inoculadas em ovos embrionados que são SPF (specific pathogen free) com 7 dias de incubação. Após 5 – 7 dias é observado morte embrionária e lesões no embrião como nanismo, edema generalizado, necrose hepática, esplenomegalia. 
	O MAPA determina que em aves de elite, bisavós e avós todos os micoplasmas são eliminados tanto em galináceos quanto em perus. Nas matrizes, todos os micoplasmas em perus são eliminados e nas galinhas o M. Gallisepticum. Os M. Synovial em galinhas permite o tratamento com antibiótico e re-teste após o período de eliminação do antibiótico. 
 	São vacinadas as aves de postura contaminadas por M. Gallisepticum, com cerca de 35 dias, com vacina viva atenuada. Ainda é possível usar a vacina inativada. Nas aves de corte não se usa vacinação e nem em Perus, pois algumas cepas vacinais de M.G podem ser patogênicas para esse tipo de ave. 
Micotoxicoses 
 	As micotoxinas são toxinas produzidas pelos fungos e podem causar diversos danos aos seres humanos e animais. A produção de micotoxinas ocorre quando os fungos se desenvolvem em culturas no campo, na colheita, no armazenamento ou durante o processamento de ração, quando as condições são favoráveis. Durante os períodos de crescimento e colheita, o teor de umidade é considerado um fator determinante no nível de infestação fúngica em culturas no campo e no acúmulo de micotoxinas nos ingredientes de ração. Estresse associado à estiagem e/ou grãos quebrados também podem aumentar a penetração de fungos nos grãos.
As principais micotoxinas são as aflatoxinas que tem impacto no fígado (degeneração, hepatomegalia, aspecto mais amarelado), imunossupressão e é carcinogênico. Elas diminuem a capacidade de desenvolvimento das aves. 
As ocratoxinas deixam as aves pálidas pois tem ação de sequestrar os carotenoides das aves – Síndrome da Ave Pálida. Imunossupressão, hepatomegalia e degeneração. 
	Os tricotecenos causam ulcerações em cavidade oral, emagrecimento e prejuízo no ganho de peso. 
As Zeralononas causam prolapso de cloaca devido ao poder estrogênico – maturidade sexual precoce. Causam também disseminação do canibalismo dentro da granja. 
Os alcaloides do Ergot são produzidos pelo fungo “Claviceps purpúrea” e devido a ação de vasoconstrição periférica causam necrose de crista, pálpebra e pés, além da mortalidade e piora da conversão alimentar. 
	É necessário um controle e isso envolve a inspeção dos grãos, cuidados na estocagem dos ingredientes e ração e utilização de adsorventes. 
Síndromes MetabólicasOs fatores predisponentes envolvem uso de ração peletizada, aves com linhagem que possuem ganho de peso nas primeiras semanas de vida, machos, inverno, alta altitude e doenças respiratórias. 
São dois tipos: Sindrome Ascitica e Sindrome de Morte Súbita. 
Na Sindrome Ascitica os frangos de corte possuem liquido com coloração amarelada que em contato com o ar fica gelatinoso e da aspecto rançoso a carcaça. 
 	Observa-se cianose de crista e barbela. 
	Na Sindrome de Morte Subita a frequência cardíaca e a força de ejeção de sangue são muito grandes. 
 	Algumas aves tem a aorta fragilizada e a força do fluxo causa adelgaçamento desta o que leva a sua ruptura e, consequentemente ao extravasamento sanguíneo para cavidade. As aves morrem em decúbito dorsal e na necropsia é possível a visualização de coagulo de sangue próximo a aorta.

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