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Concepções da Cultura

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12/04/2018
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CONCEPÇÕES DA 
CULTURA 
ALIMENTAR
2017.2 Profa. Msc. Leise Moreira
• Perspectivismo
– Defende que indivíduos diferentes percebem a
realidade diferentemente, ou seja, cada indivíduo
tem sua perspectiva frente a realidade.
– Esta concepção está frequentemente associada à
idéia de que a forma manifesta de cada espécie é
um mero envelope (uma “roupa”) que esconde
uma forma interna humana, visível apenas aos
olhos da própria espécie ou de certos seres trans
específicos, como o xamã (líder inspirado pelos
espíritos para conduzir cerimônias do xamanismo, entra em
estado de transe, penetra em reinos sobrenaturais e
encontra soluções para os problemas de uma pessoa ou de
um grupo).
PERSPECTIVISMO E ETNOCENTRISMO
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• Perspectivismo
– ESPÍRITO ANIMAL  É importante, observar
que nem todos os animais são englobados, a
ênfase parece estar naquelas espécies que
desempenham um papel simbólico e prático de
destaque, como os grandes predadores, rivais
dos humanos, e as presas principais dos
humanos.
– De acordo com Århem (1993), o Perspectivismo
trata-se da “concepção, comum a muitos povos do
continente, segundo a qual o mundo é habitado
por diferentes espécies de sujeitos ou pessoas,
humanas e não humanas, que o apreendem
segundo pontos de vista distintos”.
PERSPECTIVISMO E ETNOCENTRISMO
• Etnocentrismo
– É a visão que toma a cultura do outro como algo menor, sem
valor, errado, primitivo.
– Desconsidera a lógica de funcionamento de outra cultura,
limita-se à visão que possui como referência cultural
(absoluta). E nesse sentido, a herança cultural que o sujeito
recebe de seus pais e antepassados contribui muito, pois, ao
mesmo tempo em que educa o indivíduo, também o
condiciona.
• Ex.: Índios nus x Portugueses vestidos
PERSPECTIVISMO E ETNOCENTRISMO
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• Etnocentrismo
– Em suma, trata-se de uma avaliação pautada
em juízos de valor daquilo que é considerado
diferente.
PERSPECTIVISMO E ETNOCENTRISMO
PERSPECTIVISMO E ETNOCENTRISMO
O perspectivismo defende que indivíduos diferentes 
percebem a realidade diferentemente, ou seja, cada 
indivíduo tem sua perspectiva frente a realidade.
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• Etnocentrismo
PERSPECTIVISMO E ETNOCENTRISMO
• Quando se fala em alimentação, é preciso abordar
também os contextos marcados pela sua ausência,
ou seja, deve-se pensar a fome e seus significados,
bem como nas estratégias de sobrevivência criadas
pelos grupos vulneráveis para suprir a fome, o que
pode contribuir muito para compreender suas
causas e, posteriormente, sua erradicação.
• Trabalhos acadêmicos: Aspectos nutricionais ou
econômicos X HÁBITO ALIMENTAR.
CULTURA ALIMENTAR E COTIDIANO
Os diferentes usos do alimento, bem como a ordem, a composição, 
as combinações, a hora e o número das refeições realizadas por 
dia estão codificados de um modo preciso, determinando a eleição, 
o preparo e o consumo dos alimentos, e são resultado de um 
processo social e cultural que apresenta significado e razão na 
história de cada sociedade ou cultura.
Os diferentes usos do alimento, bem como a ordem, a composição, 
as combinações, a hora e o número das refeições realizadas por 
dia estão codificados de um modo preciso, determinando a eleição, 
o preparo e o consumo dos alimentos, e são resultado de um 
processo social e cultural que apresenta significado e razão na 
história de cada sociedade ou cultura.
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• Inserção do antropólogo:
– Os antropólogos têm ainda pouco impacto sobre as
políticas alimentares e nutricionais (distantes de questões
que, de fato, envolvem diretamente as estratégias do setor
público, e que poderiam proporcionar um melhor desenho
de políticas de intervenção e de verificação do estado
nutricional, compreendendo os sistemas alimentares).
CULTURA ALIMENTAR X SEGURANÇA ALIMENTAR
• Conhecimento pelo profissional de saúde do
perfil orgânico da população
– Nas sociedades contemporâneas mudanças
nos padrões de alimentação foram
observadas:
• ↓ dos CHOs complexos e das fibras, e o ↑ da
GORD saturada, açúcar e alimentos refinados.
• Alterações orgânicas: a ↓ dos índices de baixo
peso e o ↑ dos casos de sobrepeso.
– Essas condições se relacionam também a
contextos socioeconômicos e culturais que,
envolvem crescimento e concentração de
renda em meio à acelerada urbanização.
TRANSFORMAÇÕES DA CULTURA ALIMENTAR
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SUGESTÕES DE LEITURA
▪Leia o artigo disponibilizado no site:
http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/viewFile/38
8/389. Este trabalho, intitulado “O significado da
alimentação na família: uma visão antropológica”
▪Artigo “Representações sociais da alimentação e
saúde e suas repercussões no comportamento
alimentar”, autora Rosa Wanda Diez Garcia, 1997.
Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/physis/v7n2/04.pdf.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
▪ COELHO, Carolina. História e antropologia da nutrição. Rio de
Janeiro: SESES, 2015. 184 p. : il.
▪ BARTHES, R. Toward a psychosociology of contemporary
food consumption; In: FORSTER, E.;
▪ BRAGA, V. Cultura Alimentar: contribuições da antropologia da
alimentação. Saúde Rev., Piracicaba, 6(13): 37-44, 2004.
• GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1989.
• LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. 14ed. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2001.
• MINTZ, S. Comida e antropologia: uma breve revisão. Rev Bras
Ci Soc 2001;16 (47):31-42.

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