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Zumbido: Conceito, Causas e Tratamento na Audiologia

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL - ULBRA
CURSO DE FONOAUDIOLOGIA
BIANCA WEBER
AUDIOLOGIA CLÍNICA
ZUMBIDO: CONCEITO, CAUSAS E TRATAMENTO 
Canoas 
2018
	
BIANCA WEBER
AUDIOLOGIA CLÍNICA
ZUMBIDO: CONCEITO, CAUSAS E TRATAMENTO 
Atividade semipresencial apresentado à disciplina de Audiologia Clínica do curso de graduação em Fonoaudiologia da Universidade Luterana do Brasil, como requisito parcial para a avaliação de Grau 1 referente ao primeiro semestre de 2018.
Prof. Fga. Marion Cristine De Barba
Canoas
2018
 
INTRODUÇÃO
	O zumbido no ouvido atinge milhares de pessoas ao redor do mundo, este é um sintoma que frequentemente é associado a perda auditiva. 
	No estudo a seguir serão analisados os sintomas, causas e tratamentos que acercam o zumbido, além de uma resenha de um estudo crítico de um artigo cientifico que relaciona a atuação fonoaudiológica na utilização de aparelho de amplificação sonora individual na redução do zumbido.
ZUMBIDO
	O zumbido pode ser definido como uma ilusão auditiva, ou seja, uma sensação sonora não relacionada com uma fonte externa de estimulação. A palavra tinnitus deriva do latim tinnire, significando tocar, zumbir (to ring).
	O zumbido é definido pela American National Standards Institute (ANSI) como a sensação sonora sem que haja estimulação ou correspondência externa. Alguns autores definiram e classificaram o zumbido baseados no local de sensação, causa fisiopatológica e possível mecanismo gerados.
	ELISABETSKY (1986) definiu o zumbido como sendo uma percepção de som se que haja sua presença no meio ambiente.
	De acordo com FERREIRA et. al. (1986), o zumbido consiste em uma sensação definida como ilusória, que pode ser caracterizada como barulho semelhante ao ruído da chuva, do mar, de água corrente, de sinos, insetos apitos, chiado, campainha, pulsação e outros. Esta sensação pode ser continua ou intermitente, apresentar diferentes características tonais, ser intensa ou suave, alem de ser percebida nos ouvidos ou na cabeça. 
	SHULMAN (1988) definiu o zumbido como sendo uma percepção anormal de som que é referida por um paciente e que não está relacionada a uma fonte externa de estimulação. O zumbido não é uma doença, mas sim um sintoma como a cefaleia ou a vertigem.
	Na maioria das vezes, o zumbido é uma sensação auditiva fantasma percebida exclusivamente pelo paciente (JASTREOFF, 1990).
	Segundo BRIX et. al. (1995), o zumbido refere-se a sensações auditivas que não são conscientemente atribuídas a qualquer fonte externa, ou seja, a sons extra corporais ou a sons corporais. 
 2.1 CAUSAS DO ZUMBIDO
	
	O zumbido geralmente é visto como um problema de indivíduos com idade avançada, porém pode atingir qualquer pessoa em qualquer idade, até mesmo na infância.
	O zumbido não é uma doença, mas sim um sintoma. Isso significa que o ruído em si é um alerta do corpo de que algo não está funcionando como deveria. A lista de possíveis doenças, desequilíbrios e transtornos que podem ocasionar zumbido no ouvido é bem ampla e variada.
	Exposição em excesso ao barulho: A poluição sonora é uma desvantagem da vida em grandes centros urbanos, e pode acarretar consequências sérias para a saúde dos ouvidos. A exposição constante ao barulho do trânsito ou o hábito de ouvir música alta com fones de ouvido, por exemplo, podem danificar algumas estruturas do ouvido e causar o fenômeno do zumbido.
	Cera acumulada: A cera de ouvido tem um papel imprescindível para a proteção do órgão. Entretanto, quando acumulada em excesso, pode entupir as vias auditivas e até mesmo afetar o tímpano, causando dor, perda progressiva de audição, tonturas, coceiras, e, é claro, o zumbido.
	Inflamação ou infecção no ouvido: Inflamações no ouvido médio costumam causar rigidez nos ossículos que o constituem, prejudicando a capacidade dessas estruturas de identificar quando de fato há algum som passando por elas ou não. Já infecções – como otites, por exemplo – costumam reduzir a capacidade do ouvido de identificar com clareza sons externos, causando e potencializando o zumbido.
	Lesões no ouvido: Estruturas internas que estejam danificadas por produtos químicos, alta exposição ao calor ou até mesmo objetos inseridos dentro do ouvido podem provocar o zumbido. Também há a possibilidade das células capilares que ficam no interior do ouvido estejam danificadas. O tipo de lesão mais comum é o rompimento ou perfuração do tímpano.
	Geralmente, o zumbido causado por esse tipo de incidente vem acompanhado de sintomas característicos, como dor intensa e repentina, sangramentos e perda da audição.
	Medicamentos: Algumas substâncias como antibióticos, quinina (utilizada no tratamento de malária e patologias cardíacas), diuréticos, aspirina, antidepressivos e drogas utilizadas no tratamento para o câncer podem ser gatilhos para o surgimento de zumbidos no ouvido.
	Disfunção na mandíbula e problemas odontológicos: Por incrível que pareça, disfunções odontológicas – sobretudo as que atingem a articulação da mandíbula – podem causar desconfortos no ouvido. Além do zumbido, problemas nos dentes também podem causar estalos na parte de trás do ouvido ao abrir a boca e pontadas no ouvido externo e médio.
	Dores musculares: Dores musculares tensionais, principalmente as que atingem a região do pescoço, podem ser as responsáveis pelo zumbido no ouvido. Isso porque o corpo libera determinadas substâncias com o objetivo de atenuar a tensão localizada, e, no processo, acaba estimulando as vias auditivas.
	Problemas cardíacos: Doenças cardiovasculares afetam diretamente a circulação sanguínea, dificultando a chegada de sangue aos vasos sanguíneos do ouvido. Uma das consequências desse processo é que as estruturas auriculares não conseguem reunir nutrientes o suficiente para executarem suas funções de forma adequada, gerando o zumbido como forma de alerta.
	Outras doenças relacionadas ao sistema cardiovascular, como arteriosclerose, hipertensão e malformação arteriovenosa também pode ser gatilhos para o zumbido no ouvido.
	Depressão: A depressão é uma doença que mexe diretamente com diversas funções químicas do corpo. Uma delas diz respeito aos índices de neurotransmissores provenientes dos nervos auditivos, prejudicando toda a funcionalidade do ouvido e, assim, gerando o zumbido.
	Estresse: Embora o estresse por si só não seja um agente causador de zumbidos no ouvido, é um grande potencializador desse tipo de fenômeno. Em geral, nesse caso, o zumbido também vem acompanhado de tonturas.
	Diabetes não controlada: Níveis de insulina muito acima do indicado podem prejudicar os estímulos responsáveis por fazer o transporte de informações do ouvido para o cérebro. Por isso, portadores de diabetes devem ter atenção redobrada se apresentarem zumbidos no ouvido.
	Consumo excessivo de cafeína: A cafeína é uma substância altamente estimulante que, ao ser consumida em excesso, afeta o funcionamento de diversos órgãos do corpo. Um deles é o ouvido, que apresenta atividades celulares muito mais aceleradas após a ingestão exagerada de café, o que acaba causando o zumbido.
	Envelhecimento: A diminuição da audição é uma das principais mudanças características causadas pela chegada à terceira idade. O fenômeno acaba causando diversos efeitos colaterais, como tontura e zumbido no ouvido.
 2.2 SINTOMAS DO ZUMBIDO
	
	Os sintomas mais comuns de zumbido no ouvido incluem:
	Ouvir sons que não são provenientes de qualquer fonte externa. Os sons podem incluir toques, cliques, zumbidos ou ruídos;
	Muitas pessoas relatam que os sons mudam em cada ouvido, como sua intensidade e volume. Os sons às vezes param ou se tornam suaves, em outros momentos são mais rápidos e intensos;
	Os sons de zumbido podem vir de um ouvido de cada vez (unilateral) ou de ambos os ouvidos (bilateral);
	Também é possível ouvir sons ou vozes musicais, embora a causa subjacente desta experiência possa incluir outros problemas psicológicosou mesmo uso de drogas;
	Além de ouvir sons nos ouvidos, muitas pessoas com zumbido se sentem muito perturbados por seus sintomas e enfrentam problemas psicológicos e relacionados ao humor como um efeito colateral.
	É comum lidar com ansiedade, depressão, irritabilidade, fadiga, insônia ou até mesmo pensamentos de suicídio.
	Os sons altos causados pelo zumbido podem interferir com a sua capacidade de se concentrar ou ouvir sons reais. Também pode causar problemas com a fala, especialmente em crianças.
	Os zumbidos nos ouvidos também podem piorar com a idade e são mais comuns em idosos que sofrem de perda auditiva geral. Os idosos comumente experimentam zumbido e perda auditiva devido a sintomas associados a problemas circulatórios, inflamação e lesões nervosas.
 2.3 TRATAMENTO DO ZUMBIDO
	O tratamento para redução ou erradicação do zumbido de ouvido dependerá diretamente da causa desse sintoma. No caso de perda auditiva, o médico poderá recomendar o uso de aparelhos auditivos. Algumas condições podem necessitar de medicação específica, enquanto outras podem depender apenas do controle de uma doença pré-existente – como no caso de diabetes e doenças cardiovasculares, por exemplo.
	Enquanto investiga as causas do zumbido de ouvido, o médico pode trabalhar em conjunto com o paciente para identificar quais são os gatilhos que intensificam a sensação, como, por exemplo, o consumo de cafeína ou o uso de fones de ouvido.
	Embora a maior parte dos casos seja resolvida assim que a fonte do problema é encontrada, existe a possibilidade da raiz do problema nunca ser identificada. Nesse caso, pode-se dizer que o zumbido não tem cura. Para essa situação, o médico também pode indicar maneiras paliativas de amenizar o incômodo. Esse tratamento paliativo pode incluir a prescrição de medicamentos, como anticonvulsionantes, vasodilatadores e ansiolíticos.
Terapia para tinnitus
	Na década de 90, foi criada a Terapia de Habituação ao Tinnitus (do inglês “Tinnitus Retraining Therapy”, ou TRT). Esse procedimento ensina o paciente a lidar com o zumbido no ouvido, até que a percepção do ruído diminua progressivamente até chegar ao ponto de não ser mais ouvido.
	O processo se desenvolve em duas etapas:
	Na primeira, há a orientação do paciente e identificação do tipo zumbido, para que a terapia seja ajustada de acordo com as necessidades dele e apresente resultados satisfatórios. Com base nessa fase do procedimento, é possível partir para a segunda, onde um aparelho especial será configurado para emitir um chiado compatível com o zumbido ouvido pelo paciente.
	Esse chiado específico é emitido nas sessões de terapia e, hoje, pode ser inserido diretamente em um aparelho de surdez, soando constantemente no ouvido do paciente. Progressivamente, ouvir o chiado faz com que a pessoa com tinnitus preste cada vez menos atenção no zumbido, até que deixe de escutá-lo por completo.
	O tratamento apresenta taxas de sucesso de mais de 80%. Em contrapartida, é uma longa jornada: a terapia dura no mínimo 18 meses, podendo se estender até dois anos.
Equipamentos para supressão de barulho
	O médico também pode recomendar alguns instrumentos para suprimir a exposição do paciente ao barulho. Alguns deles são:
Gerador de ruído branco: ruído branco é como chamamos barulhos que podem ser utilizados para disfarçar e amenizar a percepção de ruídos externos que sejam incômodos. Essa máquina emite sons como os de chuva caindo e ondas do mar chegando até a praia, por exemplo, e pode ser uma grande aliada no tratamento contra o zumbido de ouvido;
Aparelhos auditivos: para quem está apresentando perda de audição além de zumbido no ouvido, essa pode ser uma excelente alternativa para solucionar ambos os problemas.
Terapias Alternativas
	Algumas terapias alternativas podem servir como tratamento complementar para eliminar ou diminuir o zumbido no ouvido. Entre as técnicas que podem ser utilizadas, estão:
Acupuntura;
Hipnose;
Suplementos de zinco;
Complementos de vitamina B;
Cápsulas de ginkgo biloba.
	É importante salientar que esse tipo de terapia não possui eficácia comprovada e não deve substituir o tratamento recomendado pelo médico.
	
RESENHA DE UM ARTIGO CIENTÍFICO 
	
PUBLICAÇÃO
	Aplicabilidade da orientação fonoaudiológica associada ao uso de aparelho de amplificação sonora individual na redução do zumbido
	AUTORES
	Izabella Lima de Matos; Andressa Vital Rocha; Maria Fernanda Capoani Garcia Mondelli
	REVISTA
	Audiology - Communication Research - On-line version ISSN 2317-6431
	ANO
	2017
	DISPONÍVEL EM
	http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-64312017000100335&lang=pt
	Com frequência, o zumbido tem sido relatado associado às queixas auditivas. Estudos epidemiológicos indicaram que, aproximadamente, 20% dos indivíduos com zumbido sofrem alterações na qualidade do sono e na concentração, causando reações emocionais negativas.
	Dentre as diversas causas que podem gerar o zumbido, destacam-se a exposição excessiva a ruídos, infecções de orelha média, rolha de cera, lesões de cabeça e pescoço, doenças psiquiátricas, neuropatias, alterações na pressão sanguínea ou no sistema metabólico e uso de substâncias, como antibióticos, cafeína, álcool, nicotina e fármacos. Entretanto, a grande maioria dos casos de zumbido é de origem auditiva, existindo nestes, maiores dificuldades no atendimento.
	O objetivo do estudo era verificar a aplicabilidade da orientação fonoaudiológica associada ao uso de aparelho de amplificação sonora individual (AASI), na redução da sensação do zumbido.
	Atualmente, não existe um modelo de terapia universal que apresente grande alívio aos efeitos do zumbido. Contudo, alguns tratamentos disponíveis contam com procedimentos de aconselhamento, juntamente com a estimulação auditiva para proporcionar alívio.
	Dentre as possibilidades de tratamento existentes, há o uso do aparelho de amplificação sonora individual (AASI), o gerador de som (GS) para a terapia sonora e habituação, terapia cognitiva, aconselhamento, dieta alimentar, intervenção medicamentosa e o uso de um material de apoio – cartilha de orientação - sobre o sintoma.
	O estudo foi desenvolvido na Clínica de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo (USP) com pré-seleções dos pacientes ingressantes na Clínica de Fonoaudiologia da Faculdade.
	Os participantes foram divididos em três grupos, para que fosse possível visualizar como a sensação do zumbido se modificava, conforme eram aplicadas diferentes intervenções:
	Grupo A (Gr A): oito indivíduos adaptados com AASI, sem orientação referente ao zumbido;
	Grupo B (Gr B): oito indivíduos adaptados com AASI, com orientação verbal, em que a pesquisadora expôs de forma simples, por meio de conversa informal, aspectos referentes ao zumbido; 
	Grupo C (Gr C): oito indivíduos adaptados com AASI, com orientação verbal associada ao material de apoio (cartilha) referente ao zumbido, entregue no momento da adaptação do AASI e retomado na sessão de retorno, após um mês da adaptação do aparelho auditivo.
	O estudo foi desenvolvido em duas etapas: Avaliação Inicial (AI) - após o encaminhamento do paciente para adaptação de AASI e Avaliação Final (AF) – concretizada após três meses de uso efetivo do AASI.
	Foram realizados questionamentos no mesmo dia do atendimento.
	Os participantes responderam ao THI no primeiro momento (Avaliação Inicial) e após três meses de uso efetivo do AASI (Avaliação Final).
	Os resultados deste estudo indicaram efeitos benéficos - mesmo sem confirmação estatística, para a melhora do sintoma. A ausência de diferença estatística entre os grupos no THI total, domínios “funcional” e “catastrófico” pode ter ocorrido devido ao não comparecimento dos pacientes nos retornos previstos, à não utilização efetiva do AASI e ao falecimento de participantes da pesquisa. Porém, independente das fragilidades encontradas, o estudo pôde indicar a real necessidadedo uso da orientação fonoaudiológica associada à amplificação.
CONCLUSÃO
	O zumbido é definido como a percepção de um som em uma ou ambas as orelhas, bem como na cabeça, gerado na ausência de um estímulo sonoro externo, podendo ser o primeiro indício de uma série de doenças que comprometem a saúde e o bem-estar do indivíduo. 
	Também denominado tinnitus, esse sintoma pode ou não estar associado a alterações auditivas, variando de intensidade e qualidade de pessoa para pessoa, podendo ser percebido como um som agudo, como o de um sino, ou até um som grave, como um motor; pode gerar de um leve incômodo até uma completa incapacidade. 
	É indispensável o diagnostico medico ara descartar qualquer etiologia primaria ao zumbido, pois estas, muitas vezes, podem ser fatais ao paciente. O tratamento fonoaudiológico é muito importante desde que seja indicado e aplicado por profissionais qualificados para tal. 
	Qualquer que seja o tratamento proposto, o objetivo deve ser reduzir a percepção do zumbido, até que ele não seja mais um fator importante. O profissional deve estar atento a novas possibilidades de tratamento e acompanhar a queixa periodicamente para promover o encaminhamento necessário. 
	Cabe ao fonoaudiólogo, inserido em uma equipe multidisciplinar que efetivamente atenda o paciente portador de zumbido em suas necessidades, seja qual for a proposta terapêutica, as funções de avaliação do paciente, aconselhamento e adaptação de dispositivos para terapia sonora, se indicado, e participação de todo o planejamento e acompanhamento do tratamento. Apesar de não existir cura efetiva para o zumbido, deve-se ter em mente que é possível minimizar os efeitos negativos causados no dia-a-dia e proporcionar uma melhor qualidade de vida.
	A partir desta revisão de literatura foi possível concluir que o zumbido se trata de um sintoma que pode apresentar grande repercussão na vida do individuo, por isso toda e qualquer contribuição cientifica nesta área passa a ser de grande importância.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O que é Zumbido no Ouvido? Disponível em https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-zumbido-no-ouvido-causas-como-tratar-tem-cura/, acesso 14/03/20018 – 11:59
Sintomas do Zumbido. Disponível em https://drjulianopimentel.com.br/artigos/zumbido-no-ouvido-sintomas-tratamentos/, acesso 14/03/2018 – 22:13
RUSSO, ICP & SANTOS, TMM. A Prática da Audiologia Clínica. São Paulo: Cortez, 1993.
LOPES FILHO, OTACÍLIO. Novo Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo: Manole, 2013.
ELISABETSKY, M. Zumbidos: etiologia, diagnótisco e tratamento. Folha Méd, 93 (5/6): 323-332, 1986.
FERREIRA, A.G.; FERREIRA, N.G.M; SIERRA, C.M.M. Zumbido Tratamento cognitivo. Folha Méd, 93 (5/6); 123-126, 1986.
SHULMAN, A. – Introduction: Classification and Definition of Tinnitus. In: KITHARA, M. Tinnitus: Pathophysyiology and Management. IGAKU-SHOIN, Tokyo, p. 1-6, 1988.
Zumbido. Disponível em http://www.fleury.com.br/saude-em-dia/dicionarios/doencas/Pages/zumbido.aspx, acesso 14/03/2018 – 21:38
BRIX, R; DENK, D.M; EHRENBERGER, K; ELIX, D. – Neurophysiological Control in Therapy of Therapy of tinnitus with coclear Hearing Disorders. In: REICH.G.E. & VERNON.J. Proceedings of the 5th International Tinnitus Seminar. Portland, p.101-105.1995

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