Buscar

DA INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DIREITO
Direito do Trabalho I
Professor Vinicius
DA INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
 	
Aluno: ANDERSON LUIZ MACEDO SANTOS			 RA: 201802192417
Art. 471. Ao empregado afastado do emprego, são asseguradas, por ocasião de sua volta, todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia na empresa.
A interrupção do contrato de trabalho consiste na cessação da prestação do serviço sem que seja cessada a contraprestação, ou seja, é paralisada apenas a obrigação principal do trabalhador, sendo mantida a obrigação principal do empregador.
A suspensão do contrato de trabalho consiste no cessação da prestação de serviço, bem como da contraprestação, sendo assim paralisada a obrigação principal do trabalhador, e também a do empregador.
Dessa forma, pode-se inferir que durante a interrupção contratual não há trabalho, mas há salário, e o tempo de afastamento do trabalhador é considerado como de serviço para os efeitos legais. Já na suspensão do contrato não há trabalho nem salário, e o período de afastamento não é contado como tempo de serviço.
O Art. 472 da CLT cita o afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de outro encargo público, informando que esses afastamentos não dão azo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador.
Como citado acima, a interrupção do contrato de trabalho cessa a prestação de serviço, sem que seja cessada a contraprestação, e suas hipóteses estão previstas no Art. 473 da CLT, quais sejam eles:
Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: 
I – até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica; 
II – até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; 
III – por um dia, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana; 
IV – por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; 
V – até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva; 
VI – No período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra “c” do art. 65 da Lei no 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar); 
VII – nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior; 
VIII – pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo; 
IX – pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro; 
X – até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira; 
XI – por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.
Outras hipóteses não previstas no art. 473, CLT:
Aborto não criminoso - conforme o Art. 395 da CLT, nesse caso a mulher terá repouso remunerado de duas semanas, ficando assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes do afastamento.
Afastamento por doença - conforme o Art. 60, §3º, da Lei 8.213/91, onde a empresa fica obrigada, durante os primeiros 15 dias, a pagar ao segurado o salário integral.
Acidente de trabalho - durante os 15 primeiros dias de afastamento por ocasião do afastamento da atividade por motivo de doença, conforme art. 60, §3º, da lei 8213/91.
Prestação do serviço militar - durante toda a prestação do serviço militar é obrigatório o computo de tempo de serviço, bem como os depósitos do FGTS, e pagamento salarias durante os primeiros 90 dias, conforme art. 472, §5º, da CLT.
Licença maternidade – a gestante terá o direito à licença de 120 (cento e vinte) dias, conforme a Carta Maior de 1988 em seu artigo 7º, XVIII, sem prejuízo do emprego e do salário, bem como o pagamento feito pelo empregador, compensado junto a Previdência Social.
Férias anuais remuneradas – no período de férias o empregado recebe remuneração acrescida de 1/3, e esse período é computado para os efeitos legais, conforme art. 7º, inc. XVII, da CF/88.
Repouso semanal remunerado – dia em que o empregado não trabalha mas o empregador deve obrigatoriamente pagar o salário correspondente, art. 7º, inc. XV, CF/88.
A suspensão do contrato de trabalho, como o próprio nome já diz, suspende seus efeitos por determinado lapso de tempo, não quebrando porém o vínculo contratual.
Causas de suspensão do contrato de trabalho:
Suspensão disciplinar – conforme consta no art. 474, da CLT, faz parte do poder de direção do empregador, não podendo exceder 30 dias.
Faltas injustificadas ao serviço
Ausência por motivo de doença à partir do 16º dia - após o 16º dia de afastamento por motivo de doença a empresa fica desobrigada de contribuir ao FGTS, conforme art. 60, da lei 8.213/91.
Ausência por motivo de greve – o art. 7º da Lei 7.783/89 diz que a participação em greve suspende o contrato de trabalho.
Ausência por motivo de prisão – 
Afastamento em decorrência de aposentadoria provisória – o empregado aposentado por invalidez terá seu contrato de trabalho suspenso durante os prazos fixados pela lei da Previdência Social, conforme art. 475 da CLT, e caso ele se recupere, conforme diz o §1º do mesmo artigo, terá assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais