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Noções Básicas de Filosofia


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NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DE FILOSOFIA
	 Prof. José Carlos dos Santos (Professor de Filosofia da URCA/IFCE)
Nesta parte inicial, discutiremos algumas noções introdutórias relacionadas à Filosofia. Nosso intuito, é despertar o interesse pela Filosofia, partindo de indagações e de problemas suscitados da experiência cotidiana de cada aluno. Adentrando no mundo extraordinário, fascinante e desafiador do conhecimento filosófico, compreenderemos que a Filosofia não é distante, nem estranho de nossa vida, mas constitui uma forma de saber necessário e essencial para contribuir em estabelecer o sentido e o significado da nossa existência no universo. Assim, pretendemos favorecer a criação de uma consciência crítica e racional, cultivando o interesse e o desejo pelo saber. Nesta primeira aula, apresentaremos algumas categorias fundamentais no âmbito da Filosofia, que possibilitarão compreender os fundamentos do processo de formação e constituição da ciência no decorrer dos tempos até o momento presente da nossa história.
1 – A ATITUDE FILOSÓFICA
Primeiramente, caro(a) aluno(a), trilharemos os caminhos do saber filosófico, para começar a viver esse extraordinário, ao mesmo tempo desafiante, caminho do filosofar. A Filosofia, a princípio, pode causar espanto, medo ou mesmo desinteresse para muita gente. O que pretendemos aqui é provocar a reflexão filosófica como algo inerente à condição de todo ser humano. Tendo isso em conta, ninguém pode, nem deve, recusar um convite para adentrar no caminho encantador da Filosofia. O que queremos é abrir o horizonte de perspectiva que desperte o gosto e o prazer por esse conhecimento. Para atingir tal objetivo, enfrentaremos o desafio de exercitar outro olhar sobre o mundo e sobre nós mesmos.
	Essa outra visão ampliada da qual estamos falando, pode acontecer cotidianamente, pois estamos sempre dando sentido as coisas e a nossa própria vida, por isso, devemos desenvolver a nossa capacidade de pensar bem, de modo coerente e crítico. Exemplificando as situações concretas da vida como a decisão da profissão a seguir, o curso superior a ingressar, a opção religiosa e relativo também as decisões no campo da afetividade. Obviamente, não existe a pretensão de colocar a Filosofia no patamar de superioridade sobre os outros saberes, mas perceber as suas diferenças e peculiaridades em relação às outras formas de compreensão da realidade. 
Filosofia é uma palavra de origem grega, composta de duas outras: Philo e Sophia, que significam, literalmente, “Amor à Sabedoria”. O termo philo significa “aquele ou aquela que tem um sentimento amigável”, derivado de philia, que significa amizade. Já a palavra Sophia significa sabedoria, derivada da palavra sophos, ou seja, sábio. Portanto, etimologicamente, Filosofia significa “amizade pela sabedoria” ou “amor e respeito pelo saber”. O termo foi inventado por Pitágoras de Samos (séc. V a.C.), que, certa vez, ouvindo alguém chamá-lo de sábio, e considerando este nome muito elevado para si mesmo, pediu que o chamassem simplesmente filósofo, isto é, amigo da sabedoria. De fato, Pitágoras afirmava que a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem desejá-la ou amá-la, transformando-se em filósofos. 
	
Figura 1: O pensador
Em algum momento na sua vida, você pessoalmente deve ter feito estas perguntas:
De onde viemos? Para onde vamos? Qual o sentido da vida? Qual o significado do mundo? O universo teve um começo? Terá um fim? Há Deus ou deuses que governam o mundo? Há leis que regem o universo? Essas leis valem para nós seres humanos? O que acontece quando desobedecemos essas leis? Há recompensa ou castigo? O que vai acontecer depois da morte? Qual a origem de todas as coisas? Por que os seres nascem e morrem? Por que tudo muda? Por algo que parecia uno se multiplica em tantos outros? Por que tudo parece repetir-se? Afinal, o que somos?
Essas são as perguntas que, desde o início da existência da humanidade, toda pessoa, na sua fase adulta, sempre se coloca. Elas foram e continuam sendo as perguntas que, desde a Antiguidade até os dias atuais, ocupam os filósofos. Ao longo da história, levantando essas perguntas, eles foram acusados de criar um “banquete de ociosos e loucos”, assim denominavam os tiranos da época dos filósofos gregos. Entretanto, a Filosofia é a tentativa de dar uma resposta racional a tais questões. Apesar desse esforço, uma resposta final, completa, definitiva e acabada em Filosofia é impossível. O que acontece é que muitas perguntas devem ser feitas, muitas respostas podem e devem ser dadas, mas tenhamos em mente que a tarefa da Filosofia, desde de sua origem até o momento presente, é possibilitar, pelos caminhos da razão, a procura da felicidade humana.
	Mas afinal, o que é mesmo Filosofia?
Ora, a Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. Nesse sentido, ela não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. É, antes de mais nada, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos além da sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana. Quando se admite isso, uma história em quadrinhos ou uma canção popular podem ser objeto da reflexão filosófica.
A Filosofia é um jogo irreverente, que parte do que existe, critica os fenômenos, coloca em dúvida, faz perguntas importunas, abre a porta das possibilidades, faz-nos entrever outros mundos e outros modos de compreender a vida. Ela incomoda, justamente, porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Questiona, também, as práticas política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística. Não há área em que ela não se meta, não indague, não perturbe. Nesse sentido, a Filosofia é perigosa, subversiva, pois vira a ordem estabelecida de cabeça para baixo.
Em suma, a Filosofia é análise crítica e racional da realidade existencial do homem no mundo, na busca constante e amorosa da verdade. Essa definição nos aponta para três ideias fundamentais da Filosofia:
Primeira: Filosofia é análise crítica e racional
Isso significa que a Filosofia é um ato de reflexão. A palavra reflexão, oriunda do latim reflectere, significa “fazer retroceder”, “voltar atrás”, “movimento de voltar sobre si mesmo” ou “movimento de retorno a si mesmo”. Assim, a Filosofia é o pensamento voltando para si próprio, para examinar, compreender e avaliar suas ideias, suas vontades, seus desejos e sentimentos. 
SAIBA MAIS
O filósofo italiano Antonio Gramsci afirma:
	“O filósofo profissional ou técnico não só “pensa” com maior rigor lógico, com maior coerência, com maior espirito de sistema do que os outros homens, mas conhece toda a história do pensamento, sabe explicar o desenvolvimento que o pensamento teve até ele e é capaz de retomar os problemas a partir do ponto em que se encontram, depois de terem sofrido as mais variadas tentativas de solução” (Gramsci, 1978, p. 44)
	
Assim, de acordo com o pensamento gramisciniano, o filósofo é uma pessoa que se consagra inteiramente a uma tarefa espiritual, possuído do impulso inevitável de inteligir o mundo, fazendo de sua inteligência uma morada onde alerta e vive seu amor pela verdade. Portanto, filosofar é dar a razão das coisas ou, pelo menos, buscar essa razão como resposta ao desafio que o mundo e a sociedade impõem ao filósofo, sendo, então, a filosofia um termo geral, que designa os vários modos de abordar a realidade, considerados em seu desenvolvimento histórico. A atividade filosófica, nesse caso, é a faculdade que o ser humano possui para analisar claramente seus propósitos, sua viabilidade e os meios para realizá-los, podendo, então, ser resumida como Teoria da Ação Humana.
Segundo - Realidade existencial do homem no mundo
	O homem não é um ser que está no mundo com os outros animais ou as coisas existentes, mas ele é um SERNO MUNDO. Isso significa que os seres humanos se relacionam com os outros seres humanos, com os animais, com as plantas, com os fatos e acontecimentos e exprimem essas relações através da fala, dos gestos, das ações e dos comportamentos. É por isso, prezado(a) aluno(a), que a reflexão filosófica também se volta para compreender as relações estabelecidas do homem com a realidade circundante à sua própria existência. Nesse contexto, as questões que envolvem o ser humano consubstanciam razões, causas, sentido e a finalidade do pensamento, da linguagem e da ação do homem no mundo. As indagações - Por quê? O que é? Para quê? – que os homens fazem cotidianamente, apontam na direção da realidade interior e exterior da sua existência no mundo. Diante de uma propaganda de televisão, de uma notícia dos jornais, da decisão de votar em candidato por ser de um determinado partido político; as informações sobre a corrupção política. Tudo isso exige um exercício sobre os valores da nossa vida, sendo uma tarefa filosófica.
Terceiro - Busca constante e amorosa da verdade
	A verdade é uma questão complexa e abrangente no pensamento filosófico. Entretanto, preliminarmente, podemos afirmar que o desejo pelo verdadeiro é o que move a Filosofia e suscita o aparecimento das correntes filosóficas.
Nesse ponto, caríssimo(a) aluno(a), você deve estar se perguntando: “etimologicamente, o que será a verdade”? Atentando para a etimologia do vocábulo grego correspondente, a verdade se diz alétheia, que significa “o não esquecido”. A rigor, o sentido da verdade é a manifestação daquilo que é realmente ou do que existe realmente tal como se manifesta ou se mostra. O verdadeiro é o totalmente visível para a razão. Desse modo, vemos que a verdade é pôr a nu aquilo que estava escondido, e aí reside a vocação do filósofo: o desvelamento do que está encoberto pelo costume, pelo convencional, pelo poder.
A Filosofia busca a verdade nas múltiplas significações do ser verdadeiro segundo os modos do abrangente. Busca, mas não possui o significado e a substância da verdade única. Para nós, filósofos, a verdade não é estática e definitiva, mas movimento incessante, que penetra no infinito. Dessa maneira, a Filosofia é convite incessante à transcendência e possibilidade de SER, como afirma o filósofo existencialista Karl Jaspers:
A filosofia é o pensamento no qual torno-me íntimo do Ser mesmo, por meio da ação interior; é o pensamento no qual torno-me eu mesmo. Ela é, em outras palavras, o pensamento que prepara o lançar-se na Transcendência, recorda-o, e até, num instante sublime, o produz, enquanto é atividade de todo homem no seu pensar. (JASPERS, K, 1941, In PAIVA, 2010, p. 14)
	
Portanto, a verdade está na realidade do Ser, e o conhecimento verdadeiro é a apreensão intelectual e racional dessa verdade. Essa concepção de verdade é atribuída a Santo Tomás de Aquino, que, na Idade Média, concebeu a teoria da verdade como evidência e correspondência, ou seja, o critério da verdade é a adequação do nosso intelecto à coisa. Isso significa que as ideias correspondem efetivamente às coisas representadas por elas. 
No mundo, a verdade está em conflito perpétuo. A Filosofia leva esse conflito ao extremo, porém o despe de violência. Em suas relações com tudo quanto existe, o filósofo vê a verdade revelar-se a seus olhos graças ao intercâmbio com outros pensadores e ao processo que o torna transparente a si mesmo,
Quem se dedica à Filosofia põe-se à procura da verdade das coisas e dos seres humanos. A busca dessa ciência pela verdade não é posse da certeza, nem detém verdades indubitáveis do homem numa posição cética, nem dogmática, permanecendo fechada a uma verdade. A procura pela verdade, na realidade, constitui um movimento dialético de forma desinteressada, mas de amor à própria verdade. 			
Portanto, a Filosofia é o ato reflexivo e uma atitude crítica de conhecimento do modo de ser, pensar e agir do homem no mundo. Esse homem, inserido num contexto histórico, precisa perceber o todo da sua realidade. Ele é um ser por se fazer, construir cotidianamente, e deve vislumbrar a verdade como essa unidade do todo de sentido da sua existência.
Assim afirma o filósofo e nosso mestre cearense Manfredo Aráujo de Oliveira:
A Filosofia como a radicalização da atitude na vida humana, surgiu da vida concreta do homem como tentativa de levantar a questão da verdade desta vida, ou seja, de sua legitimação diante da razão interrogante do homem. Todos os fenômenos da vida humana, são assim no correr da história, questionados a respeito da verdade. (OLIVEIRA, M. A. Apud SOUZA, 1992, p. 01)
	
Concluindo, podemos afirmar que a Filosofia é conhecimento sistemático, lógico e coerente a respeito da vida humana como possibilidade de uma racionalidade para a história, na procura da verdade em face das questões da existência do homem no mundo.
 2 – A FILOSOFIA E OS DIFERENTES SABERES DA REALIDADE
Meu caro(a) aluno(a), quando você vai crescendo e começando a entender a realidade da vida, você vai acumulando experiência e adquirindo conhecimento do mundo. Por isso é importante dedicarmos um momento para saber o que são o conhecimento e o ato de conhecer.
Agora, preste bem atenção! Vamos descobrir que existem várias maneiras diferentes de conhecer e olhar o mundo. Para começar, vamos saber o que é o conhecimento?
O conhecimento é o esforço do espírito humano para conhecer a realidade, estabelecendo sentido e dando significação, mediante o estabelecimento entre as formas e as conexões das coisas, objetivando a satisfação da sua subjetividade. Em outras palavras, o conhecimento é o processo de constituição do homem enquanto sujeito no mundo, estabelecendo relações com a natureza e com os outros seres humanos. A rigor, o conhecimento é a relação que se estabelece entre o sujeito que conhece - ou deseja conhecer (cognoscente) - e o objeto a ser conhecido, ou que se dá a conhecer (cognoscível). 
Nessa perspectiva, existem várias formas de abordagem do real que consistem em diferentes saberes da realidade. Para esclarecer melhor, a seguir, enfatizaremos algumas dessas abordagens do mundo. 
O mito
No sentido etimológico, a palavra mito vem do grego mythos, que significa palavra. Na tradição grega, mito é o discurso pronunciado ou proferido para os membros da comunidade primitiva como narrativa verdadeira, baseado na relação de confiança do público na autoridade da pessoa do narrador. Este era o poeta escolhido pelos deuses para mostrar os acontecimentos passados e revelar as origens do universo (os astros, a terra, as plantas, os animais, a água, o bem e o mal, a saúde e a doença, as guerras, o poder...). É bom lembrar, prezado(a) cursista, que a palavra mitológica tem sempre uma dimensão sagrada, porque vem de uma revelação divina. 
Desse modo, o mito é uma forma intuitiva de conhecimento da realidade. As crenças são transmitidas pela oralidade sem discussão, conservando a tradição cultural e voltada para forte apelo ao sobrenatural; a origem dos fenômenos, pois, é a divindade. O mito, portanto, não é uma ficção, engano, mentira ou falsidade, mas um modo de falar, ver e sentir as dimensões da realidade, estabelecendo significado e consistência. 
VOCÊ SABIA?
O saber mítico é uma primeira expressão da consciência humana liberta da condição instintiva de manutenção da vida. Ele configura-se como construção teórico-subjetiva do homem estabelecer ordem no universo. O mito explica, de forma imaginária, a maneira como as culturas compreendem a gênese do universo, a origem do homem, os fundamentos dos seus costumes e valores, recorrendo para as entidades sobrenaturais, que determinam o destino do próprio homem. Assim, o mito exerce a função de acomodar e tranquilizar o homem diante dos fenômenos da natureza, que possibilita explicar o real com bases nas emoções, afetividade e seduções que favorecem a expressão simbólica por meio de imagens e valores.
Evidentemente, sob tal perspectiva, o conhecimento mitológico caracteriza porser incontestável e inquestionável. Ele está arraigado nas culturas das comunidades, independentemente do tempo ou espaço, promovendo uma ritualização em suas atividades cotidianas. Nas comunidades tribais em que predominantemente têm a força desta abordagem imaginária, consubstancia-se uma consciência coletiva e o valor comunitário. Assim, a fé e a aceitação das normas da tradição da vida da comunidade são assimiladas e vividas na sua plenitude. 
O senso comum
O senso comum é denominado conhecimento vulgar ou popular. Essa forma de saber caracteriza-se por ser herdada e seguida por um grupo social, que consiste em transmissão e acúmulo das experiências dos indivíduos de determinada comunidade, favorecendo a aceitação das crenças e dos valores como óbvios e evidentes. 
O senso comum ou saber popular constitui-se como um saber fragmentado, difuso, ametódico e assistemático. Isso significa dizer que a atitude do indivíduo, inserido num determinado contexto histórico especifico, introjeta costumes, valores e padrões de comportamento que o levam a formular sua primeira compreensão da realidade. Essa introjeção transforma a visão de mundo do homem numa forma fragmentada, condicionando uma aceitação mecânica e passiva de valores inquestionáveis pelos membros da comunidade, porque são aceitas como naturais. 
Segundo Marilena Chauí (2013), essa forma de saber é constituída de 
... de crenças silenciosas, da aceitação de coisas e ideias que nunca questionamos porque nos parecem naturais, obvias. Cremos na existência do espaço e do tempo, na realidade exterior e na diferença entre realidade e sonho, assim como na diferença entre sanidade mental ou razão e loucura...Cremos que somos seres racionais capazes de conhecer as coisas e por isso acreditamos na existência da verdade e na diferença entre verdade e mentira...Cremos também que somos seres que naturalmente precisam de seus semelhantes e por isso tomamos como um fato óbvio e inquestionável a existência da sociedade com suas regras, normas, permissões e proibições. Haver sociedade é, para nós, tão natural quanto haver sol, Lua, dia, noite, chuva, mares, céu e florestas. (CHAUÍ, 2013. p. 18) 
Portanto, o saber do senso comum consiste no indivíduo apoderar-se das normas, regras, padrões de comportamento da comunidade em que ele está inserido e, a partir desse conhecimento tomado como óbvio e inquestionável, formular a sua visão de mundo e compreensão da realidade.
A ciência
Na perspectiva da ciência, o mundo é ocorrência que logo devemos buscar as causas. A base desse conhecimento é o fundamento lógico-experimental do mundo. Essa compreensão do conhecimento foi originada na primeira revolução cientifica, século XVII, que provocou uma mudança profunda e radical no pensamento, destacando a transformação de uma visão teocêntrica (Deus é o centro do conhecimento) para uma visão antropocêntrica (o homem é o centro do conhecimento).
A partir de então, o homem passa a manipular o curso dos acontecimentos e dominar o mundo. Ele busca conhecer os fenômenos naturais e descobrir leis gerais que estabeleçam a regularidade e o controle dos fatos existentes na natureza. Isso significa o domínio da natureza pelo homem. Nesse processo de dominação, o homem seria capaz de transformá-la conforme as suas necessidades. Assim, o conhecimento científico é aquele que apreende o objeto como fenômeno, ou seja, busca estabelecer relações de causa e efeito entre os fenômenos, propondo desvendar e explicar a realidade, conforme explicitam Aranha e Martins:
A ciência moderna nasce ao determinar seu objeto especifico de investigação e ao criar um método confiável pelo qual estabelece o controle desse conhecimento. São os métodos rigorosos que possibilitam alcançar um conhecimento sistemático, preciso e objetivo que permita a descoberta de relações universais entre os fenômenos, a previsão de acontecimentos e também sobre a natureza de maneira mais segura. (ARANHA & MARTINS, 2009, p. 345) 
	As ciências, com o seu rigor de investigação, sua delimitação do campo de pesquisa, seus procedimentos metodológicos, multiplicaram com o advento da modernidade. A partir disso, promoveram (e promovem) transformações, formulando novas abordagens da realidade.
A Arte
A arte compreende-se como uma forma intuitiva do mundo, por utilizar recursos que retratam o sentimento e a imaginação. Cotidianamente, o artista intui a realidade de maneira original, extraindo a essência do real para projetar, na sua obra, a autenticidade do modo de ver, sentir e contemplar o mundo. A imaginação configura-se como a mediação entre a realidade vivida e a construção do pensamento. A arte é um campo privilegiado de entendimento intuitivo do mundo, porque provoca um sentimento no artista, que cria as obras concretas e singulares, e desperta, no contemplador que se entrega a elas para penetrar, um sentido sensorial e emocional. Nessa relação, o artista cria, de forma intuitiva, símbolos da natureza e da vida humana, transportando, para a obra de arte, o significado do mundo. Por outro lado, o apreciador da obra de arte, por meio dos sentidos, faz a leitura e estabelece um significado depositado na obra artística. Portanto, a obra de arte transforma em símbolos de valores de uma determinada época e abre as portas da imaginação criativa, como afirmam Aranha e Martins (2009):
A imaginação, ao tornar o mundo presente em imagens, nos faz pensar. Saltamos dessas imagens para outras semelhantes, fazendo uma síntese criativa. O mundo imaginário assim criado não é irreal. É, antes, pré-real, isto é, antecede o real porque aponta suas possibilidades em vez de fixa-lo numa forma cristalizada. Por isso, a imaginação alarga o campo do real percebido, preenchendo-o de outros sentidos.(ARANHA & MARTINS, 2009, p.419)
	Portanto, a arte, na condição de criação imaginária do homem, potencializa a produção nova e singular da natureza e da realidade humana.
A Filosofia
Quando a Filosofia surge entre os gregos, no século VI a.C., ela engloba tanto a indagação filosófica propriamente dita quanto o que hoje chamamos de conhecimento científico. Nessa época, o filósofo teorizava todas as questões da vida humana e do mundo, portanto é um conhecimento da totalidade da realidade. Os filósofos dedicavam também aos estudos da astronomia, da geometria, da matemática e dos demais problemas que interessam à cultura e à sociedade de sua época.
No século XVII, com Galileu Galilei e a criação do método científico, constituiu-se uma nova forma de explicar os fenômenos da natureza e da realidade humana. Por isso, cria-se um procedimento metodológico que possibilita o cientista atingir determinadas verdades. O método cientifico se estrutura nas seguintes etapas:
1. observação dos fatos naturais e humanos;
2. formulação de hipóteses;
3. verificação experimental- experiência;
4. lei científica – universalidade;
5. teoria científica – várias leis referentes a vários fenômenos que explicam o funcionamento do universo.
Desse modo, a ciência configura uma nova forma de abordagem do real e procede um distanciamento da Filosofia. A ciência se constitui de uma área do conhecimento autônoma com objetos e métodos específicos. Nesse intuito, inicia também a matematização das ciências modernas, ou seja, os dados da realidade física são válidos somente nos aspectos quantitativos e mensuráveis. 
Nessa perspectiva, as ciências particulares emergem nas investigações da realidade, voltando-se para os dados específicos: à física interessam os movimentos dos corpos; à biologia, a natureza dos seres vivos; à química, as transformações das substancias; à astronomia, os corpos celestes; à psicologia, os mecanismos do funcionamento da mente humana; à sociologia, a organização social e demais ciências.
É por isso, caro(a) aluno(a), que, sem desmerecer o conhecimento especializado buscado pelas várias ciências, defendemos a necessidade da reflexão filosófica, capaz de fazer a crítica dos fundamentos do conhecimento e da ação humana. Cabe ao filósofo, portanto,refletir (por meio de alguns questionamentos) o que é ciência, o que é método científico, sua validade e limites. Por exemplo, a ciência é realmente um conhecimento objetivo? O que é a objetividade e até que ponto um sujeito histórico - o cientista - pode ser objetivo? Cabe ao filósofo, também, refletir a condição humana atual: o que é o homem? o que é liberdade? o que é trabalho? Quais as relações entre homem e trabalho? 
É preciso esclarecer para você, que tais questionamentos dão-se em todas as esferas sociais, assim, nem mesmo a escola foge ao crivo da reflexão filosófica, para que exista, é necessário que partamos de uma visão de homem como ser incompleto, portanto educável. Cabe destacar aqui que os animais, em contrapartida a essa ideia, para sobreviver, não precisam ser educados, pois guiam-se pelos instintos. Só os “educamos”, isto é, domesticamos, para acomodá-los às nossas necessidades humanas. O caso dos homens é diferente. Nesse caso, para que o ser humano é educado? Para o pleno exercício da liberdade e da responsabilidade ou só para se manter dentro da ordem estabelecida? Em outras palavras, educamos para que cada homem saiba pensar por si próprio ou para que saiba aceitar as regras que outros pensaram para ele?
A Filosofia quer encontrar o significado mais profundo dos fenômenos. Não basta saber como funcionam, mas o que significam na ordem geral do mundo humano. A filosofia emite juízos de valor ao julgar cada fato, cada ação em relação ao todo. A filosofia vai além daquilo que é para propor como poderia ser. É, portanto, indispensável para a vida de todos nós, que desejamos ser seres humanos completos, cidadãos livres e responsáveis por nossas escolhas. Assim, o filosofar é uma prática que parte da teoria e resulta em outras teorias.
Percebemos neste tópico que existem diferentes formas de conhecimentos e olhares sobre a realidade, compreendemos que não existe conhecimento melhor ou pior, superior ou inferior, mas dialeticamente existe maneiras e concepções diferentes de conceber a realidade. 
3 – A FILOSOFIA ENQUANTO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E CRÍTICA DOS CONHECIMENTOS E PRÁTICAS HUMANAS.
Talvez você tenha percebido que o esforço, até aqui, tem sido buscar uma definição de Filosofia. Acredito que agora chegaremos a uma formulação sistemática do que seja a reflexão filosófica propriamente dita. Mesmo assim, nunca esqueça que as indagações filosóficas permeiam o cotidiano da nossa vida. Queremos estabelecer, nessa busca de definição, por meio de conceitos e argumentos rigorosos, compreensão racional e crítica do modo de ser, pensar e agir do homem no mundo.
a) O pensamento filosófico
Para que Filosofia? Essa é uma pergunta instigante e constantemente levantada para quem se dedica à reflexão filosófica. Algumas pessoas argumentam que precisamos de conhecimentos concretos e operacionais, então, desnecessários à Filosofia. Outras afirmam que necessitamos desenvolver conhecimentos práticos para resolver os problemas sociais que assolam a vida do brasileiro, como o analfabetismo, a miséria, a violência, a fome e a situação da seca do nordeste, portanto, a Filosofia, sob tal perspectiva, seria secundária. Outros acreditam que são suficientes as modernas técnicas e ciências para promover o bem-estar social numa dimensão prática, por isso a Filosofia estaria dispensada. No meio dos estudantes, existe, ainda, uma resposta irônica e inusitada para o questionamento feito no início deste parágrafo: “A Filosofia é uma ciência com a qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual” [sic]. Isso é, a Filosofia não serviria para nada.
E agora, amigos, para que serve a Filosofia? 
Essa pergunta, bem como o referido enunciado dos estudantes que despreza e hostiliza a filosofia, expressa, de forma contundente, a mentalidade cientificista, predominante no atual contexto da nossa vida societária. Sob tal perspectiva, o trabalho pensante é relegado ao sarcasmo e entendido aos que “nada produzem”. Além desse aspecto, cria-se uma cultura do útil, do descartável e do dispensável, pois, quando questiona o “para quê”, está querendo dizer que alguma coisa só tem o direito de existir se tiver finalidade prática, utilidade imediata, vantagem ou proveito para si mesmo. No campo científico, acredita-se que os produtos das pesquisas e investigações são aplicados com rapidez e eficiência. Por causa disso, a supervalorização do conhecimento científico e a crescente intervenção da tecnologia impedem de se pensar em formação do cidadão crítico à margem do saber científico. No mundo das artes, imagina-se também uma utilidade prática, devido à compra e à venda das obras de arte. 
Nesse contexto, a Filosofia emerge como crítica da realidade, busca de amor à sabedoria, e sua tarefa consiste em promover a felicidade humana. Assim afirma Souza
A tarefa da Filosofia, desde de sua origem, é a de possibilitar a procura da eudaimonia(felicidade). Apesar das diferentes lógicas, das diferentes maneiras de fazer filosofia, de filosofar, esta perspectiva tem perpassado a própria história social e humana e continua na contemporaneidade, a ser a referência fundamental sem a qual nenhuma estrutura social poderá resistir. (SOUZA, 1992, p.01)
Nesse sentido, a Filosofia é a reflexão do modo de ser, pensar e agir do homem no mundo. Esta assertiva nos direciona à definição da Filosofia, conforme a Marilena Chauí, como a “Fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e práticas.” (CHAUÍ, 2013, p. 27). O termo fundamento é oriundo do latim, que significa “base sólida”, como descreve Marilena Chauí
(...) o alicerce sobre o qual se pode construir com segurança... Filosoficamente, fundamentar significa “encontrar, definir e estabelecer racionalmente os princípios, as causas e condições que determinam a existência, a forma e os comportamentos de alguma coisa, bem como as leis ou regras de suas mudanças. (CHAUÍ, 2013, p. 27) 
Em outras palavras, a categoria fundamentação representa essencialmente a dimensão da Filosofia como base de toda a existência humana, na busca de encontrar o sentido e valor do homem no mundo. Associa-se, a essa categoria, a palavra teoria, que vem do grego como “contemplar uma verdade com os olhos do espirito”.(Idem. P.27). Isso significa dizer que a fundamentação teórica é sinônimo de contemplação como ato de reflexão sistemática, lógica e racional da totalidade de sentido da existência humana, levantando os princípios, as causas e as condições do ser e agir deste homem no mundo. A crítica é a “capacidade para julgar, discernir e decidir corretamente”. A crítica não está como fato pejorativo ou banal, mas no modo de proceder uma avaliação profunda e radical sobre as origens e as condições de possibilidade de transformação das práticas humanas. Concretamente, o filósofo elabora uma crítica aos procedimentos e fundamentos da atividade científica, da religião, da produção artística, das práticas políticas e dos acontecimentos históricos. 
Nesse horizonte, a Filosofia constitui uma atividade que promove uma análise do saber e da ação humana. Ela é um ato de reflexão sobre a realidade e os seres humanos e estabelece uma investigação crítica das teorias e práticas cientificas, políticas, culturais, sociais, morais e religiosas do homem no mundo.
Em síntese, o filósofo Immanuel Kant (1966) elaborou as principais questões da Filosofia, que, retomadas pela filósofa Marilena Chauí (2013), estabeleceu de forma explicita:
Que podemos saber? É a pergunta sobre o conhecimento, isto é, sobre os fundamentos do pensamento em geral e do pensamento científico em particular;
Que podemos fazer? É a pergunta sobre a ação e expressão humana, isto é, sobre os fundamentos da ética, da política, das artes, das técnicas e da história;
Que podemos esperar? É a pergunta sobre a esperança de uma outra vida após a morte, isto é, sobre os fundamentos da religião. (Chauí, 2013 p. 28)
	Enfim, a Filosofia é o conhecimento da radicalidade existencial do homem nos diversos campos de sua existência, levantando o sentido e osfundamentos significativos da produção humana no decorrer da história. Tudo que decorre da experiência humana é possibilidade da reflexão filosófica como as obras produzidas no universo da arte, as relações sociais, as práticas provenientes da experiência com o sagrado, os valores morais de uma determinada comunidade, as relações de poder e a produção material no mundo do trabalho, constituindo assim, uma tarefa do filosofar.
b) A utilidade da Filosofia para a vida humana
Afinal, então, qual a utilidade da Filosofia?
A inspiração da resposta a esta questão remonta ao pensamento dos filósofos que, ao longo da história, estabeleceram parâmetros racionais e éticos para delinear a relevância da Filosofia no processo de constituição da vida humana e formação do pensamento filosófico na civilização ocidental.
A rigor, a Filosofia é conhecimento sistemático e verdadeiro, que tematiza o sentido da existência humana e compreende o homem como ser histórico que, mesmo estando permanentemente como ser por se fazer, vislumbra a unidade de significação da totalidade de sentido do ser, conhecer e agir na sua relação com a natureza e com os outros seres humanos. Assim, a vocação do filósofo é o desvendamento da realidade, do que está encoberto pelo convencional: o poder e os costumes. Na sociedade capitalista dividida em classes antagônicas, em que a classe economicamente dominante e politicamente dirigente concentra as riqueza materiais e impõe seu poder e sua força e a grande maioria da população vive na marginalização, na pobreza e na miséria demonstra uma realidade de injustiça, desigualdade e dominação. Neste quadro social, exige-se do filósofo uma atitude de coragem e ousadia, na tarefa permanente de explicitar o significado e a essência do ser do homem no mundo e sua força de agente de transformação da realidade vigente.
Em resumo, a utilidade da filosofia é expressa por Chauí (2013) com este pensamento:
Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às ideias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes.” (CHAUÍ, 2013, p. 29)
	Concluindo essa seção de aula sobre as noções básicas de Filosofia, podemos com precisão conceituá-la não como um conjunto de conhecimento fechado, absoluto ou um saber acabado, mas uma indagação constante sobre a verdade da vida humana. A Filosofia incessantemente problematiza e tematiza as condições de possibilidade do ser, do conhecer e do agir do homem no universo. Nesse processo de reflexão crítica e racional, de caráter totalizante a respeito da existência humana, o pensar filosófico lança o homem no caminho de encontrar a eudaimonia(Felicidade), como diziam os gregos, no sentido da felicidade que se efetiva pela conquista da humanidade e do exercício pleno da liberdade. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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