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FABIO MEDEIROS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ... JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO - RJ.
SAFIRA AZUL ESVERDEADA, naturalidade..., casada, profissão..., portador da carteira de identidade RG sob nº..., inscrito no CPF sob nº..., endereço eletrônico..., domicílio, residente no Rio de Janeiro – RJ e VICENTE MAIS OU MENOS DE SOUZA, naturalidade..., casado, profissão..., portador da carteira de identidade RG sob nº..., inscrito no CPF sob nº..., endereço eletrônico..., domicílio, residente no Rio de Janeiro – RJ, através de seu advogado que estes à subscrevem, com escritório profissional na ..., onde recebe notificações e intimações, vem, com o devido respeito perante Vossa Excelência, ajuizar:
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE DANOS MATERIAIS C/C DANOS MORAIS
Em face de: LET`S GO, pessoa jurídica de direito privado, com sede na cidade ..., pelos motivos de fatos e de direito que passa a expor:
PRELIMINARMENTE:
I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA:
Afirmam sob as penas da Lei, que não possuem condições financeiras para arcar com o pagamento das custas e honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, o que lhe assegura o benefício da Gratuidade de Justiça, nos termos da Lei nº 1.060/50 com alterações introduzidas pela Lei 7.519/86.
Escritório: Núcleo de prática jurídica Estácio de Sá Sulacap – RJ.
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II – DOS FATOS:
Os requerentes, que eram noivos na época do fato, relatam que no dia 20 de abril de 2017, embarcaram do Rio de Janeiro – RJ para São Paulo – SP, para celebração do casamento que seria realizado na cidade de Santos – SP. Ocorre que, ao chegarem na Capital Paulista na véspera do casamento, descobriram que um erro da RÉ, tinha feito suas malas pararem em outro avião, com destino a Roraima – AP. Após constatação do extravio das malas, os noivos fizeram uma reclamação com intuito de reavê-las, com protocolo de número: 001.223.445, junto a RÉ, que fez pouco caso. 
Ademais, a RÉ prometeu recuperar a bagagem assim que possível. No dia do casamento, Vicente entrou em contato com a RÉ mais uma vez, devido à urgência em reaver as malas, sendo seu apelo insuficiente. A RÉ informou que, ainda estava realizando os procedimentos para enviar as malas ao endereço correto e que não teria como precisar a data correta da devolução. Registra-se ainda que, o vestido de noiva e smoking que estavam nas malas extraviadas, somavam o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), e que não foram entregues a tempo para o casamento. Os noivos foram obrigados a usar as roupas do corpo, ou seja, calça jeans e camisa, na tão sonhada festa de casamento, causando – lhes grande dor emocional.
Em razão do exposto, e por ser uma relação de consumo, se socorre do amparo judicial e do Código de Defesa do Consumidor.
III- DO DIREITO:
Desta forma, o requerido invoca os artigos art. 2, 3 e 6, inciso VI, do CDC, por ser uma relação de consumo. 
IV. DOS DANOS MATERIAIS:
 	Os Autores requerem o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), monetariamente atualizado, referente ao valor do vestido de noiva e smoking.
Escritório: Núcleo de prática jurídica Estácio de Sá Sulacap – RJ.
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V- DOS DANOS MORAIS:
A nossa Constituição, prevê em seu artigo 5º, X, a indenização por danos morais, ”são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagens das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”, bem como o Código de Defesa do Consumidor, ao 
Dispor sobre os direitos básicos do consumidor, “a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos”. Com base nestes preceitos, o Requerente busca a efetiva reparação do dano sofrido.
O dano moral está configurado no caso concreto pelo dissabor, angústia, impotência e agressão sofrida pelo autor, que pagou por um produto sem tê-lo usado.
Vejamos o entendimento do STJ:
“... O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento firmado no sentido de que quanto ao dano moral não há que se falar em prova, deve-se, sim, comprovar o fato que gerou a dor, o sofrimento, sentimentos íntimos que o ensejam; provado o fato, impõe-se a condenação. Pro- 6 cesso: 1523211900 – Origem: Curitiba – 2ª Vara Cível – Número do Acórdão: 13714 – Decisão: Unânime –Òrgão Julgador: 5ª CÂMARA CIVEL- Relator: Roberto de Vicente – Data de Julgamento: Julg: 15/03/2005.
O requerente se sente humilhado e transtornado por ter tentado resolver um problema que deu causa o requerido, inclusive se dispondo de tempo para isso, para no final só ter passado raiva! Situação esta, Excelência, que não pode perdurar.
Escritório: Núcleo de prática jurídica Estácio de Sá Sulacap – RJ.
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Assim, estando presentes os três requisitos para a concessão da indenização por danos morais: o dano, o nexo de causalidade e a culpa ou dolo do agente, fica o agente causador do dano obrigado a repará-lo.
Verifica-se que o transtorno sofrido pelo requerente se deu mediante culpa do requerido, pela negligência em não reparar o produto danificado e deixá-lo em perfeitas condições ao uso. 
VI- DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA:
Partindo do pressuposto de ser o Consumidor a parte hipossuficiente nesta relação, e pelo fato de ser mais fácil para a Requerida fazer prova de suas alegações, devido a tecnologia e organização que possui, pugna-se, Vossa Excelência, pela aplicação do artigo 6º, VIII do Código de Defesa do Consumidor, o qual dispõe, “a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências”.
VII- DOS PEDIDOS:
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência:
A) A concessão da gratuidade da justiça;
B) A procedência dos pedidos;
C) A citação da RÉ para que no prazo legal apresente sua devida resposta, sob pena de revelia;
D) A imediata substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeita condições de uso, ou a restituição da quantia paga, monetariamente atualizada, sob pena de multa diária por descumprimento a ser arbitrada por este juízo; 
E) A condenação da Ré no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a título de danos morais;
F) A condenação da Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios;
G) A inversão do ônus da prova nos termos da Lei consumerista.
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VIII. DAS PROVAS:
Pretende provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito, em especial a documental, testemunhal e o depoimento pessoal do representante legal da empresa RÉ.
IX. DO VALOR DA CAUSA:
 Dá-se a presente causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais)
Nestes Termos, pede o deferimento
Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2017
ADVOGADO
OAB
Escritório: Núcleo de prática jurídica Estácio de Sá Sulacap – RJ.
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