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3 Sumário 1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 4 2- HISTÓRIA DO HAMBÚRGUER .............................................................................................................. 5 3- A PRODUÇÃO DE HAMBÚRGUER ........................................................................................................ 6 3.1- A FORMULAÇÃO DO HAMBÚRGUER ............................................................................................. 6 3.2- ELABORAÇÃO DE HAMBÚRGUERS .............................................................................................. 7 3.2.1- Ingredientes .................................................................................................................................... 8 3.2.2- Trituração ....................................................................................................................................... 8 3.2.3- Formação ........................................................................................................................................ 8 3.2.4- Envase ............................................................................................................................................. 9 3.3- PARÂMETROS E CONDIÇÕES FÍSICAS MAIS FAVORÁVEIS ...................................................... 9 3.3.1- Temperatura ................................................................................................................................... 9 3.3.2- Umidade Relativa do Ar................................................................................................................ 10 3.3.3- Atividade de água (AA) ................................................................................................................. 10 3.4- MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS NA PRODUÇÃO DE .............................................................. 11 HAMBURGUER...................................................................................................................................... 11 3.5- ADITIVOS/INGREDIENTES E SUAS FUNÇÕES ............................................................................. 12 3.6- CONDIMENTOS UTILIZADOS PARA A PRODUÇÃO DE ........................................................... 13 HAMBÚRGUER...................................................................................................................................... 13 3.7- EMBALAGENS ................................................................................................................................ 14 3.7.1- Envoltórios Plásticos .................................................................................................................... 15 4- COSUMO DE HAMBÚRGUER ............................................................................................................... 15 5-TIPOS ESPECIAIS DE HAMBÚRGUERS.............................................................................................. 16 5.1- HAMBURGUER LIGHT ................................................................................................................. 17 5.2- SUBSTITUTOS DE GORDURA ...................................................................................................... 17 5.2.1- Carragena ..................................................................................................................................... 18 5.2.2- Farelo de aveia e fibra de aveia ................................................................................................... 18 5.2.3- Proteínas de soja .......................................................................................................................... 18 6- ATUALIDADE ........................................................................................................................................... 19 7- FORMAÇÃO DE HAMBURGUERS ....................................................................................................... 20 7.1- DESCRIÇÃO DAS ETAPAS ............................................................................................................... 20 7.1.1- ELABORAÇÃO DA EMULSÃO .................................................................................................... 20 7.1.1.2- Recepção e estocagem da matéria-prima .................................................................................. 20 7.1.1.3- Pesagem ..................................................................................................................................... 20 7.1.1.4- Trituração e homogeinização .................................................................................................... 20 7.1.2- PREPARO DO TEMPERO ............................................................................................................... 21 7.1.2.1- Recepção, estocagem e pesagem dos condimentos ................................................................... 21 7.1.2.2- Dosagem e mistura .................................................................................................................... 21 7.1.3- TRITURAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA .......................................................................................... 21 7.1.4- MISTURA ......................................................................................................................................... 22 7.1.5- FORMAÇÃO, EMBALAGEM E EXPEDIÇÃO .............................................................................. 22 7.1.5.1- Formação ................................................................................................................................... 22 7.1.5.2- Congelamento ............................................................................................................................ 23 7.1.5.3- Classificação .............................................................................................................................. 23 7.1.5.4- Embalagem primária ................................................................................................................. 23 7.1.5.5- Detecção .................................................................................................................................... 23 7.1.5.6- Embalagem Secundária ............................................................................................................. 24 7.1.5.7- Estocagem e Expedição ............................................................................................................ 24 8- INSPEÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE ...................................................................................... 24 9- CONCLUSÃO ............................................................................................................................................ 24 10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 25 4 1- INTRODUÇÃO Nos últimos anos a avicultura e a bovinocultura brasileiras passaram por extraordinárias transformações, tornando o Brasil um dos maiores produtores e exportadores de carnes no mundo A carne é um dos produtos mais consumidos no mundo, como fonte de proteína e outros nutrientes de importância para o homem, na sua dieta alimentar, devido a grande variedade de técnicas de preparo a que pode ser submetida e ao seu sabor inigualável . A industrialização de carnes consiste na sua transformação das carnes em produtos cárneos. Realiza integralmente um ciclo que tem o início na produção de carne com qualidade Atualmente com a industrialização da carne, o hambúrguer é uma alternativapara o aproveitamento da carnes menos nobres, o que vem aumentar o lucro dos abatedouros. Assim, para profissionais da área de alimentos é um assunto de interesse que fornecerá subsídios para o desenvolvimento de novos produtos, conhecimento de inovações tecnológicas e caracterização de uma linha processadora de hambúrgueres. Mediante a importância e a popularidade do consumo de carnes, a transformação destas em produtos industrializados é de suma importância para praticidade, variedade e balanceamento do cardápio. Essa diversificação de oferta, inclui um grande número de produtos como almôndegas, hambúrgueres, empanados, lingüiças, mortadelas, salames, entre outros. Nos últimos anos especial atenção tem sido dada a alimentos que gastam menos tempo em sua preparação para o consumidor, de preço acessível, sabor agradável, de boa qualidade e também com menor teor de gordura . Hambúrguer é um produto cárneo industrializado, obtido da carne moída dos animais de açougue, adicionado ou não de tecido adiposo e ingredientes, moldado e submetido a processo tecnológico adequado. Trata-se de um produto que pode ser produzido cru, semi-frito, cozido, frito, congelado ou resfriado (O hambúrguer e sua formulação). Símbolo máximo do fast food, o hambúrguer foi injustamente subestimado à categoria de comida para apressados, que pouco tempo dispõem para apreciar uma refeição de verdade. Subestimado sim, já que é uma grande receita. Se elaborado com ingredientes de qualidade, dourado da maneira certa e acompanhado por guarnições adequadas, torna-se uma iguaria de encantar qualquer gourmet. Um dos últimos “Codex”, fórum americano de 5 estudos da alimentação, previu que o hambúrguer será o prato mais difundido no mundo até 2020, superando a fama da pizza. Talvez por isso, diversas nacionalidades insistem em ostentar para si a autoria desse best-seller culinário. 2- HISTÓRIA DO HAMBÚRGUER Não existe uma versão definitiva para a origem do hambúrguer. Uma delas, conta que tudo começou com os guerreiros tártaros que levavam carne embaixo da sela de seus cavalos, para amaciá-las e conservá-las. Elas eram consumidas sem serem cozidas. Em homenagem a esse fato os alemães batizaram o famoso prato de carne crua temperada com ovo cru, cebola, vinagre e sal de "steak tartar" (História, lendas e fatos: a história do hambúrguer). Quando os imigrantes germânicos originários de Hamburgo chegaram à América no início do século XIV, eles trouxeram sua receita, que foi frita para se adaptar ao gosto local. Com o passar do tempo ela foi se popularizando e evoluindo, tomando a forma do sanduíche que conhecemos hoje em dia (História, lendas e fatos: a história do hambúrguer). Na verdade, a origem do hambúrguer data do século XVIII quando era servido no prato, com cebolas e batatas, pelos germânicos. Foram os marinheiros alemães que partiam do porto de Hamburgo para a Rússia que começaram a cozinhar os bifes de carne, finamente picada, que os nômades da Europa Oriental e Ásia já utilizavam crus há muito tempo. Por influência dos imigrantes alemães, estes bifes redondos de carne moída, "hambúrguer beef - bifes ao estilo hamburguês", chegaram à América. Mas foi somente entre as décadas de 10 e 20 que ele se transformou mesmo em sanduíche. inserido entre duas fatias de pão, o hambúrguer passou a ser uma alternativa ao hot-dog durante os jogos da liga de beisebol, tornando-se para sempre uma alegoria do way of life americano. Em tempo: convém não confundir tal história com aquela que conta sobre um tal Lorde Sandwich, inglês e comandante das forças navais viciado no jogo, que acostumou a comer pedaços de carne entre duas fatias de pão para não ter de se separar das cartas. Embora muitos acreditem ser uma lenda, essa seria a origem do sanduíche, e não do hambúrguer (Com “H” maiúsculo). A responsável por dar a forma final e difundi-la para o grande público foi a White Castle, primeira cadeia de hambúrgueres do mundo, inaugurada em 1924 nos Estados Unidos. No Brasil a moda do hambúrguer se espalhou através da lanchonete Bob's, 6 que inaugurou sua primeira loja em 1952 em Copacabana, no Rio de Janeiro (História, lendas e fatos: a história do hambúrguer). Dificilmente o hambúrguer industrial, congelado por muito tempo e acrescido de farinha de soja, será um produto notável. O que merece esse status é feito artesanalmente, logo antes de ir ao fogo, respeitando a receita tradicional. Utiliza-se carne crua - patinho, contrafilé ou picanha, de preferência - e totalmente sem nervos. O percentual de gordura deve variar entre 5% e 10%, pois o excesso tomaria conta do sabor. Segundo especialistas, a carne deve ser picada na faca ou passada uma única vez na parte mais grossa do moedor a fim de evitar que fique pastosa. Dizemos também que não deve receber tempero nem nenhum tipo de liga, já que o gosto da carne deve prevalecer. Na hora de dourar, o ideal é que se use uma grelha ou chapa de metal em fogo alto para "selar" o hambúrguer e manter o suco no interior. 3- A PRODUÇÃO DE HAMBÚRGUER 3.1- A FORMULAÇÃO DO HAMBÚRGUER Entende-se por Hambúrguer o produto cárneo industrializado, obtido da carne moída dos animais de açougue, adicionado ou não de tecido adiposo e ingredientes, moldado e submetido a processo tecnológico adequado. Trata-se de um produto que pode ser produzido cru, semi-frito, cozido, frito, congelado ou resfriado (O Hambúrguer e sua Formulação) Alguns ingredientes podem ser acrescentados na formulação do Hambúrguer, eles são denominados como ingredientes opcionais: gordura animal, gordura vegetal, água, sal, proteínas de origem animal e/ou vegetal, leite em pó, açúcares, malto-dextrina, aditivos intencionais, condimentos, aromas e especiarias, vegetais, queijos (O Hambúrguer e sua Formulação) 7 Matéria-prima Carne bovina magra .................................................................................73,00Kg Papada......................................................................................................7,00Kg Proteína texturizada de soja fina, hidratada..................................................20,00Kg Ingredientes Sal...........................................................................................................1,500Kg Eritorbato de sódio....................................................................................0,010Kg Pimenta branca moída................................................................................0,100Kg Glutamato Monossódico..............................................................................0,200Kg Alho em pó................................................................................................a gosto Aroma de cebola.........................................................................................a gosto Tabela 1 – Formulação do Hambúrguer Fonte:Terra, 1998. A partir da formulação (matérias-primas) pode-se produzir vários tipos de hambúrguer. Os tipos comercializados de Hambúrguer em relação ao seu tipo de matéria- prima são: hambúrguer de carne bovina ou hambúrguer bovino, hambúrguer de carne suína ou hambúrguer suíno, hambúrguer de carne de peru ou hambúrguer de peru, hambúrguer de carne de frango ou hambúrguer de frango (O Hambúrguer e sua Formulação, 2004). 3.2- ELABORAÇÃO DE HAMBÚRGUERS Burguer deriva de hambúrguer, um principal embutido bovino que é cortado empedaços antes da cocção. Estes foram importados pelos Estados Unidos por imigrantes alemães e tornaram amplamente populares. No Reino Unido os mesmos produtos são conhecidos como beefburguers, ou burguers. 8 3.2.1- Ingredientes Os hambúrguers contém quantidades importantes de substâncias para aumentar o rendimento. Os produtos de soja diminuem significadamente a oxidação lipídica e a descoloração. O elevado conteúdo de carne, especialmente quando se usa bovina, significa que as ervas aromáticas e especiarias são menos importantes na aromatização dos hambúrguers que nas salsichas. O sal, contudo, está sempre presente por razões tecnológicas e sensoriais. Também existem hambúrguers novos que têm altos níveis de aromatizantes. Estes produtos podem ter também uma grande quantidade de corante. Em outros, não se usa corante. 3.2.2- Trituração Os hambúrguers têm um picado grosso para produzir textura fibrosa. Idealmente, a ação mecânica, junto com o sal, deveria ser suficiente para ligar ao produto antes e depois da cocção. Na prática , a necessidade de romper o tecido conectivo faz que seja necessária uma trituração mais intensa. O uso de carne de baixa qualidade que contém grandes quantidades de tecido conectivo pode fazer que o hambúrguer tenha uma textura não desejável, muito coesiva. Agora, estão usando bowl chopper na elaboração de hambúrguers, a trituração é bastante fina para uma boa qualidade do produto final. Por esta razão, a trituração, moer ou a formação de flocos são mais comuns. 3.2.3- Formação O método mais simples de formação é a prensa manual. Este método, é lento e somente adequado para a elaboração à pequena escala, os processos de extrusão são mais usados. Existem principalmente dois tipos: a extrusão no molde e a extrusão e fatiamento. 9 Nos dois casos são produzidos trabalho mecânico no bombeamento, etc., e este deveria minimizar-se para evitar uma ligação excessivamente firme. A extrusão no molde consiste na impulsão da mistura da através de um orifício a uma câmara de moldagem. Dependendo do desenho da máquina, se desenvolve uma considerável força de cizalhamento. A extrusão e fatiamento, são processos mais simples em que a mistura é levada através de um tubo e corta-se em formato circular com uma navalha ou guilhotina. O processo se ajusta pior com a elaboração à alta velocidade e pode dar lugar a uma aparência defeituosa aos desgarros. 3.2.4- Envase A embalagem dos hambúrgueres é simples. Os hambúrgueres são congelados e colocados em bandejas de poliestireno, separadas por papel para evitar a adesão, e envolve com uma película permeável. 3.3- PARÂMETROS E CONDIÇÕES FÍSICAS MAIS FAVORÁVEIS Os fatores ou parâmetros que podem e devem ser avaliados, todos de maior importância em todos os processos e manuseio de carne e produtos cárneos são os seguintes: temperatura, a umidade relativa do ar, a velocidade do ar, a intensidade de luz (que medida em “lux”, ou unidade de luz de vela), o valor de pH e o valor do “Aa” (atividade de água). 3.3.1- Temperatura As medidas de temperatura, são importantes, por exemplo, nas salas usadas desossa, estocagem e corte da carne, salas de refrigeração e congelamento, equipamentos para esterilização e cozimento de produtos cárneos. É também de grande importância a medição de temperatura interna da carne, durante a refrigeração, transporte e esterilização. 10 Dois objetivos devem ser alcançados pelo uso de diferentes temperaturas durante o manuseio e processamento da carne: a diminuição do desenvolvimento ou multiplicação de microrganismos pela baixa temperatura, ou uma destruição de microfloras existentes pela alta temperatura usada. A estocagem, sob refrigeração é feita nas temperaturas de –1 a +10ºC. Evidentemente, a temperatura mais baixa é mais efetiva na prevenção do crescimento microbiano. O crescimento de Clostridium é comumente inibido a temperatura abaixo de +10ºC, stafilococos abaixo de +7ºC e Salmonelas abaixo de +5ºC. Geralmente o crescimento das bactérias é interrompido a temperatura abaixo de –10ºC, leveduras abaixo de –12ºC e fungos abaixo de –18ºC. 3.3.2- Umidade Relativa do Ar A umidade relativa do ar, é importante nas salas de refrigeração, nas salas onde a embalagem é executada. A umidade relativa do ar é medida em porcentagem. A escala varia de 0 a 100%. Para o matadouro e a indústria de carne, a variação de 45 a 95% é de especial importância, mas, mesmo assim, pode-se chegar a umidade relativa de 100% onde a água se condensa na forma de gotículas (ponto de condensação) para diferentes temperaturas. A umidade tem que ser ajustada de tal maneira que o crescimento de microrganismos seja evitado. São recomendados os seguintes valores de “UR” para indústrias de carne: salas de embalagem (45-60%), câmara de refrigeração (85-95%). 3.3.3- Atividade de água (AA) A atividade da água ou Aa, é de importância para produtos de carne, processos tecnológicos e especialmente para vida-de-prateleira de determinados produtos. A vida-de-prateleira da carne e dos produtos cárneos pode ser estimada pela determinação de valor de Aa e do pH. A variação do valor de Aa é de 1,0 a 0,0 11 3.4- MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS NA PRODUÇÃO DE HAMBURGUER É grande a variedade de carnes empregadas pela indústria como matéria prima cárnea, indo desde os segmentos musculares até as vísceras, gorduras, sangue, pele e ligamentos. Dependendo do produto, é procedida a escolha do tipo de tecido, da qualidade, do estado e da espécie ou espécies animais a serem empregados. Nos produtos cárneos preparados, empregam-se matérias-primas de diversas espécies animais, como bovinos e suínos em especial, e também, para certos fins, de ovinos, caprinos, eqüinos, aves e pescado. A legislação alemã, exige que a carne se encontre refrigerada, limpa, sem odores anormais e isenta de ossos, esquírolas e cartilagens. As três primeiras categorias não devem conter porções sanguinolentas, glândulas ou carimbos; as carnes de suínos, excetuando os músculos da cabeça, devem estar isentas de pele e as gorduras com carne, toucinho e recorte gordurosos não devem conter sangue extravasado. As qualidades fundamentais da matéria-prima, seu grau de perecibilidade, os riscos que pode acarretar à saúde, a condição higiênico-sanitária, do ponto de vista tecnológico, devem revestir-se de características qualitativas que, nem sempre atendidas pela indústria, deveriam ser objeto de disposições regulamentares. Sabemos que a qualidade da carne é caracterizada levando-se em conta desde a criação com problemas ambientais como, água, clima, alimentação, idade e sexo dos animais. A aplicação do frio na conservação da carne permitirá uma inibição de crescimento bacteriológico e uma redução de número de bactérias presentes. Também vamos Ter uma redução de processo de oxidação da superfície da carne, evitando uma secagem excessiva. Se a carne antes do descongelamento foi mantido fora de refrigeração, há aumento de carga microbiológica, e este excesso de microrganismos vai produzir uma grande quantidade de enzimas que vão alterar as proteínas e as gorduras, mesmo duranteo congelamento. Isto traduzirá uma grande perda de qualidade na carne quando da sua utilização mostrando um manuseio inadequado. 12 3.5- ADITIVOS/INGREDIENTES E SUAS FUNÇÕES São “aditivos” todas aquelas substâncias que se adicionam aos alimentos, independentemente de qualquer consideração quanto à finalidade tecnológica ou de outro tipo. Alega que este conceito é valido também quando os ditivos possuem um certo valor nutritivo, caso em que seriam melhor definidos omo “ingredientes”. Assim sendo, os ingredientes representam componentes nutritivos essenciais. Para que se justifique o qualquer aditivo em alimentos, é preciso que ele tenha propósito útil, seja atóxico e exista um método analítico para determinar quantitativamente a sua presença. Algumas razões para o emprego de aditivos são: • Tornar possível a escolha de uma matéria-prima diferente; • Reduzir o tempo de processamento; • Auxiliar na conservação; • Eliminar falhas de processamento; • Aumentar o valor nutritivo; • Modificar a aparência; • Alterar as qualidades degustativas; • Contribuir para a uniformidade; • Melhorar a estabilidade; • Tornar o produto mais conveniente para o fabricante e consumidor. O Decreto nº 55.8571, de 26/03/1995, referente a normas reguladoras do emprego dos aditivos para alimentos assim classifica: • Antioxidantes: substância que retarda o aparecimento de alterações oxidativas nos alimentos; (antioxidantes devem ser usados, preferencialmente, nas matérias-primas, pois são mais eficazes do que quando usados no produto final) • Antiumectantes: substância capaz de reduzir as caraterísticas higroscópicas dos alimentos; • Aromatizantes: substância que confere e intensifica o aroma dos alimentos 13 • Conservadores: substância que impede ou retarda a alteração dos alimentos provocada por microrganismos ou enzimas; • Corantes: substância que intensifica a cor dos alimentos; (Carmim de Cochonilha - este é o corante natural obtido a partir de partes secas do corpo da fêmea do inseto Dactilopius coccus (joaninha); Corante Urucum - uma planta nativa das florestas tropicais, sendo o corante natural mais comercializado no mundo) • Edulcorantes: substância orgânica artificial, não glícica, capaz de conferir sabor doce aos alimentos; • Espessantes: substância capaz de aumentar, nos alimentos, a viscosidade de soluções, emulsões e suspensões; • Estabilizantes: substância que favorece e mantém as caraterísticas físicas de emulsões e suspensões; (Fosfatos - Estes ajudam conjuntamente com o sal a liberação das proteínas solúveis da carne; aumenta a retenção de umidade no produto, embora proporcione numerosos outros benefícios na maciez, cor, preservação do sabor e prevenção contra a rancidez oxidativa - ação sobre o pH) • Umectantes: substância capaz de evitar a perda de umidade dos alimentos. 3.6- CONDIMENTOS UTILIZADOS PARA A PRODUÇÃO DE HAMBÚRGUER Condimento é o termo genericamente aplicado para qualquer ingrediente ou constituinte que possa, por si ou em combinação com outros, desenvolver sabor e aroma ao produto cárneo. Pode ser utilizado na forma moída, óleo-resina e, às vezes, integral. Seu emprego em conservas, a especiaria, e outros produtos industriais, além de imprimir odores e sabores característicos, tem o mérito de agir como antioxidante em relação às gorduras. Esta propriedade é mais atribuída a algumas especiarias como: pimenta-do-reino; cravo; gengibre; noz-moscada; alecrim; sálvia e tomilho. • Cebola • Alho • Pimenta 14 3.7- EMBALAGENS A indústria de carnes é um setor de alimentos de grande relevância econômica. A manutenção da qualidade de carnes e derivados pode ser obtida por longos períodos em embalagens capazes de retardar a deterioração microbiológica, de manter uma coloração desejável, retardar a perda de umidade e a oxidação de gorduras, permitindo uma ampliação do alcance do sistema de distribuição destes produtos perecíveis. A manutenção de carne bovina em condições aeróbias, através do uso de embalagens permeáveis ao oxigênio, é desejável para manter uma coloração mais atraente para o consumidor, pois a mioglobina fica oxigenada. Por outro lado, o contato do produto com o oxigênio do ar favorece a deterioração microbiológica, que também degrada cor, e a vida útil do produto fica restrita a 2 a 4 dias. Um ambiente anaeróbico, obtidos com embalagem a vácuo com atmosfera modificada sem oxigênio, pode retardar o crescimento de microrganismos aeróbios deterioradores e aumentar a durabilidade dos produtos, para mais de 1 mês. Contudo, o pigmento da carne adquiri uma coloração arroxeada, que pode limitar a sua aceitação no mercado de varejo. Mesmo quando congelados, os produtos cárneos sofrem rancidez oxidativa. O mecanismo dessa reação é complexo e resulta no aparecimento de sabor e odor de ranço no produto, alterando a qualidade sensorial. O desenvolvimento de bactérias também podem acelerar a oxidação de algumas gorduras, com formação de odor e sabor desagradáveis. Os avanços tecnológicos verificados nos processos de acondicionamento de alimentos e na conversão de novos materiais flexíveis multicamadas têm sido, em parte, decorrente das exigências impostas pelos novos hábitos de consumos, caracterizados por maior exigência por qualidade, menor custo, maior conveniência de preparo, menores porções etc. As embalagens de produtos cárneos processados deve satisfazer as exigências do produto em termos de conservação, as exigências da indústria em termos de 15 produtividade, qualidade consistente e custo e as exigências mercadológicas de um sistema de comercialização extensivamente baseado em lojas de auto-serviço. As embalagens e os sistemas de embalagem são produzidos para manter a qualidade natural do produto através do fluxo comercial por parte do cliente. Este período de tempo se denomina de tempo de vida útil. A vida útil requerida para um produto depende da maneira como este é comercializado. O mercado deveria estabelecer as pautas que regem como e onde o produto é comercializado, identificando os parâmetros de tempo, temperatura de armazenamento e condições de exposição. Já que a embalagem é o principal instrumento de comercialização, deve permitir por meio de sua etiqueta a identificação do produto. pode trazer o desenho do produto, proporcionar informação do tamanho ou peso, dos ingredientes, de seu valor nutricional, da maneira de preparar, de sua qualidade ou categoria, que cumpre a regulamentação vigente e possivelmente outras informações adicionais de promoção. Sobretudo, deveria apresentar uma imagem que estimule o consumidor a comprar. 3.7.1- Envoltórios Plásticos Os envoltórios plásticos derivam de polímeros produzidos de derivados do petróleo ou do carvão mineral. Os polímeros de interesse para envoltórios ou embalagens de alimentos são os dotados de propriedades termoplásticas. Os plásticos possuem diversos graus de impermeabilidade; são transparentes e resistentes. 4- COSUMO DE HAMBÚRGUER Nos últimos anos tem sido dada aos perigos das dietas ricas em gordura, e como conseqüência, observa-se uma crescente valorização dos produtos com quantidades reduzidasdesse componente. Atualmente se observa uma intensa competição entre os setores de desenvolvimento de produtos nas indústrias, para oferecer aos consumidores alimentos com baixo teor em gordura. Os produtos cárneos convencionais possuem um alto 16 nível de gordura (20 a 30%). A maioria dos hambúrguers com teor de gordura reduzido possuem cerca de 10% desse componente. A diminuição do teor de gordura em produtos cárneos, no entanto, geralmente implica na redução de atributos de qualidade como maciez, suculência e rendimento. Os substitutos de gordura têm sido classificados pela AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION, de acordo com sua composição, em substância com base nos carboidratos, proteínas e lipídeos ou combinações destes. Pesquisas têm verificado que aqueles provenientes dos carboidratos como gomas, amidos e fibras, entre outros, melhoram as propriedades sensoriais de hambúrguers com teor de gordura reduzido , quando em concentrações de até 3%. O uso de fécula de batata, um produto amplamente disponível no mercado local, e produtos cárneos se apresenta promissor considerando que o amido deste tubérculo começa a gelatinizar na mesma temperatura que a carne começa a cozer. Isto significa que será necessária uma menor quantidade de amido de mandioca que de amidos de outro tipo para reter água e obter produtos suculentos. As vantagens de se usar farinhas de aveia em produtos cárneos têm sido justificadas pela sua habilidade em reter água nesses alimentos, inclusive durante o cozimento, por dar sensação bucal similar à gordura, pela ausência de sabor de cereais e porque contribui com fibra dietética nos produtos cárneos. 5-TIPOS ESPECIAIS DE HAMBÚRGUERS Os hambúrgueres permitem variações melhores que as salsichas frescas e nos últimos anos estão desenvolvendo uma grande variedade de produtos novos. O hambúrguer básico com queijo, por exemplo, tem queijo ralado incorporado à mistura. Isto dá lugar a um produto de considerável consistência e a princípio escasso sabor. Um produto mais sofisticado, que também parece muito com os hambúrguers de queijo, está constituído por hambúrguer básico coberto com queijo mussarela, ou uma base de queijo. O produto é coberto com pão ralado, antes do congelamento para manter a integridade. Os hambúrguers “para microondas” estão desenhados para serem cozinhadas por completo em um forno microondas. Usa-se uma embalagem especial para assegurar uma distribuição do calor eficaz e homogênea. O aquecimento em microondas 17 não induz tostagem e os hambúrguers cozidos desta forma têm aparência anêmica ao menos que se tomem precauções especiais. 5.1- HAMBURGUER LIGHT De acordo com a Secretaria da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia o hambúrguer é um aglomerado de carne picada e gordura que sofre um prensagem e uma subsequente moldagem, sendo depois congelado. Sendo o produto cárneo mais consumido nos Estados Unidos, inúmeros são os estudos sobre este produto na literatura. A legislação americana para produtos “low fat” exige que o conteúdo de gordura do mesmo não exeda 3g/100g do produto. A legislação considera ainda que os produtos do tipo hambúrguer ou carne moída de baixo teor de gordura, contendo ingredientes adicionais, deve conter até 10% de gordura e não mais de 30% de uma combinação de gordura e outros ingredientes. Algumas alternativas tecnológicas para obtenção deste produto estão descritas abaixo. Controle do tamanho das partículas cárneas, utilizando-se orifícios de diâmetro superior aos normalmente utilizados nos moedores para este tipo de produto. Utilização de orifícios de 3/6 pol (0,48cm), ao invés de 1/8 pol (0,32cm) melhoram a qualidade organoléptica do produto. 5.2- SUBSTITUTOS DE GORDURA É importante salientar que muitos ingredientes são adicionados a produtos cárneos com o objetivo de melhorar a capacidade de retenção de água e gordura, o rendimento no cozimento, a fatiabilidade, o sabor e além de reduzirem o custo da formulação. Entretanto, é conveniente ressaltar que o principal objetivo na formulação com baixo teor de gordura deve ser a redução do teor de gordura e não do custo da formulação. 18 5.2.1- Carragena É o ingrediente mais usado na formulação de produtos com baixo teor de gordura. As carregenas existem em três formas, recomenda-se a iota carragena para hambúrguer com baixo teor de gordura. A carragena, além de reter água, é solúvel a frio e suporta o congelamento seguido de descongelamento, facilitando o processamento. Apesar da funcionalidade da carragena não esta completamente elucidada, observa-se que, tendo em vista o tamanho e a forma de suas partículas, ela assemelha-se à gordura contribuindo para as características organolépticas do produto. 5.2.2- Farelo de aveia e fibra de aveia Tem boa capacidade de retenção de água e podem imitar a cor e a textura da gordura. Estudos realizados utilizando-se uma mistura de farelo com condimentos em hambúrguer com 10% de gordura apresentou rendimento no cozimento superior (15% > ) ao do controle com 20% de gordura. A falta de critério para a utilização deste produto pode ocasionar; pouca capacidade de retenção de água no produto cru, o que dificulta a formação do hambúrguer, cor pouco atrativa, menor estabilidade, alteração da textura após o cozimento, sabores estranhos e diminuição da vida de prateleira. Recomenda-se a utilização destes produtos em alimentos congelados utilizados em fast foods ou restaurantes industrias. Temperaturas muito elevadas no preparo podem afetar a suculência do produto. 5.2.3- Proteínas de soja Três tipos de produtos a base de proteína de soja são normalmente utilizados como extensores ou ligantes em produtos cárneos: farinha de soja (50%P) (3,5% uso), concentrado protéico de soja (70%) (3,5% uso) e proteína de soja (mínimo 90%P) (2% uso). Foi desenvolvido um isolado protéico hidratado (1:3), comercializado congelado em 19 grânulos, cuja características funcionais contribuem para a textura (maior maciez) e suculência (via estabilização da gordura) do hambúrguer com ela preparado. As vantagens atribuídas à proteína de soja são: familiaridade com o ingrediente, facilidade de uso e qualidade nutricional, que contribuem com a aceitação por parte do consumidor. Assim como qualquer produto cárneo com baixo teor de gordura, o uso de proteínas derivada da soja requer cuidados maiores com a condimentação, o uso de tripofosfato, sal encapsulado, uso de proteínas vegetais hidrolizadas ou proteínas do leite hidrolizadas, estrato de carne para tornarem os produtos comparáveis aos que contém gorgura. Estudos revelam ainda que, alguns tipos de produtos a base de proteína de soja (proteína texturizada de soja) pode acelerara a deterioração por microrganismos reduzindo a vida de pratileira. 6- ATUALIDADE A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e do Abastecimento acaba de aprovar as Instruções Normativas nº 20,21 e 22, publicadas no diário Oficial de 03/08/2000, Seção I, págs. 7 a 28, que instituem a novas regulamentação para os produtos industrializados cárneos. Ao todo, foram contemplados 25 produtos, cujasnormas entraram em vigor a partir da data de sua aprovação, no início de agosto (Aprovadas as normas técnicas para 25 produtos cárneos, 2000). Ingredientes obrigatórios: Carne de diferentes espécies de animais de açougue. Ingredientes Opcionais: Gordura animal, gordura vegetal, água, sal, proteínas de origem animal e/ou vegetal, leite em pó, açucares, maltodextrina, aditivos intencionais, condimentos, aromas e especiarias, vegetais, queijos, outros recheios. Permite-se, no limite máximo de 30%, a adição de carne mecanicamente separada, exclusivamente em hambúrguer cozido. Será permitida a adição de 4,0% (máx.) de proteína não cárnea de forma agregada. 20 7- FORMAÇÃO DE HAMBURGUERS 7.1- DESCRIÇÃO DAS ETAPAS 7.1.1- ELABORAÇÃO DA EMULSÃO 7.1.1.2- Recepção e estocagem da matéria-prima A matéria-prima bovina (carne de terceira e gordura) é recebida na câmara de descongelamento procedente de frigoríficos da região sendo de boa procedência. A temperatura da matéria-prima na câmara de estocagem é de –11ºC. 7.1.1.3- Pesagem As matérias-primas que ficam na câmara fria, e os condimentos, são colocados em carrinhos (caçambas) e pesados separadamente em balança de piso, de acordo com a lista técnica. 7.1.1.4- Trituração e homogeinização Nesta etapa são colocadas matérias-primas (carne e gordura bovina, água) e aditivos (proteína de soja micronizada e antioxidante) no cutter (possui uma navalha de 4 pontas) de trituração com as navalhas ligadas com velocidade baixa, conforme a lista técnica. Em seguida as navalhas são acionadas em máxima velocidade até picar de forma que não se note pedaços, completando a emulsão. O ponto final de trituração se estabelece 21 quando a emulsão adquire aspecto homogêneo, que é verificado visualmente pelo operador. No final da trituração/homogeinização a emulsão é colocada em caçambas e encaminhada para a sala de formação. 7.1.2- PREPARO DO TEMPERO 7.1.2.1- Recepção, estocagem e pesagem dos condimentos Os condimentos (sal, alho em pó, pimenta branca, realçador de sabor – glutamato monossódico, corante natural urucum, antioxidante BHT e BHA, proteína de soja texturizada caramelo) são recebidos do DMS (depósito de material seco), colocados na sala de embalagem, e levados em carrinhos para a sala de condimentos. Em seguida os sacos com os condimentos, são pesados e identificados. 7.1.2.2- Dosagem e mistura O registro da água é aberto e a mesma cai em uma caçamba a água é pesada e misturada com o antioxidante, depois é colocada no misturador de condimentos juntamente com os condimentos (pimenta branca, urucum, sal, eritorbato de sódio, glutamato monossódico e antioxidante) e proteína texturizada de soja que já estavam pesados. São homegeinizados até a completa absorção da água pela proteína texturizada de soja. 7.1.3- TRITURAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA A carne de recorte (quando não tiver esta carne pode ser lombinho, diafragma ou carne de terceira), gordura, cebola, coxa B e CMS congelados – todos 22 provenientes da câmara de congelamento - são desembalados e pesados. Caso falte ainda o peso a carne congelada é cortada em serra elétrica e são colocados na esteira que encaminha as matérias-primas para a primeira moagem que possui detector de metais. O triturador possui navalhas de quatro pontas e furos de 18 a 22mm. 7.1.4- MISTURA Mistura-se a emulsão, proveniente da sala de massa; o condimento e proteína de soja, proveniente da sala de condimentos; e as matérias-primas trituradas por 25-40 segundos (depende da temperatura da massa) em misturador que possui navalhas de quatro pontas que misturam tanto do lado esquerdo quanto do lado esquerdo. Logo após, faz-se a 2ª moagem (disco de 05mm) a temperatura da massa tem que estar de –2 a –5ºC para ir para a formadora. É transportada através do “caracol” para as formadoras. 7.1.5- FORMAÇÃO, EMBALAGEM E EXPEDIÇÃO 7.1.5.1- Formação As peças são formadas em equipamento próprio (Formax - F26). Quando a massa é colocada na máquina, existe um rotor que alimenta a placa de formação; os canecos, que possuem o formato do produto assim como a placa. Movida a sistema hidráulico e esteira em aço inox. Nestes equipamentos a massa é comprimida através de um pistão e molde, dá-se a forma final ao produto. O hambúrguer é pesado de 30 em 30 minutos para verificar se está dentro do padrão. As placas possuem espessura de 6.5 a 7,3mm e diâmetro de 97,4 – 98,4mm. 23 7.1.5.2- Congelamento Em seguida, os hambúrguers são levados por uma esteira transportadora para o giro-freezer e giram durante 30 minutos dentro do mesmo atingindo a temperatura padrão para o produto. A temperatura do giro-freezer tem que estar – 37ºC abaixo. O produto entra em média com uma temperatura de 2 a 4ºC, e sai com uma temperatura de – 18ºC. O tempo de congelamento pode ser controlado pela velocidade da esteira (maior ou menor, conforme a temperatura de saída desejada para o produto). 7.1.5.3- Classificação Após congelamento, o produto que cai através de um “tubogan” para a embalagem primária. Os mesmos são colocados nas máquinas de embalar pelos manipuladores, onde os mesmos selecionam o produto retirando os mal-formados. 7.1.5.4- Embalagem primária As peças são encaminhadas para equipamento próprio (ULMAS) por abastecedores para serem embaladas uma a uma em embalagem com duas unidades de HBV em filme de PEBD (polietileno de baixa densidade) 7.1.5.5- Detecção Depois caem em esteiras na embalagem secundária onde são separadas manualmente. As peças passam por um detector que acusa se há presença de metais no produto e/ou se o produto está em temperatura mais alta. 24 7.1.5.6- Embalagem Secundária Depois as peças embaladas são encaixotadas manualmente em caixas de papelão ondulado, colocando-se 36 peças de hambúrguers em cada caixa. 7.1.5.7- Estocagem e Expedição Após a embalagem, as caixas são destinadas à paletização (pallet de plástico), são mantidos em câmaras de congelamento e após autorização do controle de qualidade vão para o comércio através de caminhões com sistema de refrigeração. 8- INSPEÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE Para garantir um produto de boa qualidade, é realizado um controle sistemático em cada etapa do processamento. De acordo com o Ministério da Agricultura e o Serviço de Inspeção Federal (SIF), os procedimentos de controle e inspeção devem ser feitos a partir da matéria-prima até o produto acabado. Os padrões dos produtos são dados da empresa, que são inspecionados pelo SIF para garantir que o consumidor não seja lesado. 9- Conclusão Conclui-se que elaboração do HBV é um processo relativamente simples, onde toda a matéria-prima é sujeita à trituração ficando em pequenas partes de forma que 25 não note pedaços, e que misturados aos ingredientes, formam um sistema homogêneo por ação puramente mecânica sem adição de agentes emulsionantes.O diâmetro dos discos de moagem e o tempo de mistura são fundamentais para uma boa homogeinidade da massa e temperatura ideal para a formação do HBV. Exige na elaboração do hambúrguer uma especial atenção em todo o processo e treinamento adequado dos funcionários na operação das máquinas e produção do produto. Por se tratar de carne, um produto de alta perecibilidade, é importante o estabelecimento de parâmetros de controle de qualidade como temperatura, higienização das máquinas e materiais envolvidos, características físico-química, microbiológicas e sensoriais da matéria-prima utilizadas. Além disso, é imprescindível que haja controle em cada etapa do processo evitando riscos de contaminação, garantindo que o produto final seja de boa qualidade não colocando em risco a integridade do consumidor, que vai consumir um produto saudável, nutritivo pelo grande teor de proteínas. A adição de matérias-primas e ingredientes de baixo custo torna o produto mais viável economicamente, sendo que, o hambúrguer é bastante popular, bem acessível ao consumidor, saboroso e prático pela rapidez de sua preparação. Essas matérias-primas aumentam o teor nutritivo (proteína de soja) e mineral do produto. Também pode ser utilizada outras matérias-primas para reduzir o teor de gordura atendendo qualquer parcela da população. 10- Referências Bibliográficas Alimenta. Disponível em: http://www.alimenta.com.br, Acesso em: 10 abril 2011 Aprovadas as normas técnicas para 25 produtos cárneos. Revista Nacional da Carne, São Paulo, nº282, p. 90-95, agosto 2000. Com “H” maiúsculo. Disponível em : www1.uol.com.br/cybercook . Acesso em: 09 abril 2011. História, lendas e fatos - A história do hambúrguer. Disponível em: www1.uol.com.br/cybercook. Acesso em: 11 abril 2011. O hambúrguer e sua formulação. Disponível em : http://www.capes.gov.br, Acesso em: 18 abril 2011. Perdigão. Disponível em: http//www.perdigão.com.br. Acesso em: 11 abril 2011 26
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