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1 
 
As gratificações e seus 
desdobramentos 
 
Tipos de Gratificação: 
 
- Ajustada: 
 
- Tácita: a vontade de se obrigar ao pagamento da gratificação pode estar implícita na 
conduta de quem efetua. 
 
Há integração dessa gratificação no salário? 
 
- 1ª Corrente: Teoria Subjetiva – somente as acordadas, ajustadas, têm natureza 
salarial, vez que as outras são mera liberalidade. 
 
- 2ª Corrente: Teoria Objetiva – Tácito ou Expressa, vontade condicionada (súmula 207 
do STF e súmula 152 do TST). 
 
Acompanham esta corrente: Sussekind, Délio, Catharino, Orlando Gomes, Carrion, 
Godinho, Sanserrivo, Alice Monteiro. 
 
Requisitos para Integração da gratificação ao salário do empregado: 
 
1. Periodicidade no pagamento: Apesar da repetição ser anual, todo ano é paga. 
Ex. 13° salário (anual). 
 
2. Habitualidade: Pago metade ou mais da metade em um período. Quando paga com 
habitualidade, a gratificação incide em tudo, inclusive no FGTS e 13° salário. 
Não habitual - não incide em férias, aviso prévio. 
 
OBS: Caso o empregado receba uma gratificação periódica (anual), deve incidir sobre o 
13° salário, mesmo que não se saiba ao certo que o empregado irá receber novamente 
essa gratificação no ano seguinte. 
 Para o TST, integra se for paga com habitualidade e periodicidade – Súmulas 102, 
VI, 226 e 253 do TST. 
 
Diferença de Prêmio: 
 
Os prêmios são um suplemento salarial que visam recompensar o trabalhador que 
teve melhor desempenho ou eficiência no serviço. 
 
Sussekind, Evaristo: “Prêmio seria individual e gratificação coletiva” (súmula 209 do 
STF). 
 
 
 
2 
 
O que quer dizer essa súmula (209 STF)? Uma vez atingida a meta, no mês 
seguinte, o empregador não poderá deixar de pagar o “prêmio” por única e exclusiva 
vontade (unilateralmente). 
 
Gratificação por Quebra de Caixa: 
 
É paga apenas aos empregados que exercem função de caixa e tem a finalidade de 
remunerar a maior responsabilidade que a função exige, já que o empregado pode 
cometer erros involuntários na contagem do dinheiro, que podem acarretar em 
descontos no salário por diferenças no caixa. Devendo haver previsão contratual para o 
desconto (Art. 462, §1° da CLT, Súmula 247 do TST). 
 
Natureza jurídica: 
 
a) Mera Liberalidade, o empregador não tem obrigação; integraria porque a gratificação 
seria espontânea. 
 
b) Sem natureza salarial com caráter de compensação – Sussekind, José Rodrigues. 
Sérgio Pinto: “Valor pago mensalmente, sem a ocorrência de dano ou valor superior ao 
prejuízo” - teria natureza salarial (contradição); o valor da gratificação tem que ser 
superior ao dano (prejuízo). Alice Monteiro: “Se não houver autorização para o desconto 
de erro de caixa, esta gratificação teria natureza salarial, uma vez que o desconto é 
ilegal.” 
 
Gratificação por Tempo de Serviço: 
 
Normalmente é fixada por ano e visa incentivar ou agraciar o empregado mais 
antigo. Só é devida depois de preenchidos os requisitos, isto é, quando o empregado 
contar com tempo de serviço necessário para a aquisição do direito. 
 
 Anuênio – um ano 
 Biênio – dois anos 
 Quinquênio – cinco anos 
De acordo com o TST, esta gratificação integra o salário do empregado (súmula 
203 do TST) e, portanto, repercute na hora extra (súmula 226, 264 do TST), na 
gratificação do art. 224, §2º da CLT (súmula 240 do TST), mas não no RSR (súmula 225 
do TST). 
 
Diárias para viagens: 
 
Quanto às diárias para viagens, deverão ser maiores que cinquenta por cento do 
salário do empregado (artigo 457, § 2o da CLT), quando incorporam-se por inteiro ao 
salário do empregado (Enunciado n.o 101, TST). 
 
Abonos: 
 
 
 
3 
 
Quanto aos abonos pagos pelo empregador, por terem uma natureza de 
recomposição das verbas salariais depreciadas pela inflação, nada mais fazem que 
atualizar a contraprestação ofertada pelo empregador ao empregado, em razão de um 
contrato de trabalho, e, por esta razão, em que pese o histórico de leis anteriores em 
contrário, possuem hoje natureza salarial. 
 
Parcelas não integrantes do salário (Ajudas de Custo): 
 
Quanto às verbas sem caráter salarial, enumeram-se, além das utilidades 
funcionais: 
1) As gorjetas, pagas por terceiros ao empregado espontaneamente ou cobrada pela 
empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada à 
distribuição aos empregados (artigo 457, § 3o, CLT). 
 
2) As já citadas diárias para viagem, quando não excedentes de 50 % (cinquenta por 
cento) do salário do empregado. 
 
3) As ajudas de custo, que são verbas pagas ao empregado que é transferido de 
forma definitiva para outro lugar de trabalho (artigo 470, CLT). 
 
4) A participação nos lucros, que não possui natureza salarial (artigo 7o, XI, 
CRFB/88; artigo 3o, Lei n.o 10.101/00). 
 
5) As verbas de representação, uma parcela paga pelo empregador ao empregado 
para que ostente um melhor nível de vida perante terceiros e preserve a imagem 
do empregador perante estes. 
 
6) Os auxílios para compensar diferenças de caixa (quebras de caixa), verbas pagas 
pelo empregador a certos empregados que recebem e dão dinheiro em prol da 
atividade empresarial e que nas quais podem ocorrer erros (quanto aos itens 5 e 
6, vide José Martins Catharino, Tratado..., pp. 580-581). 
 
7) O seguro-desemprego, parcela paga ao empregado que fica desempregado, 
cumpridas certas condições (Lei n.o 8.900/94; Resolução n.o 252/2000 do 
CODEFAT, artigo 3o) com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. 
 
8) O abono do PIS/PASEP, pago anualmente aos trabalhadores que ganham até dois 
salários mínimos, quer trabalhem na iniciativa privada, quer trabalhem na 
iniciativa pública (artigo 239, § 3o da CRFB/88; c/c artigo 1o, Lei n.o 7.859/99). 
 
 9) As parcelas de alimentação, mesmo que sem caráter funcional, se dentro do 
Programa de Alimentação Salarial (artigo 3o da Lei n.o 6.321/76; OJ n.o 133 da SDI-1 do 
TST); 
 
 10) As parcelas pagas sob o sistema de vale-transporte (artigo 2o, a, Lei n.o 
7.418/85). 
 
 
 
4 
 
 11) O salário-educação, contribuição social paga pelo empregador à União (artigo 
212, § 5o, CRFB/88; Leis n.o 9.424/96; art. 3o, Lei n.o 9.766/98). 
 
 12) O salário-família, pago aos segurados de baixa renda do INSS (exceto os 
domésticos) por cada filho até catorze anos de idade que estes tiverem (artigo 7o, XII, 
CRFB/88 c/c artigo 70, Lei n.o 8.213/91). 
13) As contribuições dos empregadores pagas em prol de planos de benefícios das 
entidades de previdência privada (CRFB/88, artigo 202, § 2o). 
 
14) A moradia e a infraestrutura básica cedidas pelo empregador, se 
caracterizadas como tais, em contrato escrito celebrado entre empregado e empregador 
rurais, com testemunhas e notificação obrigatória ao respectivo sindicato de 
trabalhadores rurais (artigo 9o, § 5o da Lei n.o 5.889/73, acrescentado pela Lei n.o 
9.300/96), embora João de Lima Teixeira Filho (Instituições..., v.1, p. 671) defenda que 
esta norma é de constitucionalidade duvidosa, vez que os empregados rurais, desde a 
Constituição da República de 1988, encontram-se plenamente equiparados aos 
empregados urbanos (artigo 7o, caput). 
 
15) As gueltas, que, como explica Valentin Carrion (Comentários..., p. 293), são 
gratificações ou prêmios que terceiros oferecem aos empregados pela produção, 
trazendo benefícios àqueles terceiros, como a parcela que uma empresa de cartão de 
crédito oferece a empregados de um banco pelas operações realizadas para os produtos 
daquela primeira. 
 
16) A ajuda compensatória mensal que o empregador poderá conceder ao 
empregado durante o lay off (artigo 476-A, § 3o, CLT). Lembre-se apenas que as 
gorjetas, ao contrário das demais verbas trazidas neste parágrafo, possuem natureza 
remuneratória (artigo 457, caput, CLT).

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