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Resumo Penal II AV1 certo

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DIREITO PENAL – AV1
CONCURSO DE PESSOAS
ART. 29 CP – “Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.”
• Gênero autoria/coautoria 
 partícipe moral – induzimento; instigação (fazer brotar a ideia criminosa na cabeça do autor – Grecco). 
 partícipe material – auxílio material. 
*O partícipe só pode cometer crime omisso se o serviço prestado for material. 
Ex.: Empregada sabe que a casa do patrão será assaltada e desliga o alarme, propositalmente.
Requisitos do concurso de pessoas:
- Pluralidade de agentes e condutas; 
(Para Grecco, o agente garantidor é coautor; para Capez, será partícipe).
- Liame subjetivo 
(Liame previamente combinado e liame por adesão). 
- Nexo causal
- Identidade de infração
(Regra: teoria monista).
*A doutrina admite crime culposo em concurso de pessoas, se for comprovado liame.
Ex.: 2 operários decidem não usar o material de segurança na obra e, por causa disso, um cai e mata um pedestre (serão coautores do crime de homicídio culposo).
 Presentes todos os requisitos para o concurso de pessoas, se o perfil do agente não for de autor, automaticamente ele será partícipe. 
QUEM É O AUTOR?
Teoria Restritiva: Descrito no verbo da lei (objetiva formal).
Teoria do Domínio Final do Fato (“senhor do fato”): Mandante/ autor intelectual.
Teoria do Domínio Funcional do Fato: O autor é aquele que possui uma função na divisão de tarefas. 
*Nessa teoria, determinado agente só poderá ser considerado partícipe se sua conduta for irrelevante para a execução do crime. 
• Participação:
Teoria da Acessoriedade Limitada: Possibilita que o partícipe, sendo maior de idade, de crime cometido por adolescente infrator (inimputável), não fique isento da responsabilidade penal pela não culpabilidade do autor menor de idade. Nesse caso, o partícipe será punido apenas se o autor tiver iniciado a execução do crime (atos preparatórios não são puníveis, os executórios, sim).
Ex.: A contrata B e C para matarem uma pessoa. C e B começam a execução, B desiste e C continua atirando, mas a pessoa não morre. B – lesão corporal (desistência voluntária)/ A e C – tentativa de homicídio. 
AUTORIA MEDIATA
- Não tem liame
- Usa teoria do domínio final do fato
- Não tem concurso de pessoas (o autor intelectual planeja tudo e usa um instrumento pra execução).
- Na autoria mediata não existe crime de mão própria (atuação pessoal).
Hipóteses:
1°) Uso de instrumento impunível em razão de condição pessoal (criança, doente mental). – art. 62, III, segunda parte CP.
2°) Erro provocado por terceiros. – art. 20 § 2° CP.
3°) Coação moral irresistível e obediência hierárquica. – art. 22 CP.
AUTORIA COLATERAL
- Não há concurso de pessoas
- Simultaneidade sem liame pessoas no mesmo lugar, praticando a mesma conduta, mas sem ter vínculo psicológico entre elas.
Ex.: A e B decidem matar C, mas não sabem um do outro. Os dois atiram em C, que morre. Ver de quem foi o tiro fatal (avaliar o nexo causal). Se descobrir, será autoria colateral certa; se não, será autoria colateral incerta (nesse caso, A e B respondem por tentativa de homicídio. 
DESVIO SUBJETIVO DE CONDUTA/COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA (art. 29 § 2°)
É necessário analisar a linha de desdobramento causal normal do crime inicialmente acordado, se deste desdobramento advir: 
Previsão: responde por tudo. 
Ex.: roubo com uso de moto, o carona atira. Piloto e carona respondem latrocínio, pois está dentro da linha de previsão do roubo.
Previsibilidade: traz um aumento de pena até a metade. 
Ex.: A instiga B a bater em C, sabendo que B é violento e que poderia se exceder e matar C. Nesse caso, A responde por lesão com pena aumentada.
Nem ao menos previsilibidade (nada): não poderá ser punido por ausência de dolo e culpa. 
Ex.: A e B resolvem furtar uma casa. A fica do lado de fora vigiando, enquanto B entra para furtar. Lá, B se depara com uma mulher dormindo e resolve estuprá-la. Nesse caso, somente B responderá por furto e estupro. A responde só por furto. 
COMUNICABILIDADE DAS CIRCUNTÂNCIAS – art. 30 CP
Objetivas: Só se comunicam se houver ciência.
Ex.: O marido manda matar a esposa sem dor e contrata um pistoleiro para isso. Entretanto, sem o marido saber, o pistoleiro tortura a mulher antes de matá-la. Nesse caso, o marido responde por homicídio sem a qualificante tortura. 
Subjetivas: Nunca se comunicam, mesmo havendo ciência.
Ex.: A filha contrata um pistoleiro para matar os pais (ele tinha ciência da ascendência). A descendência não influenciará na dosimetria da pena do pistoleiro, apenas da filha (Caso da Suzana Von Richtoffen com os irmãos Cravinho).
Elementares: mesmo subjetivas, se comunicam se houver ciência.
Ex.: Quem ajuda funcionário público a cometer peculato, sabendo desta condição, também responderá por peculato // Pai e mãe matam o filho, sufocando-o com travesseiro – os dois cometem infanticídio.
CONCURSO DE CRIMES
- As penas serão fixadas por: cúmulo material soma-se as penas; e por exasperação soma-se até a metade da pena do artigo em questão (ajuda o réu).
Concurso Material (art. 65 CP): Mais de uma ação/omissão que acarreta em mais de um crime.
- Usa-se o cúmulo material
Concurso Formal: Uma ação/omissão que acarreta em mais de um crime.
• concurso formal impróprio/imperfeito (art. 70, 2° parte CP)
 - Usa-se o cúmulo material
 - Dolos
 - Desígnios autônomos
Ex.: A com intenção de matar B, sabendo que B mora com sua família, envenena a água da casa de B. (1 conduta – envenenamento da água; vários crimes – matou B e sua família). // Pistoleiro mata uma grávida (homicídio e aborto).
• concurso formal próprio/perfeito (art. 70, 1° parte CP)
 - Usa-se a exasperação
 
 1° hipótese crime culposo.
Ex.: Acidente de trânsito – motorista de ônibus.
 2° hipótese dolo único.
Ex.: Assalto ao ônibus – 1 conduta fracionada em vários atos. (art. 157 § 2°, I e II – 8 anos -> pena – 8 + 4 = 12 anos)
 3° hipótese Erro (art. 73 e 74 CP).
Ex.: A manda um bolo envenenado pra B, sabendo que B mora sozinho e não tem o costume de receber ninguém. Coincidentemente, quando B recebe o bolo, um amigo lhe faz uma visita, come o bolo e morre. 
* Apenas na situação de erro, na exasperação pode ter uma pena maior que no cúmulo material. Caso isso aconteça, o juiz usará o cúmulo material.
Crime Continuado: Mais de uma conduta que acarreta em mais de um crime (+ requisitos especiais).
- Usa-se a exasperação
- Ficção jurídica
- Crimes praticados em cadeia
Ex.: A empregada tem a intenção de roubar 100 reais do patrão, mas o faz em parcelas de 20 reais por dia, durante 5 dias para que ele não perceba (ela praticou vários furtos, mas será julgada como se tivesse praticado apenas 1).
Requisitos objetivos (art. 70 CP) 
- os crimes precisam ser do mesmo tipo penal;
- o tempo entre os crimes não pode exceder 30 dia;
- precisa haver uma semelhança entre os lugares;
- o modo de execução precisa ser semelhante (modus operandi).
Requisitos subjetivos único impulso volitivo/dolo único.
* Serial killer: Não é crime continuado, pois ele mata e só mata novamente quando tem vontade (é um ciclo) nesse caso, as penas serão somadas (cúmulo material).
TEORIA DA PENA
Princípios:
- Dignidade Humana
- Legalidade e Anterioridade (não há crime sem lei anterior que o define e nem pena sem prévia cominação legal)
- Razoabilidade e Proporcionalidade
- Intranscendência/personalidade/pessoalidade (a pena não pode passar da pessoa do condenado) 
 *Em caso de gêmeos siameses em que só um pratique o crime, os dois ficarão livres.
- Individualização da Pena (fundamentou a progressão de regime em crimes hediondos – STF)
 • Criação da pena ( precisa analisar o caso concreto, não pode ser um padrão_
 • Fixação da pena pelo juiz (individualizar a pena seguindo os princípios da razoabilidade e proporcionalidade)
• Execução da pena (individualizar a pena separando os presos porsexo e idade)
PENAS
As penas tem como finalidade a ressocialização, a prevenção e a retribuição.
Progressão de regime: tempo + mérito (além do comportamento, hoje o juiz também pode pedir um exame criminológico – Súmula Vinculante 26 STF; O juiz pode até negar a progressão, mas ele é obrigado a analisar o mérito).
• Regra: o preso só poderá progredir para regime menos rigoroso quando ele tiver cumprido ao menos ⅙ da pena e ostentar bom comportamento.
• Exceção (crimes hediondos ou assemelhados): Até 2006, valia a regra. Após 2006, com a lei 11.464/2007, o preso poderá progredir de regime se tiver cumprido ao menos ⅖ da pena (se for primário) ou ⅗ (se for reincidente). 
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE – art. 33 CP
- Detenção (regime inicial aberto ou semi aberto) ou reclusão (regime inicial fechado – para crimes mais graves).
Regimes para cumprimento 
 Fechado (art. 33 § 1°, a e 34 CP): 
 - pena fixada maior que 8 anos;
 - o condenado será submetido a exame criminológico de classificação e individualização;
 - cumprido em prisão de segurança máxima;
 - trabalha dentro do presídio e dorme em cela;
 - o preso pode trabalhar fora, desde que em obras públicas e deve ser vigiado (quase não acontece);
 - o trabalho será sempre remunerado.
 Semi aberto (art. 33 § 1°, b e 35 CP):
 - pena menor que 8 anos e superior ou igual a 4, sem reincidência (senão, é fechado);
 - fica em colônia agrícola ou industrial;
 - poderá passar por exame criminológico;
 - fica sujeito a trabalho comum durante o dia;
 - é permitido o trabalho externo, curso supletivo e profissionalizante, após o cumprimento de parte da pena;
 - tem direito a autorização judicial de saída temporária com prazo máximo de 7 dias, renováveis 4 vezes ao ano.
 Aberto (art. 33 § 1°, c e 36 CP):
 - menor que 4 anos, sem reincidência (senão é fechado ou semi aberto);
 - durante a noite, final de semana ou feriado, o réu deve permanecer em casa de albergado (auto disciplina);
 - fiscalização do trabalho externo;
 - maiores de 70 anos, com doença grave, com filho menor ou doente mental, gestante ou quando não existe na comarca albergue, este poderá ser substituído pela residência do condenado.
Sistema progressivo progressão (não pode passar do regime fechado direto pro aberto) e regressão (pode).
 * O regime inicial é determinado pelo juiz e precisa ser fundamentado.
Súmula 491 STJ É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional (salto de progressão).
MULTA
- Cumulativas (“e”);
- Alternativas (“ou”);
- Isolada;
- Substitutiva.
- A pena de multa não pode ser convertida em privativa de liberdade. Se a multa não é paga, ele se torna dívida de valor e “suja” o nome do devedor.
- A dívida não passa pro herdeiro se o devedor morrer, mas pode implicar no inventário.
- Só pode ser paga em dinheiro, podendo ser parcelado.
- O dinheiro vai pro fundo penitenciário nacional.
Aplicação: 
1°) estipula o número de dias – de 1 até 360. Ex.: 20 dias
2°) valor de um dia (é analisada a situação financeira don réu) – de 5x um salário mínimo até ⅟30. Ex.: 1 salário mínimo 
3°) multiplica – Ex.: 20x1 salário mínimo
Penas alternativas (sentença condenatória):
 - Multa
 - Pena restritiva de direito
 ° prestação pecuniária (doar cesta básica, prestar serviço comunitário etc)
 ° requisitos (art. 44, I, II e III CP):
 substitutiva; -> a primeira pena precisa ser restritiva de direito e depois pode ser substituída para restritiva de liberdade)
 espécies;
 * presentes todos os requisitos, o juiz não pode vetar a substituição da pena (requisito subjetivo do réu).
* Se a pena restritiva de direito não for cumprida, ela pode transformar-se em pena restritiva de liberdade.
Súmula 493 STJ É inadmissível a fixação de pena substitutiva como condição especial ao regime aberto.
Medidas alternativas: 
- Transação penal (doação de sangue, de dinheiro, cesta básica, prestação de serviço -> pode ser destinado à vítima ou a uma instituição)
- Sentença condicional do processo
* Chamam-se de alternativas pois não há o encarceramento.
FIXAÇÃO DA PENA
- Sistema trifásico (art. 68 CP)
- Não pode ocorrer inversão de fases e todas as etapas devem ser fundamentadas, obedecendo os princípios da razoabilidade, proporcionalidade e individualização da pena.
- Antes de iniciar a 1° fase, o juiz deve decidir se o crime é simples ou qualificado para saber dentro de quais limites ele atuará.
Diferença de qualificadora para causa de aumento
A qualificadora trás uma nova pena quando o crime é qualificado, enquanto que a causa de aumento trás um percentual do quanto poderá ser aumentada a pena e entra apenas na 3° fase.
1° FASE: O juiz fixa a pena base (não pode ficar aquém do mínimo e nem além do máximo previsto na lei – o juiz utilizará a razoabilidade e proporcionalidade). A pena deve começar do mínimo e ir aumentando na medida em que as circunstâncias judiciais forem sendo desfavoráveis ao réu (elas são: culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade do agente, os motivos, as circunstâncias e consequências do crime e o comportamento da vítima) – art. 59 CP (rol exemplificativo).
Súmula 444 STJ é vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena base.
2° FASE: O juiz analisará primeiro a presença de circunstâncias agravantes (legais), que possuem um rol taxativo – art. 61 e 62 CP (esta, ligada ao concurso de pessoas) e, depois, analisará as atenuantes – art. 65 e 66 (esta, chamada inominada, por ser genérica). Nessa fase, o juiz também não poderá deixar a pena aquém do mínimo e nem além do máximo, e ele terá a liberdade para valorar as agravantes e atenuantes, desde que respeitando a razoabilidade e proporcionalidade.
*Agravantes
ART. 61 reincidência; crime por motivo fútil; dificultar ou impedir a defesa do ofendido; usar de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio cruel; contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; abuso de autoridade; contra a mulher; com abuso de poder ou violação de dever; contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou gestante; em ocasião de calamidade pública ou desgraça particular do ofendido; em estado de embriaguez preordenada 
 ART. 62 organiza/promove a cooperação no crime; coage ou induz outros à execução material do crime; faz com quem alguém, sujeito à sua autoridade, cometa o crime; executa ou participa do crime mediante promessa de recompensa.
Atenuantes:
ART. 65 o agente ser menor de 21 na data do fato ou maior de 70 na data da sentença; o desconhecimento da lei; o crime ter sido cometido por motivo de relevante valor social/moral; colaboração do agente com ordem de autoridade superior ou ter reparado o dano antes do julgamento; ter agido sob coação resistível, cumprimendo de ordem de autoridade superior, sob a influência de forte emoção; confessar espontaneamente a autoria do crime perante autoridade; influência de grande multidão ou tumulto.
ART. 66 “A pena poderá ser ainda mais atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior, embora não prevista expressamente em lei” (inominada).
Súmula 231 STJ a incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal.
Súmula 545 STJ quando a confissão do réu servir para convencimento do juiz, ela servirá como atenuante; mas, se o juiz já estiver convencido, a confissão não servirá de nada. 
3° FASE: Nesta última fase, o juiz analisará primeiro a presença das causas de aumento e, depois, das causas de diminuição e primeiro as da parte especial, seguidas das da parte geral. Somente na 3° fase, a pena pode ficar aquém do mínimo ou além do máximo. 
- Art. 68, parágrafo único CP No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo a causa que mais aumente ou diminua.
• OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 
1°) Na dosimetriada pena não poderá haver bis in idem. O juiz não pode aumentar ou diminuir a pena pelo mesmo fundamento em mais de 1 fase, devendo, então, usar a ordem de preponderância para o desempate (qualificadora > causa de aumento/diminuição > agravante/atenuante > circunstância judicial).
2°) Se o crime for duplamente ou triplamente qualificado, o juiz escolherá a qualificadora que tiver o maior quantum de pena para agravar e a(s) outra(s) serão utilizadas na 2° fase, como agravantes (precisa ter disposição legal nos art. 61 e 62 CP). Caso as qualificadoras tenham, todas, os mesmos quantum de pena, o juiz escolherá qualquer uma.
Súmula 471 STJ Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da lei 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da lei 7.210/84 para a progressão de regime prisional. (Os crimes hediondos cometidos de 1990 até a data da lei de 2007 precisarão do cumprimento de ⅙ da pena. A partir da vigência da Lei 11.464/2007, precisarão do cumprimento de ⅖ da pena se o réu for primário e ⅗, se for reincidente.
REINCIDÊNCIA
Art. 63 CP “Verifica-se a reincidência quando o agente comete um novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no país ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.” 
- É aplicado na 2° fase de fixação da pena, como circunstância agravante. 
Prescrição da reincidência (art. 64 CP): 
1° hipótese - prescreve 5 anos após a conclusão do cumprimento de pena.
2° hipótese - se o condenado receber induto antes do cumprimento se dua pena, os 5 anos começarão a ser contados a partir do dia que ele foi indutado.
3° hipótese - se, antes do cumprimento de sua pena, o condenado ficar 2 anos em período de prova, ele precisará de mais 3 anos (completa 5) para ser considerado tecnicamente primário.
Súmula 241 STJ A reincidência não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial.
MAUS ANTECEDENTES
A má antecedência do réu está atrelada ao seu condenamento. Do período que o crime for cometido, até antes de ter trânsito em julgado, ele terá maus antecedentes e, após, ele será considerado reincidente.

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