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DETERMINAÇÃO DE CINZAS EM ALIMENTOS Introdução Resíduo inorgânico que se obtêm após o aquecimento (queima) de uma amostra a temperatura de 600ºC (combustão da MO) = 4h TºC > 600ºC volatilização de ânions e cátions MO CO2, H2O e NO2 Cinza ou matéria mineral Minerais específicos: nutrição e segurança Cana: clareamento e cristalização Farinha de trigo Cinza é constituída de : Macronutrientes requeridos em uma dieta em valores diários acima de 100 mg e normalmente presentes em grandes quantidades nos alimentos, como: K, Na, Ca, P , S, Cl e Mg; Micronutrientes requeridos em uma dieta em valores diários abaixo de 100 mg e normalmente presentes em pequenas quantidades nos alimentos, como: AI, Fe, Cu, Mn e Zn; Elementos-traços se encontram em quantidades muito pequenas nos alimentos. Alguns são necessários ao organismo humano e muitos deles são prejudiciais a saúde, os contaminantes químicos, entre esses se destacam: Ar, I, F, Cr, Co, Cd e outros elementos. Considerações Gerais Riqueza da amostra em elementos minerais Teor de Ca e P = pouco valor Alimentos de origem vegetal Aquecimento em temperatura elevada Substâncias voláteis se decompõem e são eliminadas MO transformada em CO2 e H2O Íons orgânicos (tartaratos, citratos, acetatos): volatilizados CO2 pode ficar retida na cinza metais alcalinos Origem terrestre : K2CO3 Origem marinha: Na2CO3 Cinza nos alimentos Cátions: Ca, K, Na, Mg, Fe, Cu, Co e Al Ânions: Sulfato, Cloreto, Silicato, fosfato Alimentos In natura Seco Farinha de trigo 0,3 – 0,8 0,34 – 0,91 Pão 1,7 – 2,6 2,6 – 4,7 Leite 0,7 5,4 – 6,0 Queijo 1,0 – 6,0 2,0 – 10,0 Mariscos 2,1 – 2,3 10,7 – 13,3 Sardinha 2,7 – 3,9 7,3 – 7,4 Olivas 2,4 – 5,8 12,0 – 23,4 Laranja 0,5 3,9 Abacate 1,5 4,0 Tomate 0,6 10,2 Carne (boi) 0,8 – 1,0 1,9 – 3,2 Feijão 3,6 – 4,0 4,0 – 4,4 Aspargo 0,7 10,0 Espinafre 1,5 20,6 Açúcar 0,0 0,0 Percentagem de cinzas em alguns alimentos Cinzas ou matéria mineral ENN e MO Alguns materiais não produzem cinza clara Peso da amostra Quantidade elemento mineral Nutrição animal: 1,5 a 2g (1 a 5g) Teores de cálcio e fósforo do capim-guatemala (Tripsacum fasciculatum), usando-se diferentes pesos da amostra original Teores de cálcio e fósforo do farelo de soja, usando-se diferentes pesos da amostra original Sais de metais alcalinos CO2 Solução de carbonato de amônio ou ácido sulfúrico diluído Cinzas carbonatadas ou sulfatizadas Vantajoso: combinar umidade e cinzas Amostras com grande quantidade de H2O Alto teor de voláteis : baixa temperatura (200ºC) – evitar ignição Alto teor de gordura: TºC mais baixas excesso de chama : algodão Extração gordura Projetada para fora : espuma Secar e adicionar: Vaselina ou azeite de oliva Evitar: Ignição, crepitação e queima rápida Perda material por arraste Não abrir a mufla 30-60 minutos Cadinhos de porcelana: Resistência à temperatura (1.200 ºC) Superfície lisa e pode ser limpo com HCl diluído Peso constante e baixo preço Susceptível a álcalis e pode rachar com mudanças bruscas de temperatura Cadinhos (Cápsulas) de platina O melhor : mas é muito caro Alta resistência ao calor (1773ºC) Boa condutividade térmica e é quimicamente inerte Corrosão com materiais orgânicos que possuam óxido de Fe e Pb Pode ser limpo por fervura em água ou ácidos Temperaturas de incineração na mufla 525 ºC: frutas e produtos de frutas, carne e produtos cárneos, açúcar e produtos açucarados e produtos de vegetais 550 ºC: produtos de cereais, produtos lácteos (com exceção da manteiga, que utiliza 500 ºC), peixes e produtos marinhos, temperos e condimentos e vinho 600 ºC: grãos e ração METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DE CINZAS EM ALIMENTOS a) Índice de refinação para açúcares e farinhas: Nos açúcares, uma cinza muito alta dificultará a cristalização e descoloração Na farinha, a quantidade de cinza influirá na extração b) Indicativo propriedades funcionais de produtos alimentícios (gelatina): Em geléias de frutas e doces em massa, a cinza e determinada para estimar o conteúdo de frutas 1. Determinação da cinza total METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DE CINZAS EM ALIMENTOS c) Valor nutricional de alguns alimentos e rações. Altos teores cinza insolúvel em ácido : areia 1. Determinação da cinza total METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DE CINZAS EM ALIMENTOS a) indispensáveis para o metabolismo normal e geralmente constituem os elementos da dieta essencial 2. Determinação dos componentes individuais da cinza METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DE CINZAS EM ALIMENTOS b) Aqueles que não tem nenhuma função conhecida ou até podem ser prejudiciais a saúde Do solo :pulverização das plantas com agrotóxicos ou como resíduos de processos industriais Alguns resíduos metálicos podem ter efeitos tóxicos como Pb e Hg A oxidação do acido ascórbico (vitamina C) e a estabilidade de sucos de fruta são afetados por Cu Alguns componentes minerais podem aumentar e outros impedir a fermentação de produtos fermentados Resíduo mineral total Cinza total; cinza solúvel em água, insolúvel em água e insolúvel em ácido Determinação dos metais mais comuns que aparecem em maiores quantidades CINZA SECA Técnica simples e útil para análise de rotina Demorada : agentes aceleradores ou durante a noite a temperaturas mais baixas Limitação do uso: altas temperaturas, reações entre os metais e os componentes da amostra, ou entre estes e o material do cadinho Temperaturas mais altas :maior volatilização Mais sensível para amostras naturais Necessita menor supervisão Menos brancos para os reagentes Pode-se usar amostras grandes Preparação da amostra cereais, queijo e leite: 3 - 5 g; açúcar, carne, legumes, vinho: 5 –10 g; sucos, frutas frescas, frutas enlatadas: 25 g; geléia, xarope, doces em massa: 10 g. Equipamentos e materiais Balança analítica: 0,0001g Cadinho porcelana Dessecador Forno mufla Procedimento Cadinhos em estufa de 105ºC = 2h Pesar 1,5 a 5g (ASA) Queimar até obter cinza clara (4h), após 600ºC Desligar e esfriar a menos de 250ºC CINZAS TOTAIS Procedimento Evitar fumaça no início da queima : aumentar gradualmente a temperatura Procedimento Cadinhos em estufa de 105ºC = 2h Pesar 1,5 a 2g (ASA) Adicionar 5 mL H2SO4 a 10% = banho-maria Incinerar a 600ºC Resfriar, adicionar 2 a 3 mL H2SO4 a 10% = banho-maria Incinerar novamente CINZAS SULFATIZADAS Determinação da composição individual da cinza Baixas temperaturas : perdas por volatilização. Mais rápida Utiliza reagentes muito corrosivos. Necessidade de brancos para os reagentes. Não é prático como método de rotina. Exige maior supervisão. Não serve para amostras grandes CINZA ÚMIDA
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