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Lidernça e Processos de Gestão Estudo de Caso Cirque du Soleil

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL
Fichamento de Estudo de Caso
Renan Silva Ferreira
Trabalho da disciplina Liderança e Processos de Gestão
 Tutor: Prof. Sergio Paulo Behnken
Belo Horizonte
2017
Estudo de Caso: 
Liderança e Processo de Gestão
Cirque du Soleil
REFERÊNCIA: DELONG. Thomas. Cirque du Soleil. Harvard, 2006.
1984 nascia na cidade de Quebec no Canadá, o hoje tão conhecido Cirque du Soleil, fundado por uma trupe de artistas de rua dirigida por Guy Laliberté, até hoje presidente e CEO. No mesmo ano a trupe de Guy já contava com 73 colaboradores, número que cresceu exponencialmente, hoje chegando a mais de 5.000 funcionários, entre artistas, equipe de apoio e áreas administrativas. Da mesma maneira que o número de funcionários, também cresceu o público do Cirque, indo de uma média anual de público de 270.000 pessoas por ano na década de 80 para quase seis milhões nos anos 2000, contando em média com oito espetáculos em cartas simultaneamente e todo o globo.								Em grande parte da existência do Cirque du Soleil sua administração foi divindade entre Guy, que desde sempre coordenou a parte artística e Daniel Gaultier pela área administrativa. No entanto 1998 Guy se torna único dono do Cirque após compra a parte de Daniel na sociedade.										
Guy sempre teve a confiança dos artistas, com isso conduzindo de forma tranquilo as duas “rebeliões” de artistas descontes com os caminhos tomados pelo Cirque, que parecia fugir de suas propostas original. Esta mesma confiança em Guy deixou os artistas tranquilos quando houve a entrada do Cirque no mundo coorporativo, sobretudo após sua declaração, no programa 60 minutos, de que nunca venderia ações do Cirque. Guy presava sua autonomia na condução de todos os assuntos relacionados a gestão e administração do Cirque, por isso mesmo com intenções de expandir os negócios não aceitou entrada de capital externo.			Cirque unia artistas das mais diversas áreas, palhaços, acrobatas, dançarinos, ginastas, músicos, entre outros, envolvendo a todos na criação de espetáculos envolventes, que com suas exibições voltadas para teatralidade e para dança buscavam ultrapassar qualquer fronteira cultural existente. De forma geral a proposta circense foi um diferencial para uma virtuosa experiência que, trazia como proposta um circo sem animais, com pessoas de várias nações e de culturas diferentes, ou seja, valores muito diversificados, contudo, falava-se a mesma língua naquele ambiente, a linguagem da arte.	
Ainda em busca de expandir o Cirque, assim como de diversificar os seus negócios, em Dezembro de 1998 é aberta a sua primeira loja e um cinema permanente, localizados na Walt Disney Word Resort na Florida, iniciando comeste empreendimento o conceito de complexos de entretenimento para a CIA. No ano seguinte o Cirque lançava seu primeiro filme, intitulado Alegria, assim como um de seus espetáculos.	
Para os artistas empregados no Cirque há sobre tudo uma ligação emocional com os espetáculos, que de certa forma é construído por todos desde sua concepção até a execução, conferindo-lhes, assim, grande liberdade criativa e satisfação pessoal. Por outro lado a rotina de trabalho do Cirque, com várias apresentações em uma única semana, assim como sua remuneração, era vista pelos artistas de formas diferentes, dependendo nitidamente de seus padrões de comparação, por tanto para alguns era excepcional, enquanto que para outros, como o regente Oberacke, que vinha da Broadway, estavam em contra mão aos habituais. De uma forma geral o Cirque buscava notoriamente a felicidade de seus artistas, assim como o aprimoramento de seus talentos.				
A responsável por captar novos talentos para o Cirque, a diretora de elenco Murielle Cantin, viajava por todo globo em busca de talentos que pudessem contribuir criativamente na construção de novos espetáculos na mesma medida que fossem aptos a integrar produções existentes. Para muitos artista o Cirque é considerado como um grande sonho, visto todo modelo de gestão empregado para o desenvolvimento constante, seja através da troca de experiências com outros artistas ou de capacitação fornecida pelo próprio Cirque, além é claro de um mundo novo, um mundo de fantasias, que para maioria é desconhecido.	
Nem só de artista era feito o Cirque du Soleil, haviam também trabalhadores que ocupavam postos importantes durante as turnês e no escritório central. Junto aos colaboradores que acompanhavam os artistas em turnê havia a busca incessante pelo bem estar dos artistas, tanto quanto para que o espetáculo caracterizasse uma experiência única para o público independente das adversidades encontradas. Já para os funcionários lotados no escritório central tudo era feito para que o envolvimento e identificação de todos com o Cirque fosse real, desde a estrutura do prédio que proporcionava o contato entre equipe administrativa e artística, que ia além do visual, até o envolvimento de todos os colaboradores presentes no espetáculo na entrega do produto final ao cliente, fosse erguendo a lona ou auxiliando de qualquer outra maneira diversa. Os colaboradores sempre eram motivados as assistir aos espetáculos, muitas vezes levados pelo próprio Cirque para tal. 			
Quanto aos clientes o Cirque buscava criar uma experiência única e inesquecível, visto que a intenção era que quanto o Cirque retornasse a cidade, aquele espectador estivesse novamente no público. Como um contra ponto ao descrito anteriormente o Cirque tinha a máxima de que no centro de tudo não estava o cliente, mas sim a criatividade, que vinha das experiências pessoais dos artistas, e que o grande negócio dos Cirque era deixar que se expressassem por meio de sua arte. 			
Na crescente trajetória do Cirque Du Soleil houveram alguns percalços como funcionários dizendo que os espetáculos já eram não eram tão originais, turnês com pouco sucesso de público e rendimento, o aumento de custos com turnês em desenvolvimento, preocupação com a saturação do mercado norte americano, entre outros. O planejamento estratégico a longo prazo e uma gestão da equipe que valorizavam o aprimoramento, criatividade, liberdade de expressão e felicidade dos funcionários foi o essencial para resolver tais dificuldades. 
De modo geral o fator humano e sua engenhosidade, direcionados por uma gestão que soube ponderar e conseguir superar as adversidades sem trazia um folego renovado e uma forma de transformar cada situação vulnerável em crescimento favorável ao grupo. Guy protagonizou cada momento do Cirque Du Soleil, momentos bons, momentos bastante delicados e uma gama de outros impasses. Conseguiu educar o crescimento econômico e midiático do Cirque, mostrando-se apto a gerir um leque do conhecimento disponível em sua equipe, na alta rotatividade dos funcionários aprendeu a identificar pontos importantes a serem considerados desde a área administrativa a criação e execução dos espetáculos. Sempre valorizando seus artistas, sua liberta e criatividade, tanto quanto a todos os outros colaboradores envolvidos com o Cirque, sem abrir mão dos resultados econômicos e do crescimento financeiro de cada participante desse espetáculo.	
Local: Biblioteca Online Estácio.