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Aula 10 Sistema Digestório aplicado

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AULA 10 
Sistema Digestório Aplicado 
CURSO DE NUTRIÇÃO 
FISIOLOGIA 
APLICADA À 
NUTRIÇÃO 
• O tubo digestório é um 
tubo muscular de cerca 
de 8 metros de 
comprimento 
0,5 metro (língua 
ao duodeno) 
5.5 – 6.0 metros 
(intestino delgado) 
1.5 metros 
(intestino grosso) 
Esôfago 
Estômago Vesícula biliar 
Pâncreas 
Duodeno 
Ceco 
Apêndice 
Ânus 
Língua 
Intestino 
grosso 
 Íleo 
(3.3 – 3.6 m) 
 Jejuno 
(2.2 – 2.4 m) 
1.0m 
1. Estrutura do canal alimentar 
• Ingestão 
• Digestão mecânica 
o A mastigação é em parte voluntária, em parte reflexa 
• Digestão química (amilase salivar e lipase lingual) 
• Propulsão 
o Deglutição (engolir) 
2. Processos Digestórios: fase cefálica 
• Sua superfície tem papilas 
1. Filiformes — esbranquiçadas, dão a aspereza da língua e 
proporcionam atrito 
2. Fungiformes — avermelhadas, espalhadas sobre a língua 
3. Circunvaladas (valadas) — Linha em forma de V, atrás de 
língua 
• Estes três são os principais responsáveis pelo paladar 
4. Foliadas — sobre as partes laterais da língua posterior 
• Sulco terminal marca a divisão entre 
o Corpo: 2/3 anteriores que residem na cavidade oral 
o Raiz: 1/3 posterior que reside na parte oral da faringe 
2.1 Fase cefálica: língua 
Epiglote 
Arco palatofaríngeo 
Tonsila palatina 
Tonsila lingual 
Arco Palatoglosso 
Papilas foliadas 
Papilas 
circunvaladas 
Sulco terminal 
Dorso da língua 
Sulco na linha 
média da língua 
Papila filiforme 
Papila fungiforme 
2.1 Fase cefálica: língua 
2.1 Fase cefálica: língua 
• Glândulas salivares extrínsecas (parótidas, 
submandibulares e sublingual) 
• Glândulas salivares intrínsecas (bucais) estão 
espalhadas na mucosa oral 
• Secreção (saliva) 
o Limpa a boca 
o Umedece e dissolve substâncias químicas de alimentos 
o Auxilia na formação do bolo alimentar 
o Contém enzimas que iniciam a quebra do amido 
2.2 Fase cefálica: glândulas salivares 
Dentes 
Dutos da 
glândula 
sublingual 
 Glândula 
sublingual 
Duto 
submandibular 
Ventre posterior 
do músculo 
digástrico 
 Duto 
parotídeo 
Músculo masseter 
Corpo da 
mandíbula (corte) 
Glândula 
parótida 
Língua 
Glândula 
submandibular 
(a) 
Frênulo 
da língua 
 Músculo 
milohioideo (corte) 
Ventre anterior do 
músculo digástrico Células 
mucosas 
(b) 
Células 
serosas 
 
2.2 Fase cefálica: glândulas salivares 
• Controle da salivação 
• Glândulas intrínsecas continuamente mantém a 
boca úmida 
• Glândulas salivares extrínsecas produzem 
secreções quando 
o Alimento ingerido estimula quimiorreceptores e 
mecanorreceptores na boca 
o Núcleos salivatórios no tronco encefálico enviam 
impulsos ao longo de fibras parassimpáticas pelos 
nervos cranianos VII (facial) e IX (glossofaríngeo) 
• Forte estimulação simpática inibe a salivação e 
resulta em boca seca (xerostomia) 
2.2 Fase cefálica: glândulas salivares 
• Secretado pelas células serosas e mucosas 
• 97 – 99,5% de água, contendo solução ligeiramente 
ácida 
o Eletrólitos — Na+, K+, Cl–, PO4 
2–, HCO3– 
o Amilase salivar (quebra amido) e lipase lingual (quebra gordura) 
o Mucina — glicoproteína que lubrifica a mucosa e baixa o pH 
o Resíduos metabólicos — ureia e ácido úrico 
o Lisozima — proteína que digere carboidratos e mata bactérias 
o s-IgA — Imunoglobulina A, anticorpo com função imune em mucosas 
o Tiocianato — íon, protege contra microorganismos 
o Anídrase carbônica — reduz o pH 
o Lactoperoxidase salivar — potente agente antibacteriano 
o Lactoferrina — glicoproteína que apresenta atividades bactericida, 
fungicida, antiviral, antiparasítica, antinflamatória e 
imunomoduladora. 
2.2.1 Fase cefálica: saliva 
• Envolve a língua, palato mole, faringe, esôfago e 22 
grupos musculares 
• Fase bucal 
o Contração voluntária da língua 
• Fase faringe-esofágica 
o Involuntário 
o Centro de controle na medula e na ponte inferior 
2.3 Fase cefálica: deglutição 
Língua 
Traqueia 
Faringe 
Epiglote 
Glote 
Bolus alimentar 
 Esfíncter esofágico superior é contraído. Durante a fase 
bucal, a língua pressiona contra o palato duro, forçando o 
bolo alimentar para a parte oral da faringe, onde começa a 
fase involuntária. 
1 
2.3 Fase cefálica: deglutição 
Epiglote 
Esôfago 
Úvula 
Bolo alimentar 
 A úvula e a laringe se elevam para impedir a entrada de 
comida nas passagens respiratórias. A língua bloqueia a 
boca. O esfíncter esofágico superior relaxa, permitindo 
que o alimento entre no esôfago. 
2 
2.3 Fase cefálica: deglutição 
Bolo alimentar 
 Os músculos constrictores da faringe contraem, 
forçando o alimento inferiormente para o esôfago. 
O esfíncter esofágico superior (fecha) após a entrada. 
3 
2.3 Fase cefálica: deglutição 
Músculos relaxados 
Bolo alimentar 
Estômago 
Músculos circulares 
contraídos 
Músculo longitudinal 
contraido 
Esfíncter 
gastroesofágico 
fechado 
 Comida é movida através 
do esôfago para o estômago 
através do peristaltismo. 
4 
2.3 Fase cefálica: deglutição 
Músculos 
relaxados 
Esfíncter gastroesofágico 
aberto 
 Abre o esfíncter gastro- 
esofágico, e comida entra no 
estômago. 
5 
2.3 Fase cefálica: deglutição 
• Digestão física 
• Desnaturação das proteínas 
• Digestão enzimática de proteínas por pepsina (e renina 
em lactentes) 
• Secreta o fator intrínseco necessário para a absorção de 
vitaminaB12 
o Falta de fator intrínseco  anemia perniciosa 
• Entrega de quimo para o intestino delgado 
3. Processos Digestórios: fase gástrica 
Cardia 
Esôfago 
Esfíncter pilórico 
(válvula) no piloro 
Canal 
pilórico 
Antro do 
piloro 
Rugas da 
mucosa 
Corpo 
Lúmen 
Serosa 
Fundo 
Curvatura 
 menor 
Curvatura 
maior 
Muscular 
externa 
 • Camada longitudinal 
 • Camada circular 
• Camada oblíqua 
(a) 
Duodeno 
• Quatro túnicas 
• Muscular e a mucosa são modificados 
o Muscular externa 
• Três camadas de músculo liso 
• Camada oblíqua interna permite que o estômago a 
rotatividade, homogeneizar, mover e fisicamente quebrar a 
comida 
• Mucosa 
o Epitélio colunar simples, composto por células mucosas 
• Camada de muco retém líquido rico em bicarbonato abaixo 
dela 
o Tubos gástricos levam às glândulas gástricas 
3.1 Fase gástrica: túnicas 
Mucosa 
Epitélio 
superficial 
Lâmina própria 
Mucosa 
muscular 
 
Camada 
oblíqua 
Camada 
circular 
 Camada 
longitudinal 
Serosa 
(a) camadas da parede do estômago 
Parede do estômago 
Muscular externa 
(contém o plexo 
mioentérico) 
Submucosa 
(contém o plexo 
submucoso) 
(b) vista ampliada das vilosidades e glândulas gástricas 
Células mucosas do colo 
Célula parietal 
Epitélio superficial 
(células mucosas) 
Tubos gástricos 
Célula principal 
Célula enteroendócrina 
Lúmen 
gástrico 
Glândula gástrica 
(c) Localização de células parietais produ- 
toras de HCl e células principais secre-
toras de pepsina na glândula gástrica 
Pepsinogênio 
Mitocôndrias 
Pepsina 
HCl 
Célula principal 
Célula enteroendócrina 
Célula parietal 
• Tipos de células 
o Células mucosas 
do colo (secretam 
muco fino, ácido) 
o Células parietais 
o Células principais 
o Células 
enteroendócrinas 
• Glândulas no 
fundo e corpo 
produzem a 
maior parte do 
suco gástrico 
 
3.2 Fase gástrica:glândulas 
• Secreções das células parietais 
o HCl 
•  pH entre 1.0–3.5 desnatura as proteínas nos alimentos, ativa a 
pepsina e mata muitas bactérias 
o Fator intrínseco 
• Glicoproteína necessária para a absorção de vitamina B12 no 
intestino delgado 
• Secreções das células principais 
o A enzima pepsinogênio se encontra inativa 
o Ativada à pepsina pelo HCl e pela pepsina em si (feedback positivo) 
• Células enteroendócrinas 
o Secretam mensageiros químicos na lâmina própria 
• Parácrinos 
o Serotonina e histamina 
• Hormônios 
o Somatostatina e gastrina 
 
3.2 Fase gástrica: glândulas 
Tubos gástricos 
Célula 
principal 
(a) (b) 
Célula 
parietal 
Glândula 
gástrica 
Célula 
mucosa 
Mucosa 
Submucosa 
Serosa 
Célula mucosa 
Tubo gástrico 
Célula 
 parietal 
Célula 
principal 
Parte de 
uma glândula 
gástrica 
Parte de uma 
glândula 
gástrica 
Camada 
muscular 
3.2 Fase gástrica: glândulas 
• Camada de muco rico em bicarbonato 
• Células epiteliais danificadas são rapidamente 
substituídas por divisões de células-tronco 
• Gastrite: inflamação causada por qualquer coisa que 
viole a barreira da mucosa 
• Úlcera gástrica ou péptica: erosão da parede do 
estômago (maioria causada pela bactéria Helicobacter pylori) 
3.3 Fase gástrica: barreira mucosa 
Bactéria 
Camada 
mucosa do 
estômago 
• Mecanismos neurais 
o Simpático, via nervos esplâncnico e plexo celíaco 
o Parassimpático, através do nervo vago 
• Mecanismos hormonais 
• Eventos estimulatórios e inibitórios ocorrem em três 
fases: 
1. Fase Cefálica (reflexa): alguns minutos antes da entrada de 
alimentos 
2. Fase gástrica: 3–4 horas depois da comida entrar no estômago 
3. Fase intestinal: breve efeito estimulatório à medida em que o 
alimento parcialmente digerido entra no duodeno, seguido por 
efeitos inibitórios (reflexo enterogástrico e enterogastronas, 
como a secretina e a colecistocinina) 
 
3.4 Fase gástrica: mecanismos 
 Presença de 
 baixo pH, comidas 
parcialmente 
digeridas, gorduras 
ou solução 
hipertônica no 
duodeno quando 
o estômago começa 
a esvaziar Distensão; 
presença de 
gordura, ácido, 
ou comida 
parcialmente 
digerida no 
duodeno 
Efeito 
breve 
Gastrina 
(entérica) 
intestinal 
Secretada 
no sangue 
Reflexo 
Entero- 
gástrico 
Secreção de hormô- 
nios intestinais (secretina, 
colecistocinina (CCK), 
peptídeo intestinal 
vasoativo (VIP)) 
Reflexos 
Locais 
Núcleo 
vagal na 
medula 
Esfíncter 
pilórico 
Estimula 
Inibe 
1 
1 
2 
Atividade 
secretora 
do 
estômago 
 Visão ou pensa- 
mento de comida 
 Estômago 
distende, 
ativando os 
receptores 
de 
alongamento 
 Estimulação 
dos receptores de 
cheiro e gosto 
 Química dos 
Alimentos (especialmente 
peptídeos e cafeina) e 
aumento do pH ativam 
quimiorreceptores 
 Perda de 
apetite, 
depressão 
 Estado 
emocional 
Falta de 
Impulsos 
estimulatórios 
do centro 
parassimpático 
Cortex 
cerebral 
Córtex cerebral 
Reflexo condicionado 
Reflexos 
vagovagais 
Refle- 
xos vagais 
Medula 
Células 
G 
Hipotálamo e 
bulbo 
Nervo 
vago 
Nervo 
vago 
Gastrina 
Liberada 
no sangue 
Secreção 
de Gastrina 
cai 
Células 
G 
Substitui 
controle 
parassim- 
pático 
Ativação do 
Sistema 
Nervoso 
Simpático 
1 
1 1 
1 
2 
2 
2 
Eventos Estimulatórios Eventos Inibitórios 
Fase 
Cefálica 
Fase 
Gástrica 
Fase 
Intestinal 
 Acidez 
excessiva 
(pH <2) 
no estômago 
 Distensão 
do duodeno; 
Presença de 
quimo ácido, 
gorduroso ou 
hipertônico, e/ 
ou irritantes 
no duodeno 
• Alonga para acomodar alimentos recebidos 
o Mediada por reflexo relaxamento receptivo 
• Coordenado pelo centro da deglutição no tronco cerebral 
o Acomodação gástrica 
• Plasticidade (resposta de stress-relaxamento) do músculo 
liso 
 
3.4 Fase gástrica: enchimento 
• Ondas peristálticas movem em direção ao piloro à taxa 
de 3 por minuto 
• Ritmo Elétrico Básico (REB) iniciado por células rítmicas 
(células de Cajal) 
• Distensão e gastrina aumentam a força de contração 
• Mais vigoroso perto do piloro 
• Quimo é: 
o Entregue em jorros de ~3 ml para o duodeno, ou 
o Forçado para trás dentro do estômago 
3.5 Fase gástrica: motilidade 
1 Propulsão: Ondas 
peristálticas movem do 
fundo em direção ao piloro. 
2 3 Moedura: O 
peristaltismo mais 
vigoroso e ação de 
mistura ocorrem 
perto do piloro. 
 Retropulsão: A extremidade 
pilórica do estômago age como 
uma bomba que fornece pequenas 
quantidades de quimo para o 
duodeno, forçando 
simultaneamente a maioria de 
seu material contido para 
dentro do estômago. 
Válvula 
pilórica 
fechada 
Válvula 
pilórica 
ligeiramente 
aberta 
Válvula 
pilórica 
fechada 
3.5 Fase gástrica: motilidade 
• À medida que o quimo entra no duodeno 
o Receptores respondem ao estiramento e sinais químicos 
o Enterogastronas e o reflexo enterogástrico inibem a secreção 
gástrica e o enchimento duodenal 
• Quimo rico em carboidrato move-se rapidamente 
através do duodeno 
• Quimo rico em gordura permanece no duodeno 6 horas 
ou mais 
3.6 Fase gástrica: esvaziamento 
Presença de quimo gorduroso, 
hipertônico, ou ácido no 
duodeno 
Células entero- 
endócrinas 
Quimiorreceptores e 
receptores de 
estiramento 
Enterogastronas 
(secretina, 
colecistocinina, 
peptídeo intestinal 
vasoativo) 
Estímulos 
duodenais 
diminuem 
Reflexos 
curtos 
Reflexos 
longos 
Neurônios 
entéricos 
Estímulo inicial 
Resposta fisiológica 
Resultado 
Força contrátil e 
taxa de esvaziamento 
do estômago 
diminuem 
Centros do SNC 
 Atividade 
 simpática; 
 Atividade 
parassimpática 
Estimula 
Inibe 
Secretam Alvo 
• Intestino delgado é o principal local de digestão e 
absorção 
• 2-4 m de comprimento; do esfíncter pilórico à válvula 
ileocecal 
• Aumento da área de superfície da parte proximal 
(duodeno) para a absorção de nutrientes 
o Pregas circulares (plicas circulares) 
• Permanente (~ 1 cm profundidade) 
• Forçar o quimo em lenta espiral através do lúmen 
o Vilosidades 
• Células caliciformes, são extensões da mucosa (~1 mm 
de altura) 
o Microvilosidades 
• Projeções (bordas de escova) de células absortivas 
4. Processos Digestórios: fase intestinal I 
Submucosa 
Músculo circular 
Músculo longitudinal 
Serosa 
Plicas 
circulares 
Camada 
muscular 
Villi 
• Epitélio da cripta intestinal 
o Células secretoras que produzem suco intestinal 
• Secretado em resposta a distensão ou irritação da mucosa 
• Ligeiramente alcalino e isotônico com o plasma do sangue 
• Em grande parte água, pobre em enzimas, mas contém muco 
• Facilita o transporte e absorção de nutrientes 
o Células enteroendócrinas 
o Linfócitos intraepiteliais (LIEs) 
• Liberação de citocinas que matam células infectadas 
o Células de Paneth 
• Células exócrinas que secretam agentes antimicrobianos 
(defensinas e lisozima) 
o Células-tronco 
4.1 Fase intestinal I: cripta intestinal 
(b) 
Células absortivas 
Lacteal 
Cripta intestinal 
 Tecido 
mucoso linfoide 
associado 
Mucosa 
Muscular 
Glânduladuodenal Submucosa 
Células enteroendócrinas 
Vénula 
Vaso linfático 
Células caliciformes 
Capilares 
sanguíneos 
Vilosidade 
Microvilosidades 
(borda de escova) 
Microvilosi- 
dades 
Membrana 
celular 
Mitocôndria 
Complexo de 
Golgi 
Nucléolo 
Núcleo 
Lúmen Microvilosidades 
Retículo 
endoplasmático rugoso 
Citoplasma das 
células epiteliais 
4.1 Fase intestinal I: cripta intestinal 
• Vilosidades aumentam a área da superfície de absorção 
• A absorção do intestino é tão eficaz que muito pouco 
alcança a extremidade distal do órgão, observando que: 
o Monossacarídeos e aminoácidos são absorvidos: 
• Através da difusão facilitada e transporte ativo 
• No sangue 
o Grandes proteínas são quebradas e absorvidas nas vilosidades 
o Ácidos graxos e glicerol são absorvidos por: 
• Várias etapas envolvidas, como observado 
• Absorvidos pela linfa e pelo sangue 
o Eletrólitos e água são absorvidos: 
• Através da difusão, osmose e transporte ativo 
• No sangue 
4.2 Fase intestinal: absorção 
• Além de células caliciformes secretoras de muco, existem 
muitas glândulas secretoras nas mucosas que secretam um 
muco espesso, alcalino, em resposta a certos estímulos 
• Enzimas nas membranas dos microvilosidades incluem: 
o Peptidase – quebra de peptídeos em aminoácidos 
o Sucrase, maltase, lactase – quebram os dissacarídeos em 
monossacarídeos 
o Lipase – quebra lipídios em ácidos graxos e glicerol 
o Enterocinase – Converte o tripsinogênio em tripsina 
o Somatostatina – hormônio que inibe a secreção de ácido pelo 
estômago 
o Colecistocinina – hormônio que inibe glândulas gástricas, estimula 
o pâncreas a liberar enzimas no suco pancreático e estimula a 
vesícula biliar a secretar a bile 
o Secretina – estimula o pâncreas a liberar íons bicarbonato no suco 
pancreático 
4.3 Fase intestinal I: secreções 
• Regulação das secreções do intestino delgado ocorre 
por: 
o Secreção de muco, que é estimulada pela presença de 
quimo no intestino delgado 
o Distensão da parede intestinal, que ativa plexos nervosos 
na parede do intestino delgado 
o Reflexos parassimpáticos, que desencadeiam a liberação 
de enzimas intestinais 
4.4 Fase intestinal I: regulação 
• O intestino grosso: 
o Tem pouca ou nenhuma função digestiva 
o Absorve água e eletrólitos 
o Secreta muco 
o Armazena flora intestinal 
o Forma fezes 
o Realiza a defecação 
Lúmen do 
intestino 
grosso 
Células 
caliciformes 
5. Processos Digestórios: fase intestinal II 
Lúmen 
Submucosa 
Camada 
muscular 
Serosa 
Mucosa 
5. Processos Digestórios: fase intestinal II 
• Os movimentos do intestino grosso são semelhantes do 
intestino delgado 
• É mais lento e menos frequente do que a do intestino 
delgado 
• Os movimentos incluem: 
o Movimentos de mistura 
o Peristaltismo 
• Movimentos de massa são frequentes após as refeições 
• O reflexo de defecação relaxa o esfíncter anal interno e, 
em seguida, o esfíncter anal externo 
5.1 Fase intestinal II: peristaltismo 
• Fezes é composto por materiais não digerido ou 
absorvido e incluem: 
• Água 
• Eletrólitos 
• Muco 
• Bactérias 
• Pigmentos biliares alterados por bactérias, que fornecem a cor 
• O odor pungente é produzido por compostos 
bacterianos, e inclui: 
• Fenol 
• Sulfeto de hidrogênio 
• Indol 
• Escatol 
• Amónia 
5.2 Fase intestinal II: fezes 
5. Processos Digestórios: órgãos anexos 
• Órgãos acessórios associados com o intestino delgado 
• Função digestiva do fígado é produzir a bile para envio 
para o duodeno 
o Bile é um emulsificante de gordura (quebra de glóbulos de 
gordura em glóbulos de gordura menores) 
• Suco pancreático é drenado para o duto pancreático 
principal, que por sua vez se funde com o duto biliar 
o Ácinos produzem as enzimas digestivas 
o pH de 8,0: ajuda a neutralizar o quimo ácido 
(a) (b) Lobulo Veia central Septo de tecido 
conjuntivo 
• Lóbulos do fígado 
o Unidades hexagonais estruturais e funcionais 
• Filtra e processa o sangue rico em 
nutrientes 
• Composto por placas de hepatócitos 
(células do fígado) 
o Veia central longitudinal 
5.1 Órgãos anexos: fígado 
• O fígado exerce muitas atividades metabólicas importantes, 
incluindo: 
o Produz glicogênio a partir da glicose 
o Quebra de glicogênio em glicose 
o Converte não-carboidratos em glicose 
o Oxida os ácidos graxos 
o Sintetiza lipoproteínas, colesterol e fosfolipídios 
o Converte carboidratos e proteínas em gorduras 
o Desamina aminoácidos 
o Forma ureia 
o Sintetiza as proteínas do plasma 
o Converte alguns aminoácidos em outros aminoácidos 
o Armazena glicogênio, ferro e vitaminas A, D, e B12 
o Fagocita hemácias desgastadas, malformadas 
e substâncias estranhas 
o Remove do sangue o álcool e certas drogas 
o Produz bile 
5.1 Órgãos anexos: fígado 
Metabolismo dos carboidratos 
Metabolismo das 
gorduras 
Metabolismo 
das 
proteínas 
 Armazenamento 
 Filtra o sangue 
 Remove toxinas 
 Secreta fluido exócrino 
Veias interlobulares 
(para veia hepática) Veia central 
Sinusoides 
Tríade Portal 
Placas de 
hepatócitos 
Veia porta 
Revestimento 
fenestrado (células 
endoteliais) dos 
sinusoides 
Duto biliar (recebe 
bile dos canalículos 
biliares) 
Duto biliar 
Arteríola portal 
Vênula portal 
Macrófagos hepáticos 
na parede dos sinusoides 
Canalículos biliares 
5.1 Órgãos anexos: fígado 
• Solução alcalina amarelo-esverdeada, contendo 
o Sais biliares: derivados do colesterol 
• Formados por ácido cólico (35%), quenodesoxicólico (35%), 
ácido desoxicólico (24%) e traços de litocólico e 
ursodesoxicólico (6%) 
o Bilirrubina: pigmento formado de hemo (Hemo ou heme é um 
grupo prostético que consiste de um átomo de ferro contido no 
centro de um largo anel orgânico heterocíclico chamado porfirina) 
o Colesterol, gorduras neutras, fosfolipídios e eletrólitos 
• Funções dos sais biliares 
o Sais biliares auxiliam as enzimas digestórias 
o Reduzem a tensão superficial e quebram os glóbulos de gordura em 
gotículas (como sabão ou detergente) e isso é chamado de 
emulsificação 
o Realçam a absorção do colesterol e ácidos graxos 
o Ajudam a absorver as vitaminas lipossolúveis A, D, E e K 
 
5.1.1 Órgãos anexos: bile 
• Saco muscular de paredes finas na superfície ventral do 
fígado 
o Armazena e concentra bile absorvendo sua água e íons 
o Libera a bile através do duto cístico, que desemboca no ducto 
biliar 
5.2 Órgãos anexos: vesícula biliar 
1 
4 
5 
Vesícula biliar 
Duto biliar 
Duto cístico 
Duodenum 
3 
Corrente sanguínea 
2 
Quimo com 
gordura 
entra no 
duodeno 
As células da 
mucosa intestinal 
secretam o hormônio 
CCK na corrente 
 sanguínea 
Sinais hormonais 
liberados na cor- 
rente sanguínea 
Estimulação dos 
órgãos efetores 
Duto 
pancreático 
Esfíncter hepatopancreático relaxa e a bile entra no duodeno 
Bile passa para o duto cístico e duto biliar para o duodeno 
CCK estimula a camada 
muscular da parede da 
vesícula biliar a se contrair 
Duto hepático 
comum 
5.2.1 Vesícula biliar: regulação da secreção 
• Função exócrina 
o Secreta o suco pancreático, que quebra todas os nutrientes 
o Acinos (aglomerados de células secretoras) contêm grânulos de 
zimogênio com enzimas digestivas 
• Suco pancreático 
o Solução aquosa de enzimas e eletrólitos (principalmente HCO3
–) 
• Neutraliza o quimo ácido 
• Fornece o ambiente ideal para asenzimas pancreáticas 
• As enzimas são liberadas na forma inativa e ativadas no 
duodeno 
o Exemplos incluem 
• Tripsinogênio é ativado a tripsina 
• Procarboxipeptidase é ativado a carboxipeptidase 
o Enzimas ativas secretadas 
• Amilase, lipases e nucleases 
• Estas enzimas requerem íons ou bile para atividade ideal 
5.3 Órgãos anexos: pâncreas 
• Secretina e CCK são liberados quando o quimo 
gorduroso ou ácido entra no duodeno 
• CCK e secretina entram na corrente sanguínea 
• Ao atingir o pâncreas: 
o CCK induz a secreção de suco pancreático rico em enzimas 
o Secretina causa a secreção de suco pancreático rico em 
bicarbonato 
• Estimulação vagal também provoca a liberação de suco 
pancreático 
5.3.1 Pâncreas: regulação da secreção 
 Quimo ácido entrando no 
duodeno faz com que as 
células enteroendócrinas da 
parede duodenal liberem 
secretina; o quimo gorduroso 
e/ou ricos em proteínas induz 
a liberação de colecistocinina. 
Durante as fases cefálicas e 
gástrica, estimulação pelo 
nervo vago provoca liberação 
de suco pancreático e fracas 
contrações da vesícula biliar. 
 Ao atingir o pâncreas, a 
colecistocinina induz a secre- 
ção de suco pancreático rico 
em enzimas; secretina provoca 
abundante secreção de suco 
pancreático rico em 
bicarbonato. 
 Colecistocinina e 
secretina entram na 
corrente sanguínea. 
1 
2 
3 
5.3.1 Pâncreas: regulação da secreção 
6. Tarefa 
• Articular as fases cefálica, gástrica e intestinal do 
processo digestório com as secreções hormonais, a 
partir do material sobre Sistema Endócrino.

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