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www.cers.com.br 1 www.cers.com.br 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Bibliografia... Sumário • Planejamento estratégico, tático e operacional. Gestão estratégica: Negócio, missão, visão de futuro, valores e diagnóstico organizacional: análise dos ambientes interno e externo e estratégias. • Balanced scorecard, mapa estratégico. • Indicadores de gestão; gestão pública eficiente, eficaz e efetiva. • Gestão de projetos. • Gestão por processos. PDCA, monitoramento e avaliação. • Administração Pública: governança, governabilidade e accountability; administração gerencial. • Gestão por competência. www.cers.com.br 3 Administração Pública: governança, governabilidade e accountability; administração gerencial a) Administração Pública Patrimonial: características • Modelo característico das monarquias europeias até o século XIX, período pré-capitalista; • Não separação da Res pública X Res principis: interpermeabilidade dos patrimônios público e privado; • O aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano; • Paternalismo e Patriarcalismo; • Poder hereditário e Tradicional; • Os cargos são Prebendas e Sinecuras. República Velha • Proclamação da República; demarcação de Poderes, mudança do centro do poder para SP; • Política de governadores café com leite; clientelismo, oligarquia, economia agrário-exportadora. • Não houve alteração das estruturas socioeconômicas: administração patrimonial. b) Administração Pública Burocrática: Max Weber • Surgiu na metade do séc. XIX, estado liberal, com o desenvolvimento do capitalismo e da democracia; • É entendido como dominação, poder, controle e alienação; poder racional-legal; • Objetivava combater a corrupção e o nepotismo; • Baseada no controle rígido dos processos e procedimentos, a priori; • Parte da desconfiança prévia dos administradores públicos e nos cidadãos que a eles dirigem demandas; • Qualidade fundamental: efetividade no controle dos abusos. Características Principais Consequência desejável: previsibilidade do comportamento humano e padronização do desempenho. Disfunções da Burocracia- Merton Ana Elisa Nota Nao havia separação entre patrimonio do Rei e Público. www.cers.com.br 4 Consequências indesejável: imprevisibilidade do comportamento humano, ineficiência, lentidão e rigidez. Incapacidade de resposta e adaptação, perda da visão do todo, manutenção do status quo (não proatividade). • Estado do Bem-Estar e Intervencionista: era Vargas • Crise da bolsa de NY em 1929 e recessão no mundo: era capitalista; • O Brasil iniciou um processo industrial, desenvolvimentista e de inclusão social; • Criação da Comissão Permanente de Padronização e da Comissão Permanente de Compras; • 1º governo (30 a 45): marcado por 3 fases; • Estado Novo e Autoritário (37 a 45): grandes avanços sociais, econômicos e administrativos; • Criação da indústria de base – função intervencionista. • Criação do Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP: marco da implantação da administração racional-legal/burocrática; • Tentativa de formação da burocracia nos moldes weberianos – concurso público e treinamento; • DASP: insulamento burocrático e universalismo de procedimentos (penetração no mundo político e social). • O patrimonialismo mantinha força e o coronelismo dava lugar ao clientelismo e ao fisiologismo; • Movimento cultural-populista: concurso para alto escalão e indicação clientelista para o baixo. • Gaspar Dutra: ocorre a volta de práticas clientelistas e patrimonialistas. Esvaziamento do DASP; • Getúlio retorna eleito, promulga o segundo Estatuto dos servidores públicos (lei 1711/51), toma medidas polêmicas. • Estado do Bem-Estar Social: era JK • Criou COSB – Comissão de Simplificação Burocrática – promove estudos visando à descentralização dos serviços, por meio da avaliação das atribuições de cada órgão, e a delegação de competências, com a fixação de esfera de responsabilidade e a prestação de contas das autoridades. • Criou a CEPA – Comissão de Estudos e Projetos Administrativos – assessora a presidência da República em tudo que se referisse aos projetos de reforma administrativa. • Grupos executivos ad hoc – criou estruturas flexíveis, paralelas de governo – híbrido administrativo de estatutários e não estatutários (burocracia gerencial); • Plano de Metas – crescer 50 anos em 5, ampla expansão industrial, desenvolvimentista. • Estado do Bem-estar: Governo Goulart Governo Parlamentarista • Comissão Amaral Peixoto (CAP): objetivo era promover “uma ampla descentralização administrativa até o nível do guichê, além de ampla delegação de competência”. Projetos da CAP: • Reorganização das estruturas e atividades; • Expansão e fortalecimento do sistema de mérito; • Normas de aquisição e fornecimento de materiais; • Organização administrativa do Distrito Federal. • A Reforma Desenvolvimentista Militar • Comestra - Comissão Especial de Estudos da Reforma Administrativa – com o objetivo de proceder ao “exame dos projetos elaborados e o preparo de outros considerados essenciais à obtenção de rendimento e produtividade da administração federal”. www.cers.com.br 5 • DL 200/67: primeiro momento da administração gerencial na tentativa de superação da rigidez burocrática – descentralização funcional (criação da administração direta e indireta – autarquias, fundações, EP, SEM). • Princípios do planejamento, coordenação, descentralização, delegação de competência e controle; • Distinção entre a administração direta e indireta: descentralização funcional. Expansão das empresas estatais (SEM e EP), dos órgãos independentes (fundações) e semi-independentes (autarquias); • Definia as bases do controle externo e interno. • Indicava diretrizes gerais para um novo plano de classificação de cargo; • Apontava necessidade de fortalecimento e expansão do sistema do mérito; • Estatuía normas de aquisição e contratação de bens e serviços; • Organizava administrativamente o DF e os Ministérios. • Fixava a estrutura do Poder Executivo federal: órgãos de assistência imediata do Presidente da República; distribuindo os ministérios entre os setores político, econômico, social, militar e de planejamento, além de apontar os órgãos essenciais comuns aos diversos ministérios; • Desenhava os sistemas de atividades auxiliares - pessoal, orçamento, estatística, administração financeira, contabilidade e auditoria e serviços gerais; • Características do modelo Autoritário Desenvolvimentista “Apesar de representar a primeira tentativa de reforma gerencial da administração pública pela intenção de mexer na rigidez burocrática, o Decreto-Lei 200/67 deixou sequelas negativas”. • Dicotomia: Estado Tecnocrático X Burocrático. • Distanciamento entre a AI e AD, criando um fosso. • Movimento centrífugo (AI) e centrípeto (AD). • Não garantiu a profissionalização do serviço público: não institucionalizou uma administração do tipo weberiano; utilização da administração indireta como fonte de recrutamento, prescindindo-se, em geral, do concurso público. • A Reforma da Desburocratização: caminho rumo à administração gerencial • Programa de Desburocratização: combate à burocratização dos procedimentos, revitalização e agilização das organizações do Estado, descentralização de autoridade,melhoria e simplificação dos processos administrativos e promoção da eficiência. Hélio Beltrão tentou resgatar o conceito de cidadão. Reforma inédita social e política. • Programa de Desestatização: para conter os excessos da administração descentralizada. • Crise do Modelo Nacional-Desenvolvimentista “As tentativas de reforma até 1985 careceram de planejamento governamental e de meios mais eficazes de implementação. Havia uma relativa distância entre planejamento, modernização e recursos humanos, falta de integração entre os órgãos responsáveis pela coordenação das reformas. ....Os resultados foram relativamente nefastos: multiplicação de entidades, marginalização do funcionalismo, descontinuidade administrativa e enfraquecimento do DASP”. • Crise do petróleo de 73 e 79; • Crise fiscal (crise da dívida externa e interrupção do ciclo de crescimento econômico); • Esgotamento da estratégia estatizante de intervenção do Estado e do modelo de substituição de importação – reestruturação produtiva; • Globalização; tendência ao Modelo Neoliberal e diminuição do tamanho do Estado; • Crise de Estado e Crise de governabilidade. • A Nova República – Governo Sarney • Instituiu uma numerosa comissão, com objetivos extremamente ambiciosos, mas nada fez; www.cers.com.br 6 • Extinguiu o BNH e pouco avançou na implementação do SUS; • Não conseguiu instituir um sistema de carreiras de RH; • Mudanças apenas de cunho incremental. • CF/88: • Democratização da esfera pública (Estado Democrático de Direito); • Volta aos ideais burocráticos dos anos 30; fortalecimento do sistema de mérito e universal; perda de autonomia e agilidade da administração indireta – retrocesso burocrático. • Pacto Social-Liberal: reformas a partir de 85 • Governo Collor: criação da Secretaria Administração Federal (SAF) e do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade. • Governo Itamar: Secretaria Federal de Controle, Lei 8.666, Plano Real. • Governo FHC: criação do MARE (crise de governança). • Crise de Governança e Crise do Modelo Burocrático • No estado liberal os serviços eram reduzidos, limitando-se a garantir a ordem, a justiça, os contratos e a propriedade. • No estado social, com o aumento dos serviços: • O papel do Estado ficou associado a ideia de executor direto no desenvolvimento e na gestão de políticas públicas. • Controle transformou-se na razão de ser do funcionário; • Estado voltou-se para si mesmo, deixando de servir à sociedade; • Gerou ineficiência, lentidão e incapacidade de voltar-se para servir aos cidadãos vistos como clientes – modelo autorreferido; • Crise de governança: plano Real, excesso de quadros e outros fatores fizeram gerar uma e a necessidade de reforma do aparelho do estado. c) Administração Gerencial/Pós-burocrática • A Nova Gestão Pública (NPM) foi implantada na segunda metade do Século XX. Nasceu nos EUA, mas foi na Grã-Bretanha que obteve maior sucesso; • Atua no controle de resultados, descentralização, flexibilidade, participação, controle social e transparência, competição administrada e foco no cidadão. • Modelo administrativo e complexo: não pode ser confundido com a absorção de práticas neoliberais. • Possui inspiração nos modelos de gestão empresarial contemporâneo (gestão privada), mas não pode ser confundido com estes últimos, não são similares. Possui convergências e divergências, como: www.cers.com.br 7 A necessidade de reforma, segundo o PDRAE se deve: • Ainda persistiam práticas patrimoniais e excessos do modelo burocrático, que se apresentavam superados e não atendiam mais a realidade. • Não se tratou de descartar a administração racional-legal, mas de manter as características que ainda são válidas para garantir efetividade à administração. • Nenhum país da região completou a construção do modelo burocrático-weberiano nos moldes das nações desenvolvidas • Por isso, o modelo gerencial se apoia e conserva alguns princípios fundamentais da burocracia, embora flexibilizando-os, como a rigorosa profissionalização da administração pública, que continua princípio fundamental. • Princípios burocráticos apoiadores e orientadores do gerencialismo: • Admissão segundo rígidos critérios de mérito; • Existência de um sistema estruturado e universal de remuneração: carreiras; • Avaliação constante de desempenho; • Treinamento sistemático. • A Reforma Gerencial Britânica • O Movimento “Reinventando o Governo” O sistema institucional deve reinventar-se: 1 — Governo catalisador, navegando em vez de remar: catalisando a ação do setor público, privado e voluntário com o intuito de redirecionar a atividade governamental. 2 — Governo que pertence à comunidade: dando poder aos cidadãos, em vez de servi-lo, transferindo o controle das atividades à comunidade, para torná-las mais flexíveis, já que estão mais próximos dos problemas. 3 — Governo competitivo: promovendo competição entre os prestadores de serviço, de forma a melhorar a eficiência e a qualidade no atendimento, uma vez que garante controle dos serviços pela população, além de encorajar a inovação e o engajamento dos servidores públicos, servindo para acabar com o monopólio. 4 — Governo orientado por missões, transformando órgãos burocratizados: e não por regras e regulamentos, utilizando-se de princípios do planejamento estratégico, que tornam a organização mais eficiente, a exemplo da iniciativa privada. 5 — Governo de resultados, financiando resultados, não recursos: medir a atuação das agências governamentais, substituindo o foco no controle de inputs para o controle de outputs e impactos, adotando uma administração por objetivos. 6 — Governo atendendo às necessidades dos clientes e não da burocracia: redefinir os usuários como clientes, em complemento ao conceito de cidadão, recomendando-se o uso da administração da qualidade e a criação de sistemas de prestação de serviços mais simples e transparentes (deixar de ser autorreferido). www.cers.com.br 8 7 — Governo empreendedor: priorizar o investimento na produção de recursos, e não em seu gasto, gerando receitas e não despesas, aumentando seus ganhos por meio de aplicações financeiras e ampliação da prestação de serviços. 8 — Governo preventivo: atuar na prevenção dos problemas mais do que no tratamento e na cura, agindo de forma mais estratégica e abandonando os comportamentos reativos. 9 — Governo descentralizado: saindo da hierarquia à participação e trabalho de equipe, à inovação e resolução de problemas, aumentando a motivação e a autoestima dos funcionários. 10 — Governo orientado para o mercado: preferindo os mecanismos de mercado (lógica competitiva) às soluções burocráticas, riscos calculados, criando agências regulatórias, atuando como intermediário para diminuir custos transacionais; os programas governamentais apresentam vários defeitos que não acontecem se forem realizados pelo mercado. A reforma Bresser – PDRAE • Uma breve interpretação da crise do Estado; • Uma classificação evolutiva da administração pública; • Um histórico das reformas administrativas no Brasil a partir dos anos 1930; • Um diagnóstico da administração pública; • Um quadro referencial das formas de propriedade, setores do Estado e tipos de gestão; • Uma avaliação da concepção de Estado, das dimensões técnicas e do impacto inicial da reforma • Uma estratégia de mudança; • Os principais projetos de reforma do aparelho de Estado. Divisão do Estafo em 4 setores: formas de propriedade e tipos deadministração • Núcleo Estratégico; • Núcleo das Atividades Exclusivas de Estado; • Núcleo das Atividades Não-Exclusivas de Estado; • Núcleo da Produção de Bens e Serviços para o Mercado. Observações importantes: • O Estado vem abandonando o papel de executor ou prestador direto de serviços, mantendo-se, entretanto, no papel de regulador, provedor ou promotor; • Como promotor desses serviços, o Estado continuará a subsidiá-los, controlá-los e regulamentá-los. • Governo Lula Lançou o Plano de “Gestão Pública para um país de todos”, incorporado ao PPA 2004-2007, com: • Maior atuação do estado para cobrir o déficit institucional; • Aumento da governança, eficiência, transparência e foco no cidadão; • Participação ativa dos servidores públicos, recomposição dos quadros, carreira e condições gerenciais; www.cers.com.br 9 • Uso de instrumentos e ferramentas para solução dos problemas e resgate da ética e simplificação administrativa. • Gestão Pública Empreendedora/Resultados Características: • Avaliação de desempenho individual e organizacional, atrelada a indicadores de qualidade e produtividade; • Descentralização administrativa; • Delegação de autoridade; • Confiança limitada; • Flexibilização das regras que regem a burocracia pública; • Profissionalização do servidor público, através de políticas de motivação, desenvolvimento pessoal e revalorização da questão da ética; • Desenvolvimento das habilidades gerenciais dos funcionários; • Parcerias com o setor privado e com as (ONGs); • Descentralização política: poder de decisão próximo ao cidadão; • Autonomia às agências governamentais, horizontalizando a estrutura; • Melhoria da qualidade e da accountability; • Estabelecimento do conceito de planejamento estratégico; • Competição administrada; • Princípio da subsidiariedade, como base do conceito de descentralização. • Ênfase e orientação da ação do Estado para o cidadão-cliente; • Controle social como mecanismo de prestação de contas e avaliação de desempenho; • Vê o cidadão como contribuinte de impostos e como cliente de se seus serviços; • Ênfase no controle “a posteriori”, de resultados, com definição precisa dos objetivos. • Resultados são considerados bons não porque os processos administrativos estão sob controle e são seguros (APB), mas porque as necessidades do cidadão-cliente estão sendo atendidas (interesse público – diferenças do significado. Governabilidade Refere-se à capacidade política de governar, a forma de governo, a relação com os demais poderes e os partidos políticos; São condições substantivas, sistêmicas, institucionais e materiais de exercício do poder. Relaciona-se à legitimidade de governar derivadas da sua postura diante da sociedade civil e do mercado (em um regime democrático), com vistas a exercer sua missão. É a capacidade que o Estado tem para agregar os múltiplos interesses dispersos pela sociedade e apresentar-lhes um objetivo comum para o curto, médio e longo prazo. Governança É a capacidade que determinado governo tem para formular e implementar as suas políticas, assinalandose a gestão das finanças públicas, dos recursos, da técnica, entendidas como as mais relevantes para o financiamento das demandas da coletividade. Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce www.cers.com.br 1 0 É o sistema que assegura o governo estratégico e o efetivo monitoramento da alta administração, por meio de práticas de medição como auditorias, unidades de controle interno e externo, visando assegurar a equidade, transparência e responsabilidade pelos resultados. Governança Pública “O exercício da autoridade, controle, administração, poder de governo”. Precisando melhor, “é a maneira pela qual o poder é exercido na administração dos recursos sociais e econômicos de um país visando o desenvolvimento”, implicando ainda “a capacidade dos governos de planejar, formular e implementar políticas e cumprir funções” (Banco Mundial, 1992). Refere-se ao modus operandi das políticas governamentais: “questões ligadas ao formato político- institucional do processo decisório, à definição do mix apropriado de financiamento de políticas e ao alcance geral dos programas”. A governança tem um caráter mais amplo. Pode englobar dimensões presentes na governabilidade, mas vai além. Baseia-se em múltiplos arranjos com a participação de diversos atores (estado, terceiro setor, mercado) no desenvolvimento, na gestão de políticas públicas e no provimento de serviços. Este modelo não diminui a importância do estado, mas qualifica-o com o papel de orquestrador, direcionador estratégico, indutor e fomentador essencial para a ativação e orientação das capacidades dos demais atores. Promove a adoção de modelos de gestão pós ou neoburocráticos, tais como: redes modelos de gestão orgânicos (flexíveis, orientados para resultados, foco no beneficiário), mecanismos amplos de accountability, controle e permeabilidade. Accountability • Termo da língua inglesa que remete à obrigação de membros de um órgão administrativo ou representativo de 'prestar contas' a instâncias controladoras ou a seus representados. • Outro termo usado é o da 'responsabilização', sendo um conceito frequentemente usado em circunstâncias que denotam responsabilidade social, imputabilidade, obrigações e prestação de contas. Pode ser classificada em accountability horizontal (agências e órgãos estatais) e vertical (pelo voto e eleição). Está diretamente ligada à transparência da gestão e ao princípio da publicidade Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce www.cers.com.br 1 1 Planejamento Estratégico, Tático e Operacional Funções de administração: planejamento, organização, direção e controle. Planejamento Ana Elisa Nota Resumo das teorias de MotivaçãonullPROCESSOnullTeoria da Equidade de Adams: o equilíbrio entre o "dar" e o "receber" é fator de motivação.nullnullTeoria do Estabelecimento de Objetivos (Autoeficácia) de Locke: a intenção de atingir um objetivo é fator de motivação (fatores internos).nullnullTeoria do Reforço de Skinner: recompensa e punição condicionam o comportamento do indivíduo. Os estímulos podem ser:null- Reforço Positivo: recompensar o comportamento desejado;null- Reforço Negativo: retirar consequência negativa após comportamento desejado;null- Punição: aplicar medida negativa após comportamento indesejado;null- Extinção: retirada de recompensa positiva após comportamento indesejado.nullnullTeoria da Expectativa de Vroom: a motivação acontece se a meta for possível e a recompensa, desejável (considera as diferenças pessoais). Deve haver:null- Valência: valor que a pessoa dá as recompensas obtidas;null- Expectativa: probabilidade de a ação levar ao resultado desejado;null- Instrumentalidade: percepção de que a obtenção de um resultado está associado a uma recompensa.nullnullTeoria da Expectação de Lawler e Porter: as necessidades do indivíduos são satisfeitas através do dinheiro, gerando motivação.nullnullCONTEÚDOnullTeoria da Necessidades de Maslow: uma necessidade satisfeita deixa de motivar o comportamento. nullnull- Autorrealização - toponull- Estima (reconhecimento, promoções)null- Sociais (interações com colegas, família)null- Segurança (proteção, trabalho salubre)null- Fisiológica - base (conforto, descanso, necessidades básicas)nullnullnullTeoriaERC de Alderfer: adaptação da teoria de Maslow, com hierarquia das necessidades menos rígida. Se um nível de necessidade superior não for atendido pode levar o indivíduo a aumentar a necessidade de nível inferior. Dividiu as necessidades de Maslow da seguinte maneira:nullnull- Crescimento (topo): fatores internos de estima e autorrealização null- Relacionamento: fatores externos de estima e socialnull- Existência (base): fisiológico e segurançanullnullTeoria X e Y de McGregor: divide as pessoas em duas gerações:nullX: o homem não gosta de trabalhar, precisa ser forçado a atingir resultados, não há confiança; o trabalho deve ser guiado;nullY: a maioria das pessoas gosta de trabalhar e são capazes de se autocontrolar, podem assumir responsabilidade, são criativas e ambiciosas.nullnull nullnullTeoria dos dois fatores de Herzberg: os fatores que levam à satisfação são diferentes dos que levam à insatisfação. Dividido entre:nullnull- Fatores motivacionais: influenciam satisfação e geram motivação (crescimento pessoal, conteúdo do trabalho, reconhecimento, etc)nullnull- Fatores higiênicos ou de manutenção: influenciam a insatisfação se não satisfeitos, mas não geram por si só motivação (salário, segurança, relacionamentos pessoais, política da empresa). PS: pra essa teoria o salário NÃO É FATOR MOTIVACIONAL!nullnull nullnullTeoria das Necessidades Adquiridas de McClelland: a motivação é relacionada com a satisfação de certas necessidades dos indivíduos, quais sejam:nullnull- Afiliação: bons relacionamentos;nullnull- Poder: controle e influência;nullnull- Realização: sucesso e diferenciação.nullnull www.cers.com.br 1 2 Níveis Hierárquicos de Planejamento • Estratégico: envolve toda a organização; • Tático: envolve uma unidade, uma parte da organização; • Operacional: envolve uma atividade ou tarefa Planejamento Estratégico/Tático e Operacional Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce www.cers.com.br 1 3 O planejamento estratégico... é insuficiente de forma isolada para que as organizações alcancem vantagem competitiva, sendo necessário o desenvolvimento e a implantação dos planejamentos táticos e operacionais de forma integrada e alinhada. Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce www.cers.com.br 1 4 Processo de Planejamento Estratégico a) Visão • Define os objetivos de longo prazo; • Sonho, guia, é alinhada aos interesses dos stakeholders, orientada para o mercado; • O que quer ser, onde quer chegar, mutável e temporal; • É eficaz quando define objetivos claros e ousados, mas possíveis; • Deve esclarecer a direção do negócio, descrever uma condição futura e representar o ápice do desenvolvimento naquele período. b) Valores • Criados pelos stakeholders • Prescrevem valores essenciais ligados a atitudes, comportamentos e caráter, que alicerçam a cultura da empresa Ana Elisa Nota desenvolvido por Djalma nullVisão: sonho, onde quer chegar, deve ser clara, direta e objetiva. null Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce www.cers.com.br 1 5 • Podem refletir as inovações estratégicas • Devem entregar valor • Devem alinhar as pessoas aos valores, motivando o alto desempenho c) Análise Externa Oportunidades e Ameaças: variáveis incontroláveis Divide o Ambiente em: • Macroambiente, ambiente indireto ou conceitual: político; econômico; sócio/cultural; tecnológico; ambiental e legais. • Ambiente da tarefa, direto, operacional ou setor de negócios: fornecedores, clientes, usuários, concorrentes, agências reguladoras, etc. Análise das 5 Forças Competitivas de Porter d) Análise Interna Medem o desempenho e a capacidade em comparação com as outras empresas de seu setor de atuação, concorrentes diretos ou potenciais. e) Missão • Causa pela qual se deve lutar. • Razão de ser, orientadora e delimitadora, atemporal, respondendo às demandas genéricas da sociedade. • Será eficaz quando conseguir definir uma individualidade ou uma personalidade para o negócio, competências únicas que o distingue. Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce www.cers.com.br 1 6 • Clarifica e comunica os objetivos. • Declara o escopo do Negócio. • A atualização acontece pela redefinição do negócio. • Deve explicitar os grupos de clientes, necessidades dos clientes, mercados onde atua. • Deve trazer as necessidades que pretende satisfazer e não deve ser colocada em termos de produtos e serviços. Intenção Estratégica Missão: "Servir alimentos de qualidade, com rapidez e simpatia, num ambiente limpo e agradável." (McDonalds). Valores: “Qualidade. Serviço. Limpeza. Valor”. (McDonald´s) Visão: “Ter 30 mil “Mcrestaurantes” no ano 2000. Depois disso nem mesmo nós podemos prever... O céu é o limite” (McDonalds). f) Construção de Cenários... Abordagem Projetiva Abordagem Prospectiva g) Posturas Estratégicas Permite o direcionamento estratégico e a escolha de alternativas de ação – análise SWOT Ana Elisa Nota Projeta o futuro a partir de um ambiente estável. Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce Ana Elisa Realce www.cers.com.br 1 7 Matriz GUT h) Formulação da Estratégia 5Ps para estratégia, de Mintzberg: • Plano (plan): uma direção, um processo consciente e deliberado de levar do estado atual ao futuro desejado. • Padrão (pattern): uma consistência de comportamento ao longo do tempo, que se torna um padrão na forma de atuar. • Posição (position): relação com as condições do ambiente e a criação de uma posição (diferenciação, baixo custo ou foco) no mercado. • Perspectiva (perspective): uma visão de mundo expressa nos valores, que traz uma maneira própria de lidar com as incertezas e tomar decisões. • Estratagema (ploy): uma manobra ou truque para vencer um concorrente e ganhar participação de mercado. • Estratégias Genéricas – Porter Ana Elisa Nota Prioriza problemas que podem ser qualitativos, quantitativos... www.cers.com.br 1 8 i) Implementação das Estratégias As estratégias implementadas são decorrentes do encontro das estratégias deliberadas (intencionais, planejadas) e emergentes (não planejadas), segundo Mintzberg. Balanced ScoreCard Painel Balanceado de Indicadores • Conceito desenvolvido por Robert Kaplan e David Norton que detectaram que o controle dos resultados baseados em indicadores financeiros não mais atendia. • A geração de valor dependia do acompanhamento do desempenhoestratégico organizacional através da medição por indicadores de desempenho. • Alinha o planejamento estratégico ao operacional. • Traduz a visão e a estratégia em um conjunto integrado de objetivos e indicadores de desempenho - base para um sistema de gerenciamento estratégico e de comunicação. • É composto de mapa estratégico, objetivos estratégicos, indicadores, metas e iniciativas. • Atualmente, passou a ser utilizado como uma metodologia de gestão estratégica, servindo como instrumento representativo da estrutura dos processos gerenciais e como ferramenta de gestão. Perspectivas do Balanced ScoreCard www.cers.com.br 1 9 • Financeira: cria valor duradouro e resultados tangíveis para acionistas ou partes interessadas – ROI, valor econômico agregado, lucro, receita p/cliente, custo de produção. • Clientes: cria valor para os clientes – satisfação, retenção e crescimento, segmento de clientes-alvo. • Processos Internos: identifica os processos chaves que criam valor para os clientes e contribuem para a produtividade (perspectiva financeira) – inovação, operação e pós-venda. • Aprendizagem e Crescimento: identificar os ativos intangíveis (pessoas, tecnologia, clima e cultura) que melhoram desempenho dos Processos Internos e criam valor. Componentes do BSC • Temas estratégicos: focos de atuação, conjunto de objetivos estratégicos correlatos. • Objetivos estratégicos: interligados, que descrevem como criar valor em cada tema. Tradução quantitativa e qualitativa da estratégia, organizados em mapas estratégicos estabelecendo entre si relações de causa e efeito. • Indicadores: para cada objetivo, de resultados (indicadores de ocorrências) e de desempenho (indicadores de tendências) ajustados à estratégia. Fazer benchmarking externo. • Metas: marcos ao longo do tempo, nível de desempenho exigido pela estratégia. As metas de cada tema devem ser subdividas por objetivos, numa cadeia de causa e efeito. • Iniciativas estratégicas: representam o plano de ação de como realizar os objetivos e os temas. É formada por um conjunto de projetos e programas de duração finita, fora das atividades operacionais rotineiras da organização, destinados a ajudar a alcançar as metas fixadas. Deve-se atentar para a definição dos recursos, custos e tempo. O Mapa Estratégico traduz a estratégia através de um processo de criação de valor, numa relação de causa e efeito entre os objetivos das quatro perspectivas do BSC – financeira, clientes, processos internos e aprendizagem e crescimento. Construção do Mapa Estratégico • Estabelecimento da visão e da estratégia; • Desdobramento em temas estratégicos; • Definição de objetivos, metas, indicadores e iniciativas sob a perspectiva financeira e do cliente; • Definição de valor ou vetores de mudanças nas perspectivas de processos internos e de aprendizagem e crescimento. Ana Elisa Nota Instrumento de Acompanhamento para assegurar os resultados finais. nullTrouxe a visao sistemica. www.cers.com.br 2 0 Indicadores de Gestão São medidas que representam ou quantificam objetos, acontecimentos ou situação de acordo com regras. • Medem o desempenho. • Descrevem por meio da geração de informações o estado real dos acontecimentos e o seu comportamento; • Analisam as informações presentes com base nas anteriores de forma a realizar proposições valorativas. Componentes básicos de um indicador • Medida: grandeza qualitativa ou quantitativa que classifica características e resultados de produtos, processos ou sistemas; • Fórmula: padrão matemático que expressa à forma de realização do cálculo; • Índice (número): valor; • Meta: índice (número) orientado por um indicador em relação a um padrão de comparação. Possui objetivo, valor e prazo. Critérios centrais para escolha de indicador • Seletividade ou importância: deve fornecer informações sobre variáveis estratégicas e prioridades definidas de ações, produtos ou impactos esperados; • Simplicidade, clareza, inteligibilidade e comunicabilidade: deve ser simples e compreensível. • Comparabilidade: deve ser comparável com as referências internas ou externas e com séries históricas. • Representatividade, confiabilidade e sensibilidade: ser capaz de demonstrar críticas etapa de um processo, projeto; os dados devem ser precisos, coletados na fonte de dados correta e devem possibilitar a pronta avaliação dos efeitos de determinada intervenção; • Investigativos: os dados devem ser fáceis de analisar, sejam estes para registro ou para fazer juízos de valor; • Estabilidade: procedimentos gerados de forma sistemática e constante, sem muitas alterações e complexidades, uma vez que é relevante manter o padrão e permitir a série histórica. www.cers.com.br 2 1 • Custo-efetividade: projetado para ser factível e economicamente viável. Os benefícios em relação aos custos devem satisfazer todos os outros demais níveis. Nem todas as informações devem ser mensuradas, é preciso avaliar os benefícios gerados em detrimento do ônus despendido. Os 6 Es do Desempenho explicitam – Dimensões de esforço: economicidade, execução e excelência. – Dimensões de resultado: eficiência, eficácia e efetividade. Efetividade: São os impactos gerados pelos produtos/serviços, processos ou projetos. Está vinculada ao grau de satisfação ou ainda ao valor agregado, a transformação produzida no contexto em geral. Difícil de ser mensurada (dada a natureza dos dados e o caráter temporal), está relacionada com a missão da instituição. Podem ser encontrados na dimensão estratégica do Plano Plurianual (PPA); Exemplo: se uma campanha de vacinação realmente imunizar e diminuiu a incidência de determinada doença entre as crianças, a campanha foi efetiva. Eficácia: É a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário (beneficiário direto dos produtos e serviços da organização). Indicadores de eficácia podem ser definidos a partir da Carta de Serviços do órgão. Exemplo: se, na mesma campanha citada, a meta de vacinação é imunizar 100.000 crianças e este número foi alcançado ou superado, a campanha foi eficaz. Eficiência: É a relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos utilizados, relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma de custos ou produtividade. Indicadores de eficiência podem ser encontrados na Carta de Serviços com seus elementos de custos e em informações de sistemas estruturantes do Governo, como o SIAFI; www.cers.com.br 2 2 Exemplo: uma campanha de vacinação é mais eficiente quanto menor for o custo da campanha, mantendose os objetivos propostos. Execução: Refere‐se à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme estabelecidos. Indicadores de execução podem ser encontrados no monitoramento das ações do PPA. Excelência: É a conformidade a critérios e padrões de qualidade /excelência para a realização dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade; sendo um elemento transversal. Indicadores e padrões de excelência podem ser encontrados no Instrumento de Avaliação da Gestão Pública (IAGP). Economicidade: Está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo adequadamente os recursosfinanceiros e físicos. Indicadores de economicidade podem ser encontrados nas unidades de suprimentos. Gestão de projetos. É um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. É um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim. Destina-se a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros pré-definidos de tempo, custo, recursos e qualidade. Características dos projetos Os Projetos devem estar alinhados aos objetivos estratégicos!!! • Empreendimento não repetitivo e não rotineiro (não são operações); • Finito: temporários, tem início, meio e fim (curto ou longo prazo), resultados duradouros; • Foco: abrangência e escopo definidos; • Singular: produto, serviço único e exclusivo (elementos repetitivos não mudam a singularidade); • Limites: parâmetros de custo, recursos, qualidade e tempo; • Incerto: por ser único e novo (planejar e controlar); • Elaboração progressiva, com sequência clara e lógica; • Interdisciplinar: envolve multiespecialidades; • Realizado por pessoas. Projetos X Operações Semelhanças: • Realizado por pessoas; • Recursos limitados; • Planejado, executado e controlado. Diferenças: • Operações são contínuas e repetidas; Projetos são temporários e exclusivos. • Projetos atingem seus objetivos e terminam; Operações adotam um novo conjunto de objetivos e continuam. Gerenciamento de Projetos É a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos (PMBOK Guide). www.cers.com.br 2 3 • O objetivo principal é “alcançar o controle adequado do projeto, de modo a assegurar sua conclusão no prazo e orçamento determinado, obtendo a qualidade estipulada” Identifica... • Requisitos, objetivos claros e atingíveis; • Balanceia demandas • Alinha expectativas dos interessados. • PMI - Project Management Institute publicou “A Guide to the Project Management Body of Knowledge”- PMBOK Guide, 5ª edição. • O Guia PMBOK é um padrão reconhecido para a profissão de gerenciamento de projetos descrevendo normas, métodos, processos e práticas estabelecidas. Contém o conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos que é amplamente reconhecido como boa prática e aplicável à maioria dos projetos na maioria das vezes. Contexto de Gerenciamento de Projetos Ciclo de Vida do Projeto • Determina as fases do projeto e a entrega de um subproduto; • A avaliação é realizada no final de cada fase, com a identificação de pontos de melhoria; • O ciclo de vida do projeto é diferente do ciclo de vida do produto. Um produto pode ter muitos projetos associados a ele. • As fases podem ser: • Sequenciais: só inicia depois que a anterior termina. • Sobreposta: tem início antes do término da anterior. Fases do Ciclo de Vida do Projeto • Preparação ou Iniciação: identifica-se a demanda e a necessidade do projeto, com a definição do objetivo e a elaboração de planos preliminares. • Organização e Preparação: detalha-se o que será realizado, com cronogramas, interdependências entre atividades, recursos envolvidos, custos. www.cers.com.br 2 4 • Execução do trabalho do projeto: as atividades previstas são efetivamente executadas. • Encerramento: o produto final é entregue e aceito e a estrutura é desmobilizada. Características do Ciclo de Vida do Projeto • Os níveis de custo e de pessoal são baixos no início, máximos na execução e caem rapidamente conforme o projeto é finalizado. • A influência das partes interessadas, os riscos e as incertezas são maiores no início e caem ao longo da vida do projeto. • Os custos das mudanças e correções de erros aumentam conforme o projeto se aproxima do término. O impacto sobre os custos da mudança é menor no início. Estrutura para a Gestão de Projetos Escritório de projetos: unidade central que coordena, apoia e gerencia os projetos, podendo executá-los diretamente. Stakeholders Pessoas cujo interesse pode afetar de forma positiva ou negativa o projeto. Devem ser identificados na fase de iniciação, suas necessidades, expectativas e gerenciar sua influência nos requisitos. Exemplos: patrocinador, gerente de projeto, funcional, equipe, cliente, etc. Áreas de Conhecimento: 10 áreas www.cers.com.br 2 5 PMBOK define que existem cinco grupos de processos de gerência de projetos. Os grupos de processos não são fases do projeto. • Referem-se à natureza do projeto. • Iniciação: definir o projeto ou uma nova fase do projeto através da obtenção de autorização; • Planejamento: definir escopo, refinar objetivos, desenvolver curso de ação; • Execução: executar o trabalho definido no plano de gerenciamento do projeto; • Monitoramento e controle: verificar o progresso, o desempenho e áreas de mudança; • Encerramento: finalizar todas as atividades, as entregas e o projeto. Os 5 grupos de processos abrangem 10 áreas de conhecimento. A partir desta combinação de grupos de processos com áreas de conhecimento, o Guia PMBOK® 5ª edição apresenta 47 processos que são sugeridos como necessários e aplicáveis para se gerenciar um projeto, desde o seu início até a sua entrega. Áreas de Conhecimento Iniciação Planejamento Execução Monitoramento e controle Encerramento Integração 1.1. Desenvolver o termo de abertura do projeto 1.2. Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto 1.3. Orientar e gerenciar o trabalho do projeto 1.4. Monitorar e controlar o trabalho do projeto 1.5. Realizar o controle integrado de mudanças 1.6. Encerrar o projeto ou fase www.cers.com.br 2 6 Escopo 2.1. Planejar o Gerenciamento do Escopo 2.2. Coletar os requisitos 2.3. Definir o escopo 2.4. Criar a EAP 2.5. Validar o escopo 2.6. Controlar o escopo Tempo 3.1. Planejar o gerenciamento do Cronograma 3.2. Definir as atividades 3.3. Sequenciar atividades 3.4. Estimar os recursos das atividades 3.5. Estimar as durações das atividades 3.6. Desenvolver o cronograma 3.7. Controlar o cronograma Custos 4.1. Planejar o gerenciamento dos Custos 4.2. Estimar custos 4.3. Determinar o orçamento 4.4. Controlar os custos Qualidade 5.1. Planejar o gerenciamento da qualidade 5.2. Realizar a garantia de qualidade 5.3. Controlar a qualidade Recursos Humanos 6.1. Planejar o gerenciamento dos recursos humanos 6.2. Mobilizar a equipe do projeto 6.3. Desenvolver a equipe do projeto 6.4. Gerenciar a equipe do projeto Comunicações 7.1 Planejar o gerenciamento das comunicações 7.2. Gerenciar as comunicações 7.3. Controlar as comunicações www.cers.com.br 2 7 Riscos 8.1. Planejar o gerenciamento dos riscos 8.2. Identificar os riscos 8.3. Realizar a análise qualitativa dos riscos 8.4. Realizar a análise quantitativa dos riscos 8.5. Planejar as respostas aos riscos 8.6. Controlar osriscos Aquisição 9.1. Planejar o gerenciamento das aquisições 9.2. Conduzir as aquisições 9.3. Controlar as aquisições 9.4. Encerrar as aquisições Partes Interessadas 10.1. Identificar partes interessadas 10.2. Planejar o gerenciamento das partes interessadas 10.3. Gerenciar o envolvimento das partes interessadas 10.4. Controlar o envolvimento das partes interessadas Gestão de Processos. Processos são conjuntos de decisões/ações que transformam insumos (entradas) em valores gerados ao cliente/cidadão (saídas), envolvendo feedback. São conjunto definido de atividades, tarefas, operações ou comportamentos executados por humanos ou máquinas para alcançar metas. www.cers.com.br 2 8 “Processo de negócio” é definido como um trabalho ponta-a-ponta que entrega valor aos clientes, envolvendo todo o trabalho cruzando limites funcionais. • Tem como base a perspectiva sistêmica e contingencial, de sistema aberto, voltado para o ambiente e para a incerteza. • As organizações são vistas como redes de relações, que exige uma macrovisão da cultura, estratégia, estrutura, processos, competências, tecnologia e conhecimento. • Parte-se da estratégia para identificação dos processos críticos. • As estruturas verticais podem ser substituídas ou complementadas por cadeias de processos horizontais, redes, com ligações multifuncionais e interfuncionais, interdependentes e interconexas, que geram valor ao cliente. • Tem como primícias o atendimento ao cliente e a identificação do resultado esperado; • A análise de efetividade deve ser realizada antes da análise de eficiência. A ABPMP desenvolveu o Guia CBOK, que tem a finalidade de apresentar as nove áreas do conhecimento que são reconhecidas e aceitas como boas práticas. Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM) ...é uma abordagem para identificar, desenhar, executar, documentar, medir, monitorar, controlar e melhorar processos de negócio automatizados ou não para alcançar os resultados pretendidos alinhados às metas estratégicas. • Visa aprimorar os fluxos de trabalho, maximizar a produtividade, melhorar a qualidade das entregas e padronizar a sua execução. www.cers.com.br 2 9 Ciclo de Gerenciamento de Processos a) Planejamento: desenvolve um plano onde sejam identificados papéis, responsabilidades, patrocínio, metas, metodologias. b) Análise: entender o estado atual das atividades do processo. Utilizam-se técnicas como brainstorming, grupo focal, entrevistas, questionários, cenários, 5W1H, análise do ambiente de negócio, cadeia de valor, análise SWOT, cultura, handoffs, capacidades, gargalos, custos, variações, envolvimento humano e outros fatores como análise da causa raiz, de riscos, análise da maturidade, etc. c) Desenho: consiste em “criar especificações para processos de negócios novos ou modificados, dentro do contexto dos objetivos de negócio, objetivos de desempenho de processo, fluxo de trabalho, aplicações de negócio, plataformas tecnológicas, recursos de dados, controles financeiros e operacionais, e integração com outros processos internos e externos". c) Modelagem: fase de “identificação”, "cria uma representação do processo em uma perspectiva ponta- aponta que o descreva de forma necessária e suficiente para a tarefa em questão". É nessa fase que acontece a atividade de documentação denominada “caracterização”, para representar o processo. Existem muitos estilos de notações de modelagem de processos: BPMN, Fluxogramas, UML, IDEF-O, SIPOC, etc. d) Implementação: tem por objetivo realizar o desenho aprovado do processo de negócio na forma de procedimentos e fluxos de trabalho operacionais, documentados e testados. A etapa de implementação avalia o desempenho do processo, podendo resultar em atividades de melhoria, redesenho ou reengenharia. e) Gerenciamento de desempenho ou “simulação e emulação”: responsável pela aferição e validação do processo e pelo estudo de diversos cenários, possibilitando a análise de mudanças no processo. Existem quatro dimensões de métricas: tempo, custo, capacidade e qualidade. Ex: mapeamento do fluxo de valor, métodos estatísticos, business intelligence (BI), etc. f) Refinamento: transformação dos processos, a partir da análise de desempenho. Também chamada de “encenação”......revendo o modelo e implantando as mudanças após o estudo de cenários. São metodologias de mudança: Qualidade Total, Reengenharia, Benchmarking, Six Sigma, etc. Tipos de Processos www.cers.com.br 3 0 • Finalístico, básico ou primário: envolvido diretamente no ciclo de transformação de recursos em produtos ou serviços, percebidos pelo cliente; • Apoio ou suporte: dá suporte a alguma atividade-fim e sustenta os processos primários, não gera valor direto aos clientes, ligado às áreas funcionais. • Gestão: coordena as atividades de apoio e os processos finalísticos, utilizados para medir, monitorar e controlar atividades de negócios. Cadeia de Valor Descreve as estruturas e processos com os quais as organizações se preparam estrategicamente. São 9... • Atividades primárias: Trazer materiais para dentro; transformá-lo em produtos finais; expedir produtos finais; comercializá-los; prestar assistência técnica; • Atividades de apoio: Suprimentos, Desenvolvimento tecnológico, Recursos humanos, Infraestrutura (custos da administração geral, planejamento, finanças, contabilidade, jurídico, governo (alocados em todas as atividades primárias e de apoio). Tipos de Atividades • Valor Agregado: contribuem para o resultado do processo de forma positiva. (Ex. contatar cliente dias depois da manutenção do veículo). • Handoff: transferência de controle do processo para outro departamento ou organização. • Transversais: várias especialidades executadas em uma única operação para resolver problemas, não agregam valor e consomem recursos. • Controle: ponto de verificação específico de validade de um processo que permite prevenir, corrigir, detectar situações indesejáveis. Maturidade de Processos – visão CBOK Nível 1 – Inicial: os processos são executados de maneira ad-hoc, o gerenciamento não é consistente e é difícil prever os resultados. Nível 2 – Gerenciado: a gestão equilibra os esforços nas unidades de trabalho, garantindo que sejam executados de modo que se possa repetir o procedimento e satisfazer os compromissos primários dos grupos de trabalho. No entanto, outras unidades de trabalho podem usar diferentes procedimentos. Nível 3 – Padronizado: os padrões são consolidados com base nas melhores práticas identificadas pelos grupos de trabalho e procedimentos de adaptação. Nível 4 – Previsível: o desempenho é gerenciado estatisticamente durante a execução de todo o workflow, entendendo e controlando a variação. www.cers.com.br 3 1 Nível 5 – Otimizado: melhorias proativas e oportunistas buscam inovações que possam fechar os gaps entre a capacidade atual e a requerida. Maturidade de Processos – visão SDPS – Sociedade para a Ciência de Design e de Processo Nível 1 – Processos modelados: processos identificados a partir de seus valores, impactos, motivações, características, papéis (valor adicionado, insumo, referência, infraestrutura); Nível 2 – Processossimulados: a partir dos dados estimados (quantidades, filas, tempos de espera, tempos de transformação, distribuições estatísticas, valores máximo/mínimo/médio) cria-se e analisa-se cenários distintos, induzindo mudanças nos modelos de processos. Nível 3 – Processos emulados: coexistência de dados da realidade junto aos dados estimados, permitindo um maior refinamento dos cenários e dos possíveis impactos. Nível 4 – Processos encenados: realizados conforme os modelos desenhados, simulados e emulados, e a observação das novas condições exigidas pela realidade para as adequações. Nível 5 – Processos interoperados: executados e geridos além das fronteiras organizacionais, promovendo cadeias de valor entre instituições. Ferramentas de Gestão por Processos a) Método PDCA • Método de controle de processos desenvolvido pelo americano Shewhart, na década de 30, divulgado por Deming no Japão, como uma das ferramentas da qualidade, que visa a melhoria contínua (Kaizen) dos processos de trabalho. • O método PDCA é utilizado nas organizações para gerenciar os processos internos de forma a garantir o alcance das metas estabelecidas, usando as informações como fator de direcionamento das decisões. Método PDCA – melhoria contínua • P (Plan – planejar): definir o que se quer, estabelecer metas para manter e para melhorar e métodos para alcançar as metas (itens de controle do processo). • D (Do – executar): tomar a iniciativa, educar e treinar e fazer conforme o planejado, registrando as informações; www.cers.com.br 3 2 • C (Check – verificar): monitorar e medir a execução (a partir dos registros) com o planejado; • A (action – agir): tomar ações corretivas (ou de melhoria) para resultados não alcançados, para melhorar o desempenho do processo e retomar o modelo PDCA. b) Método de Pareto c) Diagrama Espinha de Peixe/Diagrama de Ishikawa – relação de causa e efeito d) Método dos Cinco Por quês - Descobre a causa raiz www.cers.com.br 3 3 e) Diagrama de Dispersão f) Plano de Ação – 5W 2H Gestão por Competências Gestão por competências: orientar esforços para planejar, captar, desenvolver e avaliar, nos diferentes níveis da organização – individual, grupal e organizacional –, as competências necessárias à consecução de seus objetivos. Um saber agir responsável e reconhecido que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades, agregando valor econômico à organização e valor social ao indivíduo. www.cers.com.br 3 4 Gestão por Competências - classificação Competências humanas e profissionais: relacionadas ao indivíduo ou a equipe, referem-se a combinações sinérgicas de conhecimento, habilidade e atitude expressas pelo desempenho profissional em determinado contexto ou em determinada estratégia organizacional. Competências organizacionais: inerentes a toda a organização ou a uma de suas unidades produtivas – competências básicas e essenciais. Condicionamento entre a estratégia e o desenvolvimento das competências organizacionais e individuais. Trabalhar competências depende de saber fazer, querer fazer e poder fazer Classificação das Competências Organizacionais Conforme Mill et all: Competências essenciais Competências distintivas Competências organizacionais ou UNegócio www.cers.com.br 3 5 Competências de suporte Capacidade dinâmica Conforme Prahalad e Hamel: Competências essenciais Competências de gestão ou funcionais Competências organizacionais Competências pessoais Modelo de Gestão de Competências 1ª fase: formulação da estratégia – missão, visão, objetivos estratégicos, indicadores e metas. Captação e Desenvolvimento Retribuição Acompanhamento e Avaliação Planejamento e Mapeamento de Compe- tências Formulação da estratégia: defi nir missão, visão, objetivos estra tégi cos, indicadores de desempe nho e metas Inventariar as competências internas exis- tentes Identificar as competências necessárias Mapear o gap de competências Selecionar competên- cias externas Planejar a capta- ção e o desenvolvi- mento Recrutar e selecionar pessoas; Realizar alian ças e parcerias com orga nizações Comparar resultados alcan- çados com os esperados Apurar re sultados al cançados Reconhecer e premiar o bom desempenho Definir mecanis mos de desen volvimento Treinar e capacitar pessoas; Realizar pesquisa www.cers.com.br 3 6 Mapeamento do gap de competências: objetiva identificar o gap ou lacuna de competências, isto é, a diferença entre as competências necessárias para concretizar a estratégia formulada e as competências internas disponíveis na organização. 2ª fase: Captação e Desenvolvimento de competências. A captação no nível individual ocorre através do recrutamento e seleção; no nível organizacional por meio de parcerias ou alianças estratégicas. O desenvolvimento refere-se ao aprimoramento das competências internas, no nível individual por meio da aprendizagem; no nível organizacional por meio do investimento em pesquisas. 3ª fase: Acompanhamento e Avaliação: monitoramento dos planos operacionais e de gestão através dos indicadores, para corrigir os desvios. 4ª fase: Retribuição - reconhecer, premiar e remunerar, de forma diferenciada, as pessoas, equipes de trabalho e unidades produtivas que mais contribuíram para a consecução dos resultados planejados, o que serviria de estímulo à manutenção de comportamentos desejados e à correção de eventuais desvios. Competências na AP: questões relevantes Poderia o setor público instituir formas de remuneração variável baseadas na expressão de competências profissionais? Como realizar concursos públicos com base nas competências mapeadas? Quais as implicações da gestão por competências no provimento de cargos de confiança? Em que medida a expressão de competências profissionais, por parte dos servidores públicos, explicam o desempenho organizacional? Tipologias de competências - relevância: Competências emergentes: o grau de importância tende a crescer; Competências declinantes: o grau de importância tende a diminuir; Competências estáveis: permanecem relevantes ao longo do tempo; Competências transitórias: são importantes em momentos críticos, de crises e de mudanças.
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