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PESCADOS O termo pescado designa todo alimento que pode ser retirado de águas oceânicas ou interiores (doces ou salobras) e que possa servir para alimentar o homem ou os animais. É um termo genérico, envolvendo peixes, crustáceos, moluscos, algas, etc. (Rev. Inst. Adolfo Lutz (Impr.) vol.71 no.1 São Paulo 2012). O QUE DIZ A PORTARIA? Determina que os estabelecimentos relacionados à área de alimentos adotem, sob responsabilidade técnica, as suas próprias Boas Práticas de Produção e/ou Prestação de Serviços e seus Programas de Qualidade. BOAS PRÁTICAS São práticas de higiene que devem ser obedecidas pelos manipuladores desde a escolha e compra dos produtos a serem utilizados no preparo do alimento até a venda para o consumidor. O objetivo é produzir alimentos com qualidade, maior durabilidade e livres de contaminantes que possam causar doenças. EX: lavar corretamente as mãos e conservar os alimentos em temperaturas adequadas. O manipulador deve estar limpo; Os cabelos devem ser mantidos presos e cobertos com redes ou toucas para evitar que caiam sobre os alimentos; Usar uniforme; Não devem ser usados adornos como anéis, brincos, relógios, pois acumulam sujeira e poderem cair nos alimentos As unhas devem ser mantidas curtas e sem esmalte; LOCAL DE PREPARO: Limpo e organizado O piso, a parede e o teto devem ser conservados sem racha duras, goteiras, infiltrações, mofos e descascamentos de pinturas e revestimentos, etc. A limpeza deve ser feita sempre que necessária, antes e ao final das atividades de trabalho. Se o pescado for proveniente de captura, os barcos devem ser mantidos limpos e higienizados; Devem possuir sistema de refrigeração e, se possível, congelamento a bordo; O desembarque deve ser rápido e com os equipamentos necessários; As caixas utilizadas devem ser, de preferência, de plástico e de fácil lavagem; Não manipular o pescado com as mãos sem luvas apropriadas; Não deixar as caixas de pescado em contato direto com o chão. ERRADO! O pescado após captura ou despesca deve ser lavado com água limpa e separado de animais deteriorados; se houver água limpa o suficiente, deve ser eviscerado, lavado e armazenado sob gelo ou em câmaras frias; Se o armazenamento é realizado no desembarque ou após a despesca, o local deve estar limpo, coberto e protegido com material apropriado; Não arrastar as caixas e não deixar o produto no chão ou sobre superfícies sujas; Não armazenar produtos em mau estado de conservação; não deixar o produto sem gelo ou sem uso do frio; A área de exposição e venda deve estar limpa, refrigerada e protegida. ERRADO! A comercialização in natura se dá pela refrigeração do produto em gelo e câmara fria a 0 ° C; Nos supermercados e peixarias o pescado deve estar exposto para venda em balcões cobertos e totalmente envolvidos no gelo, ou seja, em camadas gelo- peixe, e não com gelo apenas embaixo ou acima dos peixes; É importante o uso do frio, logo após a captura de vido ao rápido processo de deterioração; A temperatura baixa diminui a atividade de bactérias e enzimas que podem atuar no processo de decomposição, mantendo u m pro duto com qualidade por mais tempo. CERTO X ERRADO O esgoto não consegue escoar a água, por isso o chão permanece o tempo todo molhado. Uma banca aparentemente organizada, no entanto, os itens vendidos não estavam no gelo. Peixes sem nenhuma refrigeração. Peixes com sinais de deterioração. Pele afundada e corpo com visgo. Banca com sinais de desgaste: azulejos quebrados, parte da frente já não tem mais o revestimento; freezer enferrujado, sacolas penduradas, etc. Chão sujo de esgoto, mas a tampa do isopor de armazenar os peixes está em contato com o chão. Caixa de camarão no chão, sem proteção e sem nenhuma refrigeração. A água suja e toda sujeira recolhida pelo agente de limpeza vai para um esgoto que fica no centro de uma banca de venda de peixes. Tábua de corte e faca utilizada em uma das bancas. Nenhuma condição de higiene e organização. Mesma pessoa corta o pescado e manipula dinheiro. Além de restos de peixes no chão. Apesar de uniformizados, com touca/boné, jalecos, não usavam luvas, mexiam com dinheiro e os peixes não eram refrigerados. ANÁLISE DE DADOS: Questionário aplicado com 8 vendedores e 8 clientes sobre origem do pescado, forma de armazenamento, manipulação de alimentos, qualidade e sinais de deterioração. 7; 87% 1; 13% Armazenamento da mercadoria antes de chegar à banca Gelo Depende 1; 11% 1; 11% 1; 11% 1; 11% 3; 34% 2; 22% Local de origem da mercadoria Propriá Piaçabuçu São Cristóvão Itaporanga Socorro Não sabe/Outros 100% Como o pescado é armazenado para venda Gelo 75% 12% 13% O que faz com as sobras? Gelo/freezer Não respondeu Lixo OBS: Apesar de todos informarem que armazenam no gelo, os pescados são expostos na banca sem. 38% 23% 23% 8% 8% Sinais de um pescado bom pra consumo? Olho vivo Guelras vermelhas Odor agradável Corpo viscoso Não respondeu 75% 25% Recebe visita da vigilância sanitária? Sim Não 62% 38% Já realizou algum curso de manipulação de alimentos? Sim Não 89% 11% Quais melhorias necessárias no setor? Rede de esgoto Piso 87% 13% Possui local de higienização das mãos? Sim Não 12% 2; 25% 63% Como higieniza a banca? Somente sabão Não respondeu/outros Água, sabão e cloro 9% 23% 23% 23% 9% 9% 4% EPIs e itens de hygiene Touca Jaleco Unhas cortadas e limpas Cabelo preso Barba feita Adereços Outros 37% 63% Higiene e condições da banca Boa Ruim 100% 0% Manipulação do dinheiro e alimento Mesma pessoa Outra pessoa 87% 13% O consumidor sabe reconhecer um pescado bom para consumo? Sim Não OBS: A maioria diz que verifica olhos, guelras e textura da carne. SIM, O art. 1º da Lei nº 7.889/1989 estabeleceu que a prévia inspeção sanitária e industrial dos produtos de origem animal, de que trata a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, é da competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observadas as competências do Ministério, das Secretarias e dos municípios. pescado e seus derivados: a prévia inspeção sanitária e industrial é feita nos entrepostos de recebimento e distribuição do pescado e nas fábricas que industrializarem. R: Procure a Vigilância Sanitária no Município ou do Estado, responsável por alvarás de funcionamento, fiscalização da manutenção de boas condições de armazenagem e manipulação. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/388704/Portaria_MS_n_1428_de_26_de_novembro_de_1993.pdf /6ae6ce0f-82fe-4e28-b0e1-bf32c9a239e0 Rev. Inst. Adolfo Lutz (Impr.) vol.71 no.1 São Paulo 2012. Artigo de Revisão. Qualidade e segurança do pescado. Karoline Mikaelle de Paiva Soares*; Alex Augusto Gonçalves. Disponível em http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0073-98552012000100001&lng=pt#nt BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RCD nº 216, de 15 de setembrode 20 04: Legislação d e boas práticas p ara serviço s de alimentação . Brasília, 2004. Disponível em:< http://www.anvisa.gov.b r/ali mentos/b ps.htm>. Biblioteca virtual Estácio - Germano, P.M,L. Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos- São Paulo: Editora Manole, 5º edição, 2015. http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/lote-de-polaca-do-alasca-e- proibido/219201?inheritRedirect=false http://www.agricultura.gov.br/noticias/fiscais-federais-identificam-fraude-em-pescados-a-venda-em- supermercados-do-pais http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-03/indice-de-fraudes-na-venda-de-pescado-chega-21- em-12-estados-e-no-df http://www.agricultura.gov.br/ouvidoria/perguntas-frequentes/produtos-de-origem-animal
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