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Natale Sousa CLDF Politicas de Saude

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REVISÃO CLDF – Temas de 
Saúde Pública
Professora Natale Souza
HUMANIZAÇÃO NO SUS
Contextualizando...
• Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) busca
pôr em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de
saúde, produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar;
• A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e
usuários para construir processos coletivos de enfrentamento de
relações de poder, trabalho e afeto que muitas vezes produzem
atitudes e práticas desumanizadoras que inibem a autonomia e a
corresponsabilidade dos profissionais de saúde em seu trabalho e
dos usuários no cuidado de si
PRINCÍPIOS NORTEADORES DA PNH
ESTÍMULO A PROCESSOS COMPROMETIDOS COM A PRODUÇÃO DE SAÚDE E COM A
PRODUÇÃO DE SUJEITOS.
VALORIZAÇÃO DA DIMENSÃO SUBJETIVA E SOCIAL EM TODAS AS PRÁTICAS DE ATENÇÃO E
GESTÃO, FORTALECENDO/ESTIMULANDO PROCESSOS INTEGRADORES E PROMOTORES DE
COMPROMISSOS/RESPONSABILIZAÇÃO.
FORTALECIMENTO DE TRABALHO EM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL,
ESTIMULANDO A TRANSDISCIPLINARIDADE E A GRUPALIDADE.
UTILIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO, DA COMUNICAÇÃO, DA EDUCAÇÃO PERMANENTE E DOS ESPAÇOS
DA GESTÃO NA CONSTRUÇÃO DE AUTONOMIA E PROTAGONISMO DE SUJEITOS E COLETIVOS
ATUAÇÃO EM REDE COM ALTA CONECTIVIDADE, DE MODO COOPERATIVO E SOLIDÁRIO,
EM CONFORMIDADE COM AS DIRETRIZES DO SUS.
Humanização
UMA POLÍTICA TRANSVERSAL
SUGERE QUE 
SEJAM 
ULTRAPASSADAS 
FRONTEIRAS
DIFERENTES 
NÚCLEOS DO 
SABER
PARA PRODUZIR 
SAÚDE
PRÍCIPIOS DA PNH
TRANSVERSALIDADE
PROTAGONISMO, 
CORRESPONSABILIDADE 
E AUTONOMIA DOS 
SUJEITOS COLETIVOS
INDISSOCIABILIDADE 
ENTRE A ATENÇAO E A 
GESTÃO
A PNH e seus Princípios
Transversalidade
• Transversalizar é reconhecer que as diferentes especialidades e
práticas de saúde podem conversar com a experiência daquele
que é assistido. Juntos, esses saberes podem produzir saúde
de forma mais corresponsável.
Indissociabilidade entre atenção e gestão
• As decisões da gestão interferem diretamente na atenção à
saúde.
Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia 
dos sujeitos e coletivo
• Qualquer mudança na gestão e atenção é mais concreta se
construída com a ampliação da autonomia e vontade das
pessoas envolvidas, que compartilham responsabilidades.
DIRETRIZES DA PNH
ACOLHIMENTO
GESTÃO PARTICIPATIVA E COGESTÃO
AMBIÊNCIA
CLINÍCA AMPLIADA E COMPARTILHADA
VALORIZAÇÃO DO TRABALHADOR
DEFESA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS
DIRETO DO CONCURSO
1. (2015/FCC/TRT - 15ª Região (SP) A humanização como eixo norteador das
práticas de atenção e gestão em todas as esferas do Sistema Único de Saúde,
pressupõe
a) trabalhar em rede com equipes multiprofissionais, com atuação
transdisciplinar.
b) fragmentar o atendimento nos serviços de saúde.
c) adequar a cultura local aos serviços de saúde.
d) promover a dissociabilidade entre atenção e gestão.
e) implantar medidas de segregação social.
Gabarito: A
2. (2014/FCC/TRF - 3ª REGIÃO) A Política Nacional de Humanização, destaca o
fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, fomentando, dentre
outros, a transversalidade que é
a) construir redes solidárias interativas e participativas, tendo os profissionais
da saúde e os gestores como únicos protagonistas do Sistema Único de
Saúde.
b) ampliar o grau do contato e da comunicação entre as pessoas e os grupos,
fortalecendo as relações de poder hierarquizado no sistema de saúde.
c) aumentar o diálogo entre os profissionais, entre os profissionais e a
população, entre os profissionais e a administração, promovendo a gestão
mediadora e centralizada.
d) reconhecer que as diferentes especialidades e práticas de saúde podem
“conversar” com a experiência daquele que é assistido, pois estes saberes
juntos, podem produzir saúde de forma mais corresponsável.
e) dar autonomia aos sujeitos e ao coletivo, centralizando a gestão e atenção
tornando-a menos concreta se construída com as pessoas envolvidas, que
compartilham responsabilidades.
Gabarito: A
3. (2017/FCC/TRE-SP) Ao acolher o usuário que procura atendimento nos
serviços de saúde com uma escuta qualificada, a instituição de saúde
estará atendendo a uma das diretrizes lançada em 2003 na Política
a) do Programa Mais Médicos.
b) Nacional de Humanização.
c) Nacional de Promoção da Saúde.
d) do Programa de Escuta Especializada.
e) Nacional de Estratégia Acolher/SUS.
Gabarito: B
História Natural das 
Doenças/Processo Saúde-
Doença e Níveis de Prevenção
Doença
➢ A doença não pode ser compreendida apenas por meio das
medições fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado da doença
é o sofrimento, a dor, o prazer, enfim os valores e sentimentos
expressos pelo corpo subjetivo que adoece (CANGUILHEM; CAPONI
apud BRÊTAS e GAMBA, 2006).
Processo Saúde-Doença
Para Vianna (2012), esse processo representa o conjunto de relações e variáveis que produz
e condiciona o estado de saúde e doença de uma população, que se modifica nos diversos
momentos históricos do desenvolvimento científico da humanidade.
A história natural da doença tem desenvolvimento em dois períodos sequenciados:
o período epidemiológico e o período patológico. No primeiro, o interesse é
dirigido para as relações suscetível-ambiente, no segundo, interessam as
modificações que se passam no organismo vivo.
História natural da doença
Primeiro período 
da história natural
Período pré-
patogênese
- Condicionantes 
sociais e 
ambientais 
- Fatores próprios 
do suscetível
Instalação da 
doença
Níveis de Prevenção
Prevenção Primária
→Promoção da Saúde
É feita através de medidas de 
ordem geral.
- Moradia adequada.
- Escolas.
- Áreas de lazer.
- Alimentação adequada.
- Educação em todos dos níveis
→ Proteção Específica
- Imunização.
- Saúde ocupacional.
- Higiene pessoal e do lar.
- Proteção contra acidentes.
- Aconselhamento genético.
- Controle dos vetores.
Prevenção Secundária
→Diagnóstico Precoce:
- Inquérito para descoberta 
de casos na comunidade.
- Exames periódicos, 
individuais, para detecção 
precoce de casos.
- Isolamento para evitar a 
propagação de doenças.
- Tratamento para evitar a 
progressão da doença.
→Limitação da 
Incapacidade:
-Evitar futuras 
complicações.
- Evitar sequelas.
Leavell e Clark (1976)
Prevenção Terciária
- Reabilitação (impedir a incapacidade total).
- Fisioterapia.
- Terapia ocupacional.
- Emprego para o reabilitado.
Leavell e Clark (1976)
Prevenção QUATERNÁRIA
Detecção de 
indivíduos em 
risco de 
tratamento 
excessivo
Proteção de novas 
intervenções 
médicas 
inapropriadas
Sugestão de 
alternativas 
eticamente 
aceitáveis
DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE
Determinantes Sociais da Saúde
RELEMBRAR
1. Associar DSS ao conceito ampliado de saúde– art. 3º da LOS 8.080/90;
2. Lembrar que neste conceito de saúde, os fatores externos possuem grande impacto
na situação de saúde individual e coletiva;
3. São inúmeros fatores determinantes, desde o saneamento básico ao acesso aos
serviços de saúde.
4. OS DSS geralmente estão relacionados a situações que fogem da governabilidade do
indivíduo. Estão relacionados a ausência de políticas de saúde ou má implementação
dessas.
5. O controle social e a mobilização da comunidade são os instrumentos potentes na
melhora da qualidade de vida.
6. Os DSS estão relacionados a conceitos como:
iniquidade social má distribuição de renda macro e micropolíticas
O que são Determinantes Sociais de Saúde?
Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e
econômica do País, tendo a saúde como determinantes e
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a
educação, aatividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos
bens e serviços essenciais.
CONCEITO DE SAÚDE NA LOS 8.080/90
Modelo de Dahlgren e Whitehead
DIRETO DO CONCURSO
4. (2018/FCC/SABESP) Conforme o modelo de determinação social de saúde
proposto por Dahlgren & Whitehead (2008), as condições de vida e de
trabalho que influenciam o processo saúde-doença dos indivíduos no mesmo
nível de interação são
a) ambiente de trabalho, fatores hereditários e sexo.
b) desemprego, educação e estilo de vida.
c) educação, ambiente de trabalho e desemprego.
d) idade cronológica, desemprego e estilo de vida.
e) ambiente de trabalho, sexo e idade cronológica.
Gabarito: C
5. (2013/FCC/TRT - 5ª Região (BA) A concepção de saúde que fundamenta o
Sistema Único de Saúde - SUS baseia-se na
a) assertiva de que a doença é um fenômeno essencialmente físico/biológico
que decorre da ausência de um processo de educação em saúde, daí a
necessidade de dirigir as ações, prioritariamente, para a população mais
pobre.
b) predominância da configuração da doença e do indivíduo como o principal
vetor dos sistemas epidemiológicos.
c) compreensão que a utilização Código de Identificação das Doenças - CID é o
melhor indicador para definir a rede de serviços e as responsabilidades dos
entes federados.
d) inclusão de condicionantes econômicos, sociais, culturais e bioecológicos,
em uma visão abrangente e integrada dos serviços de saúde.
e) predominância da condicionante biológica no acometimento das doenças e
a ampliação da saúde especializada, que lança mão dos avanços tecnológicos
e que são fundamentais para a organização desse sistema em todo o território
nacional.
Gabarito: D
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Vigilância Epidemiológica
Vigilância 
Epidemiológica
O conhecimento;
A detecção;
Ou prevenção
Conjunto de ações 
que proporcionam
Qualquer 
mudança
Nos fatores determinantes e 
Condicionantes
De saúde individual ou coletiva
Com a finalidade de recomendar e adotar as medidas 
de prevenção e controle das doenças ou agravos.
DIRETO DO CONCURSO
6. (2012/FCC/AL-SP) O conjunto de ações que proporciona o conhecimento,
a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou
agravos, é conceituado pela Lei Orgânica da Saúde, como Vigilância
a) Sanitária. 
b) de Segurança. 
c) de Qualificação. 
d) Epidemiológica. 
e) Técnica. 
Gabarito: D
7. (2014/FCC/AL-PE/Agente Legislativo ) Uma das aplicações da
epidemiologia nos serviços de saúde é a vigilância epidemiológica, definida
como um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou
a prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes da saúde individual ou coletiva, com vistas a recomendar e
adotar as medidas de prevenção e controle de doenças e agravos. Assim
sendo, considera-se que
a) a partir de um caso suspeito de uma determinada doença/agravo, constante
da Lista de Notificação Compulsória Imediata − LNCI, as ações de vigilância
epidemiológica devem ser iniciadas apenas após a confirmação do caso.
b) a notificação compulsória aplica-se somente às doenças transmissíveis e
crônicas degenerativas.
c) a divulgação da notificação, em quaisquer circunstâncias, é proibida fora
do âmbito sanitário.
d) apenas os profissionais da área da saúde de serviços públicos podem
realizar a notificação de doenças.
e) a notificação compulsória de doenças é uma das principais fontes de
dados para a vigilância epidemiológica.
Gabarito: E
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
“É um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à
saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio
ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de
interesse da saúde, abrangendo:
I. o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se
relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da
produção ao consumo; e
II. o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou
indiretamente com a saúde. ”
DIRETO DO CONCURSO
8. (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT) Conjunto de ações capazes de eliminar,
diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários
decorrentes do meio ambiente, na produção e circulação de bens e na
prestação de serviços de interesse da saúde. Este é o entendimento da
vigilância
a) sanitária.
b) da situação de saúde.
c) em saúde do trabalhador.
d) epidemiológica.
e) em saúde ambiental.
Gabarito: A
Sistemas de Informação
Capta dados sobre as condições de gravidez, parto e nascimento,
incluindo, entre outros, o peso ao nascer, a idade gestacional, a
realização de pré-natal.
Sistema de Informação sobre Nascidos
Vivos (SINASC)
Sistema de Informação de Agravos de 
Notificações (SINAN)
É um sistema informatizado de base de dados, gerenciado pelo MS,
alimentado principalmente, pela notificação e investigação de casos de
doenças e agravos que constam na lista nacional de doenças de
notificação compulsória.
CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM PARA CONCURSOS
Sistema de Informação de Mortalidade (SIM)
Reúne os dados relativos aos óbitos ocorridos. Alimentado pela Declaração de Óbito
emitida.
Sistema de Informações Hospitalares (SIH)
Reúne informações sobre a assistência prestada nos hospitais.
DIRETO DO CONCURSO
9.(2011/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT) Os sistemas de informação têm o
objetivo de facilitar a formulação e avaliação das políticas e dos planos e
programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões. Em
relação ao SINAN, é correto afirmar:
a) O número de doenças e agravos contemplados pelo SINAN vem
diminuindo progressivamente desde seu processo de implementação em
1993.
b) A notificação negativa é um instrumento de identificação da ocorrência de
doenças de notificação compulsória na área de abrangência.
c) O sistema é alimentado pela notificação e investigação de casos de
doenças e agravos constantes da lista nacional de doenças de notificação
compulsória.
d) O encerramento das investigações dos casos suspeitos ou confirmados de
sarampo e rubéola deve ocorrer até o prazo máximo de 60 dias da data de
notificação.
e) A compulsoriedade nacional da notificação vem diminuindo, expressando
as semelhanças regionais de perfis de morbidade.
Gabarito: C
OBRIGADA!

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