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Aula 1 Liderança e Coaching

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Pró-reitoria de EaD e CCDD 1 
 
 
 
 
Liderança e Coaching 
 
 
 
 
 
Aula 1 
 
 
 
 
 
 
Profas. Elizabeth Nery Sinnott 
e 
María del Carmen Hernández Gonçalves 
 
 
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Conversa inicial 
 No desenvolvimento desta Rota de Aprendizagem, trataremos 
principalmente do surgimento da liderança e do coaching, de suas diferenças, 
dos papéis desempenhados pelos líderes e dos conceitos que regem as ações 
desses líderes em tempos de incerteza. 
 Fazer um passeio pelo tempo, permite-nos relacionar as atividades 
desenvolvidas com as capacidades, habilidades e conhecimentos de cada uma 
das pessoas que influenciaram os grupos e o mundo no desenvolvimento da 
humanidade. 
 A história da liderança acompanha e registra as atividades e momentos 
de grandes líderes, nos quais estes destacaram-se dirigindo outros homens, 
administrando países, organizando explorações, encabeçando e controlando 
guerras, administrando conflitos realizando negociações com o objetivo de 
vencer desafios e conduzir as pessoas em processos de mudança. 
O papel do líder na organização é imprescindível. As empresas 
necessitam atingir seus objetivos, e é nesse momento que o líder, por meio de 
suas ações, facilita a integração dos liderados na execução dos seus trabalhos, 
favorecendo inclusive o aprendizado em equipe. 
A história do coaching, assim como a da liderança, começou na Grécia 
antiga. Um de seus precursores foi Sócrates. O filósofo utilizava com seus 
discípulos um método que promovia o emprego do diálogo (método “socrático” 
ou “maiêutica”), como um processo indutivo, por meio de perguntas, mediante 
as quais conseguia trazer à luz as qualidades e obter as respostas que os 
alunos já tinham. 
Coaching é um método que o coach usa para ajudar as pessoas a 
descobrirem as respostas que já estão em suas mentes. Ninguém melhor do 
que a própria pessoa para compreender os assuntos relacionados a si mesma. 
O coach só serve de meio para exteriorizar estas respostas. 
Apesar de tudo estar relacionado, é importante entender as diferenças 
entre os dois conceitos, e o papel que cada um destes aspectos tem na vida da 
sociedade e da organização. 
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Contextualizando 
 Aproveite esta oportunidade e este momento, e inicie sua preparação 
para o futuro. Os seres humanos sempre buscam respostas, mas o importante 
é saber fazer as perguntas certas. Estamos sendo chamados para enfrentar a 
vida como ela é: imprevisível, caótica, desafiadora, confusa; e as pessoas, a 
sociedade e as organizações exigem de seus líderes inteligência para mostrar 
os caminhos. 
 Sem dúvida, os grandes líderes e coaches percebem as pessoas como 
um todo: corpo, coração, mente e espírito. Estes aspectos são simultâneos e 
sequenciais. São construídos constantemente e precisam de atenção para 
poder atingir uma contribuição excepcional. Ao mesmo tempo, as pessoas na 
organização liberam seus talentos e capacidades quando encontram um líder 
que lhes inspire confiança, que as ajude a construir sua credibilidade definindo 
propósitos transparentes e convincentes, ao mesmo tempo que têm a 
capacidade de alinhar sistemas que atendam aos objetivos, metas e 
estratégias da organização. 
 Coaches e líderes, quando desempenham seus papéis específicos 
frente aos grupos, contribuem para desenvolver pessoas e equipes de sucesso 
que trabalham por resultados, superando seus desempenhos e, ao mesmo 
tempo, enfrentando os desafios com criatividade e responsabilidade. 
 Gestores líderes ou coaches que souberem trazer à tona as melhores 
qualidades das pessoas com quem trabalham, possibilitam e permitem a troca 
de conhecimento. Não é a nova tecnologia que permite esta troca, mas sim a 
qualidade das relações humanas. 
 Talvez haja uma única previsão do futuro, e você, como gestor do século 
XXI, deve entender que qualquer organização que se distancie de seus 
funcionários e que se negue a cultivar relações significativas com eles, está 
destinada ao fracasso. 
 Você já deve ter percebido que o objetivo desta Rota de Aprendizagem é 
construir os alicerces que lhe darão consistência para entender e perceber que 
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todos os processos próprios da organização dependem das pessoas que a 
comandam e tomam decisões. São os líderes que constroem novas realidades, 
quando ensinam e orientam seus colaboradores a superar a incerteza e os 
conflitos. 
 Este é o desafio: acredite nestes novos caminhos e construa o seu! 
 
Problematizando 
 Nada motiva mais os seres humanos do que o significado: já se viu 
funcionários desiludidos e deprimidos ganhar altos níveis de energia e 
percepção ao serem convidados a pensar sobre o significado de seu trabalho. 
Em tempos difíceis como estes, quando o bom trabalho é destruído por 
acontecimentos e decisões muito além de nossa área de influência, e quando 
somos sobrecarregados por tarefas sobre as quais não temos tempo de refletir, 
é muito importante que o líder faça com que as pessoas lembrem por que 
estão fazendo esse trabalho. 
(Adaptado de WHEATLEY, Margaret J. Liderança para tempos de incerteza. A descoberta de 
um novo caminho. São Paulo: Cultrix, 2006 p. 117.) 
 
Com relação à motivação das pessoas no trabalho que desenvolvem, avalie as 
seguintes afirmações. 
 
I. As pessoas se motivam quando delas é exigida uma maior carga de 
responsabilidade. 
II. O papel do líder é exigir cada vez mais dos funcionários para aumentar a 
produtividade. 
III. A verdadeira motivação pessoal se fortalece quando se compreende o valor 
e significado do próprio trabalho. 
 
É correto o que se afirma em 
A. I, apenas. 
B. II, apenas. 
 
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C. II e III, apenas. 
D. III, apenas. 
E. I, II e III. 
 
Comentário 
A. Incorreto. Maior carga de trabalho não aumenta a motivação pessoal. 
B. Incorreto. Exigir cada vez mais dos funcionários para aumentar a 
produtividade sem contrapartida não melhora a motivação. 
C. Incorreto. Maior exigência não leva a maior motivação (II), embora a 
compreensão do significado do trabalho seja um grande fator de motivação. 
D. Correto. É compreendendo o valor e o significado do próprio trabalho que as 
pessoas se sentem mais motivadas. 
E. Incorreto. Pelas razões apresentadas. 
 
Pesquise 
 Acreditamos que, com a chegada do século XXI, os cargos de gerência 
e os cursos universitários que produzem nossos futuros líderes devem ser 
testados e revistos. Pressionados pelos avanços tecnológicos, necessidade de 
lucro a curto prazo e reconhecimento, os líderes modernos frequentemente 
decidem esquecer coisas básicas como esperança, humildade, relações 
abertas, generosidade, flexibilidade, amor, etc. 
 Leia as questões para iniciar sua pesquisa, e se surgirem outras, não 
duvide, faça-as e as responda. 
As perguntas a seguir poderão ser respondidas lendo e pesquisando no 
livro Coaching e mentoring, de Erika LOTZ e Gisele Gramms (editora 
Intersaberes, 2014). 
 Encontre outras fontes, como internet, artigos, vídeos e entrevistas que 
possam lhe ajudar a encontrar respostas sobre o tema com óticas diferentes. 
Lembre-se de registrar sua fonte de informação. 
 
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Pró-reitoria de EaD e CCDD 6Já que você é um gestor do século XXI, acreditamos que muitas dúvidas 
vêm à sua cabeça. Arrisque-se a responder as seguintes questões: 
1. Onde encontrar coragem para ser um líder coach hoje em dia? 
2. Qual é o maior desafio dos líderes e líderes coaches? 
3. Liderar e conduzir pessoas implica em responsabilidades? 
4. Onde encontrar coragem para manter o rumo? 
 
Tema 1: Origem e histórico da liderança 
 Acreditamos que em muitos momentos de sua vida acadêmica e 
profissional você tenha escutado a palavra “liderança”, e talvez tenha se 
perguntado: sempre existiu a liderança? Quando este conceito se iniciou? 
Como foi sua evolução? É o que vamos trabalhar neste tema. E descobrir a 
importância e o papel que a liderança desempenhou e desempenha em seu 
desenvolvimento ao longo da história. 
 Apesar de hoje em dia a liderança parecer algum tipo de modismo 
corporativo, esta existe desde o alvorecer da história da humanidade, tanto que 
há muitos exemplos de líderes excepcionais e grandes revolucionários de seu 
respectivo tempo, como Jesus e Gandhi, entre outros; guerreiros espetaculares 
como Napoleão, Alexandre, o Grande e Carlos Magno. Vemos aqui como a 
liderança está associada a grandes pessoas que mudaram seu mundo e 
escreveram a história com suas ações e atitudes. 
Na idade média acreditava-se que a liderança era uma herança 
transmitida pela nobreza familiar, ou seja, o “sangue azul”, e não pelas 
habilidades necessárias. Esse tipo de pensamento era mais comum entre os 
monarcas. Outros imperadores acreditavam que sua capacidade de ser um 
grande líder vinha dos céus, como os egípcios, que acreditavam que o faraó 
era uma representação de Deus na terra e sua santidade, o alicerce para suas 
ações. 
É importante perceber que o conceito de liderança passa por várias 
fases, até chegar à era industrial. Com as duas grandes revoluções industriais 
― a primeira marcada pela chegada do ferro e da energia a vapor, e a segunda 
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pelo uso do aço e da energia elétrica ― a liderança passou a ter uma 
abordagem organizacional. 
No mundo corporativo de hoje, além de promover mudanças, é 
necessário ter e atingir metas no cenário organizacional, onde a ação e as 
atitudes do líder refletem diretamente na perenidade da organização. 
O mundo acadêmico, no qual você está inserido neste momento, buscou 
compreender o que faz um líder. 
Taylor e Fayol não se preocupavam com as implicações da liderança na 
organização. 
Já a teoria das relações humanas faz indagações sobre como a 
liderança afeta a organização. Ao mesmo tempo, esta teoria deu origem a 
outras teorias sobre a liderança, como a teoria dos traços, que diz que o líder é 
aquele que possui traços na personalidade que o distingue das demais 
pessoas. 
Depois surgiu a teoria sobre os estilos de liderança. Esta foca 
principalmente na forma como o líder se relaciona com seus subordinados, ou 
seja, a maneira como ele orienta as condutas e ações destes. 
Esta teoria diz que há três estilos: o autocrático, o democrático e o 
liberal. 
 O estilo autocrático é aquele em que o líder dita as ordens. É o 
estilo adotado pelos militares; a relação é distante, áspera. O 
subordinado apenas cumpre ordens. O líder centraliza a autoridade e 
todas as decisões e, por consequência, os seus subordinados não 
são livres para qualquer escolha. O líder é dominador e o seu grupo 
o teme. 
 No estilo democrático, a liderança conta com a participação dos 
subordinados. Estes são ouvidos e participam da tomada de 
decisões. A liderança democrática tem o líder como alguém que 
interage muito bem com a equipe, entusiasma as pessoas a 
participarem dos processos, como também importa-se com os 
indivíduos, com o trabalho e com o grupo. É um líder que age como 
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facilitador, orientando a equipe na identificação e solução dos 
problemas. 
 O líder na liderança liberal concede absoluta liberdade para as 
decisões de cada um e do grupo. O líder não tem firmeza na sua 
postura e é bastante ambíguo. 
 
Outra teoria advinda de outras teorias das relações humanas foi a da 
liderança situacional. Esta basicamente diz que o líder tem a capacidade de 
adaptar a equipe às diferentes situações incontroláveis que uma organização 
enfrenta ao longo de sua história. 
A principal diferença deste tipo de liderança em relação às demais são 
as habilidades em diagnosticar o liderado, considerando seu desempenho atual 
nas tarefas, não na pessoa que é ou em seu potencial, mas sim em conhecer 
quais são os estilos de liderança para usá-los nos momentos adequados. 
Neste tipo de liderança, o líder se adapta diante das situações 
apresentadas, o que consiste da relação entre estilo do líder, maturidade do 
liderado e a situação em que se encontra. 
A chave da liderança situacional consiste em avaliar o nível de 
maturidade dos liderados e se comportar de acordo com o modelo. 
Como se pode perceber, não existe um estilo único de liderança, pois 
isto vai depender das pessoas e do contexto no qual se está inserido 
(trataremos mais a fundo destes temas nas próximas Rotas). 
Com isso, encerra-se a evolução da liderança através dos tempos e se 
reservam as páginas para o futuro que a espera. 
E esse futuro é nosso século XXI, no qual é necessário manter-se 
competitivo no mercado, e em que a necessidade do lucro, as inovações e as 
implementações tecnológicas exigem uma liderança efetiva. 
 
Liderança: seu papel no século XXI 
 A liderança é importante em qualquer tipo de corporação. De acordo 
com Chiavenato (2000), a liderança é necessária em todos os tipos de 
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organização humana, principalmente nas empresas e em cada um de seus 
departamentos. Ela é essencial em todas as funções da administração, pois o 
administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as 
pessoas. 
As organizações enfrentam hoje pressões, mudanças, exigências de 
responsabilidade social, inclusão de minorias, cuidados com o meio ambiente, 
transparência e governança corporativa, fazendo necessário que a liderança 
ocupe e desempenhe o papel que lhe corresponde dentro do mundo 
corporativo, e por isso se faz necessária uma nova liderança. O líder deve 
preparar sua equipe e transformá-la em uma equipe flexível, que apoie a 
criatividade, a inovação e o empoderamento. 
Como vimos ao longo do desenvolvimento do tema, a liderança não é 
algo recente, mas sim uma prática que vem evoluindo ao longo da história da 
humanidade. 
É importante que você, como futuro gestor, entenda que a essência da 
liderança está na influência, na capacidade de desenvolver as pessoas e 
ocasionar mudanças para que estas se adaptem aos imprevisíveis cenários 
que estão fora de controle de qualquer líder. 
Imagine, por um momento, a extensão que podemos dar ao conceito de 
liderança. Ela pode incluir os deveres para com a sociedade por meio das 
organizações, onde se nutrem e se desenvolvem processos que contribuem 
para que se organize umaprendizado que dará espaço ao crescimento e 
desenvolvimento da própria organização e da sociedade. 
Somos aprendizes com uma sede insaciável de conhecimentos. Há 
muito a se aprender sobre liderança. A jornada do líder é um dinâmico e 
constante descobrimento de si mesmo, do ambiente no qual se está inserido e 
daspessoas com as quais se trabalha. 
Sem dúvida nenhuma, a liderança se torna algo essencial no mundo 
corporativo atual. Mesmo tendo a sensação de que o homem está perdendo 
seu valor para os avanços das novas tecnologias, a liderança é a prova de que 
sem o homem, as organizações não poderão desempenhar o seu papel. 
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Tema 2: Conceitos de Liderança 
Após estudarmos a evolução histórica da liderança, vamos trabalhar 
com o significado e o conceito de liderança. 
Para começarmos a entender o que realmente é liderança, 
necessitamos compreender que o conceito dessa prática vem passando por 
transformações desde sempre. Muitos autores apresentam visões distintas 
sobre o tema e sobre a definição da palavra no contexto atual. 
Para determinados autores, a liderança se estabelece a partir de 
características da personalidade de cada pessoa. Outros consideram que a 
forma de comandar de cada líder ajuda na definição, assim como também o 
ambiente em que o individuo está inserido define a liderança. 
Bergamini (1994) defende que a liderança se estabelece por influência, 
ou seja, na capacidade do líder conseguir seguidores para atingir seus 
objetivos. Portanto, quando falamos sobre liderança, compreendemos que é a 
capacidade de fazer a gestão de um grupo de pessoas de forma a gerar 
resultados, alcançar os objetivos da organização e, principalmente, se 
converter esse grupo em uma equipe. 
Pode-se perceber, neste momento, que a responsabilidade do líder é 
identificar os diferentes comportamentos do ser humano dentro de uma 
organização e sua equipe, para que possa conhecer a motivação de cada um e 
assim utilize de ferramentas de gestão de pessoas que o auxiliem em suas 
tomadas de decisão, administrando os seus talentos e integrando a sua equipe 
cada vez mais. É importante que o líder promova em seu time a educação e o 
desenvolvimento. Desta maneira, a liderança efetiva fundamenta-se em dar 
aos colaboradores o que eles ainda não alcançaram por si próprios. 
Podemos, agora, diferenciar os conceitos de líder, chefe e gerente. 
Observe o seguinte quadro e perceba as diferenças entre estes três conceitos: 
 
 
 
 
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CHEFE GERENTE 
 
LÍDER 
 
Motivado pelo desejo de 
sucesso pessoal. 
 
Altamente competitivo, 
independente. Procura 
receber crédito pessoal pelas 
realizações. 
 
Conhece a política interna da 
empresa e a usa para a 
vitória pessoal. 
 
Focalizado na ação rápida. 
 
Gasta mais tempo dando 
ordens. Acha improdutivo 
ficar ouvindo e assessorando. 
 
Impõe seu ponto de vista. 
 
Cria um clima negativo 
gerando insegurança e 
ameaça. 
 
Motivado pelo pensamento 
racional, usando-o como 
ponto de partida para a 
resolução dos problemas 
inerentes ao dia a dia. 
 
Altamente analítico. 
Preocupa-se em garantir a 
continuidade da empresa no 
tempo. 
 
Acha que o valor pessoal é 
desempenhar atividades 
tipicamente administrativas. 
 
Mantém a continuidade e a 
ordem, sistematizando 
procedimentos que garantam 
eficiência no desempenho 
nos processos 
organizacionais. 
 
Motivado pelo desejo de 
servir os liderados. 
 
Altamente colaborativo e 
interdependente. Procura dar 
crédito aos membros da 
equipe. 
 
Sensível ao que motiva os 
outros e os capacita a 
vencer, partilhando sua visão 
e metas. 
 
Focalizado no entendimento 
mútuo e na colaboração por 
parte de todos. 
 
Ouve profunda e 
respeitosamente, em especial 
aqueles que discordam. 
 
Acha que o valor pessoal 
está em trabalhar 
colaborando com os outros. 
 
Prefere ouvir primeiro e 
valorizar a opinião dos 
outros. 
 
Usa a confiança pessoal e o 
respeito para que todos 
aprendam com os erros. 
 
 
Fonte: Adaptado de Marinho e Oliveira, 2005, p. 8. 
 
 Alguns autores, como Peter Drucker, salientam que a liderança eficaz se 
processa na exemplaridade e nos resultados, e não na popularidade, 
visibilidade de sua atuação, responsabilidade ou principalmente em possuir 
seguidores. 
Quando falamos de tipos diferentes de liderança, podemos abordar a 
teoria de liderança situacional de Hersey e Blanchard, a qual se trata de uma 
teoria contingencial que está focada nos liderados, ou seja, uma liderança que 
terá resultados a partir do nível de maturidade daqueles sob a tutela do líder. 
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Tema 3: Papéis desempenhados pelos líderes ao longo do 
tempo 
 Note como ao longo dos temas vamos aprofundando nos conceitos, 
história e papéis desempenhados pelos líderes. Acreditamos que você já deva 
ter percebido que a liderança é uma ação que afeta a conduta e o rendimento 
dos membros de um grupo, confirmando-se a tese de que quando a liderança 
existe, modifica-se a motivação ou a competência dos membros de qualquer 
grupo. 
 Num sentido mais amplo, isto implica em uma relação de influência 
particular entre os componentes de um grupo, na qual o líder proporciona aos 
integrantes recursos valiosos para a conquista de objetivos comuns. 
 É importante que você, como gestor, tenha em mente que a liderança é 
uma ação sobre pessoas, nas quais se destacam sentimentos, interesses, 
aspirações, valores, atitudes, enfim, todos os tipos de reações humanas. 
 Parafraseando Margareth Wheatly, na execução da liderança podemos 
convidar todas as pessoas a participar nos processos da empresa, para juntos 
encontrarmos o caminho. É importante agir partindo do pressuposto de que as 
pessoas se interessam umas pelas outras, e você, como gestor e líder, é a 
esperança para se criar um futuro pelo qual valha a pena trabalhar. 
 Wheatly (2006) comenta que Mort Meyerson (antigo chairman da Perol 
Systems) em uma entrevista para a revista Fast Company, afirmou que a tarefa 
principal da liderança e por conseguinte do líder é reunir regularmente as 
pessoas, de modo que todas percebam com clareza o que estão fazendo e 
como se modificam à medida que fazem seu trabalho. Isso inclui informações 
sobre clientes, mercado, história e erros. 
 Sem esquecer as palavras de Mort Meyerson, tentemos entender as 
ações e os papéis desempenhados pelos líderes ao longo do tempo. 
A seguir, veremos cronologicamente o surgimento de alguns líderes, 
mas nos deteremos principalmente na importância que suas ações tiveram 
para o desenvolvimento da humanidade. 
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 Dos líderes antigos, Alexandre foi o maior. Conquistou dúzias de povos 
e governou um império que compreendia Grécia, Egito e Índia. 
 Júlio César foi um dos maiores imperadores que existiram. Ele 
estabeleceu as bases para o Império Romano e sua expansão. 
Napoleão Bonaparte foi um dos líderes mais paradigmáticos da história 
não somente por suas vitórias nos campos de batalha, mas também por seus 
mistérios. Ainda hoje é uma das pessoas mais estudadas da história. 
 A história de Mahatma Gandhi tem inspirado a muitos idealistas no 
mundo. Lutou pela independência da Índia e pelos direitos dos hindus perante 
o Reino Unido. Utilizou a greve de fome com forma de protesto pacífico. 
 Madre Teresa de Calcutá fundou uma organização dedicada a servir aos 
pobres, órfãos, doentes e moribundos.Recebeu o Prêmio Nobel da Paz, e foi 
considerada uma das grandes líderes da humanidade. 
 Martin Luther King foi pastor da igreja Batista. Sua forma de atuar 
consistia em organizar atividades pacíficas para lutar pelos direitos civis dos 
afro-americanos nos Estados Unidos. Ganhou o Prêmio Nobel da paz em 1964 
e foi assassinado em 1968. 
 Nelson Mandela lutou contra a segregação racial na África do Sul. 
Esteve preso por mais de 27 anos, e na prisão estudou Direito, formando-se 
pela Universidade de Londres. Foi-lhe oferecida a liberdade se renunciasse às 
suas ideias e à sua luta. Preferiu ficar na prisão e manter seus princípios. 
Graças aos seus esforços, a segregação racial foi banida da África do Sul e, 
em 1994, foi eleito o primeiro presidente negro por meios democráticos. 
 Margaret Thatcher foi uma das mulheres mais importantes do século XX. 
Conquistou seu espaço em um momento em que as mulheres muito raramente 
tinham tal oportunidade. Ficou conhecida como a ”Dama de Ferro” por levar o 
Reino Unido a ter novamente um lugar de destaque no mundo. 
 Steve Jobs foi um empresário e magnata dos negócios na área da 
informática e da indústria do entretenimento americano. Foi co-fundador e 
presidente executivo da Apple e maior acionista individual da Walt Disney 
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Company. Jobs provou, então, que a cultura organizacional é um grande aliado 
de competitividade de uma empresa. 
 Bill Gates, ainda muito jovem, tornou-se um dos mais bem-sucedidos 
empreendedores. Ao lado de seu amigo e parceiro empresarial Paul Allen, 
fundou a Microsoft — a mais importante e popular empresa produtora de 
software de todo o planeta. 
 A partir desta pequena exposição sobre alguns dos líderes de maior 
destaque de todos os tempos, talvez possamos fazer uma interpretação sobre 
como estes lideravam seus processos. 
 Fazendo uma leitura inspirada nos diferentes tipos de liderança e dos 
líderes apresentados, podemos arriscar a interpretar suas ações e ver que sua 
força residia na forma de influenciar os seus liderados e de os tornarem 
convictos de suas ações. 
 Líderes como Nelson Mandela, Madre Teresa de Calcutá e Martin Luther 
King se preocuparam em elevar sua equipe diante das conquistas. São os 
integrantes do time que levam os processos ao sucesso. Acreditar na 
igualdade mostra como estes líderes tinham fé no potencial das pessoas, 
independente de seu contexto. Podemos então nos perguntar: o que estes três 
líderes têm em comum? A resposta é simples: os três tiveram influência e 
autoridade moral incontestáveis, independentemente de qualquer tipo de poder 
formal. 
 Margareth Thatcher, por sua vez, dedicou-se a fortificar o senso de 
pertencimento de sua equipe para a instauração das duras políticas 
econômicas. 
 Todos os líderes citados utilizaram seu poder formal para mudar o 
destino de seus liderados. 
 De acordo com De Oliveira e Marinho (2005), existe também um 
segundo grupo de pessoas sobre as quais a história já fez seu julgamento. 
Podemos perceber que Adolf Hitler, Sadam Hussein e Augusto Pinochet entre 
outros utilizaram a liderança formal para praticar o exercício abusivo do poder, 
cometendo crimes contra a humanidade com violação flagrante dos direitos 
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humanos. Hitler, em nome de um pretenso império alemão, assassinou seis 
milhões de judeus, além de fazer centenas de milhares de outras vítimas. 
Sadam Hussein governou o Iraque massacrando e eliminando qualquer voz 
que discordasse ou que fosse suspeita de discordar de seu regime. Pinochet 
manteve-se no governo chileno durante 17 anos à custa de torturas, mortes e 
”desaparecimentos”. 
 Pode-se concluir que assim como na liderança empresarial, o papel do 
líder é o de perpetuar a organização. Na liderança praticada por Gandhi, 
Mandela, King e Teresa de Calcutá, o legado nos inspira a refletir sobre o mais 
grande potencial humano para administrar situações complexas. 
 
Tema 4: História e surgimento do coaching 
 
História do Coaching 
O coaching é um tema muito comentado atualmente, porém poucas 
pessoas conhecem a sua origem e como foi a sua trajetória até os tempos 
atuais. 
Iniciaremos com alguns marcos da história do coaching; poderíamos 
inclusive afirmar que o coaching é tão antigo quanto a própria humanidade, o 
que mostra que o coaching não é algo novo, tampouco um modismo, pois tem 
suas origens em teorias filosóficas. 
Desde cerca de 1500 o termo coaching tem seu significado ligado aos 
condutores, que conduziam as carruagens e seus passageiros. Este mesmo 
significado foi atribuído aos professores, tutores e mestres com o passar do 
tempo. Esta referência era utilizada sempre que o termo era voltado á 
“condução” de alguém a um determinado destino. 
Por volta da década de 1950 a palavra coach utilizada pela primeira vez 
para se referir à habilidade de gerir pessoas, a fim de facilitar seu 
autodesenvolvimento, valorizando às suas competências tanto em sua vida 
profissional, como na pessoal. 
 
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Na década de 1970 o termo surgiu no Brasil por meio do âmbito 
esportivo. 
Se partirmos para a utilização do termo coaching de uma forma mais 
contemporânea, podemos citar Timothy Gallwey como um dos nomes em 
relação à literatura sobre o assunto. Este atuava como professor de tênis, e 
afirmava que “o adversário dentro da nossa própria cabeça é mais poderoso do 
que o que está do outro lado da rede.” (Gallwey, 1996). O autor entendia que a 
relação do jogo de tênis com o processo de coaching estava muito próxima do 
papel do técnico em fazer perguntas, de modo a contribuir e ampliar a 
conscientização e percepção de como o jogador estava jogando. Para Gallwey, 
o jogo de tênis era como o jogo da vida, pois em ambos a forma de expressar o 
próprio potencial poderia ser a fonte de respostas para os nossos próprios 
questionamentos. 
Sabe-se que o coaching é um processo que favorece a autoconsciência, 
a reflexão e a ampliação da percepção de si próprio, identificando suas 
potências e fraquezas (Ferreira, 2008). Além disso, ele é um processo que 
apóia o indivíduo a estruturar os seus planos de desenvolvimento por meio de 
uma metodologia estruturada, podendo influenciar todos à sua volta. (Sinnott, 
2015) 
A palavra coaching permite relacionar, por meio de uma metáfora, o 
coach como um veículo para transportar pessoas de onde estão para onde 
desejam chegar. 
Podemos também relacionar nesse momento o coaching a um processo 
que permite às pessoas enxergarem além do que são atualmente e para que 
estabeleçam como meta o que desejam se tornar no futuro, ampliando cada 
vez mais suas competências, seu desempenho, seu desempenho e também 
expandindo sua visão de mundo. 
O processo de coaching envolve alguns termos como o coach, que é 
quem conduz o processo e o coachee, que é a pessoa que passa pelo 
processo e está sendo beneficiada. 
Sinnott (2015) fala que como processo facilitador de aprendizagem, o 
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coaching veio a contribuir para que os indivíduos se transformem, estimulando-
os a repensarem a realidade e a enfrentarem os desafios presentes. De acordo 
com Krausz (2007), o coaching, por meio do método de questionamentos, 
contribui para que o indivíduoamplie a percepção das suas ações, e 
estabeleça objetivos e estratégias para alcançá-los, de forma que possa melhor 
utilizar as suas potencialidades. 
O coaching concentra-se em indivíduos, e não necessariamente em 
sistemas de negócios. Porém, é claro que, indiretamente, o processo irá 
provocar resultados e impactos positivos nos negócios. 
Krausz (2007) afirma que, tanto as organizações, quanto os gestores, 
buscam com o coaching atingir melhores resultados, bem como desenvolver, 
por meio de um processo de aprendizagem, as competências estratégicas para 
uma diferenciação no mercado. A autora considera o coaching como uma 
ferramenta de desenvolvimento que facilita o crescimento profissional do 
indivíduo com o propósito de atingir a satisfação pessoal e profissional. 
Esta mesma autora, Krausz (2007) aponta ainda que as empresas no 
mercado atual estão diante do desafio de promover a autoconsciência de seus 
líderes. Gestores com maior percepção do cenário em que estão inseridos 
tendem a facilitar a sua gestão de equipe, promovendo o desenvolvimento dos 
liderados e um relacionamento interpessoal mais eficiente e eficaz. (Sinnott, 
2015) 
Portanto, podemos refletir que o processo de coaching tem como função 
principal a promoção do aprendizado e o desenvolvimento das pessoas. 
Dependendo do contexto em que a pessoa está inserida, ela causará impacto 
na organização com os resultados obtidos por meio do processo. A empresa 
terá benefícios em ter pessoas e equipes de alta performance, produzindo 
resultados mais eficazes e, além disso, pessoas mais alinhadas com os 
objetivos organizacionais. O coaching é um processo que facilita o 
desenvolvimento das pessoas envolvidas. 
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Tema 5: O líder coach 
 Para conversarmos sobre a condição de um líder ser também um coach 
de sua equipe, podemos falar de algumas diferenças entre esses papéis. 
Quando identificamos que um líder tem objetividade nas suas 
explicações e argumentações e traz com clareza as suas expectativas em 
relação à sua equipe, esse líder está indo além do papel de um chefe. 
A atuação de um líder coach envolve uma colaboração frequente para o 
desenvolvimento das pessoas da sua equipe, fazendo com que os 
colaboradores se potencializem e elevem o seu desempenho. O líder é 
responsável pelo desenvolvimento de talentos. 
O líder coach trabalha muito com a exemplaridade. Ele coloca em 
prática as suas crenças por meio das atitudes. O objetivo de um líder é 
influenciar as pessoas positivamente para o atingimento dos resultados, porém, 
além de ser um líder, ele é um coach quando se preocupa com o 
desenvolvimento das pessoas e reforça o melhor delas. Portanto, o líder coach 
oferece feedbacks constantes, provendo às pessoas maior autoconhecimento e 
promovendo um maior comprometimento nas tarefas. 
Ajudar a equipe a buscar as próprias respostas empoderando-as nas 
tomadas de decisão caracteriza a postura de líder coach. Este promove o 
autodesenvolvimento para que cada um possa alcançar as metas 
estabelecidas, dando-lhes maior autonomia. 
O líder coach sabe o que quer ao engajar as pessoas em um mesmo 
propósito. No próprio processo ele identifica os perfis, as fortalezas e fraquezas 
dos colaboradores e os orienta constantemente. Além de tudo isso, ele pratica 
os seus valores e os da organização fazendo com que as pessoas tenham a 
clareza da importância disso. Como as pessoas de uma equipe podem ser 
muito diferentes, o líder coach investe na diversidade. Percebe que são 
exatamente as diferenças que irão contribuir para enriquecer um time, 
fortalecendo-o e o tornando mais completo e criativo. 
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Uma característica fundamental do líder coach é saber delegar. 
Acreditamos que o processo de delegação só ocorre efetivamente quando 
existe um nível adequado de maturidade nas pessoas da equipe. Para isso, é 
necessário que o líder seja um facilitador, alguém que se preocupe com o 
desenvolvimento das pessoas e promova tal transformação. 
Quando falamos em foco na tarefa e nas pessoas, o líder coach tem 
conhecimento de sua equipe, compreende o funcionamento dela, suas 
capacidades, dificuldades, qualificações e limitações, por isso seu foco não é 
exclusivo na tarefa. 
Por fim, lembremo-nos da importância da atuação de um líder em formar 
os seus sucessores. Para formá-los é necessário conhecer os seus 
subordinados, preocupar-se com eles e mantê-los satisfeitos e focados nos 
objetivos e em seu desenvolvimento. 
O líder coach que cria a cultura de aprendizado, contribuindo para que 
sua equipe desenvolva suas capacidades, terá uma equipe mais resiliente, 
adaptável, confiante, criativa e brilhante. (Stéfano, p. 44) 
Segundo Stéfano (2012), a figura do líder coach está ligada a uma 
postura de liderança mais humanizada, mais voltada ao desenvolvimento da 
performance das equipes e das empresas. 
Podemos aqui mencionar alguns papéis do líder coach como sendo um 
parceiro estratégico, conforme relata Stéfano (2012): um líder que avalia o que 
falta, facilitando com que a equipe atinja os seus objetivos; ele proporciona 
aprendizados com o intuito de desenvolver competências tanto pessoais como 
técnicas; atua como um parceiro, fazendo com que a equipe encontre as suas 
próprias respostas, não resolvendo unicamente o problema existente. A 
generosidade está presente na atuação desse líder ao compartilhar a sua 
expertise, o seu conhecimento e inclusive o seu próprio tempo. 
Outro papel que o líder coach tem como característica predominante é o 
de transformador de paradigmas, ao questionar as crenças sociais e ampliar 
cada vez mais os modelos mentais dos envolvidos. Ele ajuda a equipe a sair do 
lugar comum, instigando as pessoas a perceberem e a utilizarem os seus 
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diferentes recursos internos, fazendo com que tenham, desta maneira, 
diferentes resultados. Finalmente, o desenvolvimento pessoal: acreditamos que 
existem algumas condições fundamentais para o sucesso de uma carreira, as 
quais envolvem competências comportamentais. O desenvolvimento pessoal 
permite o desenvolvimento interpessoal, a facilidade de resolver conflitos, o 
gerenciamento de equipes, a capacidade de motivação, e a adaptabilidade. 
Portanto, o líder coach tem como foco o desenvolvimento das pessoas 
em suas competências técnicas e comportamentais, pois sem estas a 
performance da equipe será diretamente impactada, afetando os resultados da 
organização. 
 
Trocando ideias 
 Você deve ter percebido que ser líder ou líder coach hoje é um desafio. 
É importante entender que para desempenhar esses papéis é necessário 
absorver e incorporar a cultura da organização. 
 Pensamos que, depois de ter estudado os conceitos relacionados a 
estas funções, você poderá responder, por meio do fórum, alguns 
questionamentos que lhe ajudarão a esclarecer suas dúvidas e a confirmar o 
que aprendeu. Lembre-se, é necessário que reflita para que possa expressar 
sua opinião. 
 Vamos começar então. Prepare-se! 
 Um dos desafios do líder é constituir, desenvolver e reter equipes, a fim 
de atingir objetivos organizacionais. Em sua opinião, quais você acredita serem 
as principais competências que um líder deve ter para desempenhar essa 
função? O líder é responsável pela optimização do uso dos recursoshumanos? 
Qual é sua opinião? É importante que o gestor líder saiba comunicar-se com 
sua equipe? 
 
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Na Prática 
 1. Leitura do caso 
 Jack Welch adora liderar pessoas, e não gerenciá-las. Ele nem mesmo 
gosta da palavra “gerente”, pois ela reúne todas as características negativas 
associadas aos chefes, como controle, repressão e falta de comunicação. 
Welch é um líder nato, do tipo que gosta de criar uma visão e fazer com que as 
pessoas se apaixonem de tal forma por ela que mal consigam esperar para 
transformá-la em realidade. ”Isso é o que faz um verdadeiro líder”, afirma 
Welch. ”Alguém que desenvolve uma ideia e motiva as pessoas a executá-la”. 
Fonte: KRAMES, Jeffrey A. Os princípios da liderança de Jack Welch. Revista VOCÊ ⁄ SA. Rio 
de Janeiro: Sextante , 2006. Desenvolvimento PROFISSIONAL. No. 5 p. 6. 
 
 2. Identificação do que deve ser feito 
 Depois de ler o que Welch disse sobre a liderança, e tendo em conta o 
estudado na Rota, analise a seguinte máxima: 
“Nós procuramos líderes capazes de energizar, motivar e inspirar, em 
vez de irritar, deprimir, controlar”. 
 
 3. Identificação da teoria/conteúdo que resolve o problema. 
 Conceito de liderança, coaching, papéis desempenhados pelos líderes. 
 
Finalizando 
 Nesta Rota, estudamos temas que mesmo sendo antigos têm uma 
importância muito grande e são sempre atuais. 
 O mundo está em constante evolução. A transformação é a essência de 
nossa história. Desde sempre nos ensinaram que tanto importantes ações 
positivas como negativas levaram a mudanças substanciais. Em outras 
palavras, que revolucionaram o pensamento do homem. 
 Ao longo da história da liderança, é possível encontrar as bases do que 
deve ser um verdadeiro líder. Neste percurso, é possível descobrir o líder 
empresarial como agente de mudança. 
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 O valor do líder pode ser percebido especialmente quando este 
desempenha seu papel, ou seja, quando coloca em prática sua capacidade de 
criar uma equipe, de motivá-la, ensiná-la e inserir as pessoas em um projeto 
comum, promovendo a confiança. 
 Outro tema estudado, o histórico do coaching, nos ajudou a entender e 
conhecer o significado das palavras “coach” e “coaching” como sendo a ação 
de transportar ou levar alguém de um lugar a outro, ou ainda de um estado a 
outro. O importante é tomar consciência de que a verdadeira aprendizagem é 
aquela mediante a qual, por exemplo, você como gestor aprende a partir de 
seu autoconhecimento. 
 Os temas tratados oportunizam a possibilidade para se perceber a 
evolução das ideias, dos comportamentos e das estratégias. A partir de um 
modo de comando e de controle é possível dar um salto que mude os 
comportamentos e leve esses líderes a se prepararem para os novos tempos, 
em que é necessário um comportamentpo diferente. 
 Esperamos que os temas tratados tragam respostas para algumas 
questões fundamentais da liderança e do coaching. 
 As organizações não funcionam sem pessoas que facilitem a realização 
a contento dos processos produtivos. O líder e o líder coach terão que ter em 
conta a importância do papel que desempenham na organização. O verdadeiro 
profissional é uma pessoa cujas ações apontam além de si mesmo. 
 Lembre-se, este é o início de uma aventura. Quanto mais conhecimento 
e mais experiências, melhor. Entretanto é você, gestor, quem deve decidir a 
validade do que foi estudado aqui e de sua aplicabilidade por meio de ações 
práticas, de decisões e de se atrever a descobrir suas possibilidades como 
líder e de ter competência para realizá-las. 
 
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Referências bibliográficas 
 
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2013. 
 
DRUKER, Peter. O gerente eficaz. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1993. 
 
DI STÉFANO, Rhandy. O líder-coach: Líderes criando líderes. Rio de Janeiro: 
Qualitymark. 2012. 
 
GALLWEY, TIMOTY. O Jogo Interior de Tênis. São Paulo: Editora Textonovo, 
1996. 
 
HALL Richard H. Organizações: estruturas processos e resultados. São Paulo: 
Prentice Hall, 2004. 
 
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Teoria e As Técnicas da Liderança Situacional. São Paulo: Editora EPU, 2011. 
 
KOTTER, John P. Liderando a Mudança. Rio de Janeiro: Campus, 1997. 
 
KRAMES, Jeffrey A. Os princípios da liderança de Jack Welch. VOCÊ S/A. Rio 
de Janeiro: Sextante, 2006.. Coleção Desenvolvimento PROFISSIONAL. No. 5. 
 
 
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KRAUSZ, Rosa. Coaching Executivo: a conquista da liderança. São Paulo: 
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LOTZ, Erika, Gisele. GRAMMS, Lorena Carmen. Coaching e mentoring. 
Curitiba: Intersaberes, 2014. 
 
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Os 5 maiores líderes da história mundial. Portal IBC. Disponível em: 
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SINNOTT, Elizabeth. Relações familiares e de trabalho: uma análise das 
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WHEATLEY, Margaret J. Liderança para tempos de incerteza: a descoberta 
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