Buscar

Escoliose Congênita



Continue navegando


Prévia do material em texto

Escoliose Congênita
 Escoliose congênita é o tipo de escoliose decorrente do desenvolvimento anormal de uma ou mais vértebras da coluna da criança. As malformações em geral já estão presentes antes da criança nascer, ainda dentro do útero. 
 Como outros órgãos e sistemas se desenvolvem ao mesmo tempo que os ossos da coluna, pode acontecer também malformações de outros órgãos do corpo da criança. Os problemas congênitos mais comuns acontecem nos rins, coração e ouvidos. 
 A apresentação da escoliose congênita varia muito. Dependendo do número de vértebras envolvidas e na localização da deformidade, a curva pode seguir não detectada por muitos anos ou até que uma radiografia rotineira por outra causa seja feita. Curvas mais graves provavelmente serão detectadas logo na infância. A escoliose congênita tem a mesma frequência entre meninos e meninas.
 
Tipos
As malformações congênitas dos ossos da coluna são separadas em dois tipos diferentes: falha de formação e falha de segmentação. A combinação dos dois tipos é chamada de mista.
• Falha de Formação
Falha de formação acontece quando parte da vértebra não se desenvolve. A vértebra acaba se comportando como um “calço” que desequilibra o desenvolvimento normal da coluna. Uma hemivértebra é um exemplo de falha de formação.
O grau e gravidade da escoliose devido a falha de formação pode variar de uma escoliose leve até grave.
 
 
• Falha de Segmentação
Falha de segmentação acontece quando uma vértebra não se separa da outra durante o desenvolvimento. Duas ou mais vértebras ficam fundidas em uma só. Em geral, as vértebras estão fundidas (ou coladas) em um lado só, o que leva ao crescimento normal apenas no lado livre, não fundido, e nenhum crescimento no lado fundido, o que irá gerar escoliose. 
 Assim como as falhas de formação, o grau e gravidade das curvas por falha de segmentação variam bastante.
 
​
Particularidades
 Curvas resultante de malformações congênitas podem se desenvolver em qualquer local da coluna. O grau da deformidade está diretamente ligado ao número e gravidade das malformações vertebrais. Estas curvas frequentemente estão em um segmento curto e terão uma angulação aguda, ao contrário das curvas em “S” ou em “C” típicos da escoliose idiopática ou neuromuscular. 
 A maioria dos pacientes com escoliose congênita terão uma coluna estável. Pelo fato de cada caso de escoliose congênita ser diferente, os médicos devem avaliar cada um individualmente para determinar o risco de progressão da curva e problemas associados com isso.
CAUSAS:
A escoliose congênita decorre ou de um problema com a formação dos ossos da coluna vertebral (vértebras) ou de um problema de fusão dos ossos da coluna, podendo ou não estar associado a fusão de costelas durante o desenvolvimento do feto ou do recém-nascido
Sinais da Escoliose
Muitas vezes, a Escoliose nem é perceptível, tornando-se notável, apenas, quando a curva progride significativamente. Os sinais físicos mais comuns e que podem indicar a patologia são:
– Ombros ou quadris, nitidamente, assimétricos;
– Cintura desigual;
– O corpo inclinado para o lado, resultante do encurvamento da Coluna Vertebral lateralmente (o desvio em forma de “S”);
– Uma perna que pode parecer menor do que a outra;
– Clavícula com intensa proeminência;
– Dores nas costas;
– Fadiga na Coluna Vertebral após tempo prolongado em posição sentada ou de pé.
 Diagnóstico da escoliose em crianças
 O exame físico é o ponto de partida para diagnosticar a escoliose infantil. Com a criança em pé na postura ereta e com a ajuda de instrumentos topográficos, o médico poderá observar os seguintes sinais: assimetria nas escápulas, membros inferiores, cristas ilíacas e desnível dos ombros.  Na sequência, é feito o Teste de Adams, no qual a criança deve flexionar o tronco sem dobrar os joelhos, permitindo a visualização de curvaturas anormais na região lombar e assimetrias no tronco.
Caso haja qualquer sinal positivo de escoliose, o médico poderá solicitar exames complementares como radiografias, testes neurológicos e ressonâncias magnéticas.
Tratamento
Se a curva for leve (menor que 20 graus), será adequada uma consulta clínica anual para radiografia e fotografias clínicas.
Quando a curva for de etiologia apropriada e não grave o suficiente para a cirurgia, o tratamento com colete será o de escolha. O uso do colete também pode ser indicado para segurar a coluna de uma criança até que esta atinja a idade adequada para cirurgia. O tratamento é feito com colete de Milwaukee, combinado com exercícios específicos. Em muitos casos, o colete deve ser usado por um período de 23 horas por dia, sendo retirado apenas para o banho.
As principais indicações para a cirurgia são as seguintes: compressão medular, progressão da curva, dor intensa, dificuldade respiratória e estética.
O principal procedimento cirúrgico é a fusão espinhal com ou sem instrumentação com haste de Harrington.
Com a fisioterapia, primeiramente devemos retirar a dor do paciente com recursos antálgicos como: crioterapia, criomassagem, tens, calor superficial (infravermelho), ultrassom, etc.
Após a retirada da dor do paciente, poderemos começar com os exercícios. Se houver rigidez articular devemos realizar exercícios ativos assistidos ou ativos livres da coluna e dos membros superiores e inferiores. Os exercícios devem ser direcionados para o sentido contrário ao da curvatura. É muito importante realizar fortalecimento muscular do tronco e dos membros. Todos os exercícios podem ser realizados com ou sem o colete. Sem esquecer devemos também reeducar a postura e a marcha.
Tratamento cirúrgico para escoliose infantil
Em arqueamentos superiores a 50º, que não respondem ao tratamento fisioterápico, é necessário recorrer à cirurgia para restabelecer a fisiologia normal da coluna.
O procedimento consiste em uma artrodese, isto é, o realinhamento e reintegração das vértebras por meio de enxertos especiais e implantação de parafusos.  O resultado final dependerá da flexibilidade da curvatura: quanto mais flexível, maior será o grau de correção obtido na cirurgia. A maioria dos pacientes obtém curvas inferiores a 25º que são imperceptíveis esteticamente e não oferecem nenhum risco ao sistema respiratório.
http://fisioterapia.com/escoliose-infantil-causas-sintomas-e-tratamento/
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/estetica/escoliose-congenita/24852#