Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gilberto Cardoso fundou a InfoGilTech há cinco anos, uma empresa de informática que comercializa computadores e periféricos, além de prestar serviços técnicos de informática para clientes caseiros e corporativos. No início, começou com três funcionários, e sempre adotou uma autoridade tipicamente carismática para com eles. Hoje, a InfoGilTech já está com trinta funcionários e sua carteira de clientes corporativos não para de crescer. Dessa forma, Gilberto acredita que deve organizar e burocratizar sua empresa para imprimir racionalidade no sentido de evitar perdas e desperdícios decorrentes da improvisação e da falta de planejamento, uma vez que os funcionários estão fazendo o que bem entendem. Você acha que Gilberto terá êxito continuando a adotar uma autoridade carismática? Como Gilberto poderia organizar melhor a sua empresa? Antes de tentar ajudar Gilberto, faça um breve relato de 20 a 30 linhas sobre as tipologias de autoridade de Weber e suas principais características. Depois, ainda de maneira dissertativa, tente buscar nos nossos estudos da Teoria da Burocracia como Gilberto pode organizar melhor sua empresa Resposta: 1- Autoridade tradicional: como o nome indica, é aquela que assenta numa dada ideia de tradição, de continuidade. É, segundo Weber, “a autoridade do eterno ontem”. Poderíamos dizer que é uma autoridade baseada na sucessão e é aquele estatuto de que qualquer indivíduo fica naturalmente investido porque faz parte dessa mesma linha sucessória. É a autoridade típica de famílias reais e semelhantes plutocracias. 2- Autoridade carismática:Weber define “carisma” como “um dom de encanto extraordinário e pessoal” e postula que é uma característica que só alguns detêm.Os líderes carismáticos são vistos como detentores de capacidades acima da média, logo, pessoas altamente capazes e confiáveis. A fé nesses indivíduos, na sua capacidade e potencial, é, aliás, uma das características mais fortes deste tipo de liderança, o que significa a sua autoridade não é exatamente sinônima das capacidades reais quem supostamente as detém, mas da percepção que os seus seguidores têm dele – o que é subjetivo por definição. 3- Autoridade racional-legal: já eiva de um cargo em si e do próprio sistema de leis em que o cargo se insere, e que legitima aquele cargo e a autoridade de que este se imbui. Isto é, portanto, o mesmo que dizer que se trata de uma autoridade que não é inerente ao indivíduo, por ele mesmo, mas da posição que ele ocupa e que lhe é conferida enquanto ele ocupar esse mesmo lugar. Esta é a autoridade que muitas vezes é declarada nas hierarquias do organigrama, mas que, como já vimos, pode não corresponder exactamente à verdadeira – ou, pelo menos, a única – sede de poder dentro de uma organização. Acredito que se a empresa de Gilberto teve sucesso com esse tipo de liderança por parte dele, essa linha de autoridade deve continuar, porém quando se exerce muito a liderança carismática sem exercer também a Racional-Legal, as coisas podem desandar. Sendo assim, Gilberto deve saber quando exercer cada tipo de liderança ou contratar um gerente para exercer uma autoridade mais rígida, quando necessário, garantindo que cada indivíduo faça sua função como deve, com o máximo de rendimento possível, sem que o dono da empresa perca a fé e confiança que seus funcionários depositam nele.
Compartilhar