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Alimentação de bezerras leiteiras

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Alimentação de bezerras leiteiras
Os cuidados com as bezerras leiteiras não se definem somente após o nascimento das mesmas, isso se caracteriza por uma sequência de acontecimentos que se inicia com as novilhas ou vacas gestantes até o pós-parto. Devem ser fornecidas aos animais gestantes dietas bem equilibradas para garantia de bom desenvolvimento fetal, adequada formação de colostro e boa lactação, durante toda a gestação e no período de transição. Deficiências de energia, vitaminas, minerais, proteínas podem comprometer o desenvolvimento fetal e aumentar a morbidade e mortalidade de bezerros (Davis e Drackley, 1998). E isso se agrava no terço final da gestação, visto que o feto ganha cerca de 60% de peso vivo nos dois últimos meses. É essencial que a mãe seja levada ao piquete Maternidade com boas condições sanitárias para o nascimento do bezerro.
Após o nascimento o bezerro passa por diversas adaptações fisiológicas devido a mudança de seu estado, uma delas é a respiratória, ele precisa ser estimulado a respirar de forma racional logicamente, é necessário também um breve controle da temperatura, visto que todo animal filhote é muito sensível ao frio, então recomenda-se uma secagem do bezerro e evitar piquetes ou demais locais com condições precárias onde eles terão contato com superfícies frias durante pelo menos 72 horas após o nascimento até que seu aparelho termorregulador se torne instável.
O fornecimento de colostro é fator determinante na criação de bezerros no geral, o colostro possui duas vezes mais sólidos que o leite comum, e concentração de imunoglobulinas de 6%, é a primeira fonte de nutrientes dada ao animal, os bezerros possuem poucas reservas corporais que não podem ser mobilizadas e se esgotam em torno de 18 horas após o parto, portanto a ingestão de colostro logo após o nascimento é importantíssima visto a eficiência do mesmo para os animais, recomenda-se 10% do peso vivo do bezerro.
Com poucos dias de vida os bezerros ainda não possuem rúmem – retículo formado ainda, são comparados a monogástricos, seu estômago funcional é o abomaso e um tubo liga o esôfago a ele, esse tudo é chamado de goteira esofágica, a principal dieta dele nessa fase será a líquida (leite) e concentrado após três semanas de vida para estímulo do desenvolvimento ruminal. O perfil enzimático indica que os bezerros estão preparados para a digestão do leite e que, até três semanas de vida, são especialmente suscetíveis à baixa qualidade dos ingredientes dos sucedâneos de leite, em virtude da pequena maturação dos tecidos intestinais e da reduzida secreção de enzimas digestivas. Portanto, o leite é a melhor dieta líquida para bezerros de até três semanas de idade.
Os substitutos do leite mais utilizados são: colostro, leite de transição, leite de descarte e sucedâneos do leite. A utilização do colostro e do leite de transição tem vantagens econômicas (produto sem valor comercial) e nutricionais (alto valor proteico e vitamínico), aumenta as defesas contra infecções no trato digestivo, reduz a morbidade e melhora o desempenho dos animais. É preciso se atentar ao leite de descarte, caso as bezerras mamem uma na outra haverá problemas com Mastite.
Para promover o desenvolvimento do retículo-rúmen e permitir o desaleitamento precoce, é essencial o consumo precoce de dieta que estimule o desenvolvimento do epitélio (aumento da área de absorção) e da motilidade. Algumas condições são necessárias: o estabelecimento da microbiota, a presença de líquido no retículorúmen, a presença de substrato, a movimentação para mistura do conteúdo destes órgãos e a capacidade de absorção pelos tecidos (desenvolvimento do epitélio). Um bom concentrado para bezerros deve apresentar deve ser constituído de alimentos de boa qualidade, como milho, farelo de soja, farelo de algodão, leite em pó etc.; deve ter textura grosseira e deve ainda apresentar níveis de vitaminas e minerais recomendados pelo NRC (2001).

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