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Fases do Direito Romano A civilização romana, num contexto geral, legou para a Idade Contemporânea toda uma gramática, elaborada por meio de uma análise lógica, tanto é que ainda é disciplina dogmática na formação dos juristas. O Direito Romano, como um todo foi importante, também, porque criou um pensamento jurídico autônomo, que se deu por meio de uma atividade doutrinária que adaptou o direito a política de modo a criar uma argumentação rigorosa, entretanto, esse direito, passou por várias fases 1 . As épocas de destaque pelas quais o Direito Romano passou são: a Arcaica (753 – 130 a.c.); Período Clássico (130 – 230 a.c.) e o Período Pós-Clássico (230 – 530 a.c.). Nos primeiros séculos (Época Arcaica) o direito baseava-se em costumes, o que gerava uma insegurança da não codificação das regras, desencadeando na criação da Lei das XII Tábuas. Num primeiro momento, esse direito que se aplicava aos romanos (e não aos estrangeiros) era o Ius Civile. Já no Período Clássico, houve uma evolução política e consequentemente jurídica, em que houveram inovações colocadas pelos pretores que buscavam suprir as lacunas decisórias para a sociedade que se encontrava em mutação. O poder dos pretores era chamado de Imperium, posto que mais tarde foi ampliado e possibilitado a eles introduzir novidades no Ius Civile, averiguando especificidades de cada caso, tornando a jurisprudência autônoma da lei. O Direito passou então a ter caráter casuístico, o que contribui para a decadência do direito pretório (além do edito de Caracala, que generalizou a cidadania romana). A partir de então, os jurisconsultos passam a ser importantes fontes de direito, pois eram uma aristocracia intelectual que dava pareceres jurídicos, além de orientarem os leigos nas questões jurídicas. A fase subsequente seria a Pós-Clássica, que tinha como características a concentração dos poderes na mão do Imperador, sendo assim, o que agradava o soberano tinha força de lei (o que vai originar as constituições imperiais). Essa concentração do poder é exemplificada pela divisão do Império Romano em Oriente-Constantinopla e Ocidente-Roma, por Diocleano e causou uma vulgarização do Direito. O Cristianismo foi elevado a religião oficial e favoreceu a entrada de novos elementos no direito romano, e passaram a vigorar como fontes de direito, o costuma e a doutrina. Ocorreram as invasões bárbaras e a queda do Império do Ocidente, no entanto, no Império Oriental tem-se o reinado do Imperador bizantino Justiniano que após a perda das obras pelas conquistas árabes vai tentar resgatar, por meio de uma comissão de juristas, um pouco da tradição do direito romano (que se dará pela criação do Corpus Iuris Civilis). 1 Informações retiradas de HESPANHA, António Manuel – Cultura Jurídica Europeia (p. 132 à 138)
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