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Questionário de Adulto Idoso 1) Quais os aspetos físicos do envelhecimento do sistema cardiovascular? *Valvas cardíacas mais rígidas e espessas; * Veias tornam-se tortuosas(caminho irregular); * Débito cardíaco diminuído; * P.A aumentada. 2) Quais os aspetos físicos do envelhecimento do sistema respiratório? *Aumento do volume pulmonar residual; *Diminuição da capacidade vital da troca gasosa, da capacidade de difusão e da eficiência da tosse. 3) Quais os aspetos físicos do envelhecimento do sistema geniturinário? *URINÁRIAS: aumento da ureia e creatina, podendo causar insuficiência renal. * Diminuição da massa renal (perda de néfrons), redução na taxa de filtração glomerular, função tubular diminuída; * Redução da força de contração e da dilatação da bexiga; * Hiperplasia benigna da próstata. *GENITAIS: ☆ Nos homens: * Redução no tamanho dos testículos e na sensibilidade no pênis (ereção + demorada), diminuição no volume de esperma; ☆ Nas mulheres: * Queda progressiva dos pelos pubianos, atrofiamento dos grandes lábios, colo, vagina e redução do volume dos ovários, trompas e útero; diminuição na capacidade de lubrificação e menor elasticidade da vagina. 4) Quais os aspetos físicos do envelhecimento do sistema digestório? *cavidade oral: salivação diminuída e redução do paladar; * Esôfago: (presbiesôfago-dificulta a deglutição). Disfunção motora esofageana deglutição por defeito no relaxamento do esfíncter esofágico inferior. * Estômago: motilidade gástrica diminuída; esvaziamento gástrico retardado; secreção de ácido e pepsina diminuída; redução na absorção de ferro, vitamina B12 e cálcio. *Pâncreas: redução da capacidade de secreção de lilases e de bicarbonato; redução na secreção de insulina. * Fígado: redução na secreção de albumina e glicoproteínas + redução no fluxo sanguíneo; redução na absorção de medicações. * Intestino: absorção intestinal é pouco alterada; aumento da prevalência de constipação e doença diverticular. 5) Quais os aspetos fisicos do envelhecimento do sistema músculo-esquelético? * Perda de massa muscular; * Perda excessiva da densidade óssea; * Enrijecimento de tendões e articulações. 6) Como é a pele do idoso? *Epiderme e derme + finas; *Diminuição de tecido adiposo subcutâneo; * Perda da elasticidade e enrugamento da pele; *Diminuição da pigmentação dos pêlos; *Sudorese diminuída; * Proteção reduzida contra traumas, exposição ao sol e extremos de temperatura. 7) Quais os aspetos físicos do envelhecimento do sistema nervoso? * Velocidade reduzida na condução e perda neural; * Circulação cerebral diminuída; * Diminuição de catecolaminas (adrenalina) e dopamina (mal de Parkinson). * Redução dos reflexos posturais e redução do sono. 8) Quais as estratégias de promoção de saúde? Exercício físico: ajuda a fortalecer os músculos e articulações; atividades de redução de estresse; controle da visão; manter atividades intelectuais. Ex: leitura. Hidratação da pele:evitar exposição excessiva ao sol e a extremos de temperatura. Controle da obstrução das artérias carótidas: evitar fumar. Imunização anual(influenza); estimular a tosse; estimular a deambulação e exercícios físicos no próprio leito, para evitar a síndrome da imobilidade; evitar os excessos de tudo; lembrar da ingestão hídrica. 9) O eletrodo é colocado em 6 diferentes posições ao redor do tórax. Quais são esses locais? *V1: 4 espaço intercostal, à direita do esterno. *V2: 4 espaço intercostal, à esquerda do esterno. *V3: 5 espaço intercostal, entre V2 e V4. * V4: 5 espaço intercostal, na linha clavicular média esquerda. *V5: 5 espaço intercostal, na linha axilar anterior. *V6: espaço intercostal, na linha axilar média. 10) Explique o eletrocardiograma. *Onda P: despolarização atrial *Complexo QRS: despolarização ventricular. *Onda T: repolarização ventricular *Onda U: despolarização do músculo papilar musculatura de sustentação das válvulas AV (tricúspide e mitral). 11) Quais condutas de enfermagem para pacientes que vai fazer um eletrocardiograma? *Fornecer informação sobre o equipamento e o procedimento; *Proporcionar conforto; *Instalar eletrodos utilizando o gel condutor sobre as placas de contato; * Solicitar a retirada de adornos (interferência); * Informar sobre a importância do relato de qualquer tipo de dor ou desconforto durante o procedimento; * Remover o gel condutor da pele do paciente com álcool a 70%; *Anotar no início do papel de registo do ECG o nome, idade, data e hora do procedimento e profissional responsável. 12) Defina aterosclerose e quais as causas. Acúmulo anormal de gordura, e de tecido fibroso na parede vascular. As causas incluem alterações no metabolismo lipídico, na coagulação sanguínea e nas propriedades biofísica e bioquímicas das paredes arteriais. Esse depósito de gordura interfere na absorção dos nutrientes pelas células endoteliais além de obstruírem o fluxo sanguíneo, por se protaírem para dentro da luz do vaso. Nos vasos onde o lúmen está reduzido e a parede áspera, existe uma grande tendência à formação de coágulos. Coagulação intravascular seguida da doença trobo-embólica - complicação da aterosclerose. 13) O que é isquemia? É uma irrigação insuficiente, progressiva, chegando a obstrução do fluxo sanguíneo. Dor torácica recorrente: angina/dor anginosa (reversível). IAM: ocorre alteração no ECG, arritmias e morte súbita. 14) Quais fatores de risco e prevenção das cardiopatas coronariana? ☆ Reversível: é aquela sobre qual o indivíduo exerce controle, alterando o estilo de vida. (Tabagismo, hipertensão, hiperlipidemia:aumento da gordura, hiperglicemia, estresse). ☆Irreversível: é uma consequência genética sobre qual o paciente não tem controle. (Idade, sexo, raça). Prevenção primária: medidas implementadas antes do desenvolvimento dos sintomas. Prevenção secundária: medidas para reduzir a progressão ou evitar a recorrência. 15) O que é angina? Síndrome clínica caracterizada por episódios de dor ou pressão na região anterior do tórax. Geralmente causada pela doença aterosclerótica que resulta num fluxo coronariana insuficiente para satisfazer a demanda miocárdica.Fatores associados: esforço físico, exposição ao frio, refeição copiosa ou pesada, estresse. Manifestações clínicas: dor retroesternal constritiva, com ou sem irradiação para pescoço, mandíbula, dorso do tórax braço esquerdo. Sensação de pressão no peito; Dor precipitada pelo esforço, emoções e outros (aliviada pelo repouso e nitratos); É comum associar-se a ansiedade, angústia e temor da morte iminente. 16) O que é síndrome coronariana aguda? *Dor precordial em aperto,peso,pressão ou desconforto torácico; *Duradoura (>20), irradiação para MSE, pescoço ou mandíbula; *Pode aliviar ou não com nitrato. Típicos: sudorese, vômitos, dispnéia, dor epigástrica. 17) O que é IAM? Células cardíacas destruídas, causada por um fluxo sanguíneo reduzido em uma artéria coronária devido à aterosclerose e oclusão de uma artéria por um êmbolo ou trombo. Privação de O2 celular - isquemia - lesão celular - morte celular. Causas: aterosclerose, trombose, estenose ou espasmo da artéria coronária. Maior incidência nos homens e mulheres que fumam e no período pós menopausa. Fatores de risco: envelhecimento, DM, colesterol alto por ingestão excessiva de gordura, hipertensão, obesidade, sedentarismo, tabagismo. 18) Quais são os tipos de lesão de IAM? Isquemia: inversão da onda T (devido a escolarização alterada); lesão (injúria): supradesnivelamento do segmento ST (lesão muscular); infarto: presença de onda Q (ausência de corrente de despolarização a partir do tecido morto e correntes opostas a partir de outros pontos do coração). 19) Manifestações clínicas do IAM. *cardiovasculares: dor subesternal constritiva ou compressiva podendo persistir por 12horas ou +, pode irradiar para o MSE, para o maxilar, pescoço e para os omoplatas, distensão jugular, hipertensão, choque cardiogênico iminente, F.A (fibrilação Atrial), alteração no ECG, taquicardia, bradicardia.*respiratórias: dispnéia, falta de ar, taquipnéia, estertores, edema pulmonar. *gastrointestinais: náuseas e vômitos. *cutâneos: palidez, pele fria e pegajosa, sudorese e edema. *neurológicos: ansiedade, inquietação, torneira, cefaleia, alterações no nível de consciência. Exames diagnósticos: Eletrocardiograma, exames laboratoriais para estudos enzimáticas seriados:marcadores cardíacos: troponina, CKMB. Ecocardiografia. 20) Tratamento de IAM. Tem como o objetivo aliviar a dor, estabilizar o ritmo cardíaco e reduzir a sobrecarga cardíaca. Trombolíticos:AAS-anticoagulante(previneba trombose venosa). Morfina. *Beta-bloqueador: diminui o consumo de O2 pela célula do miocárdio; antiarrítmico; vasodilatador coronariano; hipotensor arterial. *Anti-agregante planetário: heparina- diminui o espasmo coronariano; diminui a evidência de oclusão coronariana. *Nitrato (Isordil e Nitroglicerina): aumento o fluxo coronariano; aumenta a oferta de O2- cessa o espasmo coronariano; diminui o retorno venoso. *Alteplase: critérios de reperfusão; clínica (redução ou desaparecimento abrupto da dor precordial); ECG (normalização ou diminuição precoce do supradesnivelamento do segmento ST); sinal indicativo de reoclusão (súbita piora da dor não aliviada por vasodilatadores. A reoclusão precoce ocorre em 10 a 20% dos casos). 21) Quais complicações de IAM? Qual diagnóstico de enfermagem? 5 intervenções? Angina após infarto; arritmias (+ frequente); insuficiência cardíaca; pericardite (entre o 2 e o 4 dia após IAM). Perfusão tissular prejudicada, dor aguda relacionada com isquemia dos tecidos, risco para lesão relacionada com as complicações do IAM. Fazer ECG nos primeiros 10min. e após, de 15 em 15 minutos na primeira hora; monitorização cardíaca contínua; manutenção do acesso venoso periférico; administrar analgésicos para alívio da dor, quando prescrito; planejar e orientar um programa de autocuidado para o paciente com IAM após alta hospitalar. 22) Sobre o sistema respiratório, o que é asma? Afecção caracterizada por episódios de broncoconstrição, associada à contração da musculatura lisa das paredes brônquicas, geralmente provocada por um aumento da sensibilidade a fatores específicos, ocasionando o estreitamento das vias áreas e reduzindo, assim, o fluxo de entrada de ar nos pulmões. Obstrução reversível e episódica das vias respiratórias decorrente de broncoespasmo, aumento da secreção de muco e edema da mucosa. 23) Qual a fisiopatologia da asma? 5 fatores de risco? Contração intensiva das vias respiratórias; reação inflamatória excessiva na traqueia e nos brônquios; liberação de IgE; espasmos episódios da musculatura lisa; dispnéia. Exercícios; fator endócrino; clima e poluição; fumaça e odores; resfriados e virose. 24) Qual o quadro clínico da asma? Quais complicações? Crises de broncoespasmo, com dispnéia; sibilos inspiratórios e expiratórios; fase expiratória prolongada; murmúrios vesiculares diminuídos; diaforese; taquicardia, taquipnéia, hipertensão, sistólica leve. Cianose; insuficiência respiratória aguda; óbito. 25) Qual diagnóstico e tratamento da asma? Histórico completo; exame físico (ausculta); hemograma; testes alérgicos; exames radiográficos; gasometria arterial, função pulmonar. Beta-agonistas: estimulam a broncodilatação.ex: salbutamol; anticolinérgicos-parassimpáticos.ex: ipratrópio; corticoesteróides:reação do processo inflamatório.ex:hidrocortisona. Inibidores de mastócitos:reduzem os efeitos da histamina. Broncodilatadores: relaxam a musculatura: Fenoterol X Berotec; Ipratrópio X Atrovent; Salbutamol: Aerolin. Corticóides: reduzem o processo inflamatório nas VAS, reduzindo a irritabilidade do paciente: beclometasona, budesonida, hidrocortisona. Hidratação venosa: para fluidificação, O2 em baixo fluxo, posição de Fowler. 26) Qual a monitorização da asma? SV; oximetria de pulso; balanço hídrico; sons respiratórios. 27) O que é bronquite crônica? Processo inflamatório na mucosa brônquica, geralmente precedido por uma infecção viral ou bacteriana das VAS, pode ser causado por algum agente químico que penetra no pulmão, poeira, fumo ou tinta. Caracterizada por produção excessiva de muco traqueobrônquico (associada à tosse pelo menos 3 meses por um ano durante 2 anos). 28) Qual a fisiopatologia da bronquite crônica? Quais fatores de risco? Inflamação da árvore traqueobrônquica; hipertrofia e hiperplasia das glândulas mucosas brônquicas, aumento da produção de muco, estenose das VR. Tabagismo; poluição ambiental; poeiras orgânicas e inorgânicas; genética. 29) Qual o quadro clínico da bronquite crônica Complicações? Taquipnéia; desconforto retroesternal; roncos, sibilos, estertores; dispnéia; edema plástico. Hipertensão pulmonar; hipertrofia ventricular direita; insuficiência respiratória aguda. 30) Qual os diagnósticos e tratamento da bronquite crônica? Monitorização? Anamnese: dispnéia ao esforço, tabagismo, tosse produtiva. Ausculta pulmonar (roncos); radiografia de tórax; cultura de muco; gasometria arterial. Antibiótico, broncodilatadores, corticosteróides, diuréticos, O2. SV; oximetria de pulso; balanço hídrico,produção de escarro, sons respiratórios, peso diário, edema. 31) O que é enfisema pulmonar? Distensão anormal e permanente dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, com destruição dos septos alveolares. Comprometimento irreversível da função pulmonar, o fumo é a principal causa. 32) Qual a fisiopatologia da enfisema pulmonar? Qual o quadro clínico? Inflamação associada à liberação de enzimas proteolíticas de células pulmonares provoca o aumento irreversível e anormal dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, levando a destruição das paredes alveolares - diminuição da troca gasosa - hipoxemia - redução da eliminação de dióxido de carbono - hipercapnia - acidose respiratória. Dispnéia, tosse crônica, sibilos, tórax em barril, taquipnéia, infecções respiratórias. 33) Quais as complicações e o diagnóstico de enfisema pulmonar? Tratamento? Infecções recorrentes das VR; cor pulmonale; úlcera péptica, pneumotórax espontâneo. Histórico completo; ausculta; hemograma; teste de função pulmonar; exames radiográficos; gasometria arterial. Melhorar a qualidade de vida; melhorar a ventilação e diminuir o trabalho da respiração; prevenir e tratar infecções; broncodilatadores, antibioticoterapia, mucolíticos, corticosteróides, oxigênio. 34) O que é pneumotórax simples? Sintomas? Tratamento? Causado pela presença de ar no espaço pleural. O ar no espaço pleural comprime o pulmão, que sofre colabamento e redução do volume de ar que pode ser ventilado, oxigenação e levado aos tecidos. Dispnéia, algia: cervical, escapular, abdome. Repouso, analgesia, toracotomia, colocação de dreno em selo d’água. 35) O que é pneumotórax hipertensivo? É o volume de ar no espaço pleural que continua a aumentar e o pulmão do lado afetado sofre colabamento e o mediastino é empurrado para o lado oposto e ocorre compressão da veia cava inferior e redução do retorno venoso ao coração. O lado afetado fica com comprometimento respiratório e sofre choque hipovolêmico. 36) O que acontece nessa Bronquiectasia? Dilatação crônica dos brônquios e bronquíolos; decorrente de alterações associadas a lesão repetida das paredes brônquicas e depuração mucociliar anormal, acarretando uma ruptura do tecido de apoio adjacentes às VR; pode ser causada por aspiração repetida de suco gástrico ou por anomalias congênitas raras como a traqueomalácia. 37) Qual o quadro clínico e o tratamento da bronquiectasia? Hemoptise; infecções respiratórias de repetição; tosse crônica com expectoração de escarro espesso e purulento em grande quantidade; baqueteamento digital; broncoscopia, radiografia e tomografia. Antibioticoterapia; drenagem postural; broncodilatadores.