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Aula – 22/08 Gênero Malassezia É uma levedura (unicelular). Reprodução pode ser sexuada ou assexuada (vista em laboratório), que ocorre por duas formas: cissiparidade (divisão binária) ou brotamento (maioria das vezes). Brotamento endoblástico é o característico do gênero, formando uma cicatriz: colarete característica do gênero. Globosa ou elipsóide, brotamento unipolar (ocorre em apenas um dos polos), separado por um septo em torno do qual pode ser observado o colarete. Algumas espécies tem a capacidade de filamentar. Pertence aos Basidiomicotas: - Estrutura da parede celular com lâminas espiraladas - Produz urease - Reage positivamente ao azul de diazônio B, que separa dos ascomicotas - Parede celular é resistente à enzima beta – 1,3 – glucanase As espécies de Malassezia são lipofílicas, tendo afinidade por ácidos graxos de cadeia longa, algumas sendo dependentes. As dependentes são incapazes de sintetizar AG de cadeia longa. Importância para o homem: - Pitiríase versicolor (micose superficial). - Pode atingir cerca de 60% da população (tropicais e subtropicais). - Adultos jovens são mais acometidos. - Transmissão pode ser transferência direta ou indireta de material queratínico. - Todos indivíduos possuem. - Mais raro, infecção em neonatos que recebem alimentação parenteral com lipídeos. Importância para os animais: - Otites com secreção escura e odor intenso - Eritemas (avermelhado) cutâneos com ou sem exsudato - Prurido, hiperpigmentação da pele, crostas, escamas secas ou úmidas - Foliculites - Infecções nas unhas - Dermatites localizadas com ou sem alopecia O problema está na exacerbação do crescimento. M. pachydermatis – lipofílicas, não dependente, mais associado aos animais M. furfur – mais associada ao homem, lipofílica e dependente. Pode filamentar. M. sympodialis – encontrada nos dois, mas predominante no homem. M. obtusa – “mais cheinha” M. globosa Malassezia furfur Ocorre no homem – Pitiríase versicolor (várias cores, pode estar mais marrom, mais clara, mais rosada). Em regiões de clima tropical e subtropical. Fatores genéticos, sudorese, alguns óleos e hidratantes, pele oleosa, terapia imunossupressora. Colônias secas, butirosas (consistência de manteiga) e glabras (aparentemente lisa, com margem delimitada). De branco a creme. As leveduras desse gênero produzem ácido azaléico impede a ação da tirosinase, enzima relacionada com a formação da melanina com incidência de luz solar, isso se exacerba Malassezia pachydermatis Levedura lipofílica, não é lipodependente, não-micelial (não forma hifas), saprofítica, ovóide/elipsóide, brotamento unipolar. Pode ser encontrada nos canais auditivos, sacos anais, na vagina, reto e pele de cães (principalmente) e gatos. Faz parte da micobiota cutânea normal desses animais. Fatores que permitem que se torne um patógeno: - Predisposição do animal (raça, orelha caída que conserva mais a umidade, patologias de pele, rachaduras na pele). - Desordens de ordem imunológica (alergias facilitam proliferação da Malassezia) - Pele ou conduto auditivo rico em lipídeos. - Excessiva produção de gordura. - Endocrinopatias (diabetes, problemas na tireóide) - Neoplasias Algumas substâncias produzidas por essas leveduras (algumas e depende da quantidade) causam patologias ex: proteases (é um fator de patogenicidade; exoenzima liberada no substrato). Outros fatores produzidos são urease, fosfatase, etc. Tem capacidade de se aderir às células epiteliais. Consegue produzir biofilme. Sinais clínicos: Prurido (moderado a intenso), odor intenso, dermatite localizada (focinho, rosto, orelhas). Acomete tbm áreas interdigitais, região perianal. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Fluorescência verde-amarelada (Lâmpada de Wood) ressalva para lesões não escamosas e em caos de uso de antifúngicos tópicos. Coleta de material: swab fazendo fricção do pelo (em otite coleta o cerúmen), esfregaço com carpete. Leva à lâmina e lamínula com clarificante/corante (azul de algodão). Tbm pode usar tinta K (facilita a observação das estruturas). Tenta ver a levedura com brotamento unipolar com colarete. Isolamento em Agar seletivo para fungos patogênicos (à base de Sabouraud [peptona, água e dextrose] com cloranfenicol [dimunuir crescimento bacteriano] e cicloheximida [antifúngico saprófito]); em Meio de Dixon; em Sabouraud com azeite de oliva, tween 80, glicerol. 35-37°C por 3 a 6 dias Colônias de aspecto seco, textura butirosa, pálida, creme e glabrosa (margem lisa).