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Dayane Cristine F. da Silva ENTEROPATIAS ID - IG • Diarreia de ID é de baixa frequência e grande volume • Pode ter aspecto aquoso ou pastoso • Pode ter diarreia hemorrágica (melena) ou diarreia hemorrágica profusa • Desidratado, magro, hemaciado, atrofia muscular • 80% dos animais apresentam vomito Diarreia de IG • Pequenos volumes, alta frequência • Diarreia mucoide • Dor para defecar (disquesia) • Fazem força para defecar e não sai (tenesmo fecal) • Diarreia hemorrágica (hematoquesia) • Lesão de IG costuma causar muita cólica • Pode ter urgência • Animal normal • Se tiver colite crônica, ai o animal pode ter alguns sinais Aguda/subaguda • Verminose (toxocara, ancilostomose, giárdia, trichuris) • Vírus (parvovirose, coronavirose, cinomose, Panleucopenia felina) • Intoxicação (organofosforado,cloratos, carbamatos) • Distúrbio nutricional (intolerância digestória) • Diarreia osmótica (ingestão excessiva de proteína) • Estresse (síndrome do intestino irritável) • Bactéria (codibacilose, infecção alimentar, staphylococica, escheriquia colli, salmonelose) • DRC, doença hepática, pancreatite aguda Crônica • Alergia alimentar (hipersensibilidade) • Infecção crônica (campilobacteriose, estoplasmose, prototecose/algas) • Doença autoimune • Neoplasia intestinal • Doença pancreática (insuficiência pancreática exócrina) Obstrução por corpo estranho, neoplasia, fecaloma (fezes ressecadas), neoplasia inguinal, intussuscepção, hérnia perineal. Aumento abdominal, vomito com conteúdo intestinal, aumento abdominal gasoso, hipomotilidade intestinal, translocamento bacteriano e sepse. Hipomotilidade intestinal – distensão do abdômen, distensão gasosa abdominal, cólica por compressão visceral, ressecamento fecal, fezes sibalosas (em pedaços, ressecadas), constipação (faz força e sai), obstipação (faz força e não sai). Anomalia anatômica (megacólon), distúrbios eletrolíticos (hipocalcemia), doença endócrina metabólica (hipotireoidismo), alergia alimentar, idiopático Dayane Cristine F. da Silva Diagnóstico Coproparasitológico, exames sorológicos (ELIZA), hemograma, cultura fecal, avaliação de toxina bacteriana nas fezes, bioquímica sérica, diagnóstico de imagem, palpação das alças, enteroscopia, colonoscopia (biópsia da parede intestinal) Tratamento Descobrir e tratar a causa, fluidoterapia com soluções cristaloides, se estiver chocando, soluções coloidais, terapia antiemética (bromoprida), antisecretor ácido e protetor de mucosa, antibioticoterapia (amoxicilina + metronidazol), adsorventes e protetores intestinais (carvão ativado), nutrição/fuidoterapia microenteral. HEPATOPATIAS • Amônia se adquirir altas concentrações ela se torna neurotoxica. O fígado converte a amônia em ureia, sendo essa eliminada pela urina. • Catabolismo de vários hormônios. O fígado cataboliza várias toxinas. Degrada a insulina, elastrina e hormônios sexuais. • Protege o translocamento bacteriano > Céls de Kupfer (fagocitose de bactérias) • Hepatite: viral (adenovírus canino tipo 3, a PIF), bacteriana (leptospirose). • Hepatose: medicamentos (vermífugos, antifúngicas, quimioterápicos, tetraciclinas, fenobarbital, alotanos, barbitúricos, excesso de corticoide). • HEPATOPATIA – 50% do fígado comprometido e se for >70 a 80% é INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA. • Sinais: aumento da gastrina no sangue -> aumenta o HCL o estomago começa a hipersecretar. Hiporexia, anorexia, vômitos/náuseas (conteúdo biliar), desidratação. Aumento dos hepatócitos: hepatomegalia. Obstrução das veias biliares (colestase) > Icterícia > Urina escura (bilirrubinuria). Diminuição da albumina (ascite) > falência do órgão. Distúrbios na hemostasia (sangramento) > Manchas hemorrágicas pelo corpo. Sangramento digestório (hematêmese, melena). Encefalopatia hepatica > Shunt (animal começa a apresentar polidpsia, poliuria, hiperventilação, alcalose respiratória, estorpor e pode evoluir pra coma, convulsões, • Diagnóstico: sinais clínicos, hemograma (anemia) ajuda a identificar a causa de base. Urinalise (bilirrubina, densidade baixa), aumento da ALT/AST (doença hepatica aguda), aumenta da FA/GGP/Bilurribina (colestase, aumento dos hepatócitos, hepatopatia crônica), diminuição da albumina, colesterol, fibrinogênio, ureia (falência hepatica). Exames de imagem (US). • Tto ambulatorial: fluidoterapia com soluções cristaloides (sem lactato), abdominocentese, solução coloides (aumentar a pressão oncótica), hemoterapia, sulcralfato (tampona a ulcera), midazolam (convulsão, IV) ou fenobarbital (caso o midazolam não tenha dado resultado, IV), propofol ou ISO (induzir ao coma, casos graves de crises de convulsão), metronidazol , lactulona (encefalopatia) > enema de retenção (impede a retenção da amônia). Vitamina K sb/im. • Tto em casa: omeprazol, dieta (rica em proteínas de alto valor biológico, rica em carboidratos de fácil digestão, pobre em lipídeos, rica em zinco (antifibrotico), pobre em sal > ascite, boa quantidade vitaminas A,D, E, K, C. Diureticos (furosemida com espironolactona > ascite crônica). Colerético (animal ictérico) > Ursacol (eliminar a bile). Fibrose/cirrose (colchicina, medicamento antifibrótico). Dayane Cristine F. da Silva GASTRITE E ULCERA • A célula parietal produz o HCl. Bomba de prótons troca o potássio pelo hidrogênio. • Gastrina e acetilcolina: estimulam a produção do HCl. Histamina se liga ao receptor h2 estimula a produção do HCl (mais potente). • Mecanismo de proteção gástrica: epitélio (muco, repele o HCl) produz bicabornato, prostaglandinas e fator de crescimento epidérmico... • GASTRITE AGUDA: vômitos agudos de até 7 dias. Animais prostrados, dor abdominal, enjoo. Hematêmese pode ser um quadro de ulcera. Animal pode ficar desidratado. • Etiologias: medicamentosa é a principal causa (AINE’s), má alimentação, corpo estranho. DIAGNÓSTICO: anamnese, endoscopia (exame ouro), hemograma e bioquímicos, US, testes de função pancreática, biópsia. TTO: remover a causa, manter perfusão mucosa, diminuir a acidez gástrica e proteger a ulcera. Sucralfato. Fara uso de antibióticos de tiver ulcera. Manter na fluidoterapia se for necessário. Tto cirúrgico será feito em casos de perfuração gástrica. GASTRITE CRÔNICA: neoplásicas, linfocitica-plasmacitica, eosinofilica e atrófica. DIAGNÓSTICO: histopatológico, exames de imagem... TTO: dieta hipoalergenica por 2 a 4 semanas (proteína hidrolisada) Dayane Cristine F. da Silva AFECÇÕES DO PANCRÊAS EXÓCRINO • Enzimas digestivas • Secreta no duodeno – bicarbonato, antibacterianas, fatores • Adjacente ao ducto biliar Insuficiência Pancreática Exócrina • Sinal clínico a partir de 90% acometido • Pancreatite crônica > gatos Atrofia Acinar Pancreática • Imunomediada • Destruição • Esteatorreia, polifagia, coprofagia, apetite pervertido, emagrecimento, diarreia, alimento não digerido, gases, dor, cólica Exames • TLI – tripsina ↓ • Lipemia pós predial – a coleta de sangue pós refeição • Elastase fecal (ELISA) ↓ • Atividade proteolítica fecal Tratamento • Pâncreas bovino e suíno – reposição enzimática PANCREATITE • Ativação das enzimas inside • Mecanismos de defesa • Zimogêneas lançador – enzima inativa • Angiproteases plasmáticas – capturam no sangue, enzimas errôneas • Inibidor da tripsina • Aguda – cão • Mais comuns – idosos, fêmeas, Cocker, Schnauzer (lipidemia) • Crônica – gato (tríade felina) • Edematosa/intersticial ou hemorrágica/necrozante (severa, quanto + tratar sem diferença)Fator de Risco • Obesidade • Dieta gordurosa • Medicamentos • ↑ triglicerídeos • Posição antiálgica – dor abdominal • Vomito, diarreia, febre • Edema pulmonar não cardiogênico • Ascite, peritonite Dayane Cristine F. da Silva • Distúrbios renais – hemorragia • Sinais neurológicos Exames complementares • US – hipoecogênico • Tripsina ↓ • Lipase pancreática ↑↑ • Bioquímicos Tratamento • Alimentar por sonda • Antibiótico só para hemorragia • NÃO USAR AINE/AIE DOENÇA RENAL CRÔNICA Lesão renal persistente pelo período mínimo de 3 meses caracterizado por perda definitiva e irreversível de massa funcional e/ou estrutural de um ou de ambos os rins • Espécie - 0,5 a 7% cães - 1,6 a 20% gatos • Raça, sexo, idade Persa – predisposição para rins policísticos Lhasa e Golden – predispostos a displasia renal Animais idosos são os mais acometidos • Causas Familiar ou congênita – glomerulopatias; displasia renal; doença respiratória Adquiridas – glomerulopatias; tubuloparias; neoplasias Glomerulonefrite – corticoide, FiV, FeLV, dirofilariose, leishmaniose, osteossarcoma, linfoma, etc.. • Sinais clínicos Poliúria/polidipsia Gastrointestinais – anorexia/apetite seletivo; vomito em cães; diarreia; estomatite/úlceras orais; halitose; perda de peso Neuromusculares – sonolência, apatia, tremores e convulsão Consequências hematológicas – anemia, hemorragias Dayane Cristine F. da Silva • Exames Complementares Eritrograma Bioquímica sérica – ureia, creatinina, albumina, eletrólitos ** International Renal Interest Society (IRIS) - Estágio I Não azotêmico - Estágio II 1,4 mg/dl a 2,0 mg/dl (cães) 1,6 mg/dl a 2,8 mg/dl (gatos) - Estágio III 2,1 mg/dl a 5,0 mg/dl (cães) 2,9 mg/dl a 5,0 mg/dl (gatos) - Estágio IV >5 mg/dl (cães e gatos) - Proteinúria -RPC - Hipertensão 150 mmHG - Exame de urina Isostenúria Proteinúria Cilindrúria - Hemogasometria - Exame de Imagem Perde a formação corticomedular Cálculo renal • Tratamento Desidratação - Fluidoterapia SC (SF ou RL) - Fluidoterapia IV (SF ou RL + glicose + potássio) Dayane Cristine F. da Silva - Hiperfosfatemia – Hidróxido de alumínio; Sucralfato; fornecer junto com as refeições - Hipocalemia – Gluconato de potássio; Citrato de potássio; Cloreto de potássio - Acidose metabólica – HCO3 < 15 mmol/L e ph < 7,1 ; Bicarbonato de Sódio (VO e IV); Citrato de Potássio - Hipertensão arterial - > 160mmHg; inibidores da ECA (benazepril); bloqueadores dos canais de cálcio (amlodipina) - Anemia – sulfato ferroso; vitaminas do complexo B; Eritropoetina Recombinante Humana • Dieta Restrição de proteína, fosforo e sódio Suplementação: potássio, vitaminas do complexo B, Ômega 3 e 6 Manter o escore corporal • Tratamento Sintomático Cerenia, Omeprazol, Diazepam Hiperparatireoidismo Renal Secundário DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR DE FELINOS Etiologia • Urolitíase – ração seca, ph, tampão uretral • Alterações comportamentais – volume, frequência de micção, estresse • Cistite idiopática felina/intersticial – micção por irritação crônica, alteração na excreção de GAG, urina estéril, causa desconhecida • Defeitos anatômicos • Infecções bacterianas • Neoplasias Dayane Cristine F. da Silva Orquiectomizado Obesidade Sedentarismo Diminuição da ingestão de água e da micção Aumento da concentração Urinária Características Epidemiológicas • Idade – 2 a 6 anos • Sexo – machos - felinos com obstrução • Raça – persas ou SRD • Fatores de risco – sedentarismo, fatores nutricionais, estresse Sinais Clínicos • Felinos Sem Obstrução Disúria, polaciúria, estrangúria, hematúria, vocalização constante e lambedura da genitália externa • Felinos Com Obstrução Disúria, polaciúria, estrangúria, hematúria, vocalização constante e lambedura da genitália externa, porém tem a interrupção da micção Exames Complementares • Sem Obstrução Exame de urina, imagem • Com Obstrução Exame de urina, imagem, bioquímica sérica, eletrólitos Dayane Cristine F. da Silva Tratamento • Sem Obstrução Auto limitante em 5 a 7 dias Manejo – dieta (ph 6,2 – 6,4), ingestão hídrica, Evitar fatores de estresse AINE, Amitriptilina, Glicosaminoglicanas • Com Obstrução Restaurar o fluxo urinário, avaliar a hipercalemia, avaliar a azotemia Analgesia/Anestesia Massagem da uretra peniana/massagem vesical Cistocentese descompressiva Irrigação do lúmen uretral Fluidoterapia Hipocalemia pós-obstrutiva Atonia do detrusor e espasmo uretral - Diazepam - Betanecol (2,5 mg/gato SID) Uretrostomia perineal INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO Etiologia • Obstrução mecânica fluxo • Neoplasia prostática, hiperplasia prostática • Retenção urinaria • Hérnia de disco • Anormalidades anatômicas • Ureter ectópico • Alteração uroepitélio • Poliúria, glicosúria na diabete melitus • Alteração na urina – hiposaturada • Imuno-competência – hiperadrenocorticismo Dayane Cristine F. da Silva Microorganimos • E.coli • Staphylococcos spp • Streptococcos spp • Proteus spp • Klebsiella Sinais Clínicos • Assintomáticos • Sintomáticos • Doença concomitante Exames Complementares • Exame de urina • Cultura e antibiograma • Hemograma • Bioquímica sérica • Exames de imagem ITU ITU Contaminação Contaminação Coleta Cães Gatos Cães Gatos Cistocentese >1000 >1000 <100 <100 Cateterização >10000 >1000 <1000 <100 Micção espontânea >100000 >10000 <10000 <1000 Unidades formadoras de colônia /ml de urina. Tratamento ITU Complicada Não complicada Recidiva Reinfecção Superinfecção ITU Complicada Não complicada 30 a 60 dias 14 a 21 dias 4 a 5 dias após o término do tratamento, nova
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