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resumo de CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS.docx

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Cirurgia de Pequenos
Profilaxia da infecção
Em geral pequenos animais são mais resistentes a infecções
hospitalares.
• Esterilização elimina 100% dos MO patogênicos e não
patogênicos. Ela se refere a objetos (pano de campo, instrumental,
avental e luvas). Validade de 2-3 meses.
o Físicos
➢ A seco – estufa (160°c por 2h ou 180°c por 1h). É um
equipamento maior que a autoclave.
Obs: a caixa cirúrgica na estufa o ideal é ser fechada (sem furos), se
tiver furos deve ser envolvida por papel muscelina. A caixa com furos é
mais indicada para ser utilizada na auto clave entrando em contato com
o vapor.
➢ A vapor – autoclave: menor que a estufa e mais caro. 10-
25min a 132-135°c ou 15-30min a 121°c o ciclo inteiro
demora 2,5h.
Obs: quando o fluxo de cirurgia é baixo de cirurgias usarem roupas
descartáveis.
Obs: fio de sutura perde a força de tensão
Obs: azul de metileno pode ser esterilizado na autoclave.
➢ Radiação ionizante (cobalto 60): muito cara, utilizada
geralmente por fabricas de materiais de sutura e
descartáveis.
o Químicos
➢ A gás (oxido de etileno): altera o DNA do MO. Utilizado
para instrumentos ópticos, seringas, sonda, endoscópio.
Principalmente instrumentos de borracha e plásticos.
➢ A gás (formaldeído): pastilha de formol. Atualmente é
proibida a comercialização. É o método mais barato,
pode ser usado para todos os objetos cirúrgicos, porem é
tóxico, tem cheiro muito forte, hidrossolúvel e corrosivo.
Promove coagulação de proteínas. Age também como
desinfetante (liquido) e se for para esterilização é
necessário a permanência do objeto por 10h.
➢ Fria (glutaraldeido 2% / Germikill): não é corrosivo, é
ideal para instrumentos com lentes (melhor autoclave). É
feito por imersão, na desinfecção o objeto permanece por
10min a 20-25°c; ou esterilização por 10h a 20-25°c
(enferruja com o tempo).
 
• Desinfecção: diminui em grande parte os MO. Também se referem
a objetos (mesa cirúrgica).
Não mata esporos, mas mata bactérias patogênicas.
➢ Álcool isopropilico 50 a 70% ou etílico de 70% de 5-10min em
contato = desinfecção e antissepsia.
➢ Hipoclorito (cândida): desinfecção de chão 10-30min, irritante a
mucosa e corrosivo para metais.
➢ Iodóforos (perde ação em contato com o sangue), desinfetante e
antissepsia. Matéria orgânica reduz sua atividade, coram tecidos
vivos e sintéticos. Promove iodação e oxidação de moléculas
(PVPI - polivilpolvidona)
➢ Glutaraldeido: não é corrosivo é feito por imersão, na desinfecção
o objeto permanece por 10min a 20-25°c
➢ Digliconato de clorexidine alcoólico. Desinfecção de superfícies
0,5%, desinfecção de pele 5%. Tem ação bactericida de amplo
espectro
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Assepsia: preparo do paciente (banho 1 dia antes)
Tricotomia (maquina)
Escovação de pele com germicida (clorexidine degermante -
lavagem)
• Antissepsia (pele): alcool iodado, PVPI, clorexidine alcoólico.
Destruição de grande parte dos MO. Refere-se a tecidos vivos.
 
Estrutura do centro cirúrgico
➢ Vestuário (pijama cirúrgico, propés (não obrigatório), gorro e
mascara).
➢ Sala de preparação anestésica e cirúrgica: local adjacente a área
cirúrgica. Preparo do animal MPA; tricotomia, cateterização
venosa; indução anestésica; entubação.
Área de paramentação
➢ Limpeza e desinfecção das mãos e antebraços ideal de 5-10
escovadas por superfície, colocação dos aventais e luvas. Cirurgião
e auxiliar/instrumentador somente.
Área de recuperação pós operatória
➢ Gaiola individual próximo ao centro cirúrgico
➢ Aquecimento 21-25°, pois o animal sai hipotérmico (ciru. Acima
de 1h)
➢ Monitoração até a recuperação completa (parâmetros normais)
➢ Medicamentos básicos próximos (analgésico, AINE)
➢ Equipamentos para emergência (desfibrilador, oxigênio, sondas
endotraqueais)
Conduta na sala cirúrgica
➢ Mínimo transito
➢ Paramentado
➢ Conversa limitada
➢ Não tocar em objetos estéreis
➢ Postura de equipe
Fatores que determinam a infecção
➢ Quantidade de MO (quebra das técnicas)
➢ Coagulo, seroma (acumulo de liquido inflamatório), hematoma
➢ Aporte sanguíneo deficiente
➢ Conteúdo do TGI
➢ Tempo cirúrgico (quanto menor o tempo menor o risco de
contaminação)
➢ Incisão menor
➢ Sutura com menor intervalos
➢ CE
➢ Ferimento traumático (tecido desvitalizado)
➢ Tratamento proletado (fratura exposta)
• Classificação da ferida cirúrgica
➢ Limpa – OSH
➢ Limpa contaminada = TGI, respiratório, urinário
➢ Contaminada: trauma
➢ Suja: pus, miíase
• Tempos operatórios
➢ Diérese: incisão
➢ Hemostasia: controle de sangramento
➢ Síntese: sutura (necessário: agulha com ponta, corpo e
fundo; porta agulha e fio)
 
• Agulha
 
 
 
- Ponta: traumática triangular (pele,
tecidos duros e córnea)
- Ponta atraumatica cilíndrica(tecidos
moles)
 
 
 
 
 
 
- Corpo: achatado; triangular; arredondado
 
 
- Fundo: verdadeiro; falso
 
- Forma: reta; curva; especiais em “s”
 
 
 
 
 
 
• Porta agulha
 
Mayo-hegar
Mathieu
 
 
 
 
 
Obs: cabo dourado a ponta é revestida por vídea com maior
durabilidade = melhor
 
• Fios: devem ter boa tensão (segura o nó), ser flexível, fácil
esterilização, não reativo (sem causar inflamação), liso e forte,
fácil visualização, baixo custo, fácil manuseio, baixa
capilaridade (capacidade de ficar embebido em líquidos –
melhor monofilamentar, ruim foco de infecção –
multifilamentar), ter menos memória.
Numeração 10-0...4-0, 3-0, 2-0, mais fino ← 0 → mais grosso 1, 2, 3
em pequenos (entre o 0 e 4-0)
Tipo de fio 
➢ Absorvível
▪ Sintético: acido poliglicólico, poligalactina, PDS – multifilamentar
(mais reativos); caprofyl – monofilamentar (menos reativo)
▪ Natural: categute (subcutâneo e algumas vísceras) – muito reativo
Obs: teoricamente demora 15-20 dias para absorção
➢ Inabsorvivel
▪ Natural: seda; algodão (não usar)
▪ Sintético: nylon (melhor e mais utilizado, exceto em cirurgias
de bexiga, pois é calculogenico quando passa pela mucosa);
prolene; poliéster. Todos são monofilamentares e, portanto
menos reativos.
➢ Metálico – aço: Cirurgia ortopédica (menos reativo entre todos,
pode ser usado em animais alérgicos ao fio)
➢ Grampos – síntese de parede ou de pele (rapidez, pouco reativo
porem é muito caro, melhor esteticamente)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Padrões de sutura
Todas as suturas sempre começasm e terminam com 1º nó de cirurgião
ou duplo (1x) e 2º nós completos verdadeiros (6x)
 
➢ Simples (aposição)
Interrompido Contínuo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Sutura em U ou Wolff (eversão)
Interrompido ​ Contínuo/
colchoeiro Captonado (diminui a tensão)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Sutura em X ou Sultan (aposição)
Interrompido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Sutura em Cushing (inversão)
 Continua
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Sutura em lembert (inversão)
Interrompida Continua
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Incisão de acesso ao abdômen
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LE ​ ​LD
 
 
 
 
Laparotomia
paracostal
Laparotomi
a pelo flanco
Laparotomia
pela linha alba
Laparotomia
paramediana
Cicatriz umbilical
Eversão Inversão 
 Aposição
 
Definição: Laparotomia ou celiotomia = incisão da cavidade celomática
(abdômen).
Tipos
➢ Laparotomia pela linha média ventral (mais comum). Dá
acessoa todos os órgãos abdominais, pode ser cranial (pré
umbilical) ou caudal (retroumbilical) ao umbigo
➢ Laparotomia pelo flanco (lateral do animal – cesariana em
grandes animais)
➢ Laparotomia paracostal (paralelo a ultima costela – biopsia
hepática)
➢ Laparotomia paramediana (paralela a linha média –
criptorquidismo abdominal)
 
Técnica
1. Tricotomia e assepsia, panos de campo
2. Incisão de pele (bisturi)
3. Divulsão do tecido subcutâneo (tesoura mayo)
4. Tração para cima do músculo reto abdominal (fascia externa e
interna) – pinça allis
5. Incisão da Linha Alba (avascularizada) – bisturi
6. Aumento da incisão (tesoura mayo)
7. Afastadores de Farabeuf
8. Acesso para cirurgia
9. Sutura do músculo reto (fascia externa principalmente + musculo) –
fio sintético absorvível (poliglactina) ou não absorvível (nylon). Não
realizar eversão ou inversão. PSI, PSC, sultan (em grandes) – fio 3-0, 2-
0, 1-0
10. Suturar o tecido subcutâneo. Cushing, colchoeiro, PSC, fio sintético
absorvível.
11. Suturar a pele. PSI, PSC, sultan, Wolff, colchoeiro, fio sintético não
absorvível.
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs: não apertar muito os pontos, pois causa isquemia e necrose
Obs: estomago, bexiga, cesária sempre usar dois padrões de sutura
cushing e lembert, ou cushing + cushing ou lembert + lembert. São
suturas não contaminantes de eversão (passa por todas as camadas
exceto a mucosa)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs: Wolff ou colchoeiro podem ser usados quando a tensão é grande
pela retirada de pele (ex: mastectomia)
 
 
 
Ovariosalpingohisterectomia (OSH)
Definição: consiste na retirada dos ovários, do útero e dos ligamentos
que os sustentam (ligamento largo e suspensório)
Anatomia: o ligamento cranial do ovário é fixo por um forte e fino
ligamento suspensor, que se estende para o diafragma na área da ultima
costela. Compõe-se o útero de um par de cornos, corpo e cérvix.
Encontram-se na cavidade abdominal, apenas a cérvix ocupa a cavidade
pélvica, cada ovário é ligado a seu corno uterino correspondente pelo
ligamento próprio do ovário. O corpo uterino encontra-se com a cérvix
que conecta o útero à vagina.
O conjunto de ligamento suspensório, bolsa ovariana, ovário,
artéria e veia ovariana = pedículo direito e esquerdo.
Quando realizada a OSH remove-se totalmente os ovários, cornos
uterinos e corpo uterino restando somente o coto uterino.
As veias e artérias
uterinas são ramos da
artéria ilíaca e da veia
pudenda – menor
sangramento quando
comparada a incisão das
veias e artérias renais que
são ramos diretos da veia
cava e artéria porta. Do
lado esquerdo do animal a
veia ovariana tem
comunicação direta com a
veia renal (necessário
cuidado para não ligar a
veia renal e cortar o aporte
sanguíneo do rim
esquerdo). Se ocorrer a
ligadura da veia renal
ocorre o acumulo de
sangue no rim e dilatação
renal. Para isso sempre
realizar a ligadura o mais
próximo do órgão a ser removido.
 
Muito cuidado para não ligar o ureter junto com o pedículo (ao US
observa-se dilatação de ureter a partir da região caudal ao rim e
parênquima renal) ou na sutura para formação do coto uterino (dilatação
de ureter a partir da bexiga e parênquima renal), podendo causar perda o
parênquima renal.
 
Indicações da OSH: endometrite; piometra; torção uterina; prolapso
uterino; fetos enfisematosos; neoplasia de ovário, útero ou ambos; evitar
cio ou reprodução.
​
 
 
 
 
 
 
 
 
​
Técnica classica das 3 pinças
Obs: ligadura é um método hemostático
1. O paciente é posicionado em decúbito dorsal. Incisão caudal na
linha media. O cólon descendente é elevado e tracionado para o
lado direito do abdômen, com o objetivo de expor o ovário
esquerdo, já que sua localização é mais caudal que a do direito.
2. Tração do útero para visualização do pedículo (ligamento
suspensório, veia e artéria ovariana e ovário)
3. Colocação de 3 pinças hemostáticas Kelly.
4. Incisão entre 2 e 3 pinça
5. Ligadura abaixo da primeira pinça cranial (feito a mão, nó de
cirurgião e 6 completos verdadeiros) ​
6. Ligadura entre a 1 e 2 pinça cranial (feito a mão, nó de cirurgião e
6 completos verdadeiros)
 
 
 
7. Colocação das três
pinças no corpo do
útero
8. Incisão entre a 2 e
a 3 pinça cranial
9. Ligadura entre a 1 e a 2 pinça
10. Incisão abaixo da primeira pinça
11. Coto ovariano
12. Sutura acima do coto
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Complicações: hemorragias
(mais comum devido à coagulopatias, ruptura de vasos ovarianos ou
ligamento suspensor, gotejamento dos vasos do ligamento largo);
piometra de coto; fístula; ligamento do ureter; incontinência urinaria;
estro recorrente (tecido ovariano residual); em OSH precoce pode-se ter
hipoplasia de vagina ou vulva, consuzindo a dermatite perivulvar,
persistência de comportamento juvenil.
 
 
Piometra
Definição: processo inflamatório e infeccioso do útero, ocorre
321
geralmente em cadelas inteiras de meia idade a idosas. O ciclo das
cadelas consiste em proestro (27dias), estro (7dias), diestro (2-3 meses)
e anestro (4 meses). Cães tem maiores chances de piometra pelo grande
período que permanecem em diestro.
No proestro ocorre o crescimento folicular e aumento de estrógeno.
No estro ocorre a saída do folículo do ovário para útero (ovulação)
No diestro ocorre a formação do corpo lúteo com aumento da
progesterona. A progesterona diminui a motilidade uterina; aumenta a
quantidade de glândulas endometriais; aumenta a secreção das glândulas
endometriais; pode fechar a cérvix ou permanecer aberta =
características propicias para a permanência do corpo lúteo e chegada
do espermatozóide = formação do embrião. Gatas só entram em diestro
após a copula.
Sem a cópula, bactérias oportunistas saem do trato genito urinário e
caminham ate chegar ao útero e se proliferam. Quando a cérvix esta
fechada = piometra fechada (sem secreção – difícil diagnosticar); cérvix
aberta = piometra aberta (com secreção).
Pode ocorrer à saída das bactérias para a circulação, pois o útero é
ricamente inervado.
Quando na corrente sanguínea induz a formação de
imunocomplexos (antígeno/ anticorpo), podendo ter sinais de toxemia
(febre; dor abdominal; desidratação; mucosas congestas; anorexia;
apatia; emese).
Tais complexos são depositados nos rins causando uma
glomerulonefrite imuno mediada, diminuindo a taxa de filtração
glomerular (aumento de uréia e creatinina) com sinais de azotemia
(hiporexia, emese).
As bactérias também inibem os receptores de ADH causando
poliúria associada à polidpsia.
Tudo isso compõe um quadro de septicemia.
Diagnostico: US - visivel aumento de volume dos cornos uterinos,
com conteúdo anecogenico e com alta celularidade. Hemograma:
leucocitose com desvio a esquerda (aumento de bastonetes).
Bioquímico: aumento de uréia e creatinina.
Tratamento: OSH + fluidoterapia
​ ​ ​ATB
​ ​ ​Antitermico
​ ​ ​Analgésico
​ ​ ​Protetor gástrico
Tratamento clinico: Lavagem uterina, possível apenas na
piometra aberta, porem tem aumento da contração uterina – muita
cólica.
Prostaglandinas: contrai o útero e destrói o corpo-luteo (lise),
levando a diminuição da progesterona. Causa aumento da contratilidade
causando muita cólica, mais utilizada em fêmeas reprodutoras.
Prognostico: Depende das lesões já provocadas e, principalmente,
do acometimento renal
Precaução: OSH antes do primeiro cio previne piometra e
neoplasia de mama 0,05% de chances, porem 7% podem ter
incontinência urinaria. OSH após o primeiro cio previne neoplasia de
mama e incontinência urinaria.
Obs: não é ideal a castração no proestro e estro, pois todas as
estruturas estão mais vascularizadas tendo maior perda de sangue.
 
Exemplo: RESENHA: Anitta, canina, srd, femea, 10 anos, Peso:
15kg
ANAMNESE: Refere apatia e secreção vaginal há 7 dias,
hiporexia, emese, poliúria e polidpsia há 2 dias. Refere normoquezia.Nega tosse, espirro, secreção óculo-nasal, distrição respiratória, cansaço
fácil, sincope e convulsões. Nega alterações visuais, auditivas e
olfativas. Nega castração, refere 1 cria há 2 anos. Refere ultimo “cio” há
40 dias. Refere alimentação a base de ração e latinha. Refere banhos
mensais em petshop. Refere vacinação e vermifugação atualizadas em
2016. Refere 1 contactante felino assintomatico. Refere acesso à rua.
Nega puliciose, ixodidiose e pediculose. Nega antecedentes mórbidos.
Nega qualquer medicação atualmente.
EX FÍSICO: 39,9°C (febre), mucosas congestas (circulação das
bactérias), desidratação moderada (poliúria, emese e hiporexia),
linfonodos normais, bulhas regulares normofoneticas, pulso fraco
(desidratação), FC 70bpm, FR 15bpm, TPC 4 segundos (aumentado
pela desidratação), aumento de volume abdominal com palpação de
estrutura móvel e sensível de aproximadamente 5cm de diâmetro em
região epi-meso-hipogástrica . Presença de cálculos dentários e halitose.
1. Quais dados da anamnese levaram a sua suspeita clinica?
2. Quais as alterações encontradas no exame físico?
3. Quais exames complementares (laboratoriais e de imagem)
você solicitaria devido essas alterações?
US, Hemograma e bioquímico.
4. Qual tratamento clinico sintomático poderia ser estabelecido
para este paciente?
Fluidoterapia; analgésico; antitérmico; ATB; antiemetico =
tratamento suporte
5. Qual a técnica operatória ideal para tratar esta afecção?
OSH
6. Quais as consequências dessa doença se não tratada
adequadamente?
DRC; sepse; óbito
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Anatomia: testículos, epidídimo, ducto deferente, glândulas
genitais acessórias, uretra pélvica e pênis constituem os órgãos genitais
masculinos.
Os testículos (formação de espermatozóides) são contidos dentro
da bolsa testicular ou escroto, cuja parede contem músculo liso e fáscia
espermática externa.
O testículo é coberto por uma fina cápsula fibrosa, a túnica
albugínea. Testículos e epidídimo (armazenamento e maturação do
espermatozóide) unem-se pelo ligamento próprio do testículo.
O ducto deferente (transporte dos espermatozóides) inicia-se na
cauda do epidídimo e cursa através da cavidade abdominal, pela parede
do cordão espermático.
A veia testicular, de aspecto tortuoso, forma o complexo
pampiniforme, responsável pelo resfriamento do sangue que irriga os
testículos. Dentro do cordão espermático o ducto deferente é fechado
separadamente sobre sua própria prega mesentérica, o mesoduto
deferente. O ducto deferente ganha o abdômen através do canal
inguinal, que é um espaço em potencial entre os anéis inguinais
superficial e profundo. Existe conexão entre o ducto deferente e a uretra
pélvica.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS DE ORQUIECTOMIA canina
 
• Cordão e testículo coberto (mais indicado para bovinos)
• Testículo descoberto e funículo espermatico coberto (mais
indicada para equinos)
• Cordão e testículo aberto
(mais indicada para
pequenos animais)
1. Incisão da túnica vaginal,
expondo com facilidade o
testículo e o cordão
espermático, e melhor
capacidade de ligadura. A
incisão pode ser paralela a
linha média, na rafe –
incisão em cima ou duas
paralelas (linha que separa os dois testículos – mais usada em
felinos); escrotal (maior sangramento; edema pós operatório) ou a
mais utilizada pré escrotal
2. Tração do testículo para frente.
3. Incisão da túnica vaginal.
4. Exposição e tração do testículo com visualização da porção
vascular do cordão espermático e túnica. Não é obrigatório a sutura
da túnica vaginal.
5. Colocação das 3 pinças hemostáticas no ducto deferente e porção
vascular
6. Incisão entre a 2 e 3 pinça
7. Sutura entre a 1 e 2 pinça, apertar bem
8. Sutura da pele PSI
 
Indicação: previne neoplasia testicular, ou sua retirada
​Orquite não responsiva à terapia conservadora
Previne Hiperplasia prostática benigna
Eliminar comportamentos indesejáveis
Evitar reprodução
 
Obs: neoplasias de bolsa escrotal é necessário a retirada dos testículos e
bolsa = orquiectomia cosmética ou orquiectomia com ablação de bolsa.
Obs: orquiectomia de gatos (nódo espermático com a porção
vascularizada) pode ser usada em cães, porem isso só é possível em
animais de pequeno porte, pois a espessura é menor
Obs: Pode ter ganho de peso, mas não é regra. Mas é necessário
estimulá-lo a se movimentar.
 
 
 
 
 
VASECTOMIA
Inibe a fertilidade sem interferir na libido ou no comportamento,
geralmente não é recomendada, pois o animal não muda seu
comportamento.
Após a vasectomia os espermatozóides permanecem no ejaculado
por até 3 semanas. Esse procedimento é mais indicado em animais
silvestres.
Técnica
1. Pode ser realizado 1 ou duas
incisões pré escrotais.
Visualização da túnica
vaginal, cordão espermático e
ducto deferente
2. Incisão na túnica vaginal.
Visualização do deferente e a
porção vascular.
3. Tração do ducto deferente
4. Sutura das extremidades
5. Remoção de um pequeno pedaço (pode fazer ou não)
6. Sutura da pele
Obs: cuidado para não ligar a porção vascular, pois
supre o aporte sanguíneo necrosando os testículos.
Obs: mais cara, e não previne nenhuma doença
secundária
 
 
 
 
 
 
ORQUIECTOMIA FELINA
A distancia entre o prepúcio e a bolsa escrotal
é mínimo, sendo assim a técnica pré escrotal é
muito mais complicada. Na técnica escrotal
não ocorre edema de bolsa e a sutura é
opcional, porem se a fizer o animal deve ficar
de colar elizabetano.
• Técnica de cordão e testículo descoberto
1. 2 incisões paralelas a rafe ou somente
uma incisão na rafe. Pode ser feita cordão
e testículo descoberto (mais indicada) ou coberto.
2. Separação da túnica vaginal. Visualização do cordão espermático
(porção vascular) e ducto deferente
3. Pode ser feito a técnica das três pinças ou divulsiona com uma
pinça hemostática o deferente do testículo, sem separar a porção
vascular
4. Faz um nó (4-5 nós fortes) do deferente na própria porção vascular
do cordão
5. Sutura opcional ou cola cirúrgica (se ele lamber é bom, pois retira
sujeidades)
• Técnica de cordão e testículo coberto
1. Incisão no próprio saco escrotal
2. Tração do testículo para fora da bolsa
escrotal
3. Nó de cirurgião com o próprio cordão
espermático
4. Antes de fechar o nó retira-se o testículo
5. Conclusão do nó (2-3 nós fortes)
 
Obs: Vasectomia em gatos não é indicada
 
 
AFECÇÕES DOS TESTÍCULOS
Congênitas
• Anorquidismo: não formação testicular (raro)
• Monorquidismo: agenesia de 1 dos testículos (raro)
• Criptorquidismo: É o defeito testicular mais comum. É a não
migração de um ou ambos os testículos para a bolsa escrotal, pode
ser localizar na região do anel inguinal ou dentro do abdômen na
região hipogastrica no pólo caudal da bexiga. Pode tornar-se uma
neoplasia, pois a temperatura da bolsa escrotal é adaptada
(2°abaixo da temperatura corpórea) para manter o testículo e a
produção espermática, quando este se encontra em lugares
inadequados estão sujeitos a mitoses atípicas e geração de massas
tumorais ou podem sofrer torções. É uma doença hereditária, o
animal deve ser separado da reprodução, e o mais indicado é a
orquiectomia bilateral.
Raças predispostas: Chiuhauhuas, Schnauzers miniaturas, Pomerânios,
Poodles, Huskies Siberinanos, Yorkshires
Diagnostico: cães e gatos devem nascer com os testículos dentro da
bolsa escrotal. Pode ser solicitado US, porem o diagnóstico é 90%
clinico por palpação no cão e sempre realizar o US no gato.
Tratamento: orquiectomia, após 6 meses de idade – em cão pode ser
realizada sem US. Gatos é obrigatório o diagnostico e identificação da
região onde o testículo se encontra pelo US.
Técnica: Se for extra-abdominal a incisão é na região pré-escrotal ou
escrotal; se for intra-abdominal deve ser realizada a laparotomiaNEOPLASIA TESTICULAR
Células germinativas: seminomas – maligno
Células intersticiais: Laydigomas – benigno
(tumor de tecido conjuntivo)
Células de Sertoli ou Sertoliomas – mais
maligno
Geralmente acomete cães idosos. Alguns
animais podem apresentar mais de uma
variação de neoplasia
 
Sinais clínicos: assimetria testicular com
aumento de volume;
o Dor (não é comum, pode apresentar quando houver torção
testicular ou com processos inflamatórios associados -
mucocele)
o Sinais de feminilização
Tratamento: orquiectomia; quimioterapia
 
• Sertolinomas / TCS
No testículo normal as células de Sertoli produzem hormônios
estrogênicos. Quando apresenta o tumor ocorre um grande aumento na
produção desses hormônios de 50 – 70%, ou seja não é obrigatório
animais com esse tumor apresentar sinais de feminização (abaixa para
micção; atrofia peniana; pele adelgaçada; hiperplasia de glândula
mamária - ginecosmatia; atrofia de folículo piloso – alopecia simétrica
bilateral = síndrome paraneoplasica).
Pode acometer testículos criptorquidicos ou normais, geralmente são
unilaterais. Pouco metastático. Pode estar associado a outras neoplasias
testiculares.
Tratamento: orquiectomia e também é indicado quimioterapia quando
apresentar sinais de síndrome paraneoplasica
​
 
 
 
 
 
 
• Semioma
Incidência similar ao Sertolinoma. Geralmente acomete testículos
criptorquidas, uni ou bilateral. Eventualmente causam sinais de alopecia
e feminização, mas apresentam edema prepucial. Pode estar associado a
outras neoplasias.
Tratamento: orquiectomia
 
• Leydigoma ou tumor de Sertoli
Animais acima de 10 anos, não
castrados, geralmente acometem testículos
em bolsa escrotal. Na maioria é benigno.
Pode estar associado à HPB, hérnias
perineais e tumores de células
Circumanais (glândulas perianais que produzem muco lubrificante).
Geralmente ocorre atrofia do testículo contralateral.
Tratamento: orquiectomia
 
 
PRÓSTATA
 
Produção de fluido seminal. É um órgão
sexual acessório comum em cães e raro em
gatos.
É uma estrutura bilobada, com a
superfície lisa. Esta localizada na saída da
bexiga abaixo do reto e dentro do assoalho
pélvico.
 
 
 
 
 
 
 
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA HPB
 
Cães castrados não apresentam, e cães não castrados tem maior
predisposição a partir dos 4 anos. 
 
Ate os 4 anos a próstata se localiza na região
pélvica (teoricamente para acessá-la é necessário
realizar uma fratura da pelve). De 4 – 10 anos esta
na região pélvica e abdominal (acesso por
laparotomia abdominal). Acima de 10 anos esta na
região abdominal (acesso por laparotomia abdominal). A hiperplasia
cística é comum em animais idosos.
Obs: não necessariamente o tamanho esta associado à gravidade dos
sintomas
 
Diagnóstico: palpação retal auxilia na identificação de hiperplasias
assimétricas pode ter seu crescimento excêntrico quando à compressão
e diminuição da luz intestinal ou concêntrico quando ocorre a
compressão do canal uretral. Superfície irregular, com ou sem
sensibilidade.
​RX simples, observa-se deslocamento cranial da bexiga e o
possível tamanho da próstata (não mostra o aspecto)
​US – mais fidedigno, pois é possível identificar cistos, abcessos,
neoplasias (Biopsia aspirativa guiada por US – se encontrar-se no
abdomem), cistos e abcessos paraprostáticos
Sintomas: disúria ou ate estrangúria
​Hematúria
​Fezes em fitas – fezes achatadas Tenesmo
​Hérnia perineal, verificar se a bexiga esta dentro da hérnia (US;
passagem de sonda quando drena a urina a hérnia diminui de tamanho;
RX simples com a sonda) – complicação de emergência
Tratamento: castração regride a HPB em 20-30 dias, pois a
testosterona estimula a hiperplasia. Pode ser preventiva ou curativa.
Controlar pelo US.
Obs: animais castrados com sintomas de doenças prostáticas – neoplasia
(não é comum HPB), são malignos muito invasivos, infiltrativos e
altamente metastáticos
ABCESSOS PROSTÁTICOS
É o acumulo de material purulento dentro do parênquima prostático.
Acomete principalmente machos idosos não castrados com HPB ou
cistos prostáticos. Os fatores predisponentes são: prostatite, infecção
urinaria crônica, ou via hematógena (bacteremia). Animais de porte
grande tem maior predisposição.
Sintomas: muita dor
​Disúria
​Disquezia
​Hipertermia (auxilia a diferenciar cisto de abcesso)
​Depressão
​Emese
Diagnostico: ao exame físico apresenta, hipertermia; sensibilidade a
palpação abdominal e ao toque retal
RX (próstata aumentada)
​USG – mais fidedigno, identificação de coleções liquidas, pode ser
puncionado para posterior cultura e antibiograma
Hemograma – leucocitose, presença de bastonetes; bioquímico –
pode ter azotemia pós renal ​
 
 
 
 
 
 
Tratamento: antibioticoterapia (30dias),
fluidoterapia (com sonda), analgésicos e
AINE – acessos pequenos
 
Cirúrgico:
 
o Drenos (penrose com pequenos furos) múltiplos:
por laparotomia exploratrória, por dentro da próstata e
saída do dreno para o abdomem, sendo possível realizar
lavagens (mais fácil quando a próstata esta no
abdomem), a vantagem é a possibilidade de avaliação da
eficácia do tratamento e a desvantagem é o risco de
infecção. Ele permanece por 30 dias ate os efeitos do ATB.
 
 
 
 
 
 
o Omentalização/ epiplon: drena o abcesso e no
espaço livre é colocado uma parte do epiplon como
forma de preenchimento. São feitas duas aberturas na
próstata em uma é colocada a pinça hemostática em
outra abertura é colocado uma parte do epiplon sem
cortá-la do corpo e puxando pela pinça preenche o
espaço vazio. A secreção vai continuar sendo acumulada porem em
menor quantidade. Essa técnica é mais vantajosa, pois tem menores
riscos de infecção e a desvantagem é que não é possível avaliar a
melhora no tratamento, com acumulo ainda de liquido.
 
Obs: as técnicas serão escolhidas de acordo com o numero de
abcessos, tamanho, proprietário (cuidadoso ou não), comportamento do
animal.
Obs: não se realiza prostatectomia, pois a retirada da próstata
consiste em retirada de parte da uretra, que por se tratar de uma próstata
já aumentada, tem que ser uma parte muito grande, porem a uretra não
tem elasticidade suficiente para isso podendo se romper. Alem disso na
porção dorsal da próstata tem uma plexo nervoso responsável pela
inervação da BX, quando a próstata é retirada uma complicação
definitiva é a incontinência urinaria.
 
 
 
 
 
 
 
CISTOS PROSTÁTICOS
Cavidade não séptica preenchida por fluido, intra (mais comum) ou
extra-prostatica. Comum em cães machos inteiros, de raças de grande
porte, associados à HPB ou metaplasia prostática (mudança da
conformação celular benigna). Podem ser únicos ou múltiplos.
Sintomas: depressão
​Estrangúria
​Incontinência (se o cisto estiver na porção dorsal comprime o plexo
nervoso da bexiga)
​Corrimento peniano
​Massa abdominal palpável
Obs: a dor é variável e não apresenta hipertermia.
Diagnostico: RX (aumento da prostata)
​US – mais fidedigno, possível realizar a citologia aspirativa quando
extra-prostatico, analise do liquido com presença de células epiteliais,
raros leucócitos e bactérias
​Hemograma: sem alterações (maior diferenciação de abcesso)
​Bioquímico – normal ou azotemia pós renal
Tratamento: se o cisto for intra prostático e pequeno com a orquiectomia
é possível ter sua regressão.
Ou cirúrgico se for extra prostático e grande:
 
 
 
o Omentalização: Corta-se a parede do cisto e o
coto que permanece é vedado com parte do
epiplon. Alem da orquiectomia
 
 
 
 
 
 
 
o Marsupialização (fazer uma bolsa para drenar fluido
prostático) permite a avaliação do grau de regressão.
Laparotomia pela linha media e incisão de 2-3 cm paramediana,
visualização da prostata e do cisto.Tração do abdomem para direcionar o cisto.
Sutura da parede do cisto na musculatura do abdômen sem a abertura do
cisto.
Incisão do cisto e saída do liquido de forma extra corpórea, sutura das
paredes na pele do abdômen.
Após 20 dias retira-se os pontos e o cisto continuara fixo na musculatura
e aberto na parede abdominal
Obs: é possível lavar o cisto e
fica constantemente drenando
a secreção, possível avaliação
do tratamento.
 
 
 
 
 
 
NEOPLASIA PROSTÁTICA
São pouco freqüentes, acomete animais idosos castrados ou não.
Tipos
• Carcinoma indiferenciado
• Adenocarcinoma
• Sarcoma
• Hemangiossarcoma
Altamente invasivos e com grande potencial metastático.
Diagnostico: tardio, US com citologia, RX
Sintomas: disúria, anúria, síndrome paraneoplasica (alteração
neurológica)
Tratamento: prostatectomia e quimioterapia,
sendo que todas as neoplasias possíveis
respondem fracamente a quimioterapia.
Radioterapia quando diagnosticado no inicio
porem é muito cara e somente retarda o
crescimento do tumor. A prostatectomia é
uma alternativa porem não é curativa. O
animal sondado (evitar o extravasamento de urina tem a próstata
incisada cranialmente e caudalmente, e posteriormente é feita a
anastomose (fechamento da uretra) guiada pela sonda. Somente
quando a próstata for curta.
Ou uretrostomia pré púbica se não for possível realizar a anastomose,
muitas complicações pós operatórias.
Prognostico: reservado à ruim
 
 
 
 
 
 
PÊNIS
o Fimose
▪ Animal não consegue exteriorizar o pênis através do
orifício prepucial
▪ Pode ser congênita ou adquirida
▪ Sinais e sintomas: distensão prepucial por urina, não
visualização do orifício prepucial (ou diminuição do
diâmetro), corrimento prepucial purulento ou
hemorrágico
▪ Tratamento: reconstrução do orifício (cortar em cunha
“V” e suturar a mucosa com a pele
▪ 
o Parafimose
▪ Incapacidade de retrair o pênis para o interior do prepúcio
▪ Geralmente acomete cães jovens com hiperatividade
sexual
▪ Sinais e sintomas: pênis edemaciado, exposto e dolorido,
traumatismo, sangramento
▪ Tratamento: compressas geladas, tentar reposicionar o
pênis – tomar cuidado com a necrose, se necrosar temos
que fazer uma abertura na uretra
▪ Cirúrgico: prepuciotomia e orquiectomia
▪ - prepuciotomia
• Traumatismos e neoplasias penianas
o Traumatismos: hematoma, lacerações, fissuras, fratura do
osso peniano
o Verificar viabilidade das estruturas e integridade da uretra
o Tratamento: sutura, amputação parcial ou subtotal do pênis,
uretrostomia, orquiectomia
▪ 
o Importante: limpeza local, colar protetor, ATB, analgésicos e
antiinflamatórios
o Neoplasias
▪ Benignas: Hemangiomas, TVT, Papilomas e
Histiocitomas
▪ Malignas: Melanomas, Mastocitomas,
Hemangiossarcomas e CEC
▪ - amputação peniana subtotal
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AFECÇÕES DO SISTEMA URINARIO
Anatomia
• Rins em região cranial,
• Ureteres que se ligam a BX na região do trigono vesical
• Vesícula urinaria
• Próstata (machos)
• Uretra: em machos a uretra é mais longa e estreita (tem a uretra:
prostática, pélvica, perineal, escrotal e pré escrotal - machos); em
fêmeas a uretra é curta e grossa tendo menos incidência de
retenção de cálculos.
 
 
 
 
 
 
 
 
Cão 
 Gato
 
 
 
 
 
A
afecção mais comum em cachos tanto
cães como gatos é a obstrução uretral por cálculos.
 
• Cão: a próstata do cão é mais evidente
• Gatos: A próstata em gatos fica mais distante da BX e menos
evidente. Em casos de rompimento da uretra pré escrotal é possível
realizar a uretrostomia pré púbica – é um desvio da uretra caudal
(uretra pré púbica) a BX para uma abertura na parede abdominal.
A glândula bulbo uretral é bem evidente e quando realizada a
uretrostomia perineal serve para guiar a incisão, pois nessa porção à
uretra é mais larga diminuindo as chances de estenose no pós operatório
(parte da uretra escolhida para cirurgias). Se o animal for castrado pode
ter uma redução no tamanho da glândula porem ainda é palpável sua
localização.
A uretrostomia perineal felina (é associada a penectomia) é indicada
quando não foi possível a retirada do calculo.
 
Uretra escrotal
Uretra pélvica
Uretra perineal
Toda a região dorsal da BX,
uretra e próstata é muito
inervada tendo ramificação
direta do nervo isquiático.
 
 
 
 
 
 
 
É necessário muito cuidado em cirurgias
próximas a artéria e veia renal, pois são
ramos diretos da veia cava e artéria aorta,
qualquer erro pode ter hemorragias
intensas. Alguns animais podem ter mais
de uma artéria e veia renal
 
 
 
Técnicas cirúrgicas
• Nefrotomia: abertura do parênquima renal (calculo dentro do
parênquima) – grande hemorragia; dificuldade de sutura,
transpassa todo o parênquima – ponto em U; complicações
extravasamento de sangue e urina (técnica pouco utilizada)
• Nefrectomia: retirada do rim (técnica mais comum (neoplasia;
pielonefrite; hidronefrose; calculo causando sintomas, geralmente
são assintomaticos). Esse procedimento somente será possível se o
outro rim estiver bom.
• Nefrostomia: abertura definitiva do rim. É feito uma abertura na
região de pelve renal e introduz uma sonda que fica suturada na
parede abdominal (chances da sonda sair do lugar; infecções;
evolução para hidronefrose – não utilizada)
• Pielotomia: abertura da pelve renal (técnica difícil para suturar –
grandes chances de rompimento e extravasamento de urina na
cavidade – uroperitonio)
Obs: a litotripsia (US que quebra de cálculos por ondas de choque) não
é feita em animais, pois ainda não esta calibrado para a variação de
tamanhos das diferentes espécies.
• Ureterotomia: abertura do ureter (calculo). Técnica complicada pela
pequena espessura do ureter, chances de estenose no pós
operatório. Em humanos é fixado o duplo J que empurra o calculo
para a pelve para posterior litotripsia – não é usado em animais,
pois não tem tamanho adaptado.
 
 
 
 
 
 
 
 
• Neoureterostomia: nova abertura definitiva do ureter (afecção
congênita = ureter ectópico). O ureter passa por dentro da bexiga
sem abertura para a saída da urina pode ser unilateral ou bilateral, e
se insere na uretra com sintomas de incontinência urinaria. Incisão
do ureter dentro da Bx.
 
 
 
 
 
 
 
• Ureteroneocistotomia: usada também para ureter ectópico. O ureter
passa por fora da bexiga e se insere direto na uretra pode ser
unilateral ou bilateral, sem passar pela vesícula urinaria sendo o
principal sintoma de incontinência urinaria (filhotes geralmente
fêmeas). Recolocação do ureter na bexiga e incisão para
extravasamento da urina.
• Cistotomia: abertura da vesícula urinaria e posterior fechamento
(retirada de calculo)
• Cistectomia: retirada parcial da vesícula urinaria (neoplasia)
• Cistostomia: abertura definitiva da vesícula urinaria (ruptura de
uretra) – maiores riscos de infecção do que a uretrostomia
• Uretrotomia: abertura da uretra e posterior fechamento (retirada de
calculo)
• Uretrostomia: abertura da uretra retirada do calculo e sutura da
uretra aberta. É a mais indicada, pois se o animal formar outros
cálculos será mais difícil a obstrução – evita recidivas.
• Ureterostomia: retirada da bexiga e uretra, e sutura direta dos
ureteres na parede abdominal. Ou liga no intestino – muito risco de
infecção ascendente e posterior pielonefrite levando o rim a IRA.
Não realizar.
 
 
LITÍASE
Extremamente comum em ambas as espécies. Parte do tratamento é
clinico. O animal pode apresentar cistites recorrentes ou obstrução.
5-10% dos cálculos estarão no rim e ureter
95-80% estarão na bexiga e uretra
Principais tipos
o Estruvita (dieta que acidifica o Ph)
o Oxalato de cálcio (dieta que alcaliniza o Ph)
o Raramente urato (dálmata, pela deficiência no metabolismo da
uréia, usada a mesmadieta do calculo de oxalato que ira alcalinizar
o Ph)
o Cistina (usada a mesma dieta do calculo de oxalato que ira
alcalinizar o Ph)
o Misto (a mudança da dieta será imposta pela matriz do calculo,
porem o diagnostico no Brasil é errado, aqui é feito uma analise
quantitativa e não qualitativa. O correto seria a analise da matriz e
posteriormente da periferia). Na maioria das vezes a matriz é de
origem de oxalato pela alteração do Ph urinário e metabolismo de
Ca, esse calculo agride a BX e predispõe a infecções urinarias que
mudam o Ph e começam a deposição de estruvita. Necessário então
controlar a dieta e a infecção (30 dias ou mais de ATB e cultura
negativa).
Fatores causais
o Anormalidades metabólicas (shunt ou metabolismo da uréia)
o Ph da urina
o Concentração de cristalóides na urina (predisposição a litíase,
pode ser tratado com mudança na dieta)
o Infecção urinaria (altera o Ph e predispões a formação de
estruvita)
o Anormalidades anatômicas (gato com grande concentração de
cristalóides, cão com calculos pequenos já podem obstruir e em fêmeas
os cálculos precisam ser muito grandes).
Raças predispostas: Schnauzer, Shi Tzu, Lhasa Apso, Yorkshire, Pugs
e Dalmatas
Sinais e sintomas
o Obstrução total: estrangúria, azotemia pós renal - anúria
decorrente de IRA
o Obstrução parcial: disúria, hematúria
o Dor abdominal
o Aumento do rim = nefromegalia predispondo a hidronefrose,
virando foco de infecção
o Sinais de cistite (polaquiúria; disúria; hematúria)
o Distenção da BX : palpação
o Azotemia (24h: total +48h: parcial)
Diagnóstico
o Urinalise (presença de cristais; presença de bactérias – cultura;
sangue oculto)
o US (localização)
o Dosagem de Ca, P, uréia e creatinina - sempre
o RX simples (calculo radiopaco) ou contrastado (calculo
radioluscente ou suspeita de ruptura - uretrocistografia) -
(quantificação) = vias urinarias inferiores
o Urografia excretora – IV (identificação do trajeto do ureter) = vias
urinarias superiores
o Sondagem uretral – impossibilitando sua introdução. Cães
geralmente obstruem na região caudal ao osso peniano. Gatos
geralmente tem cristais + muco = plug obstruindo a porção final
do pênis
Tratamento
o Cistocentese para alivio da pressão dentro da BX
o Hidropopulsão em direção a BX e permanência da sonda para a
cistotomia ou se necessário uretrostomia.
o Cistotomia
o Uretrostomia (pré escrotal – mais rápida e não precisa castrar;
escrotal – obrigatoriamente deve castrar o animal para acessar a
uretra, a vantagem é que nessa região a uretra mais larga reduzindo
as chances de estenose; perineal - somente em caso de ruptura das
outras duas porções) sem necessidade de abrir a cavidade
abdominal.
 
 
 
 
 
 
 
 
o Uretrotomia (raro)
o Mudança da dieta
o ATB ate cultura negativa
 
 
URETROSTOMIA PRÉ ESCROTAL – cães
Essa técnica
consiste em
suturar a
parede da
uretra direto
na pele do
prepúcio.
Qualquer cirurgia na uretra tem grande
sangramento. Sutura a mucosa uretral/corpo
esponjoso na pele. Usado fio absorvível sintético não filamentoso –
caprofyl, ou nylon, mas cuidado para não suturar a mucosa, pois ele é
calculogenico em contato com a urina porem na uretra ele será
removido após um tempo determinado.
 
 
 
URETROSTOMIA ESCROTAL – cães
Na porção escrotal a uretra é mais calibrosa e mais superficial, nesta
região há menos volume de tecido cavernoso, facilitando na hora de
suturar a uretra na pele do prepúcio. Desvantagem da técnica: é
necessário castrar o animal para realização da técnica.
Como é feita:
1- Incisão na rafe
2- Orquiectomia escrotal (retirada dos dois testiculos)
3- Remoção parcial da pele da bolsa escrotal
4- Localizar o músculo retrator do pênis, divulsionar e rebate para a
lateral, assim já irão visualizar a uretra.
5- Incisão longitudinal na uretra de mais ou menos 2-3cm. Abrimos
um incisão grande para diminuirmos o risco de estenose. No pós
operatório ela ira reduzir de tamanho.
6- Suturar a parede da uretra na pele da bolsa escrotal, em ponto
simples separado.
Sendo assim, com a uretra desviada para
o espaço onde estaria a bolsa escrotal, a
urina passará a sair por lá e não mais pelo
pênis. O pênis continua com a capacitada
de expor e recolher. Obs: não é
necessario penectomia.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uretrotomia perineal
No cão essa seria a ultima opção e no gato é a primeira opção. A incisão
é feita no períneo. Todos os tipos de cirurgia tem a mesma função, só
depende de onde o calculo esta parado. Depende de mais higiene e tem
algumas chances de infecção e dermatite.
1. incisão da pele.
2. Rebate o músculo
retrator
3. Incisão da uretra
4. Remoção do calculo
5. Sutura da uretra
6. Sutura da pele
Obs: maiores chances
de estenose e cálculos
recidivos no mesmo
local, para isso o indicado é deixar aberto
 
 
 
URETROSTOMIA EM GATOS
A uretra do gato é extremamente fina, então a urestrotomia é feita do
terço proximal para cima (altura do número 5 na figura). Portanto, no
gato a uretrostomia sempre será perineal. 
O gato castrado não possui espículas e a bulba uretral diminui bem de
tamanho.
 
 
+ penectomia
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs: bastante sangramento nos primeiros dias hematúria com coágulos.
 
 
 
 
PENECTOMIA
 
A penectomia é uma consequência da uretrotomia.
Técnica:
1. Incisão ao redor do prepúcio e escroto, removendo-os. (Necessário
antes a castração - orquiequitomia). O pênis ficará solto, sem
prepúcio e sem bolsa escrotal. Divulsionar a região da base do
pênis pra ele ficar totalmente solto, se não, ele traciona a uretra e
pode ter deiscência de pontos.
2. Músculos isquicavernosos incisados (são dois filetes de músculo
que fixam o pênis na porção dorsal), seccionamos (incisão
separando em dois) esse músculo, deixando o pênis
completamente solto.
3. Incisão pubiana fibrosa transeccionada (deixar o pênis bem
esticado)
4. Secção do músculo retrator do pênis
5. Visualização e Incisão uretral até glândula bulbo uretral (Abertura
da uretra na altura do terço proximal, quando realizar a incisão o
sangramento será grande)
6. Passagem de sonda pela abertura até a bexiga para ver se está
correto.
7. Amputação uretra e pênis remanescente.
Suturar a uretra na pele – ponto simples interrompido
 
 
 
Pós operatório
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se estenosar é necessario lararotomia, incisão da BX e passagem
da sonda de dentro para fora. Tentar a reconstrução porem a chance
de estenosar é muito grande.
Se acontecer de estenosar novamente é indicado a uretrostomia pré
púbica, porem o proprietário deve estar ciente de que o animal pode ter
incontinência e que ele devera ser higienizado frequentemente 
 
 
 
 
 
CISTOTOMIA
Técnica:
1. Laparotomia pela linha média ventral, região hipogástrica;
2. Incisão na região ventral da bexiga;
3. Retirada do cálculo e lavagem da bexiga;
4. Sutura (duas suturas de inversão PSI), se usar nylon não pode
entrar em contato com a mucosa e urina, portanto, fazer sutura não
contaminante. Se usar outro fio (caprofyl) pode fazer pegando a
mucosa. 
 
 
 
 
 
 
Pós- operatório:
• Possível sangramento durante 7 a 10 dias (hematúria),
principalmente em machos
• Deixar o animal com colar protetor
• Analgésico
• Antibiótico terapia (em caso de cistite, importante manter ATB
por pelo menos 20 dias para evitar recidiva, é necessário que essa
infecção cesse por completo, fazer exame de urina para certificar de que
se livrou da infecção).
• Mandar o cálculo para análise, para entrar com a dieta adequada,
caso contrário haverá recidiva.
Quando o animal tem predisposição, pode acontecer dele se livrar
de um tipo de cálculo e aparecerem outros, não tem jeito, esse animal
nunca estará totalmente livre. Na maioria das vezes quando todas as
recomendações são seguidas corretamente, funciona.Outros tratamentos:
✓ Dietas para dissolução: São dietas que dissolvem os cálculos de
estruvita. Lembrando que às vezes os cálculos de estruvita já podem ser
dissolvidos ou eliminados apenas tratando a infecção urinária. Só é
viável se eles forem bem pequenos, caso contrário, cirurgia.
✓ Quelante de cálcio: Se o cálculo já estiver na bexiga, não
adiantará, essa medida só ajudará a não formar novos cálculos. Para
cálculos de oxalato. Para aqueles animais que tem problemas no
metabolismo do cálcio.
✓ Remoção cirúrgica: Rins e ureter só em caso de infecção ou
obstrução, se esses cálculos estiverem presentes, mas o animal for
assintomático, não iremos mexer, iremos tratar apenas clinicamente.
Bexiga e uretra: A cirurgia é sempre o tratamento de eleição nesses
casos, pois são cirurgias mais simples.
✓ Litotripsia: mais usada em humanos, para implodir o cálculo. É
difícil de usar em animais, porém, usados em casos extremos. Raro,
quando não há outra opção.
✓ Hidropropulsão: Sempre que tivermos um cálculo no ureter
iremos tentar empurrá-lo para a bexiga.
 
Complicações: (Pela demora de diagnosticar ou por manipulação
errada)
• Ruptura de vesícula urinária: Quando ocorre ruptura decorrente a
presença de um cálculo, é sinal de que ele já está lá obstruindo há muito
tempo. A ruptura de vesícula resulta num quadro de
uroabdomen/uroperitônio (acumulo de urina na cavidade abdominal).
• A ruptura da vesícula urinária também pode ocorrer devido a
trauma (atropelamento, por exemplo – sempre passar a sonda para
certificar-se se a BX esta normal), obstrução uretral e quadros graves de
cistite enfisematosa (pela produção de gás, há distenção de bexiga e
rompimento. Pouco frequente, mas pode acontecer).
 
 
RUPTURA DE BEXIGA.
Sinais Clínicos
o Aumento de volume abdominal – pela distensão da bexiga e pelo
acumulo de urina no peritônio.
o Sensibilidade abdominal – pelo contato desta urina com os órgãos,
corroendo. 
o Azotemia – Vômito, diarreia, apatia, anorexia, dor abdominal,
hematúria (se a ruptura não for grande, esse animal ainda urina um
pouco)
Diagnóstico:
o Palpação abdominal – não identificamos o contorno da vesícula
urinária. Sentimos a presença de líquido livre.
o Paracentese – bater uma agulha no abdome. Analise do líquido se
tiver creatinina = urina)
o Raio X – simples (perda da relação dos órgãos); uretrocistografia
(contraste)
o Ultrassom – liquido livre, visualização da bexiga rompida.
o Dosagem de uréia e creatinina sérica pareada com o liquido
abdominal.
Tratamento:
✓ Fluidoterapia para diluir essa urina livre;
✓ ATB terapia no soro;
✓ Analgésico
✓ Diálise peritoneal (lavagem do peritônio com soro para diluição
de uréia e creatinina – raro também).
✓ Hemodiálise quando possível (raro)
Procedimento cirúrgico – técnica:
✓ Remoção de tecidos desvitalizados (necrosados);
✓ Cistorrafia (sutura);
✓ Lavagem de cavidade abdominal, melhor do que diálise
peritoneal
 
 
 
CASOS CLÍNICOS
 
 
Suspeita: doença do trato
urinário obstrutiva – disúria e
polaciúria
Possível azotemia –
anorexia e emese
Bexiga repleta e sensível =
obstrução
Exames complementares:
o US (visualização da BX
distendida; presença de sedimento e se já tem extravasamento de
liquido.
o Hemograma e
bioquímico: dosagem de uréia e
creatinina = impedir DRC
Tratamento:
o Sedação
o Cistocentese
o Massageia a porção final
do penis para tentar dissolver o
plug. Sondagem e lavagem se
não for possível hidropopulsão
se não der cirurgia
o Após lavagem fluidoterapia
o Adequação da dieta
 
 
 
 
Diagnostico: ruptura da uretra
na região pélvica com fratura
de coxal
Exames complementares:
cistocentese;
Tratamento: Uretrostomia pré
púbica
 
 
 
 
 
 
 
• Ureter ectópico
o Alteração congênita, onde um ou os dois ureteres são
inseridos fora da vesícula urinaria
o O paciente é incontinente, e se for bilateral a bexiga se torna
hipoplásica
o Intramural
▪ Caminha na parede da vesícula mas só abre na uretra
o Extramural
▪ Vai direto para a uretra
o Sinais e sintomas
▪ Incontinência urinaria
▪ Cistite e pielonefrite recorrentes
o Diagnostico
▪ Urografia excretora
▪ US
o Tratamento
▪ Reimplantação do ureter na bexiga (extramural):
uretroneocistostomia
▪ Restabelecimento da abertura ureteral (intramural):
neoureterostomia
• Neoplasias vesicais e uretrais
o Tipos
▪ Carcinoma de células de transição
• Quimio e acompanhamento
• Não é possível retirar o tumor
 
 
MASTOCITOMA
1- Definição – Neoplasia Maligna originada de mastócitos. Mais
comum em cães e menos freqüente em gatos.
2- Ocorrência – Cães de meia idade a idosos
3- Região acometida – SC principalmente em membros, mucosas,
tronco, cabeça
4- Sinais e Sintomas – nódulos únicos ou múltiplos, redondos,
ulcerados ou não, eritematosos, alopecicos, edemaciados, coceira (pela
liberação de histamina e heparina), consistência macias. Vomito,
gastrite, hipotensão – devido a liberação de histamina.
5- Diagnostico – Citologia por PAAF (descobre se é mastocitoma),
Histopatológico (classifica o mastocitoma em 1,2, e 3 sendo que 1 não é
necessário realizar quimioterapia; 2 e 3 é necessario), Exames de
imagem- US e Rx (identificação de metástase). Hemograma, bioquímica
sérica, eletrocardiograma e ecocardiograma avalia o estado geral do
paciente para posterior procedimento cirúrgico.
6- Tratamento – aplicar dexa antes da tricotomia (protege o
mastocito), Cirurgia com ou sem quimioterapia pré ou pós operatorio
7- Recidiva - 0-11% (grau 2, aproximadamente 1 ano).
8- Metástases - Baço, fígado, linfonodos – 4 a 12% (grau 2) 55-
96% (grau 3)
9- Sobrevida grau 2 – em 50 meses de pós = 44% vivos
10- Sobrevida grau 3 – em 50 meses de
pós = 6% vivos.
 
 
 
 
 
 
- Cutâneo: Mais agressivo,
aderido.
- Subcutâneo: Aspecto de lipoma embaixo da pele.
• Histopatológico
O que irá determinar o seu grau de malignidade é o resultado do
exame histopatológico que deve ser realizado após a retirada dos
nódulos;
Avalia-se por graus, assim sendo possível avaliar o prognostico,
sobrevida e se necessário tratamento com quimioterapia.
Grau: 1,2,3 (sendo o 1 mais leve e 3 mais grave).
1= não é necessário realizar quimioterapia
2 e 3 = necessário realizar tratamento
Obs: Estudos comprovam que média de 59% dos tumores são de grau
II, 26 % de grau I e 16% de grau 3.
Causa da Existência:
o Fator hereditário;
o Fator individual;
o Mutação celular.
 
• Estadiamento Clínico:
 
Tabela para identificarmos o grau de acometimento: Utilizamos
esse estadiamento para avaliar e classificar o mastocitoma, sempre
classificando como A ou B + I, II, III ou IV. Esse estadiamento é
utilizado após o exame físico e exame complementares.
• Tratamento
o Cirurgia é o principal tratamento. Devemos realizar a retirada
do nódulo com no mínimo 2 cm de margem de segurança (de cada lado)
e a fáscia do músculo abaixo do nódulo também. É necessário realizar
essa retirada com a margem, para evitar a recidiva.
Quando o linfonodo estiver acometido, é necessário retira-lo
também, unilateral ou bilateral, de acordo com a necessidade e lado de
presença do mastocitoma. Na reconstrução, quando temos uma ampla
área de acometimento, realizamos a retirada com as margens e
realizamos o FLAP (retirada de pele de um local e giramos para o local
“sem pele”).
Sempre devemos ter muito cuidado para manipular um animal com
mastocitoma, para evitar a hipotensão.
 
o Quimioterapia: são medicamentos que diminuem a
multiplicação de células malignas. Usado para pacientes com tumores
disseminados ou para tentar diminuir o tumor antes da cirurgia
(citorredução–remover o máximo possível de margem e tumor
 menor possível). Para indicar quimioterapia ou não é preciso
 saber: resultado do histopatológico para saber o graudemalignidade, saber se a margem está livre ou não e o linfonodo
positivo ou negativo
 
Protocolos Quimioterápicos:
Esses protocolos podem ser realizados com a finalidade pré
cirúrgica (após realização de exame físico e citológico – que confirma
a presença de mastocitoma) para reduzir o tamanho dos nódulos ou a
finalidade de tratamento pós cirúrgica, quando o grau de malignidade
for alto e seja necessário continuar com a quimioterapia; 
 
o Vimblastina + Prednisona (Mais utilizado)
 
Vimblastina é um medicamento quimioterápico que atua dentro das
células, inibindo a formação dos fusos mitóticos, impedindo a divisão
celular das células tumorais (evita a mitose da célula, ou seja, ela “para
a multiplicação”).
O corticoide é usado em dose cavalar (2mg/kg –dose
imunossupressora) – efeitos colaterais PU/PD, retenção de liquido,
fome.
→ Administrado via IV pré operatório em 4 aplicações (1x na
semana), avaliar se ocorre a diminuição do nódulo para realizar o
procedimento cirúrgico; Após a retirada, se for necessário continua, será
mais 4 aplicações em semanas alternadas (somente após a cicatrização d
e resultado do histopatológico).
A Quimioterapia pode causar as consequências de combater todas
as células do organismo, com isso, temos os efeitos colaterais/adversos;
 
Prednisona:usado quando o tutor não quer fazer outros protocolos
quimioterápicos. Se o cão tiver Hiperadrenocorticismo não se faz
Prednisona, pois se esperaque o cortisolfisiológico seja suficiente. Se o
animal fizer uso deTrilostano, pode-se diminuí-lopara que tenha
mais cortisol para ajudar na redução do tumor para a cirurgia.
Com a administração do protocolo, podemos ter diminuição
significantes antes de realizar o procedimento cirúrgico, o que auxilia
dependendo da região acometida, como interdigital por exemplo, que
seria muito difícil de retirar com a margem:
 
 
 
 
 
 
 
 
O quimioterápico atua no momento de replicação da célula, não
adianta realizar em um nódulo que cresce lentamente há dois anos por
exemplo.
o Lomustina;
o Vimblastina + Ciclofosfamida + Prednisona;
o Vimblastina;
o Lomustina + Prednisona
 
→ Eletroquimioterapia: tratamento complementar à cirurgia;
→ Crioterapia: tratamento complementar à cirurgia;
→ Corticoide: para tentar diminuir o tumor antes da cirurgia.
 
• Sintomas da Quimioterapia:
o Queda da produção celular: quimioterapia também impede a
multiplicação de células boas, o que causa diminuição das células
produzidas na medula óssea (mais evidente a leucopenia).
o Vômito e diarreia: pois células do trato gastrointestinal são
aquelas de reprodução constante e com a quimioterapia elas vão ficar
diminuídas (acometidas pela “paralisação das células”).
o Queda de Pelos: Ocorre devido a parada de produção do
folículo piloso, pode variar de acordo com a raça. Ex: Poodle cai muito.
o Queda de Imunidade
o Dificulta cicatrização
Obs: O quimioterápico não causa óbito do animal e sim seus efeitos
adversos não tratados corretamente.
 
• Recidivas:
Ocorrerá no mesmo local do nódulo anterior, principalmente na própria
cicatriz.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Metástases:
De acordo com alguns autores e estudos;
12% dos animais sofrem de metástases
5% ocorre em animais de grau II
4% ocorre em animais de grau II e III
Média de 55 a 96% de metástase em animais de grau III.
 
• Sobrevida:
De acordo com estudos;
Estudo 1 - Há media de sobrevida após 50 meses pós cirurgia;
 animais com grau I = 93%, Grau II = 44% e Grau III = 6%
Estudo 2 – Há media após 24 meses de cirurgia: Grau II = 54%
Grau III = 6%
Estudo 3 – após 12 meses de cirurgia: Grau I = 100%, Grau II =
92% (media de # 43 meses no I e II) e Grau III = 46% (media de 9
meses)
 
 
SARCOMA DE APLICAÇÃO FELINO
1- Definição Antigamente: neoplasia maligna originada de células
mesenquimais - tecido SC
2- Ocorrência: após a vacinação ou qualquer aplicação
subcutânes, 2 m há 10 anos após a aplicação.
3- Sinais e Sintomas: nódulos irregulares, de consistência firme e
extremamente aderido na musculatura, muito vascularizados
4- Região acometida: lateral de tórax, abdômen e entre as
escapulas.
5- Diagnóstico: Histórico, citologia (identifica as células
fusiformes), histopatológico, avaliação do paciente para metástases (Rx
Torax).
6- Tratamento: Cirúrgico – Ressecção ampla (3-5cm de margem
cirúrgica). Para reconstrução pode ser utilizado o flap ou malha
cirúrgica.
7- Recidiva: muito recidivante (70% - 80% de chances sem
retirada de margem cirúrgica 79 dias – cirurgia marginal, próxima ao
tumor; 14% com retirada de margem cirúrgica 325dias – cirurgia
Varia de
acordo com
autores
diferentes
radical)
8- Metástase: órgão mais acometido – pulmão
9- Sobrevida: 900 dias. Após 18 meses é considerado curado.
10- Prevenção: avaliar a necessidade real de aplicações. Definir
um único local de aplicação (lateral do abdômen ou em membros –
amputação). Evitar a aplicação em região entre escapulas (difícil
ressecção)
 
• Definição: O que se sabe é que
ocorre um processo
inflamatório crônico que
transforma as células
mesenquimais em Sarcoma.
Não se sabe o porquê acontece
esse tumor.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HÉRNIAS
Protrusão total ou parcial de um ou mais órgãos de uma cavidade
para outra através de um orifício anatômico já existente.
Congênita:
• hérnia peritônio pericárdica (hérnia diafragmática real): má
formação do centro frênico, com passagem de vísceras para o
saco pericárdico internas
sem possível
• Hiatal: flacidez do centro frênico passagem do estomago para
o esôfago visualização 
• Perineal
• Inguino escrotal Externa com possível visualização
• Umbilical
Obs: hérnia diafragmática é o termo errado para se referir à ruptura
diafragmática, que ocorre por lesão traumática do diafragma com
passagem de órgãos da cavidade abdominal para a cavidade torácica,
sem a presença de um orifício pré existente.
Hérnia umbilical 
Geralmente é congênita, aparecendo principalmente em filhotes.
 
 
 
 Hernia inguinal 
Pode aparecer em alguns
animais com o passar do
tempo por diversos fatores. As
principais vísceras presentes
na hérnia ingnal são: útero,
pois o ligamento uterino esta
ligado a base do anel ingnal;
alças
O anel deveria ser fechado
pelo processo vaginal (epiplon
ou omentum), se o anel for
muito grande ou se o omentum
for muito pequeno. Sabendo
disso o melhor procedimento quando for corrigir a hérnia é castrar o
animal visando à prevenção.
 
Hérnia escrotal 
 
 
 
 Hernia perineal
 
(principal conteúdo próstata, alça e BX (retroflexão de
BX, diag. Por US ou sonda com ou sem RX))
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs: A única hérnia que obrigatoriamente o animal vai apresentar ainda
quando filhote é a umbilical, todas as outras podem aparecer em
qualquer fase da vida.
 
 
 
1. Hérnia de hiato
O centro frênico é o tendão do diafragma,
com uma abertura por onde passa o esôfago onde
desemboca o cárdia. A hérnia de hiato pode
ocorrer secundaria a processos inflamatórios ou
qualquer alteração que eleve a motilidade do
estomago, o cárdia começa a pressionar a região
do centro frênico forçando a passagem do
estomago. Alem disso a hérnia pode ocorrer se a
abertura do centro frênico for maior que o normal
ou se o tônus do centro frênico estiver mais
relaxado. 
Isso faz com que o estomago se insinue pelo
cárdia podendo ate ocorrer uma intussuscepção
gastro-esofagica – que é quando o estomago passa
inteiro para dentrodo esôfago = raro mas é
emergência.
Sintomas: Se o estomago fica somente insinuado o animal
apresenta muito vomito; emagrecimento e dor.
Diagnostico: endoscopia
Tratamento: cirurgia onde fazemos a diminuição por sutura de
compressão do cárdia. Ou sutura do estomago na parede gástrica
(gastropexia). Alem de tratar a causa de base se o problema for uma
inflamação gastrica.
 
 
As hérnias podem ser
• Redutíveis: que por pressão (palpação) retorna ao seu local de
origem, mas que sai após algum tempo = umbilical = podem
evoluir para urgência. Prognostico bom
• Irredutíveis: não volta para a cavidade por pressão, sem
compressão vascular e sem sintomas = podem evoluir para
urgência. Prognostico bom
• Encarceiradas: aprisionamento com compressão vascular e
sintomas. Com acumulo de liquido e dor a palpação = urgência.
Prognostico reservado ​
• Estranguladas: compressão com necrose de órgãos = emergência.
Prognostico reservado ​
 
Partes da hérnia verdadeira
• Anel: defeito por onde passa a víscera
• Saco herniario: tecido que recobre as vísceras formado pelo
omentum; túnica vaginal
• Conteúdo herniario: estruturas ou órgãos
Obs: se não tiver essas 3 partes não é uma hérnia verdadeira. Se
pensar na ruptura ela não tem anel, pois não tem um defeito pré
existente; não tem saco herniario, tendo somente o conteúdo, portanto a
ruptura não é uma hérnia verdadeira.
 
 
A diferença entre hérnia, eventração ou evisceração.
Eventração é a passagem de visceras por abertura traumática da
musculatura, mas preso pela pele. Mais grave que a hérnia. 
Evisceração: ruptura traumática da parede muscular e da pele com
saída das visceras para o exterior do corpo.
Diagnostico: US que avalia a viabilidade do conteúdo ou RX para
visualizar o conteúdo.
Obs: gatos não tem hérnia perineal, pois a próstata é pequena e não tem
HPB que predispõe a esse tipo de hérnia.
 
2. Hérnia umbilical
Projeção de órgãos da cavidade abdominal através do anel
umbilical.
Causa principal: congênita/ hereditária (raças pequenas), geralmente
associada ao criptorquidismo (procurar o testículo na cavidade).
Sintomas: aumento de volume na cicatriz umbilical, de consistência
macia (ligamento falciforme, epiplon). Raramente sofre
estrangulamento, mas pode estrangular se houver a passagem de alça
intestinal causando apatia, dor, emese.
Diagnostico: geralmente o diagnóstico é clinico. Pode ser
solicitado US (se a suspeita for de encarceiramento ou
estrangulamento).
Tratamento: pode ser feita expectativa de ate 6m de idade, se não
houver estrangulamento. A correção é cirurgia de castração +
herniorrafia
1º incisão da pele
2º Incisão do saco herniário (ligamento falciforme – gordura)
3º Redução dos órgãos para o interior da cavidade abdominal
4º Excisão do saco herniário
5º Sutura na musculatura do anel e pele com pss, e fio não abs
 
3. Hérnia inguinal
Projeção de órgãos da cavidade abdominal, através do anel inguinal. De
consistência macia.
Os componentes do anel inguinal são
➢ Músculo obliquo abdominal externo (porção cranial)
➢ Músculo reto abdominal (porção medial)
➢ Artéria e veia epigástrica caudal superficial – passa pelo anel
inguinal. Então quando for fechar o anel deixar uma pequena
abertura para não estrangular esses vasos, não é possível
remove-los, pois eles irrigam toda a cadeia mamaria se não for
um procedimento de mastectomia que é necessário remove-los e
fechar o anel inguinal ocorre à necrose da cadeia mamaria.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Predisposição: congênita; cães; fêmea; inteira de meia idade.
Geralmente unilateral esquerda, pois o ligamento ováriano esquerdo é
mais flácido ou pode ser bilateral porem é raro.
Sintomas: aumento de volume em região abdominal; de
consistência macia; dor a palpação, apatia, e emese se encarcerada ou
estrangulada.
Tratamento: cirúrgico associado a OSH.
1º incisão de pele na linha media (para puxar o conteúdo) e/ou em cima
da hérnia (para suturar o anel)
2º incisão do saco herniário
3º redução do conteúdo – OSH e recolocação dos outros órgãos
4º excisão do saco herniário ou colocação do saco para a cavidade
5º sutura de parte do anel (deixando um pequeno espaço para a artéria e
veia esplênica caudal), com pss ou Sultan com fio abs ou não abs.
6º sutura da pele
 
Obs: alguns animais podem ter piometra e gestação mesmo com o útero
dentro da hérnia.
 
4. Hérnia inguino escrotal ou escrotal
Projeção dos órgãos da cavidade
abdominal através do anel inguinal em
machos. O conteúdo presente
geralmente intestino fica adjacente ou
dentro do funículo espermático.
Sintomas: aumento de volume na
região do escroto. A principal característica é que esse tipo de hérnia
pode se tornar encarcerada facilmente - podendo apresentar dor,
coloração arroxeada, apatia e emese (quando ocorre o estrangulamento
pela obstrução intestinal) - emergencia
Causa principal: congênita e hereditária. Pode aparecer quando
filhote ou adulto.
Tratamento: cirúrgico hernirrrafia
1º incisão da pele pré escrotal ou sobre a hérnia
2º incisão do saco herniário
3º redução do conteúdo com orquiectomia
4º excisão ou redução do saco herniário
5º sutura do anel total (quando associado a castração) ou parcial (se o
proprietário não optar pela catsração) com pss de fio abs ou não.
Prognostico: bom a reservado
 
 
5. Ruptura diafragmática
 
Projeção de órgãos da cavidade abdominal para a
cavidade torácica através de uma descontinuidade do
diafragma.
Causa principal: adquirida – traumática (ruptura
diafragmática)
Ocorrência: maior em machos, jovens (fuga,
animais errantes), felinos; cães atropelados
(geralmente a ruptura é dorsal e o primeiro órgão a
passar é o estomago).
Fisiopatologia: aumento da pressão intra-abdominal (durante o
trauma); aumento do gradiente de pressão pleuro-peritoneal com
rompimento dos locais mais frágeis do diafragma (extremidades direita
ou esquerda).
Sintomas: dispnéia, sendo que a dificuldade respiratória será
proporcional a quantidade de vísceras que passaram para o tórax, pode
ficar em posição ortopneica. Apatia (ruptura crônica); emese (torção do
estomago dentro da hérnia); anorexia/ hiporexia (param de comer, pois a
comida distende o estomago que comprime o pulmão) e perda de peso
acentuada.
Na hora do trauma o animal fica muito mal, com dispnéia, muita
dor. Mas depois que se passa 24-48h o animal se estabiliza e passa a
ficar assintomático. A primeira víscera que passa em gatos é o fígado
que pode dobrar dentro da cavidade, a médio e longo prazo (pode levar
ate anos) ocorre a aderência do órgão e falência por isquemia, levando o
animal a falência de múltiplos órgãos.
​O grande problema de operar com mais de 6
meses de ocorrência é a anestesia (pulmão que esta
colabado há muito tempo), com grandes chances de
rompimento de alvéolos; aderência e retração do
diafragma (pode tentar a colocação da malha
cirúrgica – malha de Marlex com o omentum) e o pior que pode
acontecer é a síndrome de reperfusão tecidual (todas as substancias
tóxicas que estavam retidas no fígado são liberadas de uma só vez –
geralmente é isso que leva a óbito). Por isso o ideal é não esperar muito
para realizar a cirurgia.
 
Em que momento operar esse animal?
O correto é esperar de 24-48h que é o tempo do paciente estabilizar a
respiração com oxigenoterapia e analgesico, o procedimento só é
realizado logo após o trauma se o animal ficar cianótico. Operar
precocemente aumenta muito a chance de óbito
Diagnostico: RX ​ Normal ​ Rompido
 
 
 
 
 
 
Mostra descontinuidade diafragmática. O exame de RX é difícil de
ser realizado em pacientes com trauma recente, pois quando o animal é
colocado em decúbito lateral os órgãos que estão na cavidade torácica
comprimem o pulmão dificultando ainda mais sua respiração, pode ser
realizado então a radiografia dorso-ventral(menor compressão
pulmonar). Em quadros crônicos com o animal estável é possível
realizar o exame sem maiores intercorrencias.
Tratamento: laparotomia e herminorrafia
Complicações durante a cirurgia: com a descontinuidade do
diafragma ocorre alteração da pressão negativa do torax, quando
fazemos a incisão e a cavidade entra em contato com o ar externo
colaba ainda mais o pulmão. Nessa hora é necessário que o anestesiste
faça a ventilação manual (forçando a expansão pulmonar).
Em gatos assim que entra para a cirurgia o animal já para de
respirar sozinho o que facilita a oxigenação forçada pelo anestesista.
Cães mesmo anestesiados continuam forçando a respiração, para
que eles parem de respirar é administrado um fármaco bloqueador
neuromuscular – causando a paralisia dos músculos respiratórios exceto
o músculo cardíaco = rocuronio. Antagonista: prostigmine
1º Laparotomia do xifóide ao umbigo pela linha media ventral
2º redução do conteúdo
3º reposição e sutura do diafragma com a
parede abdominal com ponto continuo (melhor
para vedar) ou em pss. Enxugar o sangue presente
no torax, o anestesista deve ir insuflando o
pulmão aos poucos para não romper alvéolos e
posteriormente o animal desenvolver
pneumotórax (se a ruptura for recente). Antes do ultimo ponto o
anestesista deve insuflar ao Maximo o pulmão para restabelecer a
pressão negativa, e o cirurgião termina a sutura do diafragma.
Teste para saber se há vazamento de ar: teste do borracheiro
(coloca água na cavidade abdominal e observa se saem bolhas dos
pontos)
4º sutura do SC
5º sutura da pele
 
 
 
 
Cuidados no pós operatório
Observar a respiração do animal que deve se restabelecer logo após a
cirurgia.
− Toracocentese com válvula de 3 vias: se apresentar dificuldade
respiratória
− Oxigenoterapia
− Observação por 24h
− Administração de ATB e analgésico
− Cerca de 88% dos pacientes sobrevivem com 24-48h do ocorrido
− Cerca de 73% dos pacientes tem risco de óbito em operação com
mais de 1 ano do ocorrido
− Cerca de 33% tem risco de morte quando operados com menos de
24h do ocorrido
 
Complicações:
− Herniação gastrica (cão)
− Estrangulamento intestinal (incomum)
− Aderências permanentes (muito comum)
− Edema por reexpansão pulmonar
− Pressão negativa não restabelecida (baixa qualidade
respiratória)
 
6. Hernia perineal
Projeção de órgãos da cavidade abdominal através de um defeito
no diafragma pélvico
Muito próximo ao diafragma pélvico encontra-se a próstata, intestino e
BX, que são os 3 primeiros órgãos a sofrer hermiação.
Ocorrência: principalmente em animais idosos (7-9anos) pelo aumento
da flacidez muscular. Mais comum em cães de raças de qualquer raça,
uni ou bilateral (pior prognostico)
Os principais músculos do
diafragma pélvico são:
➢ Esfíncter anal externo
➢ Músculo elevador do anus
➢ Músculo coccígeo
➢ Músculo abdutor interno
➢ Nervo; artéria e veia
pudenda
Etiologia: o que influencia
muito no aparecimento
dessa hérnia no macho é
principalmente a
testosterona que causa flacidez do períneo e HPB. Fêmeas não tem
esse tipo de hérnia e animais castrados tem baixa incidência dessa
afecção.
 
 
Fatores predisponentes:
− Atrofia muscular neurogênica (perda de tônus do músculo do
diafragma pélvico)
− Quadros de disquezias (associados a HPB ou obstruções)
− Animais caudectomizados tem maiores chances de ter esse tipo de
hérnia, pois já possuem a flacidez do músculo coccígeo e parte do
elevador do anus.
Diagnostico: RX simples/ contrastado; US – definem qual é o conteúdo
herniario e mostram se a BX esta no meio (mais urgente). Hemograma -
perfil pré anestésico e bioquímico para saber perfil renal. 
Sintomas: aumento de volume em região perineal; consistência
macia; pode apresentar disquezia; disúria e sinais de azotemia (quando
ocorrer retrofexão de BX)
Tratamento: herniorrafia + castração
1º sutura em bolsa de fumo no anus ou cooca-se um embolo
(vantagem: menor chance de suturar o reto na parede) 
2º incisão em meia lua ao lado do
anus, uni ou bilateral
3º redução do conteúdo
 
 
 
4º sutura de reaproximação dos
músculos do diafragma pélvico,
cuidado para não suturar artéria e veia
 
 
 
 
 
4º Ou Retalho do músculo
obturador interno. Divulsiona o músculo
obturador interno totalmente da bacia e
faz a transposição nos outros músculos
para fechar a abertura herniaria
 
 
 
 
4º Ou colocação da malha de Marlex Se o
músculo estiver muito atrofiado que deve ser
suturada aos músculos.
 
 
 
 
4º Ou transposição do
músculo semitendinoso
(músculo da coxa); incisa o
músculo do lado oposto da
hérnia e rebate por cima da
hérnia. Usada quando outras
técnicas não funcionaram.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5º sutura da pele
 
Deferentopexia (ducto deferente)
Usada como complemento para a herniorrafia quando a BX sofreu
retroflexão. Mesmo retornando a BX para seu lugar como ela ficou
muito distendida ela fica flácida e volta a sofrer retroflexão para que
isso não ocorra é feito a deferentopexia.
1º antes da herniorrafia
2º orquiectomia
3º laparotomia bilateral em região hipogastrica, redução do conteúdo
herniario
3º localiza a BX e a próstata ligada ao ducto deferente
4º traciona o ducto ate a parede abdominal, deixando a BX na posição
correta
5º prende o ducto a parede abdominal em ambos os lados
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa
cirurgia
auxilia na redução do conteúdo
herniario e previne possíveis problemas
urinários e recidivas. Porem é mais
demorada.
Pós operatório
− Anti-septico local para lavagem da
ferida e na bolsa de fumo. Tem grandes chances de infeccionar.
− Receitar amolecedor de fezes. Pelo longo tempo sem defecar pode
ter endurecido as fezes = lactulona.
− ATB
− Analgesico
− AINE
− Colar
Prognostico: bom a reservado (quando a hernia é bilateral e quando
tem retroflexão de BX)
 
Casos clínicos
1. Cão, macho, 12 anos, inteiro. Aumento
de volume em região perineal há 6 meses.
Relata disquezia, sidúria e hiporexia a 1
semana. Claudicação dos membros
pélvicos, prurido em região abdominal
lateral.
Hernia perineal bilateral.
Exames complementares: hemograma,
função renal, US do abdomem e do perineo
Tratamento: herniorrafia com malha sintética
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Felino, fêmea, 8 meses. Aumento de
volume em região abdominal, desde os 3
meses. Nas ultimas 24h o paciente
apresentou inapetência e emese. Nenhuma
alteração anterior. Ao exame físico foi
possível notar aumento de volume de
consistência firme, dolorosa, sem alteração
de cor em região abdominal ventral. Palpação abdominal revelou
distenção gasosa de alças e dor abdominal. Animal com discreta
desidratação.
Suspeita? Hernia umbilical e eventração com suspeita de
estrangulamento.
Exames: US, hemograma, RX
Animal em urgência, cuidados pré operatórios: fluido, ATB, analgésico.
Mas operar no mesmo dia.
Tratamento: cirurgia de herniorrafia, com diagnostico de hernia
umbilical.
 
 
3.
Animal com hérnia perineal
 
Tratamento: herniorrafia com deferentopexia e lavagem retal porem o
divertículo retal não tem correção acumulando fezes constantemente –
fazer enema ou retirar com o dedo.
 
Questão da prova.
1º cão, macho, jovem , com hematuria, disuria e estranguria a 1 dia. Ao
exame físico apresentou parâmetros normais. Urinalise com presença de
cristais mistos = litíase mista vesical e/ou uretral obstrutiva, que pode
ser confirmada com US ou RX e o tratameto consiste na cistotomia com
uretrostomia caso a hidropropulsão não seja eficaz. 
 
 
 
 
 
CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (OU EPIDERMÓIDES) 
19.05.17 Profa. Cris
 
CONCEITO: é uma neoplasia maligna que se originou de uma
célula epitelial da pele. Acomete a camada espinhosa que fica no meio
da epiderme.
Esses Carcinomas têm aparência úmida, de ferida ulcerada.

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