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Cirurgia de Pequenos Profilaxia da infecção Em geral pequenos animais são mais resistentes a infecções hospitalares. • Esterilização elimina 100% dos MO patogênicos e não patogênicos. Ela se refere a objetos (pano de campo, instrumental, avental e luvas). Validade de 2-3 meses. o Físicos ➢ A seco – estufa (160°c por 2h ou 180°c por 1h). É um equipamento maior que a autoclave. Obs: a caixa cirúrgica na estufa o ideal é ser fechada (sem furos), se tiver furos deve ser envolvida por papel muscelina. A caixa com furos é mais indicada para ser utilizada na auto clave entrando em contato com o vapor. ➢ A vapor – autoclave: menor que a estufa e mais caro. 10- 25min a 132-135°c ou 15-30min a 121°c o ciclo inteiro demora 2,5h. Obs: quando o fluxo de cirurgia é baixo de cirurgias usarem roupas descartáveis. Obs: fio de sutura perde a força de tensão Obs: azul de metileno pode ser esterilizado na autoclave. ➢ Radiação ionizante (cobalto 60): muito cara, utilizada geralmente por fabricas de materiais de sutura e descartáveis. o Químicos ➢ A gás (oxido de etileno): altera o DNA do MO. Utilizado para instrumentos ópticos, seringas, sonda, endoscópio. Principalmente instrumentos de borracha e plásticos. ➢ A gás (formaldeído): pastilha de formol. Atualmente é proibida a comercialização. É o método mais barato, pode ser usado para todos os objetos cirúrgicos, porem é tóxico, tem cheiro muito forte, hidrossolúvel e corrosivo. Promove coagulação de proteínas. Age também como desinfetante (liquido) e se for para esterilização é necessário a permanência do objeto por 10h. ➢ Fria (glutaraldeido 2% / Germikill): não é corrosivo, é ideal para instrumentos com lentes (melhor autoclave). É feito por imersão, na desinfecção o objeto permanece por 10min a 20-25°c; ou esterilização por 10h a 20-25°c (enferruja com o tempo). • Desinfecção: diminui em grande parte os MO. Também se referem a objetos (mesa cirúrgica). Não mata esporos, mas mata bactérias patogênicas. ➢ Álcool isopropilico 50 a 70% ou etílico de 70% de 5-10min em contato = desinfecção e antissepsia. ➢ Hipoclorito (cândida): desinfecção de chão 10-30min, irritante a mucosa e corrosivo para metais. ➢ Iodóforos (perde ação em contato com o sangue), desinfetante e antissepsia. Matéria orgânica reduz sua atividade, coram tecidos vivos e sintéticos. Promove iodação e oxidação de moléculas (PVPI - polivilpolvidona) ➢ Glutaraldeido: não é corrosivo é feito por imersão, na desinfecção o objeto permanece por 10min a 20-25°c ➢ Digliconato de clorexidine alcoólico. Desinfecção de superfícies 0,5%, desinfecção de pele 5%. Tem ação bactericida de amplo espectro • Assepsia: preparo do paciente (banho 1 dia antes) Tricotomia (maquina) Escovação de pele com germicida (clorexidine degermante - lavagem) • Antissepsia (pele): alcool iodado, PVPI, clorexidine alcoólico. Destruição de grande parte dos MO. Refere-se a tecidos vivos. Estrutura do centro cirúrgico ➢ Vestuário (pijama cirúrgico, propés (não obrigatório), gorro e mascara). ➢ Sala de preparação anestésica e cirúrgica: local adjacente a área cirúrgica. Preparo do animal MPA; tricotomia, cateterização venosa; indução anestésica; entubação. Área de paramentação ➢ Limpeza e desinfecção das mãos e antebraços ideal de 5-10 escovadas por superfície, colocação dos aventais e luvas. Cirurgião e auxiliar/instrumentador somente. Área de recuperação pós operatória ➢ Gaiola individual próximo ao centro cirúrgico ➢ Aquecimento 21-25°, pois o animal sai hipotérmico (ciru. Acima de 1h) ➢ Monitoração até a recuperação completa (parâmetros normais) ➢ Medicamentos básicos próximos (analgésico, AINE) ➢ Equipamentos para emergência (desfibrilador, oxigênio, sondas endotraqueais) Conduta na sala cirúrgica ➢ Mínimo transito ➢ Paramentado ➢ Conversa limitada ➢ Não tocar em objetos estéreis ➢ Postura de equipe Fatores que determinam a infecção ➢ Quantidade de MO (quebra das técnicas) ➢ Coagulo, seroma (acumulo de liquido inflamatório), hematoma ➢ Aporte sanguíneo deficiente ➢ Conteúdo do TGI ➢ Tempo cirúrgico (quanto menor o tempo menor o risco de contaminação) ➢ Incisão menor ➢ Sutura com menor intervalos ➢ CE ➢ Ferimento traumático (tecido desvitalizado) ➢ Tratamento proletado (fratura exposta) • Classificação da ferida cirúrgica ➢ Limpa – OSH ➢ Limpa contaminada = TGI, respiratório, urinário ➢ Contaminada: trauma ➢ Suja: pus, miíase • Tempos operatórios ➢ Diérese: incisão ➢ Hemostasia: controle de sangramento ➢ Síntese: sutura (necessário: agulha com ponta, corpo e fundo; porta agulha e fio) • Agulha - Ponta: traumática triangular (pele, tecidos duros e córnea) - Ponta atraumatica cilíndrica(tecidos moles) - Corpo: achatado; triangular; arredondado - Fundo: verdadeiro; falso - Forma: reta; curva; especiais em “s” • Porta agulha Mayo-hegar Mathieu Obs: cabo dourado a ponta é revestida por vídea com maior durabilidade = melhor • Fios: devem ter boa tensão (segura o nó), ser flexível, fácil esterilização, não reativo (sem causar inflamação), liso e forte, fácil visualização, baixo custo, fácil manuseio, baixa capilaridade (capacidade de ficar embebido em líquidos – melhor monofilamentar, ruim foco de infecção – multifilamentar), ter menos memória. Numeração 10-0...4-0, 3-0, 2-0, mais fino ← 0 → mais grosso 1, 2, 3 em pequenos (entre o 0 e 4-0) Tipo de fio ➢ Absorvível ▪ Sintético: acido poliglicólico, poligalactina, PDS – multifilamentar (mais reativos); caprofyl – monofilamentar (menos reativo) ▪ Natural: categute (subcutâneo e algumas vísceras) – muito reativo Obs: teoricamente demora 15-20 dias para absorção ➢ Inabsorvivel ▪ Natural: seda; algodão (não usar) ▪ Sintético: nylon (melhor e mais utilizado, exceto em cirurgias de bexiga, pois é calculogenico quando passa pela mucosa); prolene; poliéster. Todos são monofilamentares e, portanto menos reativos. ➢ Metálico – aço: Cirurgia ortopédica (menos reativo entre todos, pode ser usado em animais alérgicos ao fio) ➢ Grampos – síntese de parede ou de pele (rapidez, pouco reativo porem é muito caro, melhor esteticamente) Padrões de sutura Todas as suturas sempre começasm e terminam com 1º nó de cirurgião ou duplo (1x) e 2º nós completos verdadeiros (6x) ➢ Simples (aposição) Interrompido Contínuo ➢ Sutura em U ou Wolff (eversão) Interrompido Contínuo/ colchoeiro Captonado (diminui a tensão) ➢ Sutura em X ou Sultan (aposição) Interrompido ➢ Sutura em Cushing (inversão) Continua ➢ Sutura em lembert (inversão) Interrompida Continua Incisão de acesso ao abdômen LE LD Laparotomia paracostal Laparotomi a pelo flanco Laparotomia pela linha alba Laparotomia paramediana Cicatriz umbilical Eversão Inversão Aposição Definição: Laparotomia ou celiotomia = incisão da cavidade celomática (abdômen). Tipos ➢ Laparotomia pela linha média ventral (mais comum). Dá acessoa todos os órgãos abdominais, pode ser cranial (pré umbilical) ou caudal (retroumbilical) ao umbigo ➢ Laparotomia pelo flanco (lateral do animal – cesariana em grandes animais) ➢ Laparotomia paracostal (paralelo a ultima costela – biopsia hepática) ➢ Laparotomia paramediana (paralela a linha média – criptorquidismo abdominal) Técnica 1. Tricotomia e assepsia, panos de campo 2. Incisão de pele (bisturi) 3. Divulsão do tecido subcutâneo (tesoura mayo) 4. Tração para cima do músculo reto abdominal (fascia externa e interna) – pinça allis 5. Incisão da Linha Alba (avascularizada) – bisturi 6. Aumento da incisão (tesoura mayo) 7. Afastadores de Farabeuf 8. Acesso para cirurgia 9. Sutura do músculo reto (fascia externa principalmente + musculo) – fio sintético absorvível (poliglactina) ou não absorvível (nylon). Não realizar eversão ou inversão. PSI, PSC, sultan (em grandes) – fio 3-0, 2- 0, 1-0 10. Suturar o tecido subcutâneo. Cushing, colchoeiro, PSC, fio sintético absorvível. 11. Suturar a pele. PSI, PSC, sultan, Wolff, colchoeiro, fio sintético não absorvível. Obs: não apertar muito os pontos, pois causa isquemia e necrose Obs: estomago, bexiga, cesária sempre usar dois padrões de sutura cushing e lembert, ou cushing + cushing ou lembert + lembert. São suturas não contaminantes de eversão (passa por todas as camadas exceto a mucosa) Obs: Wolff ou colchoeiro podem ser usados quando a tensão é grande pela retirada de pele (ex: mastectomia) Ovariosalpingohisterectomia (OSH) Definição: consiste na retirada dos ovários, do útero e dos ligamentos que os sustentam (ligamento largo e suspensório) Anatomia: o ligamento cranial do ovário é fixo por um forte e fino ligamento suspensor, que se estende para o diafragma na área da ultima costela. Compõe-se o útero de um par de cornos, corpo e cérvix. Encontram-se na cavidade abdominal, apenas a cérvix ocupa a cavidade pélvica, cada ovário é ligado a seu corno uterino correspondente pelo ligamento próprio do ovário. O corpo uterino encontra-se com a cérvix que conecta o útero à vagina. O conjunto de ligamento suspensório, bolsa ovariana, ovário, artéria e veia ovariana = pedículo direito e esquerdo. Quando realizada a OSH remove-se totalmente os ovários, cornos uterinos e corpo uterino restando somente o coto uterino. As veias e artérias uterinas são ramos da artéria ilíaca e da veia pudenda – menor sangramento quando comparada a incisão das veias e artérias renais que são ramos diretos da veia cava e artéria porta. Do lado esquerdo do animal a veia ovariana tem comunicação direta com a veia renal (necessário cuidado para não ligar a veia renal e cortar o aporte sanguíneo do rim esquerdo). Se ocorrer a ligadura da veia renal ocorre o acumulo de sangue no rim e dilatação renal. Para isso sempre realizar a ligadura o mais próximo do órgão a ser removido. Muito cuidado para não ligar o ureter junto com o pedículo (ao US observa-se dilatação de ureter a partir da região caudal ao rim e parênquima renal) ou na sutura para formação do coto uterino (dilatação de ureter a partir da bexiga e parênquima renal), podendo causar perda o parênquima renal. Indicações da OSH: endometrite; piometra; torção uterina; prolapso uterino; fetos enfisematosos; neoplasia de ovário, útero ou ambos; evitar cio ou reprodução. Técnica classica das 3 pinças Obs: ligadura é um método hemostático 1. O paciente é posicionado em decúbito dorsal. Incisão caudal na linha media. O cólon descendente é elevado e tracionado para o lado direito do abdômen, com o objetivo de expor o ovário esquerdo, já que sua localização é mais caudal que a do direito. 2. Tração do útero para visualização do pedículo (ligamento suspensório, veia e artéria ovariana e ovário) 3. Colocação de 3 pinças hemostáticas Kelly. 4. Incisão entre 2 e 3 pinça 5. Ligadura abaixo da primeira pinça cranial (feito a mão, nó de cirurgião e 6 completos verdadeiros) 6. Ligadura entre a 1 e 2 pinça cranial (feito a mão, nó de cirurgião e 6 completos verdadeiros) 7. Colocação das três pinças no corpo do útero 8. Incisão entre a 2 e a 3 pinça cranial 9. Ligadura entre a 1 e a 2 pinça 10. Incisão abaixo da primeira pinça 11. Coto ovariano 12. Sutura acima do coto Complicações: hemorragias (mais comum devido à coagulopatias, ruptura de vasos ovarianos ou ligamento suspensor, gotejamento dos vasos do ligamento largo); piometra de coto; fístula; ligamento do ureter; incontinência urinaria; estro recorrente (tecido ovariano residual); em OSH precoce pode-se ter hipoplasia de vagina ou vulva, consuzindo a dermatite perivulvar, persistência de comportamento juvenil. Piometra Definição: processo inflamatório e infeccioso do útero, ocorre 321 geralmente em cadelas inteiras de meia idade a idosas. O ciclo das cadelas consiste em proestro (27dias), estro (7dias), diestro (2-3 meses) e anestro (4 meses). Cães tem maiores chances de piometra pelo grande período que permanecem em diestro. No proestro ocorre o crescimento folicular e aumento de estrógeno. No estro ocorre a saída do folículo do ovário para útero (ovulação) No diestro ocorre a formação do corpo lúteo com aumento da progesterona. A progesterona diminui a motilidade uterina; aumenta a quantidade de glândulas endometriais; aumenta a secreção das glândulas endometriais; pode fechar a cérvix ou permanecer aberta = características propicias para a permanência do corpo lúteo e chegada do espermatozóide = formação do embrião. Gatas só entram em diestro após a copula. Sem a cópula, bactérias oportunistas saem do trato genito urinário e caminham ate chegar ao útero e se proliferam. Quando a cérvix esta fechada = piometra fechada (sem secreção – difícil diagnosticar); cérvix aberta = piometra aberta (com secreção). Pode ocorrer à saída das bactérias para a circulação, pois o útero é ricamente inervado. Quando na corrente sanguínea induz a formação de imunocomplexos (antígeno/ anticorpo), podendo ter sinais de toxemia (febre; dor abdominal; desidratação; mucosas congestas; anorexia; apatia; emese). Tais complexos são depositados nos rins causando uma glomerulonefrite imuno mediada, diminuindo a taxa de filtração glomerular (aumento de uréia e creatinina) com sinais de azotemia (hiporexia, emese). As bactérias também inibem os receptores de ADH causando poliúria associada à polidpsia. Tudo isso compõe um quadro de septicemia. Diagnostico: US - visivel aumento de volume dos cornos uterinos, com conteúdo anecogenico e com alta celularidade. Hemograma: leucocitose com desvio a esquerda (aumento de bastonetes). Bioquímico: aumento de uréia e creatinina. Tratamento: OSH + fluidoterapia ATB Antitermico Analgésico Protetor gástrico Tratamento clinico: Lavagem uterina, possível apenas na piometra aberta, porem tem aumento da contração uterina – muita cólica. Prostaglandinas: contrai o útero e destrói o corpo-luteo (lise), levando a diminuição da progesterona. Causa aumento da contratilidade causando muita cólica, mais utilizada em fêmeas reprodutoras. Prognostico: Depende das lesões já provocadas e, principalmente, do acometimento renal Precaução: OSH antes do primeiro cio previne piometra e neoplasia de mama 0,05% de chances, porem 7% podem ter incontinência urinaria. OSH após o primeiro cio previne neoplasia de mama e incontinência urinaria. Obs: não é ideal a castração no proestro e estro, pois todas as estruturas estão mais vascularizadas tendo maior perda de sangue. Exemplo: RESENHA: Anitta, canina, srd, femea, 10 anos, Peso: 15kg ANAMNESE: Refere apatia e secreção vaginal há 7 dias, hiporexia, emese, poliúria e polidpsia há 2 dias. Refere normoquezia.Nega tosse, espirro, secreção óculo-nasal, distrição respiratória, cansaço fácil, sincope e convulsões. Nega alterações visuais, auditivas e olfativas. Nega castração, refere 1 cria há 2 anos. Refere ultimo “cio” há 40 dias. Refere alimentação a base de ração e latinha. Refere banhos mensais em petshop. Refere vacinação e vermifugação atualizadas em 2016. Refere 1 contactante felino assintomatico. Refere acesso à rua. Nega puliciose, ixodidiose e pediculose. Nega antecedentes mórbidos. Nega qualquer medicação atualmente. EX FÍSICO: 39,9°C (febre), mucosas congestas (circulação das bactérias), desidratação moderada (poliúria, emese e hiporexia), linfonodos normais, bulhas regulares normofoneticas, pulso fraco (desidratação), FC 70bpm, FR 15bpm, TPC 4 segundos (aumentado pela desidratação), aumento de volume abdominal com palpação de estrutura móvel e sensível de aproximadamente 5cm de diâmetro em região epi-meso-hipogástrica . Presença de cálculos dentários e halitose. 1. Quais dados da anamnese levaram a sua suspeita clinica? 2. Quais as alterações encontradas no exame físico? 3. Quais exames complementares (laboratoriais e de imagem) você solicitaria devido essas alterações? US, Hemograma e bioquímico. 4. Qual tratamento clinico sintomático poderia ser estabelecido para este paciente? Fluidoterapia; analgésico; antitérmico; ATB; antiemetico = tratamento suporte 5. Qual a técnica operatória ideal para tratar esta afecção? OSH 6. Quais as consequências dessa doença se não tratada adequadamente? DRC; sepse; óbito SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Anatomia: testículos, epidídimo, ducto deferente, glândulas genitais acessórias, uretra pélvica e pênis constituem os órgãos genitais masculinos. Os testículos (formação de espermatozóides) são contidos dentro da bolsa testicular ou escroto, cuja parede contem músculo liso e fáscia espermática externa. O testículo é coberto por uma fina cápsula fibrosa, a túnica albugínea. Testículos e epidídimo (armazenamento e maturação do espermatozóide) unem-se pelo ligamento próprio do testículo. O ducto deferente (transporte dos espermatozóides) inicia-se na cauda do epidídimo e cursa através da cavidade abdominal, pela parede do cordão espermático. A veia testicular, de aspecto tortuoso, forma o complexo pampiniforme, responsável pelo resfriamento do sangue que irriga os testículos. Dentro do cordão espermático o ducto deferente é fechado separadamente sobre sua própria prega mesentérica, o mesoduto deferente. O ducto deferente ganha o abdômen através do canal inguinal, que é um espaço em potencial entre os anéis inguinais superficial e profundo. Existe conexão entre o ducto deferente e a uretra pélvica. TÉCNICAS DE ORQUIECTOMIA canina • Cordão e testículo coberto (mais indicado para bovinos) • Testículo descoberto e funículo espermatico coberto (mais indicada para equinos) • Cordão e testículo aberto (mais indicada para pequenos animais) 1. Incisão da túnica vaginal, expondo com facilidade o testículo e o cordão espermático, e melhor capacidade de ligadura. A incisão pode ser paralela a linha média, na rafe – incisão em cima ou duas paralelas (linha que separa os dois testículos – mais usada em felinos); escrotal (maior sangramento; edema pós operatório) ou a mais utilizada pré escrotal 2. Tração do testículo para frente. 3. Incisão da túnica vaginal. 4. Exposição e tração do testículo com visualização da porção vascular do cordão espermático e túnica. Não é obrigatório a sutura da túnica vaginal. 5. Colocação das 3 pinças hemostáticas no ducto deferente e porção vascular 6. Incisão entre a 2 e 3 pinça 7. Sutura entre a 1 e 2 pinça, apertar bem 8. Sutura da pele PSI Indicação: previne neoplasia testicular, ou sua retirada Orquite não responsiva à terapia conservadora Previne Hiperplasia prostática benigna Eliminar comportamentos indesejáveis Evitar reprodução Obs: neoplasias de bolsa escrotal é necessário a retirada dos testículos e bolsa = orquiectomia cosmética ou orquiectomia com ablação de bolsa. Obs: orquiectomia de gatos (nódo espermático com a porção vascularizada) pode ser usada em cães, porem isso só é possível em animais de pequeno porte, pois a espessura é menor Obs: Pode ter ganho de peso, mas não é regra. Mas é necessário estimulá-lo a se movimentar. VASECTOMIA Inibe a fertilidade sem interferir na libido ou no comportamento, geralmente não é recomendada, pois o animal não muda seu comportamento. Após a vasectomia os espermatozóides permanecem no ejaculado por até 3 semanas. Esse procedimento é mais indicado em animais silvestres. Técnica 1. Pode ser realizado 1 ou duas incisões pré escrotais. Visualização da túnica vaginal, cordão espermático e ducto deferente 2. Incisão na túnica vaginal. Visualização do deferente e a porção vascular. 3. Tração do ducto deferente 4. Sutura das extremidades 5. Remoção de um pequeno pedaço (pode fazer ou não) 6. Sutura da pele Obs: cuidado para não ligar a porção vascular, pois supre o aporte sanguíneo necrosando os testículos. Obs: mais cara, e não previne nenhuma doença secundária ORQUIECTOMIA FELINA A distancia entre o prepúcio e a bolsa escrotal é mínimo, sendo assim a técnica pré escrotal é muito mais complicada. Na técnica escrotal não ocorre edema de bolsa e a sutura é opcional, porem se a fizer o animal deve ficar de colar elizabetano. • Técnica de cordão e testículo descoberto 1. 2 incisões paralelas a rafe ou somente uma incisão na rafe. Pode ser feita cordão e testículo descoberto (mais indicada) ou coberto. 2. Separação da túnica vaginal. Visualização do cordão espermático (porção vascular) e ducto deferente 3. Pode ser feito a técnica das três pinças ou divulsiona com uma pinça hemostática o deferente do testículo, sem separar a porção vascular 4. Faz um nó (4-5 nós fortes) do deferente na própria porção vascular do cordão 5. Sutura opcional ou cola cirúrgica (se ele lamber é bom, pois retira sujeidades) • Técnica de cordão e testículo coberto 1. Incisão no próprio saco escrotal 2. Tração do testículo para fora da bolsa escrotal 3. Nó de cirurgião com o próprio cordão espermático 4. Antes de fechar o nó retira-se o testículo 5. Conclusão do nó (2-3 nós fortes) Obs: Vasectomia em gatos não é indicada AFECÇÕES DOS TESTÍCULOS Congênitas • Anorquidismo: não formação testicular (raro) • Monorquidismo: agenesia de 1 dos testículos (raro) • Criptorquidismo: É o defeito testicular mais comum. É a não migração de um ou ambos os testículos para a bolsa escrotal, pode ser localizar na região do anel inguinal ou dentro do abdômen na região hipogastrica no pólo caudal da bexiga. Pode tornar-se uma neoplasia, pois a temperatura da bolsa escrotal é adaptada (2°abaixo da temperatura corpórea) para manter o testículo e a produção espermática, quando este se encontra em lugares inadequados estão sujeitos a mitoses atípicas e geração de massas tumorais ou podem sofrer torções. É uma doença hereditária, o animal deve ser separado da reprodução, e o mais indicado é a orquiectomia bilateral. Raças predispostas: Chiuhauhuas, Schnauzers miniaturas, Pomerânios, Poodles, Huskies Siberinanos, Yorkshires Diagnostico: cães e gatos devem nascer com os testículos dentro da bolsa escrotal. Pode ser solicitado US, porem o diagnóstico é 90% clinico por palpação no cão e sempre realizar o US no gato. Tratamento: orquiectomia, após 6 meses de idade – em cão pode ser realizada sem US. Gatos é obrigatório o diagnostico e identificação da região onde o testículo se encontra pelo US. Técnica: Se for extra-abdominal a incisão é na região pré-escrotal ou escrotal; se for intra-abdominal deve ser realizada a laparotomiaNEOPLASIA TESTICULAR Células germinativas: seminomas – maligno Células intersticiais: Laydigomas – benigno (tumor de tecido conjuntivo) Células de Sertoli ou Sertoliomas – mais maligno Geralmente acomete cães idosos. Alguns animais podem apresentar mais de uma variação de neoplasia Sinais clínicos: assimetria testicular com aumento de volume; o Dor (não é comum, pode apresentar quando houver torção testicular ou com processos inflamatórios associados - mucocele) o Sinais de feminilização Tratamento: orquiectomia; quimioterapia • Sertolinomas / TCS No testículo normal as células de Sertoli produzem hormônios estrogênicos. Quando apresenta o tumor ocorre um grande aumento na produção desses hormônios de 50 – 70%, ou seja não é obrigatório animais com esse tumor apresentar sinais de feminização (abaixa para micção; atrofia peniana; pele adelgaçada; hiperplasia de glândula mamária - ginecosmatia; atrofia de folículo piloso – alopecia simétrica bilateral = síndrome paraneoplasica). Pode acometer testículos criptorquidicos ou normais, geralmente são unilaterais. Pouco metastático. Pode estar associado a outras neoplasias testiculares. Tratamento: orquiectomia e também é indicado quimioterapia quando apresentar sinais de síndrome paraneoplasica • Semioma Incidência similar ao Sertolinoma. Geralmente acomete testículos criptorquidas, uni ou bilateral. Eventualmente causam sinais de alopecia e feminização, mas apresentam edema prepucial. Pode estar associado a outras neoplasias. Tratamento: orquiectomia • Leydigoma ou tumor de Sertoli Animais acima de 10 anos, não castrados, geralmente acometem testículos em bolsa escrotal. Na maioria é benigno. Pode estar associado à HPB, hérnias perineais e tumores de células Circumanais (glândulas perianais que produzem muco lubrificante). Geralmente ocorre atrofia do testículo contralateral. Tratamento: orquiectomia PRÓSTATA Produção de fluido seminal. É um órgão sexual acessório comum em cães e raro em gatos. É uma estrutura bilobada, com a superfície lisa. Esta localizada na saída da bexiga abaixo do reto e dentro do assoalho pélvico. HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA HPB Cães castrados não apresentam, e cães não castrados tem maior predisposição a partir dos 4 anos. Ate os 4 anos a próstata se localiza na região pélvica (teoricamente para acessá-la é necessário realizar uma fratura da pelve). De 4 – 10 anos esta na região pélvica e abdominal (acesso por laparotomia abdominal). Acima de 10 anos esta na região abdominal (acesso por laparotomia abdominal). A hiperplasia cística é comum em animais idosos. Obs: não necessariamente o tamanho esta associado à gravidade dos sintomas Diagnóstico: palpação retal auxilia na identificação de hiperplasias assimétricas pode ter seu crescimento excêntrico quando à compressão e diminuição da luz intestinal ou concêntrico quando ocorre a compressão do canal uretral. Superfície irregular, com ou sem sensibilidade. RX simples, observa-se deslocamento cranial da bexiga e o possível tamanho da próstata (não mostra o aspecto) US – mais fidedigno, pois é possível identificar cistos, abcessos, neoplasias (Biopsia aspirativa guiada por US – se encontrar-se no abdomem), cistos e abcessos paraprostáticos Sintomas: disúria ou ate estrangúria Hematúria Fezes em fitas – fezes achatadas Tenesmo Hérnia perineal, verificar se a bexiga esta dentro da hérnia (US; passagem de sonda quando drena a urina a hérnia diminui de tamanho; RX simples com a sonda) – complicação de emergência Tratamento: castração regride a HPB em 20-30 dias, pois a testosterona estimula a hiperplasia. Pode ser preventiva ou curativa. Controlar pelo US. Obs: animais castrados com sintomas de doenças prostáticas – neoplasia (não é comum HPB), são malignos muito invasivos, infiltrativos e altamente metastáticos ABCESSOS PROSTÁTICOS É o acumulo de material purulento dentro do parênquima prostático. Acomete principalmente machos idosos não castrados com HPB ou cistos prostáticos. Os fatores predisponentes são: prostatite, infecção urinaria crônica, ou via hematógena (bacteremia). Animais de porte grande tem maior predisposição. Sintomas: muita dor Disúria Disquezia Hipertermia (auxilia a diferenciar cisto de abcesso) Depressão Emese Diagnostico: ao exame físico apresenta, hipertermia; sensibilidade a palpação abdominal e ao toque retal RX (próstata aumentada) USG – mais fidedigno, identificação de coleções liquidas, pode ser puncionado para posterior cultura e antibiograma Hemograma – leucocitose, presença de bastonetes; bioquímico – pode ter azotemia pós renal Tratamento: antibioticoterapia (30dias), fluidoterapia (com sonda), analgésicos e AINE – acessos pequenos Cirúrgico: o Drenos (penrose com pequenos furos) múltiplos: por laparotomia exploratrória, por dentro da próstata e saída do dreno para o abdomem, sendo possível realizar lavagens (mais fácil quando a próstata esta no abdomem), a vantagem é a possibilidade de avaliação da eficácia do tratamento e a desvantagem é o risco de infecção. Ele permanece por 30 dias ate os efeitos do ATB. o Omentalização/ epiplon: drena o abcesso e no espaço livre é colocado uma parte do epiplon como forma de preenchimento. São feitas duas aberturas na próstata em uma é colocada a pinça hemostática em outra abertura é colocado uma parte do epiplon sem cortá-la do corpo e puxando pela pinça preenche o espaço vazio. A secreção vai continuar sendo acumulada porem em menor quantidade. Essa técnica é mais vantajosa, pois tem menores riscos de infecção e a desvantagem é que não é possível avaliar a melhora no tratamento, com acumulo ainda de liquido. Obs: as técnicas serão escolhidas de acordo com o numero de abcessos, tamanho, proprietário (cuidadoso ou não), comportamento do animal. Obs: não se realiza prostatectomia, pois a retirada da próstata consiste em retirada de parte da uretra, que por se tratar de uma próstata já aumentada, tem que ser uma parte muito grande, porem a uretra não tem elasticidade suficiente para isso podendo se romper. Alem disso na porção dorsal da próstata tem uma plexo nervoso responsável pela inervação da BX, quando a próstata é retirada uma complicação definitiva é a incontinência urinaria. CISTOS PROSTÁTICOS Cavidade não séptica preenchida por fluido, intra (mais comum) ou extra-prostatica. Comum em cães machos inteiros, de raças de grande porte, associados à HPB ou metaplasia prostática (mudança da conformação celular benigna). Podem ser únicos ou múltiplos. Sintomas: depressão Estrangúria Incontinência (se o cisto estiver na porção dorsal comprime o plexo nervoso da bexiga) Corrimento peniano Massa abdominal palpável Obs: a dor é variável e não apresenta hipertermia. Diagnostico: RX (aumento da prostata) US – mais fidedigno, possível realizar a citologia aspirativa quando extra-prostatico, analise do liquido com presença de células epiteliais, raros leucócitos e bactérias Hemograma: sem alterações (maior diferenciação de abcesso) Bioquímico – normal ou azotemia pós renal Tratamento: se o cisto for intra prostático e pequeno com a orquiectomia é possível ter sua regressão. Ou cirúrgico se for extra prostático e grande: o Omentalização: Corta-se a parede do cisto e o coto que permanece é vedado com parte do epiplon. Alem da orquiectomia o Marsupialização (fazer uma bolsa para drenar fluido prostático) permite a avaliação do grau de regressão. Laparotomia pela linha media e incisão de 2-3 cm paramediana, visualização da prostata e do cisto.Tração do abdomem para direcionar o cisto. Sutura da parede do cisto na musculatura do abdômen sem a abertura do cisto. Incisão do cisto e saída do liquido de forma extra corpórea, sutura das paredes na pele do abdômen. Após 20 dias retira-se os pontos e o cisto continuara fixo na musculatura e aberto na parede abdominal Obs: é possível lavar o cisto e fica constantemente drenando a secreção, possível avaliação do tratamento. NEOPLASIA PROSTÁTICA São pouco freqüentes, acomete animais idosos castrados ou não. Tipos • Carcinoma indiferenciado • Adenocarcinoma • Sarcoma • Hemangiossarcoma Altamente invasivos e com grande potencial metastático. Diagnostico: tardio, US com citologia, RX Sintomas: disúria, anúria, síndrome paraneoplasica (alteração neurológica) Tratamento: prostatectomia e quimioterapia, sendo que todas as neoplasias possíveis respondem fracamente a quimioterapia. Radioterapia quando diagnosticado no inicio porem é muito cara e somente retarda o crescimento do tumor. A prostatectomia é uma alternativa porem não é curativa. O animal sondado (evitar o extravasamento de urina tem a próstata incisada cranialmente e caudalmente, e posteriormente é feita a anastomose (fechamento da uretra) guiada pela sonda. Somente quando a próstata for curta. Ou uretrostomia pré púbica se não for possível realizar a anastomose, muitas complicações pós operatórias. Prognostico: reservado à ruim PÊNIS o Fimose ▪ Animal não consegue exteriorizar o pênis através do orifício prepucial ▪ Pode ser congênita ou adquirida ▪ Sinais e sintomas: distensão prepucial por urina, não visualização do orifício prepucial (ou diminuição do diâmetro), corrimento prepucial purulento ou hemorrágico ▪ Tratamento: reconstrução do orifício (cortar em cunha “V” e suturar a mucosa com a pele ▪ o Parafimose ▪ Incapacidade de retrair o pênis para o interior do prepúcio ▪ Geralmente acomete cães jovens com hiperatividade sexual ▪ Sinais e sintomas: pênis edemaciado, exposto e dolorido, traumatismo, sangramento ▪ Tratamento: compressas geladas, tentar reposicionar o pênis – tomar cuidado com a necrose, se necrosar temos que fazer uma abertura na uretra ▪ Cirúrgico: prepuciotomia e orquiectomia ▪ - prepuciotomia • Traumatismos e neoplasias penianas o Traumatismos: hematoma, lacerações, fissuras, fratura do osso peniano o Verificar viabilidade das estruturas e integridade da uretra o Tratamento: sutura, amputação parcial ou subtotal do pênis, uretrostomia, orquiectomia ▪ o Importante: limpeza local, colar protetor, ATB, analgésicos e antiinflamatórios o Neoplasias ▪ Benignas: Hemangiomas, TVT, Papilomas e Histiocitomas ▪ Malignas: Melanomas, Mastocitomas, Hemangiossarcomas e CEC ▪ - amputação peniana subtotal AFECÇÕES DO SISTEMA URINARIO Anatomia • Rins em região cranial, • Ureteres que se ligam a BX na região do trigono vesical • Vesícula urinaria • Próstata (machos) • Uretra: em machos a uretra é mais longa e estreita (tem a uretra: prostática, pélvica, perineal, escrotal e pré escrotal - machos); em fêmeas a uretra é curta e grossa tendo menos incidência de retenção de cálculos. Cão Gato A afecção mais comum em cachos tanto cães como gatos é a obstrução uretral por cálculos. • Cão: a próstata do cão é mais evidente • Gatos: A próstata em gatos fica mais distante da BX e menos evidente. Em casos de rompimento da uretra pré escrotal é possível realizar a uretrostomia pré púbica – é um desvio da uretra caudal (uretra pré púbica) a BX para uma abertura na parede abdominal. A glândula bulbo uretral é bem evidente e quando realizada a uretrostomia perineal serve para guiar a incisão, pois nessa porção à uretra é mais larga diminuindo as chances de estenose no pós operatório (parte da uretra escolhida para cirurgias). Se o animal for castrado pode ter uma redução no tamanho da glândula porem ainda é palpável sua localização. A uretrostomia perineal felina (é associada a penectomia) é indicada quando não foi possível a retirada do calculo. Uretra escrotal Uretra pélvica Uretra perineal Toda a região dorsal da BX, uretra e próstata é muito inervada tendo ramificação direta do nervo isquiático. É necessário muito cuidado em cirurgias próximas a artéria e veia renal, pois são ramos diretos da veia cava e artéria aorta, qualquer erro pode ter hemorragias intensas. Alguns animais podem ter mais de uma artéria e veia renal Técnicas cirúrgicas • Nefrotomia: abertura do parênquima renal (calculo dentro do parênquima) – grande hemorragia; dificuldade de sutura, transpassa todo o parênquima – ponto em U; complicações extravasamento de sangue e urina (técnica pouco utilizada) • Nefrectomia: retirada do rim (técnica mais comum (neoplasia; pielonefrite; hidronefrose; calculo causando sintomas, geralmente são assintomaticos). Esse procedimento somente será possível se o outro rim estiver bom. • Nefrostomia: abertura definitiva do rim. É feito uma abertura na região de pelve renal e introduz uma sonda que fica suturada na parede abdominal (chances da sonda sair do lugar; infecções; evolução para hidronefrose – não utilizada) • Pielotomia: abertura da pelve renal (técnica difícil para suturar – grandes chances de rompimento e extravasamento de urina na cavidade – uroperitonio) Obs: a litotripsia (US que quebra de cálculos por ondas de choque) não é feita em animais, pois ainda não esta calibrado para a variação de tamanhos das diferentes espécies. • Ureterotomia: abertura do ureter (calculo). Técnica complicada pela pequena espessura do ureter, chances de estenose no pós operatório. Em humanos é fixado o duplo J que empurra o calculo para a pelve para posterior litotripsia – não é usado em animais, pois não tem tamanho adaptado. • Neoureterostomia: nova abertura definitiva do ureter (afecção congênita = ureter ectópico). O ureter passa por dentro da bexiga sem abertura para a saída da urina pode ser unilateral ou bilateral, e se insere na uretra com sintomas de incontinência urinaria. Incisão do ureter dentro da Bx. • Ureteroneocistotomia: usada também para ureter ectópico. O ureter passa por fora da bexiga e se insere direto na uretra pode ser unilateral ou bilateral, sem passar pela vesícula urinaria sendo o principal sintoma de incontinência urinaria (filhotes geralmente fêmeas). Recolocação do ureter na bexiga e incisão para extravasamento da urina. • Cistotomia: abertura da vesícula urinaria e posterior fechamento (retirada de calculo) • Cistectomia: retirada parcial da vesícula urinaria (neoplasia) • Cistostomia: abertura definitiva da vesícula urinaria (ruptura de uretra) – maiores riscos de infecção do que a uretrostomia • Uretrotomia: abertura da uretra e posterior fechamento (retirada de calculo) • Uretrostomia: abertura da uretra retirada do calculo e sutura da uretra aberta. É a mais indicada, pois se o animal formar outros cálculos será mais difícil a obstrução – evita recidivas. • Ureterostomia: retirada da bexiga e uretra, e sutura direta dos ureteres na parede abdominal. Ou liga no intestino – muito risco de infecção ascendente e posterior pielonefrite levando o rim a IRA. Não realizar. LITÍASE Extremamente comum em ambas as espécies. Parte do tratamento é clinico. O animal pode apresentar cistites recorrentes ou obstrução. 5-10% dos cálculos estarão no rim e ureter 95-80% estarão na bexiga e uretra Principais tipos o Estruvita (dieta que acidifica o Ph) o Oxalato de cálcio (dieta que alcaliniza o Ph) o Raramente urato (dálmata, pela deficiência no metabolismo da uréia, usada a mesmadieta do calculo de oxalato que ira alcalinizar o Ph) o Cistina (usada a mesma dieta do calculo de oxalato que ira alcalinizar o Ph) o Misto (a mudança da dieta será imposta pela matriz do calculo, porem o diagnostico no Brasil é errado, aqui é feito uma analise quantitativa e não qualitativa. O correto seria a analise da matriz e posteriormente da periferia). Na maioria das vezes a matriz é de origem de oxalato pela alteração do Ph urinário e metabolismo de Ca, esse calculo agride a BX e predispõe a infecções urinarias que mudam o Ph e começam a deposição de estruvita. Necessário então controlar a dieta e a infecção (30 dias ou mais de ATB e cultura negativa). Fatores causais o Anormalidades metabólicas (shunt ou metabolismo da uréia) o Ph da urina o Concentração de cristalóides na urina (predisposição a litíase, pode ser tratado com mudança na dieta) o Infecção urinaria (altera o Ph e predispões a formação de estruvita) o Anormalidades anatômicas (gato com grande concentração de cristalóides, cão com calculos pequenos já podem obstruir e em fêmeas os cálculos precisam ser muito grandes). Raças predispostas: Schnauzer, Shi Tzu, Lhasa Apso, Yorkshire, Pugs e Dalmatas Sinais e sintomas o Obstrução total: estrangúria, azotemia pós renal - anúria decorrente de IRA o Obstrução parcial: disúria, hematúria o Dor abdominal o Aumento do rim = nefromegalia predispondo a hidronefrose, virando foco de infecção o Sinais de cistite (polaquiúria; disúria; hematúria) o Distenção da BX : palpação o Azotemia (24h: total +48h: parcial) Diagnóstico o Urinalise (presença de cristais; presença de bactérias – cultura; sangue oculto) o US (localização) o Dosagem de Ca, P, uréia e creatinina - sempre o RX simples (calculo radiopaco) ou contrastado (calculo radioluscente ou suspeita de ruptura - uretrocistografia) - (quantificação) = vias urinarias inferiores o Urografia excretora – IV (identificação do trajeto do ureter) = vias urinarias superiores o Sondagem uretral – impossibilitando sua introdução. Cães geralmente obstruem na região caudal ao osso peniano. Gatos geralmente tem cristais + muco = plug obstruindo a porção final do pênis Tratamento o Cistocentese para alivio da pressão dentro da BX o Hidropopulsão em direção a BX e permanência da sonda para a cistotomia ou se necessário uretrostomia. o Cistotomia o Uretrostomia (pré escrotal – mais rápida e não precisa castrar; escrotal – obrigatoriamente deve castrar o animal para acessar a uretra, a vantagem é que nessa região a uretra mais larga reduzindo as chances de estenose; perineal - somente em caso de ruptura das outras duas porções) sem necessidade de abrir a cavidade abdominal. o Uretrotomia (raro) o Mudança da dieta o ATB ate cultura negativa URETROSTOMIA PRÉ ESCROTAL – cães Essa técnica consiste em suturar a parede da uretra direto na pele do prepúcio. Qualquer cirurgia na uretra tem grande sangramento. Sutura a mucosa uretral/corpo esponjoso na pele. Usado fio absorvível sintético não filamentoso – caprofyl, ou nylon, mas cuidado para não suturar a mucosa, pois ele é calculogenico em contato com a urina porem na uretra ele será removido após um tempo determinado. URETROSTOMIA ESCROTAL – cães Na porção escrotal a uretra é mais calibrosa e mais superficial, nesta região há menos volume de tecido cavernoso, facilitando na hora de suturar a uretra na pele do prepúcio. Desvantagem da técnica: é necessário castrar o animal para realização da técnica. Como é feita: 1- Incisão na rafe 2- Orquiectomia escrotal (retirada dos dois testiculos) 3- Remoção parcial da pele da bolsa escrotal 4- Localizar o músculo retrator do pênis, divulsionar e rebate para a lateral, assim já irão visualizar a uretra. 5- Incisão longitudinal na uretra de mais ou menos 2-3cm. Abrimos um incisão grande para diminuirmos o risco de estenose. No pós operatório ela ira reduzir de tamanho. 6- Suturar a parede da uretra na pele da bolsa escrotal, em ponto simples separado. Sendo assim, com a uretra desviada para o espaço onde estaria a bolsa escrotal, a urina passará a sair por lá e não mais pelo pênis. O pênis continua com a capacitada de expor e recolher. Obs: não é necessario penectomia. Uretrotomia perineal No cão essa seria a ultima opção e no gato é a primeira opção. A incisão é feita no períneo. Todos os tipos de cirurgia tem a mesma função, só depende de onde o calculo esta parado. Depende de mais higiene e tem algumas chances de infecção e dermatite. 1. incisão da pele. 2. Rebate o músculo retrator 3. Incisão da uretra 4. Remoção do calculo 5. Sutura da uretra 6. Sutura da pele Obs: maiores chances de estenose e cálculos recidivos no mesmo local, para isso o indicado é deixar aberto URETROSTOMIA EM GATOS A uretra do gato é extremamente fina, então a urestrotomia é feita do terço proximal para cima (altura do número 5 na figura). Portanto, no gato a uretrostomia sempre será perineal. O gato castrado não possui espículas e a bulba uretral diminui bem de tamanho. + penectomia Obs: bastante sangramento nos primeiros dias hematúria com coágulos. PENECTOMIA A penectomia é uma consequência da uretrotomia. Técnica: 1. Incisão ao redor do prepúcio e escroto, removendo-os. (Necessário antes a castração - orquiequitomia). O pênis ficará solto, sem prepúcio e sem bolsa escrotal. Divulsionar a região da base do pênis pra ele ficar totalmente solto, se não, ele traciona a uretra e pode ter deiscência de pontos. 2. Músculos isquicavernosos incisados (são dois filetes de músculo que fixam o pênis na porção dorsal), seccionamos (incisão separando em dois) esse músculo, deixando o pênis completamente solto. 3. Incisão pubiana fibrosa transeccionada (deixar o pênis bem esticado) 4. Secção do músculo retrator do pênis 5. Visualização e Incisão uretral até glândula bulbo uretral (Abertura da uretra na altura do terço proximal, quando realizar a incisão o sangramento será grande) 6. Passagem de sonda pela abertura até a bexiga para ver se está correto. 7. Amputação uretra e pênis remanescente. Suturar a uretra na pele – ponto simples interrompido Pós operatório Se estenosar é necessario lararotomia, incisão da BX e passagem da sonda de dentro para fora. Tentar a reconstrução porem a chance de estenosar é muito grande. Se acontecer de estenosar novamente é indicado a uretrostomia pré púbica, porem o proprietário deve estar ciente de que o animal pode ter incontinência e que ele devera ser higienizado frequentemente CISTOTOMIA Técnica: 1. Laparotomia pela linha média ventral, região hipogástrica; 2. Incisão na região ventral da bexiga; 3. Retirada do cálculo e lavagem da bexiga; 4. Sutura (duas suturas de inversão PSI), se usar nylon não pode entrar em contato com a mucosa e urina, portanto, fazer sutura não contaminante. Se usar outro fio (caprofyl) pode fazer pegando a mucosa. Pós- operatório: • Possível sangramento durante 7 a 10 dias (hematúria), principalmente em machos • Deixar o animal com colar protetor • Analgésico • Antibiótico terapia (em caso de cistite, importante manter ATB por pelo menos 20 dias para evitar recidiva, é necessário que essa infecção cesse por completo, fazer exame de urina para certificar de que se livrou da infecção). • Mandar o cálculo para análise, para entrar com a dieta adequada, caso contrário haverá recidiva. Quando o animal tem predisposição, pode acontecer dele se livrar de um tipo de cálculo e aparecerem outros, não tem jeito, esse animal nunca estará totalmente livre. Na maioria das vezes quando todas as recomendações são seguidas corretamente, funciona.Outros tratamentos: ✓ Dietas para dissolução: São dietas que dissolvem os cálculos de estruvita. Lembrando que às vezes os cálculos de estruvita já podem ser dissolvidos ou eliminados apenas tratando a infecção urinária. Só é viável se eles forem bem pequenos, caso contrário, cirurgia. ✓ Quelante de cálcio: Se o cálculo já estiver na bexiga, não adiantará, essa medida só ajudará a não formar novos cálculos. Para cálculos de oxalato. Para aqueles animais que tem problemas no metabolismo do cálcio. ✓ Remoção cirúrgica: Rins e ureter só em caso de infecção ou obstrução, se esses cálculos estiverem presentes, mas o animal for assintomático, não iremos mexer, iremos tratar apenas clinicamente. Bexiga e uretra: A cirurgia é sempre o tratamento de eleição nesses casos, pois são cirurgias mais simples. ✓ Litotripsia: mais usada em humanos, para implodir o cálculo. É difícil de usar em animais, porém, usados em casos extremos. Raro, quando não há outra opção. ✓ Hidropropulsão: Sempre que tivermos um cálculo no ureter iremos tentar empurrá-lo para a bexiga. Complicações: (Pela demora de diagnosticar ou por manipulação errada) • Ruptura de vesícula urinária: Quando ocorre ruptura decorrente a presença de um cálculo, é sinal de que ele já está lá obstruindo há muito tempo. A ruptura de vesícula resulta num quadro de uroabdomen/uroperitônio (acumulo de urina na cavidade abdominal). • A ruptura da vesícula urinária também pode ocorrer devido a trauma (atropelamento, por exemplo – sempre passar a sonda para certificar-se se a BX esta normal), obstrução uretral e quadros graves de cistite enfisematosa (pela produção de gás, há distenção de bexiga e rompimento. Pouco frequente, mas pode acontecer). RUPTURA DE BEXIGA. Sinais Clínicos o Aumento de volume abdominal – pela distensão da bexiga e pelo acumulo de urina no peritônio. o Sensibilidade abdominal – pelo contato desta urina com os órgãos, corroendo. o Azotemia – Vômito, diarreia, apatia, anorexia, dor abdominal, hematúria (se a ruptura não for grande, esse animal ainda urina um pouco) Diagnóstico: o Palpação abdominal – não identificamos o contorno da vesícula urinária. Sentimos a presença de líquido livre. o Paracentese – bater uma agulha no abdome. Analise do líquido se tiver creatinina = urina) o Raio X – simples (perda da relação dos órgãos); uretrocistografia (contraste) o Ultrassom – liquido livre, visualização da bexiga rompida. o Dosagem de uréia e creatinina sérica pareada com o liquido abdominal. Tratamento: ✓ Fluidoterapia para diluir essa urina livre; ✓ ATB terapia no soro; ✓ Analgésico ✓ Diálise peritoneal (lavagem do peritônio com soro para diluição de uréia e creatinina – raro também). ✓ Hemodiálise quando possível (raro) Procedimento cirúrgico – técnica: ✓ Remoção de tecidos desvitalizados (necrosados); ✓ Cistorrafia (sutura); ✓ Lavagem de cavidade abdominal, melhor do que diálise peritoneal CASOS CLÍNICOS Suspeita: doença do trato urinário obstrutiva – disúria e polaciúria Possível azotemia – anorexia e emese Bexiga repleta e sensível = obstrução Exames complementares: o US (visualização da BX distendida; presença de sedimento e se já tem extravasamento de liquido. o Hemograma e bioquímico: dosagem de uréia e creatinina = impedir DRC Tratamento: o Sedação o Cistocentese o Massageia a porção final do penis para tentar dissolver o plug. Sondagem e lavagem se não for possível hidropopulsão se não der cirurgia o Após lavagem fluidoterapia o Adequação da dieta Diagnostico: ruptura da uretra na região pélvica com fratura de coxal Exames complementares: cistocentese; Tratamento: Uretrostomia pré púbica • Ureter ectópico o Alteração congênita, onde um ou os dois ureteres são inseridos fora da vesícula urinaria o O paciente é incontinente, e se for bilateral a bexiga se torna hipoplásica o Intramural ▪ Caminha na parede da vesícula mas só abre na uretra o Extramural ▪ Vai direto para a uretra o Sinais e sintomas ▪ Incontinência urinaria ▪ Cistite e pielonefrite recorrentes o Diagnostico ▪ Urografia excretora ▪ US o Tratamento ▪ Reimplantação do ureter na bexiga (extramural): uretroneocistostomia ▪ Restabelecimento da abertura ureteral (intramural): neoureterostomia • Neoplasias vesicais e uretrais o Tipos ▪ Carcinoma de células de transição • Quimio e acompanhamento • Não é possível retirar o tumor MASTOCITOMA 1- Definição – Neoplasia Maligna originada de mastócitos. Mais comum em cães e menos freqüente em gatos. 2- Ocorrência – Cães de meia idade a idosos 3- Região acometida – SC principalmente em membros, mucosas, tronco, cabeça 4- Sinais e Sintomas – nódulos únicos ou múltiplos, redondos, ulcerados ou não, eritematosos, alopecicos, edemaciados, coceira (pela liberação de histamina e heparina), consistência macias. Vomito, gastrite, hipotensão – devido a liberação de histamina. 5- Diagnostico – Citologia por PAAF (descobre se é mastocitoma), Histopatológico (classifica o mastocitoma em 1,2, e 3 sendo que 1 não é necessário realizar quimioterapia; 2 e 3 é necessario), Exames de imagem- US e Rx (identificação de metástase). Hemograma, bioquímica sérica, eletrocardiograma e ecocardiograma avalia o estado geral do paciente para posterior procedimento cirúrgico. 6- Tratamento – aplicar dexa antes da tricotomia (protege o mastocito), Cirurgia com ou sem quimioterapia pré ou pós operatorio 7- Recidiva - 0-11% (grau 2, aproximadamente 1 ano). 8- Metástases - Baço, fígado, linfonodos – 4 a 12% (grau 2) 55- 96% (grau 3) 9- Sobrevida grau 2 – em 50 meses de pós = 44% vivos 10- Sobrevida grau 3 – em 50 meses de pós = 6% vivos. - Cutâneo: Mais agressivo, aderido. - Subcutâneo: Aspecto de lipoma embaixo da pele. • Histopatológico O que irá determinar o seu grau de malignidade é o resultado do exame histopatológico que deve ser realizado após a retirada dos nódulos; Avalia-se por graus, assim sendo possível avaliar o prognostico, sobrevida e se necessário tratamento com quimioterapia. Grau: 1,2,3 (sendo o 1 mais leve e 3 mais grave). 1= não é necessário realizar quimioterapia 2 e 3 = necessário realizar tratamento Obs: Estudos comprovam que média de 59% dos tumores são de grau II, 26 % de grau I e 16% de grau 3. Causa da Existência: o Fator hereditário; o Fator individual; o Mutação celular. • Estadiamento Clínico: Tabela para identificarmos o grau de acometimento: Utilizamos esse estadiamento para avaliar e classificar o mastocitoma, sempre classificando como A ou B + I, II, III ou IV. Esse estadiamento é utilizado após o exame físico e exame complementares. • Tratamento o Cirurgia é o principal tratamento. Devemos realizar a retirada do nódulo com no mínimo 2 cm de margem de segurança (de cada lado) e a fáscia do músculo abaixo do nódulo também. É necessário realizar essa retirada com a margem, para evitar a recidiva. Quando o linfonodo estiver acometido, é necessário retira-lo também, unilateral ou bilateral, de acordo com a necessidade e lado de presença do mastocitoma. Na reconstrução, quando temos uma ampla área de acometimento, realizamos a retirada com as margens e realizamos o FLAP (retirada de pele de um local e giramos para o local “sem pele”). Sempre devemos ter muito cuidado para manipular um animal com mastocitoma, para evitar a hipotensão. o Quimioterapia: são medicamentos que diminuem a multiplicação de células malignas. Usado para pacientes com tumores disseminados ou para tentar diminuir o tumor antes da cirurgia (citorredução–remover o máximo possível de margem e tumor menor possível). Para indicar quimioterapia ou não é preciso saber: resultado do histopatológico para saber o graudemalignidade, saber se a margem está livre ou não e o linfonodo positivo ou negativo Protocolos Quimioterápicos: Esses protocolos podem ser realizados com a finalidade pré cirúrgica (após realização de exame físico e citológico – que confirma a presença de mastocitoma) para reduzir o tamanho dos nódulos ou a finalidade de tratamento pós cirúrgica, quando o grau de malignidade for alto e seja necessário continuar com a quimioterapia; o Vimblastina + Prednisona (Mais utilizado) Vimblastina é um medicamento quimioterápico que atua dentro das células, inibindo a formação dos fusos mitóticos, impedindo a divisão celular das células tumorais (evita a mitose da célula, ou seja, ela “para a multiplicação”). O corticoide é usado em dose cavalar (2mg/kg –dose imunossupressora) – efeitos colaterais PU/PD, retenção de liquido, fome. → Administrado via IV pré operatório em 4 aplicações (1x na semana), avaliar se ocorre a diminuição do nódulo para realizar o procedimento cirúrgico; Após a retirada, se for necessário continua, será mais 4 aplicações em semanas alternadas (somente após a cicatrização d e resultado do histopatológico). A Quimioterapia pode causar as consequências de combater todas as células do organismo, com isso, temos os efeitos colaterais/adversos; Prednisona:usado quando o tutor não quer fazer outros protocolos quimioterápicos. Se o cão tiver Hiperadrenocorticismo não se faz Prednisona, pois se esperaque o cortisolfisiológico seja suficiente. Se o animal fizer uso deTrilostano, pode-se diminuí-lopara que tenha mais cortisol para ajudar na redução do tumor para a cirurgia. Com a administração do protocolo, podemos ter diminuição significantes antes de realizar o procedimento cirúrgico, o que auxilia dependendo da região acometida, como interdigital por exemplo, que seria muito difícil de retirar com a margem: O quimioterápico atua no momento de replicação da célula, não adianta realizar em um nódulo que cresce lentamente há dois anos por exemplo. o Lomustina; o Vimblastina + Ciclofosfamida + Prednisona; o Vimblastina; o Lomustina + Prednisona → Eletroquimioterapia: tratamento complementar à cirurgia; → Crioterapia: tratamento complementar à cirurgia; → Corticoide: para tentar diminuir o tumor antes da cirurgia. • Sintomas da Quimioterapia: o Queda da produção celular: quimioterapia também impede a multiplicação de células boas, o que causa diminuição das células produzidas na medula óssea (mais evidente a leucopenia). o Vômito e diarreia: pois células do trato gastrointestinal são aquelas de reprodução constante e com a quimioterapia elas vão ficar diminuídas (acometidas pela “paralisação das células”). o Queda de Pelos: Ocorre devido a parada de produção do folículo piloso, pode variar de acordo com a raça. Ex: Poodle cai muito. o Queda de Imunidade o Dificulta cicatrização Obs: O quimioterápico não causa óbito do animal e sim seus efeitos adversos não tratados corretamente. • Recidivas: Ocorrerá no mesmo local do nódulo anterior, principalmente na própria cicatriz. • Metástases: De acordo com alguns autores e estudos; 12% dos animais sofrem de metástases 5% ocorre em animais de grau II 4% ocorre em animais de grau II e III Média de 55 a 96% de metástase em animais de grau III. • Sobrevida: De acordo com estudos; Estudo 1 - Há media de sobrevida após 50 meses pós cirurgia; animais com grau I = 93%, Grau II = 44% e Grau III = 6% Estudo 2 – Há media após 24 meses de cirurgia: Grau II = 54% Grau III = 6% Estudo 3 – após 12 meses de cirurgia: Grau I = 100%, Grau II = 92% (media de # 43 meses no I e II) e Grau III = 46% (media de 9 meses) SARCOMA DE APLICAÇÃO FELINO 1- Definição Antigamente: neoplasia maligna originada de células mesenquimais - tecido SC 2- Ocorrência: após a vacinação ou qualquer aplicação subcutânes, 2 m há 10 anos após a aplicação. 3- Sinais e Sintomas: nódulos irregulares, de consistência firme e extremamente aderido na musculatura, muito vascularizados 4- Região acometida: lateral de tórax, abdômen e entre as escapulas. 5- Diagnóstico: Histórico, citologia (identifica as células fusiformes), histopatológico, avaliação do paciente para metástases (Rx Torax). 6- Tratamento: Cirúrgico – Ressecção ampla (3-5cm de margem cirúrgica). Para reconstrução pode ser utilizado o flap ou malha cirúrgica. 7- Recidiva: muito recidivante (70% - 80% de chances sem retirada de margem cirúrgica 79 dias – cirurgia marginal, próxima ao tumor; 14% com retirada de margem cirúrgica 325dias – cirurgia Varia de acordo com autores diferentes radical) 8- Metástase: órgão mais acometido – pulmão 9- Sobrevida: 900 dias. Após 18 meses é considerado curado. 10- Prevenção: avaliar a necessidade real de aplicações. Definir um único local de aplicação (lateral do abdômen ou em membros – amputação). Evitar a aplicação em região entre escapulas (difícil ressecção) • Definição: O que se sabe é que ocorre um processo inflamatório crônico que transforma as células mesenquimais em Sarcoma. Não se sabe o porquê acontece esse tumor. HÉRNIAS Protrusão total ou parcial de um ou mais órgãos de uma cavidade para outra através de um orifício anatômico já existente. Congênita: • hérnia peritônio pericárdica (hérnia diafragmática real): má formação do centro frênico, com passagem de vísceras para o saco pericárdico internas sem possível • Hiatal: flacidez do centro frênico passagem do estomago para o esôfago visualização • Perineal • Inguino escrotal Externa com possível visualização • Umbilical Obs: hérnia diafragmática é o termo errado para se referir à ruptura diafragmática, que ocorre por lesão traumática do diafragma com passagem de órgãos da cavidade abdominal para a cavidade torácica, sem a presença de um orifício pré existente. Hérnia umbilical Geralmente é congênita, aparecendo principalmente em filhotes. Hernia inguinal Pode aparecer em alguns animais com o passar do tempo por diversos fatores. As principais vísceras presentes na hérnia ingnal são: útero, pois o ligamento uterino esta ligado a base do anel ingnal; alças O anel deveria ser fechado pelo processo vaginal (epiplon ou omentum), se o anel for muito grande ou se o omentum for muito pequeno. Sabendo disso o melhor procedimento quando for corrigir a hérnia é castrar o animal visando à prevenção. Hérnia escrotal Hernia perineal (principal conteúdo próstata, alça e BX (retroflexão de BX, diag. Por US ou sonda com ou sem RX)) Obs: A única hérnia que obrigatoriamente o animal vai apresentar ainda quando filhote é a umbilical, todas as outras podem aparecer em qualquer fase da vida. 1. Hérnia de hiato O centro frênico é o tendão do diafragma, com uma abertura por onde passa o esôfago onde desemboca o cárdia. A hérnia de hiato pode ocorrer secundaria a processos inflamatórios ou qualquer alteração que eleve a motilidade do estomago, o cárdia começa a pressionar a região do centro frênico forçando a passagem do estomago. Alem disso a hérnia pode ocorrer se a abertura do centro frênico for maior que o normal ou se o tônus do centro frênico estiver mais relaxado. Isso faz com que o estomago se insinue pelo cárdia podendo ate ocorrer uma intussuscepção gastro-esofagica – que é quando o estomago passa inteiro para dentrodo esôfago = raro mas é emergência. Sintomas: Se o estomago fica somente insinuado o animal apresenta muito vomito; emagrecimento e dor. Diagnostico: endoscopia Tratamento: cirurgia onde fazemos a diminuição por sutura de compressão do cárdia. Ou sutura do estomago na parede gástrica (gastropexia). Alem de tratar a causa de base se o problema for uma inflamação gastrica. As hérnias podem ser • Redutíveis: que por pressão (palpação) retorna ao seu local de origem, mas que sai após algum tempo = umbilical = podem evoluir para urgência. Prognostico bom • Irredutíveis: não volta para a cavidade por pressão, sem compressão vascular e sem sintomas = podem evoluir para urgência. Prognostico bom • Encarceiradas: aprisionamento com compressão vascular e sintomas. Com acumulo de liquido e dor a palpação = urgência. Prognostico reservado • Estranguladas: compressão com necrose de órgãos = emergência. Prognostico reservado Partes da hérnia verdadeira • Anel: defeito por onde passa a víscera • Saco herniario: tecido que recobre as vísceras formado pelo omentum; túnica vaginal • Conteúdo herniario: estruturas ou órgãos Obs: se não tiver essas 3 partes não é uma hérnia verdadeira. Se pensar na ruptura ela não tem anel, pois não tem um defeito pré existente; não tem saco herniario, tendo somente o conteúdo, portanto a ruptura não é uma hérnia verdadeira. A diferença entre hérnia, eventração ou evisceração. Eventração é a passagem de visceras por abertura traumática da musculatura, mas preso pela pele. Mais grave que a hérnia. Evisceração: ruptura traumática da parede muscular e da pele com saída das visceras para o exterior do corpo. Diagnostico: US que avalia a viabilidade do conteúdo ou RX para visualizar o conteúdo. Obs: gatos não tem hérnia perineal, pois a próstata é pequena e não tem HPB que predispõe a esse tipo de hérnia. 2. Hérnia umbilical Projeção de órgãos da cavidade abdominal através do anel umbilical. Causa principal: congênita/ hereditária (raças pequenas), geralmente associada ao criptorquidismo (procurar o testículo na cavidade). Sintomas: aumento de volume na cicatriz umbilical, de consistência macia (ligamento falciforme, epiplon). Raramente sofre estrangulamento, mas pode estrangular se houver a passagem de alça intestinal causando apatia, dor, emese. Diagnostico: geralmente o diagnóstico é clinico. Pode ser solicitado US (se a suspeita for de encarceiramento ou estrangulamento). Tratamento: pode ser feita expectativa de ate 6m de idade, se não houver estrangulamento. A correção é cirurgia de castração + herniorrafia 1º incisão da pele 2º Incisão do saco herniário (ligamento falciforme – gordura) 3º Redução dos órgãos para o interior da cavidade abdominal 4º Excisão do saco herniário 5º Sutura na musculatura do anel e pele com pss, e fio não abs 3. Hérnia inguinal Projeção de órgãos da cavidade abdominal, através do anel inguinal. De consistência macia. Os componentes do anel inguinal são ➢ Músculo obliquo abdominal externo (porção cranial) ➢ Músculo reto abdominal (porção medial) ➢ Artéria e veia epigástrica caudal superficial – passa pelo anel inguinal. Então quando for fechar o anel deixar uma pequena abertura para não estrangular esses vasos, não é possível remove-los, pois eles irrigam toda a cadeia mamaria se não for um procedimento de mastectomia que é necessário remove-los e fechar o anel inguinal ocorre à necrose da cadeia mamaria. Predisposição: congênita; cães; fêmea; inteira de meia idade. Geralmente unilateral esquerda, pois o ligamento ováriano esquerdo é mais flácido ou pode ser bilateral porem é raro. Sintomas: aumento de volume em região abdominal; de consistência macia; dor a palpação, apatia, e emese se encarcerada ou estrangulada. Tratamento: cirúrgico associado a OSH. 1º incisão de pele na linha media (para puxar o conteúdo) e/ou em cima da hérnia (para suturar o anel) 2º incisão do saco herniário 3º redução do conteúdo – OSH e recolocação dos outros órgãos 4º excisão do saco herniário ou colocação do saco para a cavidade 5º sutura de parte do anel (deixando um pequeno espaço para a artéria e veia esplênica caudal), com pss ou Sultan com fio abs ou não abs. 6º sutura da pele Obs: alguns animais podem ter piometra e gestação mesmo com o útero dentro da hérnia. 4. Hérnia inguino escrotal ou escrotal Projeção dos órgãos da cavidade abdominal através do anel inguinal em machos. O conteúdo presente geralmente intestino fica adjacente ou dentro do funículo espermático. Sintomas: aumento de volume na região do escroto. A principal característica é que esse tipo de hérnia pode se tornar encarcerada facilmente - podendo apresentar dor, coloração arroxeada, apatia e emese (quando ocorre o estrangulamento pela obstrução intestinal) - emergencia Causa principal: congênita e hereditária. Pode aparecer quando filhote ou adulto. Tratamento: cirúrgico hernirrrafia 1º incisão da pele pré escrotal ou sobre a hérnia 2º incisão do saco herniário 3º redução do conteúdo com orquiectomia 4º excisão ou redução do saco herniário 5º sutura do anel total (quando associado a castração) ou parcial (se o proprietário não optar pela catsração) com pss de fio abs ou não. Prognostico: bom a reservado 5. Ruptura diafragmática Projeção de órgãos da cavidade abdominal para a cavidade torácica através de uma descontinuidade do diafragma. Causa principal: adquirida – traumática (ruptura diafragmática) Ocorrência: maior em machos, jovens (fuga, animais errantes), felinos; cães atropelados (geralmente a ruptura é dorsal e o primeiro órgão a passar é o estomago). Fisiopatologia: aumento da pressão intra-abdominal (durante o trauma); aumento do gradiente de pressão pleuro-peritoneal com rompimento dos locais mais frágeis do diafragma (extremidades direita ou esquerda). Sintomas: dispnéia, sendo que a dificuldade respiratória será proporcional a quantidade de vísceras que passaram para o tórax, pode ficar em posição ortopneica. Apatia (ruptura crônica); emese (torção do estomago dentro da hérnia); anorexia/ hiporexia (param de comer, pois a comida distende o estomago que comprime o pulmão) e perda de peso acentuada. Na hora do trauma o animal fica muito mal, com dispnéia, muita dor. Mas depois que se passa 24-48h o animal se estabiliza e passa a ficar assintomático. A primeira víscera que passa em gatos é o fígado que pode dobrar dentro da cavidade, a médio e longo prazo (pode levar ate anos) ocorre a aderência do órgão e falência por isquemia, levando o animal a falência de múltiplos órgãos. O grande problema de operar com mais de 6 meses de ocorrência é a anestesia (pulmão que esta colabado há muito tempo), com grandes chances de rompimento de alvéolos; aderência e retração do diafragma (pode tentar a colocação da malha cirúrgica – malha de Marlex com o omentum) e o pior que pode acontecer é a síndrome de reperfusão tecidual (todas as substancias tóxicas que estavam retidas no fígado são liberadas de uma só vez – geralmente é isso que leva a óbito). Por isso o ideal é não esperar muito para realizar a cirurgia. Em que momento operar esse animal? O correto é esperar de 24-48h que é o tempo do paciente estabilizar a respiração com oxigenoterapia e analgesico, o procedimento só é realizado logo após o trauma se o animal ficar cianótico. Operar precocemente aumenta muito a chance de óbito Diagnostico: RX Normal Rompido Mostra descontinuidade diafragmática. O exame de RX é difícil de ser realizado em pacientes com trauma recente, pois quando o animal é colocado em decúbito lateral os órgãos que estão na cavidade torácica comprimem o pulmão dificultando ainda mais sua respiração, pode ser realizado então a radiografia dorso-ventral(menor compressão pulmonar). Em quadros crônicos com o animal estável é possível realizar o exame sem maiores intercorrencias. Tratamento: laparotomia e herminorrafia Complicações durante a cirurgia: com a descontinuidade do diafragma ocorre alteração da pressão negativa do torax, quando fazemos a incisão e a cavidade entra em contato com o ar externo colaba ainda mais o pulmão. Nessa hora é necessário que o anestesiste faça a ventilação manual (forçando a expansão pulmonar). Em gatos assim que entra para a cirurgia o animal já para de respirar sozinho o que facilita a oxigenação forçada pelo anestesista. Cães mesmo anestesiados continuam forçando a respiração, para que eles parem de respirar é administrado um fármaco bloqueador neuromuscular – causando a paralisia dos músculos respiratórios exceto o músculo cardíaco = rocuronio. Antagonista: prostigmine 1º Laparotomia do xifóide ao umbigo pela linha media ventral 2º redução do conteúdo 3º reposição e sutura do diafragma com a parede abdominal com ponto continuo (melhor para vedar) ou em pss. Enxugar o sangue presente no torax, o anestesista deve ir insuflando o pulmão aos poucos para não romper alvéolos e posteriormente o animal desenvolver pneumotórax (se a ruptura for recente). Antes do ultimo ponto o anestesista deve insuflar ao Maximo o pulmão para restabelecer a pressão negativa, e o cirurgião termina a sutura do diafragma. Teste para saber se há vazamento de ar: teste do borracheiro (coloca água na cavidade abdominal e observa se saem bolhas dos pontos) 4º sutura do SC 5º sutura da pele Cuidados no pós operatório Observar a respiração do animal que deve se restabelecer logo após a cirurgia. − Toracocentese com válvula de 3 vias: se apresentar dificuldade respiratória − Oxigenoterapia − Observação por 24h − Administração de ATB e analgésico − Cerca de 88% dos pacientes sobrevivem com 24-48h do ocorrido − Cerca de 73% dos pacientes tem risco de óbito em operação com mais de 1 ano do ocorrido − Cerca de 33% tem risco de morte quando operados com menos de 24h do ocorrido Complicações: − Herniação gastrica (cão) − Estrangulamento intestinal (incomum) − Aderências permanentes (muito comum) − Edema por reexpansão pulmonar − Pressão negativa não restabelecida (baixa qualidade respiratória) 6. Hernia perineal Projeção de órgãos da cavidade abdominal através de um defeito no diafragma pélvico Muito próximo ao diafragma pélvico encontra-se a próstata, intestino e BX, que são os 3 primeiros órgãos a sofrer hermiação. Ocorrência: principalmente em animais idosos (7-9anos) pelo aumento da flacidez muscular. Mais comum em cães de raças de qualquer raça, uni ou bilateral (pior prognostico) Os principais músculos do diafragma pélvico são: ➢ Esfíncter anal externo ➢ Músculo elevador do anus ➢ Músculo coccígeo ➢ Músculo abdutor interno ➢ Nervo; artéria e veia pudenda Etiologia: o que influencia muito no aparecimento dessa hérnia no macho é principalmente a testosterona que causa flacidez do períneo e HPB. Fêmeas não tem esse tipo de hérnia e animais castrados tem baixa incidência dessa afecção. Fatores predisponentes: − Atrofia muscular neurogênica (perda de tônus do músculo do diafragma pélvico) − Quadros de disquezias (associados a HPB ou obstruções) − Animais caudectomizados tem maiores chances de ter esse tipo de hérnia, pois já possuem a flacidez do músculo coccígeo e parte do elevador do anus. Diagnostico: RX simples/ contrastado; US – definem qual é o conteúdo herniario e mostram se a BX esta no meio (mais urgente). Hemograma - perfil pré anestésico e bioquímico para saber perfil renal. Sintomas: aumento de volume em região perineal; consistência macia; pode apresentar disquezia; disúria e sinais de azotemia (quando ocorrer retrofexão de BX) Tratamento: herniorrafia + castração 1º sutura em bolsa de fumo no anus ou cooca-se um embolo (vantagem: menor chance de suturar o reto na parede) 2º incisão em meia lua ao lado do anus, uni ou bilateral 3º redução do conteúdo 4º sutura de reaproximação dos músculos do diafragma pélvico, cuidado para não suturar artéria e veia 4º Ou Retalho do músculo obturador interno. Divulsiona o músculo obturador interno totalmente da bacia e faz a transposição nos outros músculos para fechar a abertura herniaria 4º Ou colocação da malha de Marlex Se o músculo estiver muito atrofiado que deve ser suturada aos músculos. 4º Ou transposição do músculo semitendinoso (músculo da coxa); incisa o músculo do lado oposto da hérnia e rebate por cima da hérnia. Usada quando outras técnicas não funcionaram. 5º sutura da pele Deferentopexia (ducto deferente) Usada como complemento para a herniorrafia quando a BX sofreu retroflexão. Mesmo retornando a BX para seu lugar como ela ficou muito distendida ela fica flácida e volta a sofrer retroflexão para que isso não ocorra é feito a deferentopexia. 1º antes da herniorrafia 2º orquiectomia 3º laparotomia bilateral em região hipogastrica, redução do conteúdo herniario 3º localiza a BX e a próstata ligada ao ducto deferente 4º traciona o ducto ate a parede abdominal, deixando a BX na posição correta 5º prende o ducto a parede abdominal em ambos os lados Essa cirurgia auxilia na redução do conteúdo herniario e previne possíveis problemas urinários e recidivas. Porem é mais demorada. Pós operatório − Anti-septico local para lavagem da ferida e na bolsa de fumo. Tem grandes chances de infeccionar. − Receitar amolecedor de fezes. Pelo longo tempo sem defecar pode ter endurecido as fezes = lactulona. − ATB − Analgesico − AINE − Colar Prognostico: bom a reservado (quando a hernia é bilateral e quando tem retroflexão de BX) Casos clínicos 1. Cão, macho, 12 anos, inteiro. Aumento de volume em região perineal há 6 meses. Relata disquezia, sidúria e hiporexia a 1 semana. Claudicação dos membros pélvicos, prurido em região abdominal lateral. Hernia perineal bilateral. Exames complementares: hemograma, função renal, US do abdomem e do perineo Tratamento: herniorrafia com malha sintética 2. Felino, fêmea, 8 meses. Aumento de volume em região abdominal, desde os 3 meses. Nas ultimas 24h o paciente apresentou inapetência e emese. Nenhuma alteração anterior. Ao exame físico foi possível notar aumento de volume de consistência firme, dolorosa, sem alteração de cor em região abdominal ventral. Palpação abdominal revelou distenção gasosa de alças e dor abdominal. Animal com discreta desidratação. Suspeita? Hernia umbilical e eventração com suspeita de estrangulamento. Exames: US, hemograma, RX Animal em urgência, cuidados pré operatórios: fluido, ATB, analgésico. Mas operar no mesmo dia. Tratamento: cirurgia de herniorrafia, com diagnostico de hernia umbilical. 3. Animal com hérnia perineal Tratamento: herniorrafia com deferentopexia e lavagem retal porem o divertículo retal não tem correção acumulando fezes constantemente – fazer enema ou retirar com o dedo. Questão da prova. 1º cão, macho, jovem , com hematuria, disuria e estranguria a 1 dia. Ao exame físico apresentou parâmetros normais. Urinalise com presença de cristais mistos = litíase mista vesical e/ou uretral obstrutiva, que pode ser confirmada com US ou RX e o tratameto consiste na cistotomia com uretrostomia caso a hidropropulsão não seja eficaz. CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (OU EPIDERMÓIDES) 19.05.17 Profa. Cris CONCEITO: é uma neoplasia maligna que se originou de uma célula epitelial da pele. Acomete a camada espinhosa que fica no meio da epiderme. Esses Carcinomas têm aparência úmida, de ferida ulcerada.
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