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CURSO: AGROINDÚSTRIA 2º SEMESTRE DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS PROFESSORA: MSE. JULLIETE RAULINO ALCÂNTARA CONTAGEM DE BOLORES E LEVEDURAS ANDREIA LEITÃO DO NASCIMENTO CESAR ANTÔNIA ALINE FONTENELE LINHARES MARIA LUDIANA TUBIAS DOS SANTOS JULIANA VIEIRA SILVA UBAJARA-CE 09/10/2018 INTRODUÇÃO Os fungos são microrganismos que apresentam características como unicelulares ou pluricelulares, são eucariontes e classificam-se em bolores e leveduras. Este microrganismo não oferece risco direto à saúde, exceto algumas espécies de bolores que produzem micotoxinas. A estrutura básica dos bolores é formada por filamentos denominados hifas, que em conjunto, formam o micélio. O micélio dos bolores é responsável pelo aspecto característico das colônias que formam. Estas colônias podem ter um aspecto, cotonoso, ser secas, úmidas, compactas, aveludadas, gelatinosas, e com várias cores. As maiorias dos bolores são aeróbios, crescimento limita-se à superfície do alimento ao entrar em contato com o ar. Multiplica-se mais lentamente que as bactérias, levando mais de três horas para dobrar a massa de células. Além disso, são capazes de se desenvolver em ambientes com baixa disponibilidade de água. As leveduras são fungos unicelulares e possuem forma esférica, arredondada, alongada, ovoide, cilíndricas ou triangulares. Elas reproduzem-se por brotamento (germinação) ou fissão binaria ou cissiparidade. Ademias, o tempo de geração é em média de 20 a 30 minutos. Requerem menos umidade que a maioria das bactérias e mais umidade que os bolores. A temperatura ideal para o seu crescimento varia entre 25ºC e 30ºC. Podem se desenvolver tanto na presença como na ausência de oxigênio. As leveduras são benéficas na produção de alimentos e maléfica na deterioração do mesmo. Seu crescimento é favorecido pelo pH ácido e sua principal fonte de energia são os açúcares. A contagem de bolores e leveduras tem o principal objetivo analisar a qualidade dos alimentos, além de determinar a validade do produto alimentício. OBJETIVO Quantificar bolores e leveduras em alimentos. MATERIAIS E MÉTODOS Materiais Diluente: 225 ml de água peptonada 0,1%; Tubos de diluição com 9,0 ml de água peptonada 0,1% por tubo; Placas contendo o ágar batata dextrosado acidificado; Ácido tartárico 10% estéril; Álcool 70%; Pipeta; Estufa bacteriológica a 25ºC; Swab; Pão. 3.2 Limpeza da bancada Antes de iniciar os trabalhos, deve ser feita uma assepsia na bancada e na embalagem das amostras com álcool 70% para redução dos contaminantes presentes. Identificar a amostra e codificar os tubos com os códigos pertinentes. Além disso, a disposição de todo o material requerido para a análise deve ser feita de maneira que facilite todo o processo de analise. 3.3 Coletas das amostras Como regra geral, deve-se transportar e estocar as amostras de alimentos da mesma forma como o produto é normalmente transportado e estocado e comercialização. Devem ser observadas as condições da embalagem e as condições em que foi feito o transporte, antes da analise. As amostras deverão ser enviadas ao laboratório em suas embalagens originais, fechadas e integras, sem sinais de violação e de deterioração do produto. 3.4 Preparação e identificação das amostras Higienizar a embalagem da amostra com álcool 70%. Identificar todo o material utilizado, com as respectivas diluições, com o auxilio de uma caneta permanente. 3.5 Retirada da unidade analítica A unidade analítica utilizada na analise da maioria dos alimentos é de 25 g (alimentos sólidos) ou 25 ml (alimentos líquidos). Deve-se primeiramente homogeneizar a amostras (misturando). Retiram-se assepticamente as 25 g ou 25 ml da amostra e coloca-se em 225 ml do diluente (água peptonada 0,1%). Homogeneíza-se, cuidadosamente, constituindo dessa maneira, a diluição 10-¹. Para a preparação da segunda diluição (10-²), transfere-se, assepticamente, 1,0 ml da diluição 10-¹ para 9,0 ml de diluente. As diluições subsequentes são obtidas de maneira similar, transferindo-se 1,0 ml da diluição anterior para 9,0 ml de diluente. O número de diluições requeridas dependerá do nível de contaminação esperado. Por exemplo, se a contagem estimada se encontra por volta de 2500 a 25000/g de amostras, as diluições recomendadas para a contagem em placas são 10-¹, 10-² e 10-³. 3.6 Incubação Inocular 0,1 ml de cada diluição na superfície das placas previamente preparadas e, usando um swab para espalhar o inoculo por toda a superfície do meio, até que todo o excesso de liquido seja absorvido. 3.7 Incubação Aguarda que as placas sequem (mínimo 15 minutos), e incubar a 25ºC/ 3 a 5 dias, sem inverter. Obs: Deve-se observar as placas com 3 dias de incubação e, caso haja crescimento de bolores e/ou leveduras com colônias espalhadas, efetuar a contagem com três dias, para prevenir a perda das placas por espalhamento total dessas colônias. Caso não se observe risco de espalhamento, incubar novamente as placas e contar com 5 dias de incubação. RESULTADOS Para a contagem de colônias e cálculos dos resultados, foram selecionadas as placas com 15 a 150 colônias e elas foram contadas com auxilio de uma lupa, em um contador de colônias. Calcular o número de unidades formadoras de colônias (UFC) por grama ou ml da amostra multiplicando o número de colônias pelo inverso da diluição e por 10(dez). Todas as amostras foram analisadas após três dias de incubação. Além disso, foi realizada duplicação das placas por diluição de 10-² e 10-³. Porem, não foi possível efetuar a duplicação com a diluição de 10-¹. Pois, ocorreu um pequeno erro ao transferir a diluição para a placa. Sendo assim, trabalhamos com uma única placa contendo 10-¹. Na diluição 10-¹ o resultado obtido foi 45 bolores e mais de 150 leveduras. (figura 1). Figura 1 Nas placas com diluição 10-² os resultados foram de 92 bolores e mais de 150 leveduras (figura 2) e 1 bolor com mais de 150 leveduras (figura 3). Figura 2 Figura 3 Na diluição 10-³ obteve os resultados de 2 bolores e mais de 150 leveduras (figura 4), e 44 bolores e mais de 150 leveduras (figura 5). Figura 4 Figura 5 CONCLUSÃO Conclui-se que, não foi possível realizar os cálculos dos resultados das placas. Pois, todas as amostras resultaram em números de colônias fora do intervalo de 15 a 150. Assim, não foi adotado nenhum valor das diluições. Além disso, o alimento utilizado para analise foi o pão, este que já contem leveduras benéficas do processo de fermentação da massa. Entretanto, todas as amostras resultaram em altas quantidades de leveduras, isso pode ter sido influenciado pela escolha do alimento analisado. REFERÊNCIAS FRANCO, B. G. M.; LANDGRAF, M. Microbiologia dos alimentos. São Paulo: Atheneu, 2005.
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