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USUCAPIÃO FAMILIAR

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USUCAPIÃO FAMILIAR
1. Esse modelo corresponde a uma conversão de uma medida provisória em lei.
2. Programa social “minha casa minha vida”: meios facilitados para adquirir a casa própria.
	Mas e depois que adquiri propriedade? Preocupação do Governo pra que esse imóvel seja utilizado para moradia. Se o único bem do casal é o bem comprado com a facilitação outorgada pelo programa, o que irá acontecer com o bem se o casal se separar?
	Sendo o bem o único patrimônio do casal, esse bem será vendido e o dinheiro divide para o casal. E com isso o casal terá de ir de novo ao programa, separados, para adquirem suas casas. E isso acaba saindo caro para o Governo.
	Preocupação: esse imóvel ainda que acontecesse o divórcio ou dissolução da união estável esse imóvel continuará para moradia.
	Um mecanismo para isso é esse modalidade de usucapião
3. Facilita a usucapião com o abandono do lar
	Aquele que conserva a unidade do núcleo familiar tem a usucapião facilitada
4. Requisitos:
Posse direta, posse exclusiva, posse contínua, posse mansa, pelo período de dois anos, para fins de moradia, imóvel de até 250m², a não propriedade de outro imóvel.
	Tanto casamento quanto união estável o regime é de comunhão parcial de bens. Ainda que o bem esteja em nome de um dos companheiros esse bem é de ambos, são co-proprietários. Para esses bens o companheiro ou cônjuge que não abandonou o lar ele já é co-proprietário do bem.
	Se já é co-proprietário, a usucapião não exige posse de dono, porque já é dono, o que precisa é posse direta: o sujeito tem de agir diretamente no bem para fins de moradia.
	Posse exclusiva em relação ao ex-conjuge ou ex companheira, só um deles tem o bem, o outro não porque abandonou o lar.
	O casal não pode ser proprietário de outro bem imóvel comum.
	E aí aquele que ficou no lar vai usucapir o todo.
	O casal tem de ser co-proprietário, se o regime for separação total não se aplica esse regime, porque eles precisam ser co-proprietários.
5. Problema
	Muitos doutrinadores não consideram isso uma forma de usucapião, Maria Berenice Dias diz que esse instituto é um retrocesso.
	Em tese usucapião é meio de aquisição de proprietário, passa a ser proprietário. Então, nesse modelo já é proprietário, só vira proprietário do todo. Então, não seria usucapião, seria acessão.
	E usucapião é meio originário de propriedade. E nessa situação não tem como ser meio originário. Tem situações que não dá pra ser originário e situações que não tem como ser derivado.
6. Abandono de lar
	Pressupõe abandono afetivo? Não necessariamente. Precisa de um abandono físico, mas também tem que ter um abandono material – deixar de pagar as despesas do bem.
	E se depois tentar voltar para o lar? E daí interrompe o prazo para prescrição? Se ele tem um legítimo interesse para voltar aí a afetividade pode ser um valor jurídico relevante.
7. até 250m²
	Nem todo os imóveis comprados pelo programa vão se beneficiar pela usucapião familiar, porque depende do lugar com o valor do programa dá pra comprar um imóvel muito maior do que 250m².
8. Varas
	Usucapião é em vara civil. Mas essa usucapião pode correr na vara da família.
	A sentença judicial que declara que constitui o divórcio faz coisa julgada do usucapião?
	Usucapião tem rito próprio.
	No caso da usucapião familiar tem que outorgar competência para o juiz de família julgar a usucapião. Hipótese de competência concorrente.
9. Prazo
	Marco inicial da contagem do prazo só pode ser a partir do advento da lei que é em 16 de junho de 2011.

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