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UniFG. Guanambi, 02 de setembro de 2018. Dupla: Gabriel Brito Fonseca Klaise Rosa Ferreira de Souza. Docente: Susilane Gonçalves. Curso: Biomedicina – 8º semestre. CASO CLÍNICO – MENINGITE VIRAL História clínica T.A.S, estudante de 19 anos residente em Ouro Preto – MG, apresentou-se ao departamento de acidentes e emergências nos últimos 4 dias. Ela relatou uma história de aumento gradual de dores de cabeça na região frontal e que ultimamente se tornaram insuportáveis e acompanhadas de febres e calafrios. Ela vomitou uma vez e teve uma leve dor no pescoço e fotofobia. 1 mês antes ela havia retornado de uma viagem que fez para alguns países latinos, onde havia realizado um trabalho de pesquisa. Ela estava em dia com as vacinações, incluindo febre tifoide, hepatite A e febre amarela, contudo, não realizou a profilaxia da malária. Ela foi mordida por alguns insetos voadores, mas não carrapatos e não tinha histórico de mordidas de animais ou contato de água doce. Alegou também não ser sexualmente ativa. Seus companheiros de viagem e sua família estavam saudáveis. Ela não tinha histórico médico significativo, não tomava medicação regular e não tomava nenhum medicamento novo recentemente e não fumava nem bebia. Ela não recebeu nenhuma terapia antimicrobiana antes de sua admissão. Exame físico No exame, ela parecia indisposta. Seus sinais vitais mostraram temperatura de 37,6°C, P.A de 105/70 mmHg, pulso de 100 bpm e saturação de oxigênio de 100% ao ar. Ela havia marcado fotofobia e rigidez moderada no pescoço, mas o sinal de Kernig era negativo. Ela não tinha erupção cutânea e, após exame completo, não havia outros sinais externos de doença. Resultados de exames de sangue relevantes Xxxx Estudo do líquor Aparência: claro e incolor. Microscopia do líquido cefalorraquidiano (LCR): Leucócitos: 30/mm3 (até 5/mm3), hemácias 15/mm3 (até 5/mm3). Nenhum microorganismo observado. Proteína: 24 mg/dL (15 a 45 mg/dL), glicose 57 mg/dL (2/3 da glicemia sérica). Ferritina do LCR: 6 ng/mL (faixa normal <16 ng/mL); nenhuma evidência para sugerir hemorragia intracraniana Cultura liquórica: sem crescimento bacteriano. PCR viral do LCR: varicela-zoster que foi considerada positiva. Tratamento O paciente foi tratado com um ciclo de 7 dias de aciclovir intravenoso com transição para valaciclovir por via oral por mais 2 semanas de terapia com boa resposta ao tratamento. Resultado e acompanhamento A paciente permaneceu hemodinamicamente estável e melhorou sintomaticamente durante sua admissão. Teve um único episódio febril enquanto estava internado com subsequentes hemoculturas negativas.No acompanhamento da clínica de doenças infecciosas, uma semana após a alta, ela estava bem.
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