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Prática Simulada II aula 08 contestação

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AO JUIZO DO TRABALHO DA 35ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE
RT nº 0001524-15.2015.5.04.0035
PARQUE DOS BRINQUEDOS LTDA., inscrita no CNPJ nº ______________, estabelecida em _________________________, endereço eletrônico___________________, por intermédio de seu advogado adiante assinado, que indica o endereço profissional na Rua______________________, bairro__________________, Florianópolis-SC, CEP_________________________, endereço eletrônico ____________________________, para fins do artigo 106 I NCPC, nos autos da Reclamação Trabalhista proposta por JOAQUIM FERREIRA, já qualificado nos autos em epígrafe vem, respeitosamente, perante este Juízo, com fulcro no art. 847, da CLT, apresentar sua
CONTESTAÇÃO
pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
DOS FATOS:
O Reclamante, assistido por advogado particular, ajuizou a Reclamação Trabalhista em epígrafe, pelo rito ordinário em face da Reclamada, em 07/06/2015, alegando que foi admitido em 03/02/2011, para trabalhar na linha de produção de brinquedos da empresa, percebendo salário de R$ 2.000,00 (dois mil reais) mensais e horário de trabalho das 8 às 17 horas, de segunda-feira à sábado, com 1 (uma) hora de intervalo intrajornada. Esclarece, contudo, que, logo após a sua admissão, foi transferido, de forma definitiva, para a filial da reclamada, situada no Município de Porto Alegre/RS e que jamais recebeu qualquer pagamento a título de adicional de transferência. Diz que, em razão da insuficiência de transporte público regular no trajeto de sua residência para o local de trabalho e vice-versa, a empresa lhe fornecia condução, não lhe pagando as horas “in itinere”, nem promovendo a integração do valor correspondente a essa utilidade no seu salário, para todos os efeitos legais. Salienta ainda, que não gozou as férias relativas ao período aquisitivo 2011/2012, apesar de ter permanecido em licença remunerada por 33 (trinta e três) dias no curso desse mesmo período. Por fim, aduz que à época de sua dispensa imotivada, era Presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, instituída pela empresa, sendo beneficiário de garantia provisória de emprego. A extinção do Contrato de Trabalho ocorreu em 03/03/2013. 
PREJUDICIAL DE MÉRITO – PRESCRIÇÃO BIENAL:
O Reclamante foi admitido em 03/02/2011, demitido em 03/03/2013 e a Reclamação Trabalhista ajuizada em 07/06/2015 – ele teria até 02/03/2015 para ajuizar a Reclamação Trabalhista.
Com fundamento no artigo 7º, inciso XXIX, da CF/88 ou artigo 11, inciso I, da CLT, ou Súmula nº 308, item I, do TST, suscita a Reclamada a Prejudicial de Prescrição Bienal, sustentando que a Reclamação Trabalhista foi ajuizada, intempestivamente após 2 (dois) anos da data da extinção do Contrato de Trabalho, requerendo com fundamento no artigo 487 II NCPC, a extinção do processo com resolução do mérito. 
Portanto, requer a improcedência do pedido do Reclamante. 
DO MÉRITO:
ADICIONAL DE 40% TRANSFERÊNCIA E SEUS REFLEXOS: 
O Reclamante menciona, que, logo após a sua admissão para trabalhar na linha de produção de brinquedos da empresa em Florianópolis, foi transferido, de forma definitiva, para a filial da reclamada, situada no Município de Porto Alegre/RS e que jamais recebeu qualquer pagamento a título de adicional de transferência.
No entanto, há que se ressaltar que o TST, através firmou entendimento de que adicional de transferência só é devido para os casos de transferências provisórias. 
A jurisprudência do TST, nos termos do artigo 469, § 3º, da CLT e do posicionamento contido na OJ nº 113 da SBDI-1 do TST, é clara no sentido de que o adicional só é devido em caso de transferência provisória. O Reclamante, foi transferido de forma definitiva. 
Portanto, requer a improcedência do pedido do Reclamante. 
HORAS EXTRA IN ITINERE E DIFERENÇAS SALARIAIS: 
O Reclamante, diz que, em razão da insuficiência de transporte público regular no trajeto de sua residência para o local de trabalho e vice-versa, a empresa lhe fornecia condução, não lhe pagando as horas “in itinere”, nem promovendo a integração do valor correspondente a essa utilidade no seu salário, para todos os efeitos legais.
Caso haja transporte regular (servido pelo empregador) em parte do trajeto, o pagamento das horas "in itinere" se limita apenas ao percurso não servido por transporte público. Entretanto, se por motivos de logística da empresa o empregado ficar sujeito a esperar o transporte fornecido pela empresa, o tempo de espera também será computado na jornada de trabalho.
Portanto, requer a improcedência do pedido do reclamante. 
FÉRIAS 2011/2012 EM DOBRO: 
O Reclamante salienta ainda, que não gozou as férias relativas ao período aquisitivo 2011/2012, apesar de ter permanecido em licença remunerada por 33 (trinta e três) dias no curso desse mesmo período.
Apesar da Súmula 450 TST, prever que é devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluindo o terço constitucional, com base no artigo 137 CLT, há que se considerar que o reclamante permaneceu em licença remunerada por 33 (trinta e três) dias no curso do período aquisitivo de 2011/2012, conforme preceitua os artigos 129 e 133, inciso II da CLT. 
Portanto, requer a improcedência do pedido do reclamante. 
 
REINTEGRAÇÃO POR SER INTEGRANTE DA CIPA: 
O Reclamante aduz que à época de sua dispensa imotivada, era Presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, instituída pela empresa, sendo beneficiário de garantia provisória de emprego.
Os termos da Súmula 396 do TST, garantem apenas uma indenização do período de estabilidade. E também de acordo com entendimento jurisprudencial do TST, a estabilidade provisória de empregados que integram comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA) é garantia de emprego, e não de simples pagamento de indenização. Assim, quando um trabalhador dispensado sem justa causa, apesar de detentor desse tipo de estabilidade, ajuíza reclamação trabalhista requerendo indenização em vez de reintegração ao emprego, o pedido deve ser recebido como renúncia tácita à estabilidade. Além disso, o TST entende que o trabalhador com estabilidade provisória que pretende apenas a reparação em dinheiro exerce abusivamente o seu direito (incidência do artigo 187 do Código Civil e artigo 10, alínea “a” do ADCT).
Portanto, requer a improcedência do pedido do reclamante. 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS: 
O pedido de condenação dos honorários advocatícios não deve prosperar, pois conforme artigo 14 da Lei 5584/70 e Súmulas 219 e 329 do TST, somente tem direito aos honorários sucumbenciais, os advogados que representam sindicato e o Reclamante está assistido por advogado particular. 
DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer:
a) O acolhimento da prescrição bienal, bem como a extinção do processo com resolução do mérito, nos termos do artigo 487 & único do NCPC de todos os créditos trabalhistas.
b) A improcedência de todos os pedidos formulados pelo Reclamante, pelos fatos e fundamentos apresentados. 
c) A condenação do reclamante ao pagamento das custas processuais. 
DAS PROVAS:
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal dos representantes do Reclamante.
NESTES TERMOS
PEDE DEFERIMENTO
Porto Alegre, _____de__________de__________
Advogado
OAB/UF