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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO / FIB SDE0393 - GASTRONOMIA APLICADA À NUTRIÇÃO CLÍNICA SEMESTRE 2018.2 Professor Ícaro Cazumbá Aula 3: Indicadores de Qualidade em Serviços de Alimentação de Nutrição Clínica Introdução Necessidades nutricionais e terapêuticas + sabor, aroma, apresentação, cor, textura, temperatura, arte + custo + programação e preparo das refeições Serviço de alimentação: dietoterapia + gastronomia recuperação de patologias, prevenção de doenças e promoção de práticas alimentares saudáveis. Introdução Ingestão alimentar insuficiente + especificidades da doença ou da faixa etária desnutrição intra-hospitalar alta mortalidade Causas: mudanças alimentares, troca de hábitos e horários, percepções negativas da alimentação hospitalar Necessidades nutricionais e terapêuticas + sabor, aroma, apresentação, cor, textura, temperatura, arte + custo + programação e preparo das refeições Indicadores de Qualidade Associados ao monitoramento dos resultados que indicam eventuais melhorias do processo de produção de refeições, buscando a satisfação do cliente e a evolução do seu estado nutricional em ambiente hospitalar (Roberto & Magnoni, 2010). Fichas técnicas de preparo e apresentação; Avaliação qualitativa e quantitativa dos cardápios; Pesquisa de satisfação e frequência de uso; Rejeito alimentar; Treinamento de funcionários para produção de dietas gastronômicas e atendimento ao cliente. Avaliação qualitativa e quantitativa dos cardápios Características avaliadas: temperatura, sabor, higiene, cardápio, cortesia no atendimento prestado pela copeira, Utensílios. Avaliação qualitativa e quantitativa dos cardápios Qualitativa: Pirâmide alimentar Guia Alimentar Avaliação qualitativa e quantitativa dos cardápios Quantitativa VET (individual ou coletivo): FAO/WHO (1985), FAO/WHO (2004) ou FBNI/IOM/DRI (2005) Distribuir os macronutrientes, seguindo as recomendações para a patologia apresentada pelo indivíduo ou coletivo. Fornecer vitaminas, minerais, fibras e água de acordo com as DRI e a enfermidade do indivíduo ou coletivo. Ficha Técnicas de Preparo e Apresentação Implantação do sistema de hotelaria: modificações no setor de alimentação e nutrição. Antes: almoço para dieta normal - arroz, feijão, carne, acompanhamento e salada Pratos quentes individual - servidos em recipiente térmico de inox + Salada - travessa única para todos - servida no quarto aos pacientes que desejassem. Jantar: sopa trazida em panela e porcionada no quarto em prato + salgado (como coxinha) ou bolo servido em guardanapo. Jane PARISENTI*; Cristina COPETTI FIRMINO**; Clarissa ESPÍNDOLA GOMES** Alim. Nutr., Araraquara, v.19, n.2, p. 191-194, abr./jun. 2008 Ficha Técnicas de Preparo e Apresentação Depois: Almoço: inclusão da sobremesa, substituição da carne de segunda qualidade para de primeira, salada acondicionada em potes individuais e saches de azeite, vinagre e molho italiano, prato de vidro para retirar a comida do utensílio de inox, talheres embalados individualmente. Jantar: servido em uma bandeja com 2 garrafas térmicas (café e leite), xícara e pires, saches de açúcar ou adoçante, uma sopeira individual, dois lanches (doce e salgado) em um prato embalados em guardanapo. Jane PARISENTI*; Cristina COPETTI FIRMINO**; Clarissa ESPÍNDOLA GOMES** Alim. Nutr., Araraquara, v.19, n.2, p. 191- 194, abr./jun. 2008 Ficha Técnicas de Preparo e Apresentação Ficha técnica de preparação e apresentação “É uma receita padronizada, na qual são discriminados todos os ingredientes utilizados em cada uma das preparações (VASCONCELLOS, 2002)”. Ficha Técnicas de Preparo e Apresentação Quantidade de cada ingredientes (peso bruto e peso líquido) e o equivalente em medidas caseiras. Rendimento da receita total: peso total, nº de porções, peso da porção. Restaurante self-service: per capita média de saída do prato. Per capita = porção. Custo total da preparação e custo por porção. Valor nutricional total e da porção. Ficha Técnicas de Preparo e Apresentação Sequência exata da preparação (descrição do modo de preparo). Densidade energética. Decoração dos pratos também influencia na aceitação. Apresentações coloridas e harmônicas. Reciclagem de louças e equipamentos, baixelas. Criatividade e habilidade na cozinha. Pesquisa de satisfação e frequência de uso Comida de hospital: insossa, sem gosto, fria, servida cedo e ainda com conotações de permissão e proibição. Ingestão insuficiente de alimentos – insatisfação com as preparações e o ambiente hospitalar, tipo de atendimento prestado Enquetes de satisfação com pacientes - avaliação de fatores que influenciam a aceitação das refeições. Pesquisa de satisfação e frequência de uso Fatores a serem avaliados (Proença et al. ): Qualidade das refeições (harmonia, cores, sabores, textura); Qualidade das preparações servidas em cada refeição; Variedade de cardápios; Variedade de preparações das refeições; Quantidade das refeições; Tempero da preparação; Tempo das preparações; Temperatura das preparações; Apresentação das bandejas; Atendimento do atendente de nutrição; Atendimento da nutricionista; Avaliação geral da prestação de serviços por parte da UND. Pesquisa de satisfação e frequência de uso Rejeito alimentar Em uma UAN o desperdício é proveniente: Sobra de alimentos (alimentos preparados e não distribuídos). Restos (alimentos distribuídos e não consumidos). Análise dos restos alimentares de pacientes internados. Objetivo: avaliar a aceitação; redefinir processos de produção das refeições; traçar estratégias de estímulo a ingestão alimentar. Rejeito alimentar Índice resto-ingestão = peso total distribuído / peso dos restos Peso da Refeição Rejeitada (PR) Peso da Refeição Distribuída (PRD) IR = (PR x 100)/PRD. Tipos de dieta: normal, especial com sal e especial sem sal. Parâmetro para população enferma: 20% Parâmetro para a coletividade não enferma: 10% Treinamento de funcionários para produção de dietas gastronômicas Capacitação de recursos humanos: Educação continuada para todos colaboradores Importância da alimentação na recuperação do paciente Aprimoramento de todas as etapas do processo. Toda a equipe deve estar focada: Atendimento personalizado ao cliente Atendimento às necessidades de alimentação do paciente Cardápio ou a dieta prescrita Escolha de novos funcionários – seleção Período de experiência,treinamento e avaliação Treinamento de funcionários para produção de dietas gastronômicas Capacitação de recursos humanos: Avaliação periódica do desempenho Plano de promoção por merecimento Valorização de liderança Atendimento ao trabalho em grupo - relacionamento e hierarquia Reuniões diária Bem estar físico, mental e emocional do funcionário Treinamento de funcionários para produção de dietas gastronômicas Capacitação de recursos humanos: Cursos teórico-práticos Aproveitamento integral dos alimentos Dietas hipossódicas Confeitaria diet e light Confeitaria e preparações ricos em fibras Culinária vegana Gastronomia para celíacos Culináriapara os rins Atendimento ao cliente Receptividade, simpatia Apresentação pessoal Intervenção nutricional – participação do cliente Escolha do “prato dieta” Isto é possível? Regras do hospital ou do paciente? Tabela 1. Proposições para a qualificação da alimentação hospitalar. Diez-Garcia RW et al. Ciência & Saúde Coletiva, 17(2):473-480, 2012. ..\..\..\..\Desktop\5.pdf REFERÊNCIAS Proença RPC, Sousa AA, Veiros MB, Hering B. Qualidade nutricional e sensorial na produção de refeições. Florianópolis: UFSC; 2005. MESSIAS, Gisele M; Presta, Dsc. Flavia Meneses Pereira; Msc. SOUZA, Monica Vieira Mano. BENEFÍCIOS DA GASTRONOMIA HOSPITALAR NA ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE IDOSO. Revista Eletrônica Novo Enfoque, ano 2011, v. 12, n. 12, p. 23 – 31. Késia Diego Quintaes1 e Eduardo Alves2 Efeito do material de embalagem na temperatura de consumo de dietas hospitalares. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, ano III, no 8, abr/jun 2006. Mariana Delega de Souza* Miyoko Nakasato. A gastronomia hospitalar auxiliando na redução dos índices de desnutrição entre pacientes hospitalizados. O Mundo da Saúde, São Paulo: 2011;35(2):208-214. Diez-Garcia RW et al. Alimentação hospitalar: proposições para a qualificação do Serviço de Alimentação e Nutrição, avaliadas pela comunidade científica. Ciência & Saúde Coletiva, 17(2):473-480, 2012.
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