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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Departamento de Física - CCEN Física Experimental 1 – Primeiro Exercício Escolar 18/10/2018 – 2◦ Semestre de 2018 Q1: Q2: Q3: Total: Nome: CPF: Turma: Questão 1 0 5 10 0 5 10 <latexit sha1_base64="OLewq41EsxEsrxy1E8bcZc5QzTA=">AAADUHicfVLPb 9MwFPZSfozyYxscuVhUCA5dm2RT14pLJS4cdtgkuk1qqspxXlqrthPZDloV5S/gCv8YN/4TbuC4RVo6xItif/res/29Ty/OOdPG93/uea0HDx893n/Sfvrs+YuDw6OXVzo rFIUJzXimbmKigTMJE8MMh5tcARExh+t49bHOX38BpVkmP5t1DjNBFpKljBJjqcvz+WHH7/ku8H0QbEEHbeNifuSNoiSjhQBpKCdaTwM/N7OSKMMoh6odFRpyQldkAVML JRGgZ6VTWuG3lklwmin7S4Mde/dESYTWaxHbSkHMUu/mavJfuWlh0uGsZDIvDEi6eSgtODYZrtvGCVNADV9bQKhiViumS6IINdacxiuUSAq8anJOfYPKtVGMrnTXgmOZJe CAgVvjwEnitoUiG0AzVt+ZQBolMVFlGX2wX91HLeNdOIjECpQ8DgNR4KSqcDtyzeD+RFuF/XNir+4Lqz3T85TVRvyvYgGKsHvu1Z7r7tbG7l+rnSo7Pq7JkrPF0rjFal9 X5Wb1e6OdOrFu5gc7+YSoVbPitHLDNhr6wzDEDgT+iQXDIBzcGbarsBdYfHnaGY+3Y7ePXqM36D0K0Bkao0/oAk0QRYC+om/ou/fD++X9bu1tSr3tjl6hRrTafwCCBhbH< /latexit> cm cm <latexit sha1_base64="WOAzv9GWJ5OiZwbJEijTCv2UW M4=">AAADUHicfVLPb9MwFPZSfozyYxscuVhUCA5dm2RTaQWHSVw4cNgkuk1qqspxXlKrthPZDqKK8hdwhX+MG/8JN3D cIi0d4kWxP33v2f7epxcXnGnj+z/3vM6du/fu7z/oPnz0+MnB4dHTS52XisKU5jxX1zHRwJmEqWGGw3WhgIiYw1W8et/ krz6D0iyXn8y6gLkgmWQpo8RY6iJZHPb8ge8C3wbBFvTQNs4XR94kSnJaCpCGcqL1LPALM6+IMoxyqLtRqaEgdEUymFk oiQA9r5zSGr+0TILTXNlfGuzYmycqIrRei9hWCmKWejfXkP/KzUqTjucVk0VpQNLNQ2nJsclx0zZOmAJq+NoCQhWzWjF dEkWosea0XqFEUuB1m3PqW1ShjWJ0pfsWHMs8AQcMfDEOnCRuyxTZAJqz5s4E0iiJiaqq6K39mj4aGa/CUSRWoORxGIg SJ3WNu5FrBg+n2iocfiT26qGw2nO9SFljxP8qMlCE3XKv8Vz3tzb2/1rtVNnxcU1WnGVL4xarfV1Xm9UfTHbqxLqdH+3 kE6JW7YrT2g3bZOyPwxA7EPgnFoyDcHRj2C7DQWDxxWnv7N127PbRc/QCvUYBeoPO0Ad0jqaIIkBf0Tf03fvh/fJ+d/Y2 pd52R89QKzrdP8byFts=</latexit> Uma junta de vedação de formato quadrado L×L, tem uma abertura circular de diâmetro d e massa m = 78± 2 g . As dimensões L e d podem ser obtidas através da leitura das réguas, com escala em centímetro, a partir da figura ao lado. A junta tem espessura uniforme de dimensão δ = 5 mm com incer- teza desprezível. (a) (1 ponto) Obtenha as dimensões do lado L e do diâmetro d, indicando claramente os valores confiáveis e suas respectivas in- certezas na forma apropriada. (b) (1 ponto) Calcule o volume da junta e sua incerteza. Escreva claramente as fórmulas usadas para os cálculos do volume e da incerteza. Justifique suas respostas. (c) (1 ponto) A junta deve ser produzida com borracha. Calcule a densidade ρ da junta e in- dique qual (ou quais) tipo(s) de bor- racha poderiam ter sido usados para esta finalidade, de acordo com a ta- bela de valores ao lado. −→ A(s) indicação(ões) só terão valor quando baseada(s) no cálculo da den- sidade e da sua incerteza. Tipo de borracha Densidade (g/cm3) Marque X 1 Natural 0,91 a 0,93 2 Nitrílica (NBR) 1,00 3 Epicloridina (ECO) 1,40 a 1,45 4 Clorada 1,64 Dados: Use pi = 3, 1416, ou o valor determinado pela sua calculadora. Questão 2 Um carro de massa M está parado num sinal de trânsito quando sofre uma colisão de um segundo carro de mesma massa com velocidade v. Imediatamente após o choque os dois carros deslizam presos um no outro, com motores desligados e rodas travadas, até parar (colisão completamente inelástica). Nove peritos mediram a distância de deslizamento ` usando uma trena, cujamenor divisão tinha 10 cm, e construíram a tabela de valores abaixo: Medidas `1 `2 `3 `4 `5 `6 `7 `8 `9 `± 0, 05 (m) 14,70 15,50 16,30 13,60 14,40 16,50 15,30 17,60 15,70 Obs: A variação entre valores resultou da incerteza (aleatória) de cada perito em escolher a posição do centro da massa dos dois carros amassados. (a) (1 ponto) Encontre a distância média 〈`〉 e o desvio padrão σ` relativo ao valor médio das medições. Explique como obteve 〈`〉 e σ`. (b) (1 ponto) Obtenha o valor do desvio padrão da média σ〈`〉 e expresse o valor mais confiável para distância média (L) calculando a incerteza total σL, levando em conta também a incerteza instrumental. Escreva L± σL. (c) (1,5 pontos) Calcule a velocidade v0 ± σv0 dos dois carros logo após a colisão usando a fórmula de Torricelli considerando a desaceleração produzida pelo atrito. Use o princípio da conservação de momento linear para calcular a velocidade v ± σv do automóvel que colidiu. A velocidade máxima permitida vmax no local da colisão é 60 km/h (vmax ' 16,67m/s). Compare vmax com v ± σv e verifique se o carro que colidiu estava com excesso de velocidade ou dentro dos limites permitidos. Justifique sua conclusão. Dados: coeficiente de atrito cinético entre os pneus e o asfalto: µc = 0, 25 . Use g = 9, 8 m/s2 . Fórmula de Toricelli: v2f = v2i + 2a(xf − xi), onde os subscritos i e f indicam os instantes iniciaL e final, respectivamente. Questão 3 L(cm) σL(cm) T (s) σT (s) 40 0,5 1,24 0,06 60 0.5 1,6 0,1 80 0,5 1,73 0,05 100 0,5 2,05 0,08 Um estudante de Física Experimental 1 realizou medições do período de oscilação T de um pêndulo simples em função do seu comprimento L, obtendo a tabela de valores ao lado. −→ Seu objetivo é encontrar o valor da aceleração da gravidade lo- cal. Para isso, linearize a relação T = 2pi √ L/g usando a mudança de variáveis x = L e y = T 2. (a) (1 ponto) A partir dos dados da tabela acima cal- cule os valores para a tabela abaixo: x = L σx y = T 2 σy (b) (1 ponto ) Faça um gráfico de y em função de x no papel milimetrado ao lado −→, colocando com clareza as barras de erro corres- pondentes às incertezas em y. Não esqueça de especificar as variáveis nos eixos, as unidades e escalas utilizadas. (c) (1,5 pontos) Desenhe uma reta que se ajusta vi- sualmente aos pontos do gráfico, considerando as incertezas. Obtenha a equação y = Ax+B e de- termine os valores dos coeficientes A e B. Calcule a aceleração da gravidade a partir do coeficiente apropriado e escreva: g= cm/s2 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 1 FÍSICA EXPERIMENTAL 1/2018.2: SOLUÇÃO DO PRIMEIRO EXERCÍCIO ESCOLAR (a) (1 ponto) Observando as escalas das réguas, em centímetros, verifica-se que o lado L e o diâmetro d são dados por: L = 12, 6± 0, 5 cm e d = 8, 3± 0, 5 cm As incertezas são dadas pela incerteza instrumental, i.e. metade do menor intervalo de marcação da régua, no caso, 0,5 centímetros. (b) (1 ponto) O volume da junta é dado pelo volume total da peça subtraído do volumes da abertura circular, i.e. V = (L2 − pid 2 4 )δ = 52, 3269 cm 3 enquanto a incerteza é obtida pela expressão: σV = √( ∂V ∂L σL )2 + ( ∂V ∂d σd )2 = δ √ (2LσL)2 + ( pi 2 dσd) 2 = = 0, 5× √ (2× 12, 6× 0, 5)2 + (pi × 8, 3× 0, 5/2)2 = 7, 09321 ' 7 Logo, considerando o primeiro algarismo significativo da incerteza e fazendo os arredondamentos apropriados no valor do volume, resulta V = 52± 7 cm3 . (c) (1 ponto) A densidade da junta é calculada pela relação ρ = m/V , ou seja ρ = 7852 = 1, 5 g cm −3 enquanto sua incerteza é dada por σρ = √( ∂ρ ∂m σm )2 + ( ∂ρ ∂V σV )2 = √ (σm/V )2 + (mσV /V 2)2 ∴ σρ = √ (2/52)2 + (78× 7/522)2 = 0, 206 ' 0, 20 Portanto, levando em conta o primeiro algarismo significativo da incerteza e fazendo os arredondamentos apropriados resulta ρ = 1, 50± 0, 20 g cm−3 ou ρ = 1, 5± 0, 2 g cm−3 . Comparando com os dados da tabela, vemos que as densidades das borrachas 3 (ECO) e 4 (clorada) estão compreendidas no intervalo de incerteza calculado, podendo ser usadas para a produção das juntas. (a) (1 ponto) A média e o desvio padrão são dados por 〈`〉 = 19 9∑ j=1 `j e σ` = √√√√ 1 N ∑ j (`j − 〈`〉)2 Usando a calculadora com os dados da Tabela obtém-se 〈`〉 = 15, 5 e σ` = 1, 1 (b) (1 ponto) O desvio padrão do valor médio pode ser aproximado por σ〈`〉 = σ`√ N ∴ σ〈`〉 = 1, 1√ 9 = 1, 13 ' 0, 4 A incerteza total da medição σL é dada por: σL = √ σ2〈`〉 + σ2instr = √ 0, 42 + 0, 052 = 0, 4031 ' 0, 4 Nessecaso, resulta L± σL = 15, 5± 0, 4 (c) (1,5 pontos) Usando a Fórmula de Torricelli temos 0 = v20 − 2µcgL → v0 = √ 2µcgL = √ 2× 0, 25× 9, 8× 15, 5 = 8, 714929... ' 8, 71 (m/s) A incerteza de v0 será dada por σv0 = ∣∣∣dv0 dL ∣∣∣σL = √2µcg2√L σL = 12 √ 2× 0, 25× 9, 8 15, 5 × 0, 4 = 0, 1124... ' 0, 11 Logo a velocidade do carro foi: v0 ± σv0 = 8, 71± 0, 11(m/s) . Pelo princípio da conservação do momentum linear devemos ter ~pantes = ~pdepois. Logo mv = (m+m)v0 ∴ v = m+m m v0 = 2v0 Portanto, a velocidade do carro colisor e sua incerta será: v±σv = 2×(v0±σv0), ou seja v ± σv = 17, 42± 0, 22. Como a velocidade máxima permitida é 16,67 m/s e esse valor está abaixo de v − σv = 17, 42 − 0, 22 = 17, 20(m/s), concluímos que o veículo está com excesso de velocidade. (a) (1 ponto) Como x = L, teremos que σx = σL = 0, 5 cm para todas os valores de L da tabela. Por outro lado, y = T 2, de modo que σy = ∣∣∣∣ ∂y∂T ∣∣∣∣σT = 2TσT Portanto, calculando os dados na Tabela dada resulta na tabela ao lado: x(cm) σx(cm) y(s) σy(s) 40 0,5 1,5 0,1 60 0,5 2,6 0,3 80 0,5 3,0 0,2 100 0,5 4,2 0,3 (b) (1 ponto) A figura abaixo mostra o gráfico dos pontos contidos na tabela do item (a), com as respectivas barras de erro. Também é mostrada a melhor reta ajustada visualmente aos pontos. × × � �� �� �� �� ��� ��� � � � � � � � (��) �� (�� ) (c) (1,5 pontos) Como T = 2pi √ L g → T 2 = 4pi 2 g L ∴ y = 4pi 2 g x Comparando com a equação da reta ajustada y = Ax+B deve-se obter ter B = 0 e A = 4pi 2 g . Do gráfico, verifica-se que B ≈ −0, 1. Escolhendo-se dois pontos da reta, (x1, y1) e x2, y2) de fácil identifica- ção, por exemplo (50, 2) e (110, 4.5) marcados com um X no gráfico e calculando a inclinação da reta dada por A = ∆y ∆x = y2 − y1 x2 − x1 = 4.5− 2 110− 50 = 2.5 60 , → A = 0, 042 Finalmente A = 4pi 2 g → g = 4pi 2 A = 4× (3, 1416, ) 2 0, 042 ' 940 cm/s 2